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quarta-feira, 19 de maio de 2021

CPI DA COVID - A mutação dos bolsonaristas - Bernardo M. Franco

O Globo  

[Vale tudo para transmitir a impressão de que Bolsonaro pode ser derrubado por uma CPI tipo a Covidão]

 Bolsonaristas perdem a valentia subitamente diante da CPI

A CPI da Covid produziu uma mutação nos bolsonaristas. Diante dos senadores e das câmeras de TV, os defensores do capitão perdem subitamente a valentia. Passam a falar baixo, renegam suas bravatas e fingem esquecer o que já disseram. Na semana passada, o fenômeno ocorreu com Fabio Wajngarten. Conhecido pela agressividade nas redes sociais, o publicitário afinou ao usar o microfone. Adotou um tom humilde, quase servil, para tentar escapar ileso do depoimento.

O ex-secretário de Comunicação se disse vítima de “boatos maldosos” sobre a intermediação da compra de vacinas. No entanto, perdeu a memória ao ser questionado sobre um termo usado pelo ex-ministro Eduardo Pazuello. “Não sei nem o que significa pixulé”, desconversou. “Melhor assim, não é?”, ironizou o senador Renan Calheiros. Ontem a foi a vez de Ernesto Araújo sofrer um surto de amnésia. Pivô de múltiplas crises com a China, o ex-chanceler jurou que nunca criou atritos com Pequim. Renegou até o artigo em que se referiu ao coronavírus como “comunavírus”, endossando a teoria conspiratória de que os chineses teriam lucrado com a pandemia. “Vossa excelência renega o que escreveu. Aí, não dá!”, protestou o senador Omar Aziz.

Em outro momento, Ernesto disse que o ideólogo Olavo de Carvalho não era o guru da sua política externa delirante. “O senhor de fato é um homem muito ousado, muito corajoso”, debochou a senadora Kátia Abreu, antes de chamar o ex-ministro de “negacionista compulsivo”. Apesar dos recuos e das gaguejadas, Wajngarten e Ernesto não conseguiram blindar o chefe. O publicitário admitiu que Jair Bolsonaro ignorou ofertas de vacinas da Pfizer. E o ex-chanceler confirmou que o presidente deu ordens para negociar a importação de cloroquina.

[COMENTÁRIOS: chega a ser cômico, para dizer o mínimo, o esforço gigantesco  (cuja inutilidade o tempo mostrará) que a imprensa empreende para tentar atribuir à CPI da covid-19 uma importância maior que a real e que será um êxito total. Quanto ao êxito concordamos, desde que seja medido por não apresentar  resultados compatíveis com os objetivos alegados para a sua criação.
CPI se destina a apurar fatos. ]Colher opiniões sobre isso ou aquilo é tarefa para os institutos de pesquisa. 
 
Alguns exemplos de situações absurdas e que desvirtuam o trabalho da CPI:
- Ontem mesmo aquele senador do AP, perguntou ao  ex-chanceler Araújo o que ele achava de determinado comentário do presidente Bolsonaro; paciência... - o que importa para uma CPI criada para apurar roubo de dinheiro público repassado pelo Governo Federal a estados e municípios e atos e omissões que possam ter causado prejuízos ao combate a peste covid-19? ABSOLUTAMENTE NADA. Bolsonaro pode ter falado a maior heresia ou uma frase maravilhosa e Araújo considerado horrível ou maravilhosa e EM NADA via influir na apuração dos fatos = Bolsonaro, Araújo, Kátia Abreu e qualquer cidadão ao emitirem a opinião mais sábia ou idiota, NÃO CAUSAM NENHUMA alteração no combate à pandemia; 
o que altera são os atos praticados em função de determinação daquelas autoridades??? 
-  O que interessa à eficácia dos trabalhos da CPI que o ex-chanceler tenha se recusado a pedir desculpas à senadora Kátia Abreu por acusá-la de fazer lobby pela tecnologia chinesa do 5 G??? 
- - O que  interessa ao êxito das investigações da CPI, que  Araújo não tenha dado um telefonema de agradecimento ao ditador Maduro por enviar oxig"ênio para socorrer Manaus? foi uma falta de educação (é crime ser mal-educado?)  e até um motivo até para sua demissão ( opção política que cabe ao presidente da República), mas, em nada influiu nos crimes praticados e que a CPI foi criada para apurar. 
- Araújo ao escrever o  artigo 'comunavírus'' -  pode ter sido desastre político, um ato de alguém sem noção  e incompatível com o bom senso e que justificaria sua demissão por razões políticas  -  emitia uma opinião, não fazia acusações. 
 
