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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Pazuello - Alon Feuerwerker

Análise Política

Os dois dias de depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello expuseram a força e o flanco frágil da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado da Covid-19. E a fonte de ambas é a mesma. O governo está em minoria na comissão, e isso ajuda a CPI a concluir ao final sobre a responsabilidade do governo, em particular do presidente da República. Mas o governo estar em minoria na comissão também ajuda a fazer crer que, independentemente dos achados durante os prováveis 180 dias de CPI, a conclusão dos trabalhos já está desenhada.

A história das CPIs mostra que elas têm maior ou menor sucesso conforme chegam, ou não, a algum fato realmente novo, e que oferece a prova da tese que se buscava demonstrar. E que quebra a unidade do bloco alvo. E aí o julgamento é também político, claro. O que a Fiat Elba tinha a ver com a definição de crime de responsabilidade? A rigor nada. Mas catalisou a comoção popular que deu impulso ao impeachment de Fernando Collor.

O objetivo da CPI é apontar o presidente da República como responsável último pelo elevado e trágico número de mortes por Covid-19 do Brasil. E os senadores oposicionistas trabalham em várias frentes: isolamento e afastamento social, vacinação, tratamentos de eficácia não comprovada, falta de oxigênio no desastre de Manaus. Todos esses fatos estão bem registrados, [lembrem-se:  tem que ser provado o efeito REAL que os atos e omissões que tentam atribuir ao presidente da República, causaram realmente os danos que tentam atribuir a comentários do presidente Bolsonaro - é sabido que há dúvidas quanto aos beneficios que isolamento e distanciamento social produzem no combate à pandemia;  
recomendar medicamentos de eficácia não comprovada para tratar uma peste para a qual não há um TRATAMENTO COMPROVADAMENTE EFICAZ,  com remédios que não são proibidos no Brasil (no máximo, para venda,  ocorre a retenção da receita médica) e cujos danos quando   usados no tratamento contra covid-19 nao foram comprovados, pode ter resultado no aumento do número de mortes/casos? mas o desafio da CPI é encontrar o elemento novo para fazer ruir a cidadela do um terço que vai sólido na base social de apoio ao presidente.
 
Mantido esse cacife, ele está capacitado a preservar reunida uma tropa de políticos que verão nele em 2022 a locomotiva dos projetos eleitorais deles. E que portanto estarão interessados em preservá-lo.  [cabe considerar que o tempo trabalha a favor do presidente Bolsonaro - apesar de alguns 'soluços' na evolução da peste e que deixam a impressão de uma terceira onda, o caminho inexorável é o FIM DA PANDEMIA.
É também questão de tempo - rogamos a DEUS que bem antes de dezembro próximo - que a combinação aumento do número de vacinados (aumentando a disponibilidade de vacinas, consequência da  inevitável redução da demanda por imunizantes = quanto mais pessoas vacinadas, menos a vacinar - redução do número de casos/mortes e o retorno do crescimento da economia, começará a trabalhar a favor dos que querem realmente o crescimento do Brasil, liderados pelo presidente Bolsonaro.
 
Os depoimentos do ex-secretário de comunicação, do ex-chanceler e do antecessor do atual ministro da Saúde não parecem ter trazido essa "bala de prata", ainda que seja provável a CPI ir para cima dos três no relatório final. Mas o jogo, como já se disse e se sabe, está só começando.
 
 
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

quarta-feira, 17 de março de 2021

TROCA NO MINISTÉRIO - O Globo

Malu Gaspar

Líder do governo admite "tempo perdido" no planejamento da vacinação no Brasil

Nem bem deixou o ministério, Eduardo Pazuello já passou a receber um tratamento diferente dos políticos que, até outro dia, tentavam blindá-lo. Depois de meses defendendo sua gestão dos ataques da oposição, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), reconheceu falhas no plano de vacinação conduzido pelo ex-ministro.
                                        Fonte: Blog Malu Gaspar - O Globo
 
 A fala ocorreu na sessão de ontem do Senado, quando se discutia a convocação do novo titular da pasta da Saúde, Marcelo Queiroga, para apresentar à comissão de acompanhamento do combate à pandemia um plano contra a falta oxigênio hospitalar no país. Fornecedores de oxigênio de pelo menos três estados já alertaram que os estoques estão se esgotando. 
[os políticos são pródigos em falar ... e fazer promessas que não pretendem cumprir. Mas nos tempos recentes estão se superando. O senador Fernando Bezerra, muito provavelmente  por não ter algo mais relevante a falar e pressionado por jornalistas,  especialmente os que formam a midia militante, que se consideram agora os auditores gerais da República, expeliu as pérolas, destacadas no parágrafo abaixo.] 
 