Mas o que querem a qualquer custo é derrubar o presidente Bolsonaro - por ser tarefa impossível, já se contentam que ele não seja reeleito. 
Um sábio senador,  Eduardo Girão, membro da CPI da Covid-19, pediu ao governo uma planilha com os registros de datas, locais e autoridades envolvidas nos passeios de Bolsonaro em Brasília. O presidente Bolsonaro antecipou a resposta que daria ao pedido de Girão aprovado pelo plenário da CPI:  Eu sempre estive no meio do povo, estarei sempre no meio do povo. Não interessa onde eu estava. Respeito a CPI. Estive no meio do povo, tenho que dar exemplo".]  
[a título de colaboração, fornecemos aos ilustres membros da CPI Covid-19, prova indiscutível do "crime" (sic) mais recente cometido pelo presidente Bolsonaro em termos de não uso de máscara:

 


Na semana em que o governo lançou uma campanha nacional pelo uso de máscara, todas as autoridades falharam em dar exemplo na visita de Bolsonaro ao Exército

MATÉRIA COMPLETA - Bernardo Mello Franco - O Globo

 

quinta-feira, 13 de maio de 2021

CPI da COVID - Mentiras perigosas - Merval Pereira

O Globo

Que o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro Fabio Wajngarten mentiu na CPI da Covid, disso não há dúvida. [pergunta boba: mentiu em qual trecho do depoimento? o que ele disse a revista VEJA não implica necessariamente ser verdadeiro, expressar a verdade  - foi uma mera entrevista em que o entrevistado tem, quando muito, um compromisso ético, político.] A partir daí, é possível detectar como os senadores estão despreparados para os interrogatórios e prospectar um resultado muito mais político do que real, se não mudarem de postura. Um resultado político pode ser sem grande valia, pois a própria característica da decisão poderá dar ao presidente Bolsonaro uma escapatória, atribuindo às acusações da CPI um teor eleitoral. [O Brasil já produziu a 'CPI do Fim do Mundo', o 'Inquérito do Fim do Mundo', a 'Comissão Nacional da (IN)verdade = mentira', o que  impede de produzir a CPI da Vergonha''?]

Poucos foram como o senador Tasso Jereissati, que citou uma campanha de volta ao trabalho — “O Brasil não pode parar”—, claramente negacionista, feita pela Secom, em contraposição ao depoimento do ex-secretário, que se apresentou como um seguidor da ciência e favorável às medidas de prevenção, como o distanciamento social.

Frequentemente as perguntas dos senadores eram confusas, inclusive as do relator Renan Calheiros, que, por precipitação, perdeu um grande momento quando pediu ao depoente que enviasse à CPI os e-mails que ele dissera à revista “Veja” ter “guardado”. A primeira reação de Wajngarten foi concordar, com um gesto de cabeça, para logo em seguida se aproveitar da confusão reinante para dizer que os tinha guardado no computador da Secom.

Mandar prender um depoente, mesmo que ele seja um mentiroso [sic] evidente como Fabio Wajngarten, não resolveria a situação da CPI, mas criaria um fato político que poderia reverter até mesmo em favor do governo Bolsonaro. Mesmo que a lei permita que se dê voz de prisão durante o depoimento, as mentiras de Wajngarten foram tantas e tão evidentes que dispensam essa medida extrema.