"Ao dizer que Queiroga está à disposição para prestar informações aos senadores, Bezerra Filho afirmou que o novo ministro está empenhado no diálogo com governadores, prefeitos e com o Congresso, para "reiterar a prioridade na campanha de imunização, recuperar o tempo perdido no planejamento da aquisição das vacinas e portanto viabilizar num prazo mais curto possível a ampla vacinação dos brasileiros.'" 
 
[destaques do amontoado de asneiras expelidas:  "reiterar a prioridade" - até o corona sabe que a vacinação é prioridade; "tempo perdido no planejamento..." - é notório que até meados 2020, no pico da pandemia, as vacinas eram apenas promissoras promessas... tempo perdido no planejamento da aquisição de algo inexistente ??? desenhando: planejar é essencial, indispensável, mas qualquer planejamento, cronograma - ainda que cumprindo determinação de suprema decisão - precisa do conhecimento de no mínimo um ponto de partida e um de chegada.
Mas já que estamos falando de inutilidades inúteis, chega a ser absurdo o motivo da reunião: atender a curiosidade de mais uma comissão inútil, qual seja: comissão de acompanhamento do combate à pandemia um plano contra a falta oxigênio hospitalar. Esquecem que os seres humanos, inclusive e especialmente os vitimados pela covid-19, cultivam o 'péssimo' hábito de necessitar de oxigênio para se manterem vivos. 
O que importa é deixar os profissionais responsáveis planejarem o fornecimento do oxigênio hospitalar, executar o planejado e após dar informações aos que a falta do que fazer ficam acompanhando o que os outros realizar.
Mas como besteira pouca é bobagem, se utilizam do último apara reclamação do governo não ter alguém para explicar ao público qual é o plano para evitar a falta de oxigênio. 
É tanta explicação  que falta tempo para fazer o que realmente importa. Curiosidade quando excessiva é reprovável.]

O convite para Queiroga falar à comissão da Covid foi aprovado, mas Bezerra pediu um tempo aos senadores para marcar a data da audiência. A razão que ele apresentou para o adiamento espantou os senadores: o novo ministro só toma posse nesta quinta-feira, e não se sabe ainda quem fica e quem sai, na transição de Pazuello para Queiroga. No pior momento da pandemia, portanto, o governo não tem alguém para explicar ao público qual é o plano para evitar que falte oxigênio nos hospitais brasileiros.

Leia mais: Avanço da Covid-19 pode ajudar a manter blindagem de Pazuello contra CPI

Malu Gaspar, colunista - O Globo


quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Randolfe Rodrigues pede afastamento do ministro da Saúde ao STF - Correio Braziliense

Parlamentar alega que Eduardo Pazuello é omisso e responsável pela crise na saúde provocada pelo aumento do número de casos de covid-19 no Amazonas [não surpreende o pedido do senador do Amapá; esse senador tem como principal fonte de sua produção legislativa (nenhuma)  pedir coisas absurdas, apresentar denúncias que são esquecidas por não procederem e coisas do gênero.
Ultimamente, sua Excelência estava meio recolhido, chegamos até a pensar que havia concluído que calado produz mais = não atrapalhando o trabalho do que realmente querem ser útil à Nação.] 
 
Em uma ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pede ao ministro Ricardo Lewandowski que o general Eduardo Pazuello seja afastado do comando da pasta de Saúde. No documento, o parlamentar também solicita que o governo federal informe, em até 24 horas, o planejamento para disponibilizar oxigênio na região Norte. [ridículo é o proceder algumas autoridades, não só do Legislativo que insistem em exigir apresentação de  planejamento do que não foi planejado;
ajudariam bem mais se em vez de pedir que apresentem um planejamento, executem determinadas medidas - nossa sugestão é ótima (somos modestos, mas...) só tem um inconveniente: a autoridade precisa ter sugestões, ter noção, ter conhecimento e aí a coisa pega.]
 
Além disso, o senador pede que o governo informe os níveis dos estoques de oxigênio em todo o país e apresente um planejamento para repor o gás nas localidades onde ele corre o risco de acabar nos próximos 30 dias. O afastamento de Pazuello, de acordo com a peça, é necessário “pelos diversos equívocos, incluídos os de logística, na condução das atividades ministeriais durante a pandemia do coronavírus, que, infelizmente, causaram a morte de mais de 210 mil cidadãos brasileiros, sendo que alguns não tiveram sequer a chance de lutar pela vida, por não terem oxigênio". 
 
Pará
No documento, o autor destaca que além da falta de oxigênio em Manaus, registrado desde a semana passada, cidades do Pará sofrem com a ausência do suprimento, que leva à morte de pacientes com covid-19 por asfixia.