Chega a ser patética a falha do ex-secretário de Comunicação ao garantir que nunca discutiu nenhuma campanha com o presidente Bolsonaro. Deu-se um poder que nenhum secretário de Comunicação tem, nem mesmo no menor município do país. Uma secretaria de Comunicação existe para explicar aos cidadãos a política do presidente da República, que guia as ações de um governo. Nem Goebbels, na loucura do nazismo, teve tanto poder quanto Wajngarten atribuiu-se ridiculamente. Foram demitidos sumariamente os que tentaram sair da linha de orientação de Bolsonaro, um governante que sabidamente não admite contestações. Mesmo em governos democráticos, e não é o caso deste de Bolsonaro, ministros discordam entre si, mas a última palavra é do presidente.

Tomada uma decisão, o ministro que publicamente a criticar estará fora. [e merecidamente; entendemos que se um ministro divergir do presidente da República, ele tem o DIREITO, o DEVER e até o PODER,de expor suas divergências ao presidente - em conversa franca, reservada e leal.

Havendo acordo, segue o acordado. Permanecendo a discordância o ministro tem o DEVER DE LEALDADE, Honra e Lealdade estão sempre lado a lado, de pedir demissão. 

Só após a demissão anunciada e concretizada é que o ministro,melhor, o ex-ministro tem o DEVER e o DIREITO de convocar a imprensa e expor o acontecido.

Não pode é fazer como um ex-ministro, atualmente treinando para um campeonato de sinuca, que aproveitava reuniões de trabalho, públicas, com atenção especial da imprensa e sabotar o presidente.] 

Disputas entre ministros e ministérios são comuns, e muitos saem ao perder a capacidade política de defender internamente suas ideias. Foi o caso de Wajngarten, que tinha muito poder até a chegada ao governo do ministro da Comunicação, Fábio Faria, que o dispensou depois de muitos atritos entre os dois.  Mesmo a carta da farmacêutica Pfizer que ele entregou à CPI, considerada por seu presidente, senador Omar Aziz, o grande achado do dia, já era de conhecimento de todos, e provavelmente o diretor da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, que deporá hoje, daria conhecimento dela à CPI.

No início do interrogatório, ninguém tinha a íntegra da revista “Veja” para confrontá-la com o depoimento de Wajngarten. Parece que os senadores estavam certos de que o depoimento seria uma confirmação da entrevista à revista e não se prepararam para uma reviravolta. Em beneficio dos senadores, é raro que uma pessoa dê uma entrevista tão explícita quanto a que Wajngarten deu à “Veja” e depois tente tirar dela o teor explosivo que contém. Quando, já ao final da sessão, o senador do Cidadania Alessandro Vieira leu integralmente as respostas do depoente, é que ele foi obrigado a admitir algumas críticas.

O final da sessão deu-se em clima de baixaria, com o bate-boca em que ambos, os senadores Flávio Bolsonaro e o relator Renan Calheiros, se xingaram de “vagabundo”, sem que houvesse condições de definir quem tinha razão. Ou se os dois estavam certos. [com certeza o senador Flávio Bolsonaro não é o 'vagabundo' - quando o relator o chamou de vagabundo, invocou para sustentar a acusação uma suspeita que paira sobre o senador que, vindo a ser provada, constitui crime e não contravenção.
Ambos são senadores e apesar da elevada carga de trabalho que é atribuída aos senadores, sempre eles conseguem executar, ainda que  parcialmente, o que os isenta da infração a LCP.
]

Merval Pereira, jornalista - O Globo


sexta-feira, 20 de março de 2020

Por que Bolsonaro não teria sido contaminado pelo coronavírus - O Globo

Bela Megale

Coronavírus

Não faltam teorias circulando nos corredores do Planalto sobre o que teria blindado o presidente Jair Bolsonaro da contaminação pelo novo coronavírus. Ontem subiu para 18 o número de infectados que estiveram com o presidente nos Estados Unidos. Hoje esse número chegou a 23 pessoas. 

A hipótese que tem se espalhado entre integrantes da comitiva é que Bolsonaro teria sido poupado porque se deslocou, na maior parte da viagem, em um carro, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Já os demais circulavam em vans que seguiam o presidente em suas agendas. Bolsonaro já fez dois testes e a informação oficial é que ambos deram negativo. Independentemente do transporte terrestre, é fato que o presidente voltou ao Brasil no mesmo avião de pessoas contaminadas, como o chefe da Secom, Fabio Wajngarten. 


Bela Megale, jornalista - O Globo