A situação mais grave é na cidade de Faro, onde seis pessoas da mesma família morreram sem respirar. "Lá eles foram afetados pela falta de oxigênio e o mínimo que se pode fazer pelos que foram infectados pelo vírus é dar condições de lutar pela vida. E o governo não tem conseguido. Mortes por asfixia, por falta de atendimento adequado é desumano", disse o senador preocupado. O magistrado não tem prazo para decidir.

Política - Correio Braziliense 
 

sábado, 31 de outubro de 2020

Ministro da Saúde Eduardo Pazuello é internado em Brasília

Militar apresenta um leve comprometimento no pulmão; ele foi diagnosticado com Covid-19 no último dia 21 e está no hospital DF Star

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi internado na noite desta sexta-feira, 30, no hospital DF Star, em Brasília. Segundo fontes ouvidas por VEJA, o militar fará exames mais detalhados para Covid-19 e passa por acompanhamento. Ele deve ter alta neste fim de semana.

Pazuello, que tem 57 anos, foi diagnosticado com a doença no último dia 21. De acordo com os médicos, ele tem um leve comprometimento do pulmão e foi para o hospital após apresentar um quadro de desidratação, mesmo sintoma que teve logo que descobriu que estava com Covid-19.

VEJA


domingo, 7 de junho de 2020

Escória maldita - O Globo

Bernardo M. Franco

Sérgio Camargo se apresenta como jornalista e “inimigo do politicamente correto”. No ano passado, virou presidente da Fundação Palmares. O órgão federal foi criado para promover a contribuição dos negros à cultura brasileira. Agora está entregue a um provocador de extrema direita, que ofende a memória de Zumbi e diz ver uma herança “benéfica” da escravidão.

Reprodução

Em gravação que veio a público na terça-feira, Camargo xinga uma mãe de santo, insulta o movimento negro e impõe metas para um expurgo político. Exaltado, ele prega o combate a uma “escória maldita”. Refere-se a ativistas que lutam contra o racismo, não aos inquilinos do poder em Brasília. Ricardo Salles é advogado e criador do Endireita Brasil, grupo que dizia defender a “moralização da vida pública”. Em dezembro de 2018, foi condenado por improbidade administrativa. Treze dias depois, assumiu o Ministério do Meio Ambiente. Virou ídolo de grileiros, garimpeiros e madeireiros que lucram com a devastação da Amazônia.

Em reunião no Planalto, Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a pandemia para “ir passando a boiada”. O plano era usar a tragédia para acelerar o desmonte da legislação ambiental. Ele chegou a regularizar invasões ilegais na Mata Atlântica. Teve que recuar para não ser condenado pela segunda vez. Eduardo Pazuello é general paraquedista. Em maio, deu um salto mais ousado e pousou na cadeira de ministro da Saúde. Desde que assumiu a pasta, ele afastou mais de 20 técnicos para pendurar militares em cargos comissionados.

Sem formação em medicina, Pazuello executou um serviço que seus dois antecessores se recusaram a fazer. Assinou um protocolo para distribuir remédio de malária a pacientes infectados pela Covid-19. Nos últimos dias, o general cumpriu outra ordem insensata. Passou a atrasar a divulgação de informações oficiais para driblar os telejornais. Agora ele planeja recontar mortos para maquiar a extensão da tragédia. Arthur Lira é líder do PP, partido campeão de investigados na Lava-Jato. Em abril, articulou o acordo do bolsonarismo com o centrão. Em troca de cargos e vantagens, prometeu blindar o presidente num eventual processo de impeachment.

Ao abraçar o governo, o deputado já era réu por corrupção passiva no Supremo. Na sexta-feira, virou alvo de outra denúncia criminal. De acordo com a Procuradoria, ele embolsou R$ 1,6 milhão em propinas da Queiroz Galvão. A quantia é dinheiro de troco diante do orçamento bilionário que seu grupo passará a administrar.  Jair Bolsonaro é um capitão reformado que foi varrido do Exército por indisciplina. Depois de sete mandatos de deputado, elegeu-se presidente da República. Com a popularidade em queda e na mira de um inquérito no Supremo, passou a ameaçar um golpe de Estado. Seu filho Eduardo, o Bananinha, declarou que a ruptura institucional é questão de tempo.

Enquanto Bolsonaro conspira, a sociedade começa a voltar às ruas para protestar. Como todo autocrata, o capitão não aceita ser contestado. Na sexta-feira, chamou os manifestantes pró-democracia de “marginais, terroristas, maconheiros e desocupados”.

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo