Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Gaeco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Gaeco. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Operação prende advogados suspeitos de colaboração com o PCC

Em Cotia, na Grande São Paulo, foi preso o vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Luiz Carlos dos Santos

Uma operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil cumpre, na manhã desta terça-feira, 22, 41 mandados de prisão, busca e apreensão contra advogados e outros investigados suspeitos de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em várias cidades paulistas.

As investigações foram iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão do Crime Organizado (Gaeco) em Presidente Prudente, onde já foram efetuadas prisões. Na região de Campinas, ao menos três advogados foram detidos.

De acordo com as primeiras informações, eles são suspeitos de colaborar com a facção na elaboração de uma lista com os nomes de agentes penitenciários que seriam colocados como alvos do PCC. Também usariam contas bancárias pessoais para lavar dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Em Cotia, na Grande São Paulo, foi preso o vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Luiz Carlos dos Santos. Promotores e policiais fizeram buscas na sede do conselho, na capital. Houve prisões na região de Presidente Prudente, onde estão os presídios de segurança máxima que abrigam integrantes da cúpula do PCC.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Saber mais, clique aqui


 


 

sábado, 30 de abril de 2016

Marcola quer fazer botox

A nova tática do PCC: usar um exército de médicos cuja missão é obter autorização para que os líderes da facção possam fazer saídas temporárias da cadeia — momento nobre para uma fuga. 

Marcola, o líder, aproveitou o embalo para pedir uma esticadinha no rosto

Com poucas chances de escaparem dos presídios de segurança máxima onde estão confinados no interior de São Paulo, os líderes do PCC têm investido em um novo método para deixar a prisão pela porta da frente. A facção criminosa chega a gastar até 600 000 reais por mês contratando médicos particulares que visitam a cúpula do bando na cadeia e depois solicitam sua saída temporária para a realização de exames médicos e outros procedimentos. Só a penitenciária II de Presidente Venceslau - que abriga o líder máximo da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola - registrou 558 atendimentos médicos particulares no ano passado. Quando o presídio nega autorização para os exames, o exército de advogados a soldo da facção recorre à Justiça. Em Presidente Venceslau, em 106 casos os pacientes conseguiram deixar o presídio para atendimento fora dos muros.


 CATORZE ANOS NA PRISÃO: Marcola, do PCC, desde quando foi preso (1999, à esq.) até o registro mais recente, de 2013 (à dir.)(L.C. Leite/AE, José Bispo dos Santos Jr, Jonne Roriz/VEJA)

Mudar de ares, ainda que por algumas horas, não é um privilégio pequeno para os chefes do PCC - muitos deles submetidos ao severo Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que prevê 22 horas por dia na solitária e banho de sol separado dos demais presos. Mas o Ministério Público suspeita que haja outros objetivos por trás das saídas médicas. "Esses momentos aumentam a possibilidade de fuga e facilitam a comunicação com o mundo exterior, algo vital para que as lideranças encarceradas repassem ordens aos seus comandados", afirma o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que estuda a facção há uma década.

Em outubro do ano passado, a polícia barrou uma tentativa de resgate que o Ministério Público acredita estar diretamente ligada a essa nova tática. Ao invadirem uma chácara em Bauru onde se escondiam dez integrantes do bando, policiais encontraram jalecos e estetoscópios. Segundo os investigadores, o plano dos criminosos era usar o equipamento como disfarce para resgatar um integrante do PCC que seria atendido em um hospital da região.

Nem sempre a tática de conseguir marcar exames fora do presídio dá certo. Marcola, por exemplo, teve um pedido para fazer uma ressonância magnética no joelho negado pela Justiça - a administração penitenciária conseguiu provar que ele jogava bola com seus comandados todo dia e, portanto, não deveria estar tão mal assim. No momento, o número 1 do PCC aguarda decisão da Justiça para fazer - acredite, leitor - aplicações de Botox. Nesse caso, porém, tudo sugere que a solicitação só tem o propósito de satisfazer a vaidade do chefe da facção, já que a aplicação da substância é um procedimento simples e, se autorizada, pode ser feita na cadeia. No ano passado, Marcola fez dez consultas na prisão com médicos particulares - um deles, dermatologista. Mas o recordista em atendimentos é outro líder do PCC, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue. Um dos internos submetidos ao temido RDD, ele recebeu no ano passado nada menos que 44 atendimentos de profissionais de diversas áreas, incluindo dermatologistas e dentistas.

A facção sofreu alguns duros golpes nos últimos anos. Em 2013, o Ministério Público conseguiu mapear toda a estrutura de comando da organização e apresentou à Justiça a maior denúncia já feita contra o bando. Em seguida, dezessete integrantes da cúpula foram enviados para o RDD. Apesar disso, o PCC continua a se expandir. Em 2006, ele estava concentrado em São Paulo e tinha presença em alguns poucos outros estados, como o Paraná. Hoje, está espalhado por todo o território brasileiro. "Só no Estado de São Paulo, eles estão presentes em nove de cada dez presídios e possuem ascendência sobre 198 000 presos", calcula o promotor Gakiya.

No exterior, além de aumentar sua presença em países produtores de maconha e cocaína como Paraguai e Bolívia, a facção agora possui células na Argentina, no México, no Peru e na Colômbia. Nos últimos anos, a menina dos olhos do grupo passou a ser o chamado "Projeto Princesinha", que consiste no desenvolvimento de uma rota própria para levar a droga para Portugal. O Ministério Público já apreendeu planilhas de contabilidade do grupo em que aparece o registro do lucro com a venda para o continente europeu. O volume de droga ainda é pequeno, contado às dezenas de quilos, mas o potencial é enorme. O PCC pode não fazer mais tanto barulho como há dez anos, quando perpetrou uma onda de ataques que aterrorizou São Paulo, mas continua vivo e ativo. E seus líderes, como se vê, esbanjam saúde.

Fonte: Revista VEJA

 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Integrantes do suposto cartel no DF faziam ligações para combinar preços



Processo decorrente de força-tarefa mostra conversas entre empresários, representantes de distribuidoras e presidente do sindicato do setor de combustíveis. Nelas, segundo os investigadores, há fortes indícios de cartelização, acatados pela Justiça
Os integrantes do suposto cartel de postos de combustíveis usavam telefone, e-mails e encontros presenciais para combinar preços e, assim, ditar as regras do mercado no Distrito Federal. Os empresários falavam abertamente sobre o assunto e, em alguns casos, lançavam mão de códigos para acertar detalhes sobre os valores a serem fixados nas bombas de álcool, gasolina e diesel. O Correio teve acesso à íntegra do processo judicial decorrente da investigação do Ministério Público do DF e da Polícia Federal. Na última terça-feira, sete pessoas foram presas acusadas de envolvimento no esquema, entre empresários do setor e funcionários de distribuidoras.

Entre os presos, estão o presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis, José Carlos Ulhôa, e os empresários Antônio Matias e Cláudio Simm, das redes Cascol e Gasoline, entre as maiores do setor. A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico de José Carlos Ulhôa em agosto de 2011, por conta de indícios de existência do cartel. Com o sucesso da coleta dos dados, o Judiciário autorizou o monitoramento de outras pessoas. O objetivo era desvendar o modus operandi do suposto esquema.

Exclusividade
A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP (Gaeco) apuraram que a BR Distribuidora fornecia produto com exclusividade para mais da metade dos postos de gasolina do DF. A Cascol comandava 95 dos 312 estabelecimentos. A rede cresceu rapidamente na década de 1990, logo após a abertura do mercado de combustíveis. A empresa fechou contratos com a Petrobras e conseguiu muitas vantagens, como o arrendamento dos postos de propriedade da BR Distribuidora.

Outras redes chegaram a recorrer à Justiça para conseguir os mesmos benefícios na BR Distribuidora. A maioria dos contratos da Cascol foi firmada na época em que José Miguel Simas, também preso, era gerente de Vendas da BR Distribuidora. Depois de se aposentar, ele passou a integrar a Rede Cascol. Para a PF, isso pode ser indício de promessas de vantagens indevidas, recebidas quando ele ainda ocupava cargo na BR.

Essas vantagens só diminuíram a partir de agosto deste ano, em razão da crise econômica que levou as distribuidoras a reduzirem os benefícios concedidos aos postos revendedores. A polícia flagrou uma conversa de Antônio Matias com Adão do Nascimento Pereira, da BR Distribuidora, em que o empresário cobra a retomada dos benefícios. Essa movimentação do mercado decorrente do corte de benefícios foi fundamental para que a Polícia Federal e o MP conseguissem comprovar a combinação de preços.

O cartel influenciava até os preços do Entorno. Marcello Dorneles, da Rede JB, relatou em conversa telefônica interceptada a realização de uma reunião com vários empresários. O objetivo era fazer um acordo com o posto São Roque para definir preços que seriam praticados em Formosa e na BR-020. Dorneles, que é diretor do sindicato, é um dos que usam códigos em conversas para combinar preços. Em um diálogo com um concorrente, ele afirma que quer “fazer uma pinga 89”. Segundo os investigadores, isso significa que ele queria colocar o etanol a R$ 2,89. Entre as expressões usadas, os acusados falam em “descer no subsolo” (abaixar muito os preços), “matar ali no caminho” (não deixar que o movimento de baixa dos preços se alastre) ou “publicar na segunda-feira” (abaixar o preço na segunda).


As gravações demonstram que o presidente do Sindicato dos Donos dos Postos, José Carlos Ulhôa, atuava em prol da Cascol. Matias pagava o salário de José Carlos, equivalente a R$ 11,8 mil, e os demais gastos da entidade. Em muitas ligações, Antônio Matias dá ordens a Ulhôa. Para a PF e o MP, isso evidencia a existência de uma relação de subordinação.

Argumentos

A juíza Ana Cláudia de Morais Mendes, da 1ª Vara Criminal de Brasília, acatou os argumentos da PF e do MP. “O que se vê nos autos, até o momento, são indicativos suficientes de práticas delituosas, que afetam diretamente a coletividade de consumidores, bem como a atividade econômica desenvolvida no DF. A atuação estatal se mostra imperiosa para restaurar o equilíbrio rompido no meio social”, destacou a juíza, na decisão que determinou as prisões.


Os representantes de Antônio Matias e Cláudio Simm alegaram que ainda não tiveram acesso aos autos. Os advogados de José Carlos Ulhôa e de Marcello Dorneles, Raul Livino e Antônio Gomes, explicaram que a defesa pediu à Justiça a revogação da prisão temporária dos dirigentes do Sindicombustíveis. 

Eles esperam que Ulhôa e Dorneles sejam soltos ainda hoje. A Petrobras Distribuidora informou, por meio de nota, que colabora com as autoridades. A Ipiranga declarou que as medidas serão avaliadas assim que a empresa tiver conhecimento dos autos. A defesa dos outros acusados não foi localizada.

Fonte: Correio Braziliense

sábado, 8 de agosto de 2015

PCC fatura R$ 16 milhões ao mês e tem cofres secretos, aponta CPI

O controle do PCC (Primeiro Comando da Capital) ao crime organizado em São Paulo ocorre dentro dos presídios paulistas e leva a facção a faturar R$ 16 milhões por mês com crimes. O grupo possui até uma poupança escondida em imóveis, onde existem cofres com R$ 1 milhão --o dinheiro seria utilizado em momentos de "dificuldades".

Essas e outras informações constam no relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), divulgado nessa quarta-feira (5) pela Câmara dos Deputados. A atuação de organizações criminosas dentro das unidades foi um dos principais problemas apontados nas investigações das unidades prisionais do país.  O relatório cita que, em menos de cinco anos, o faturamento do PCC dobrou. A CPI lembra que um livro-caixa apreendido pela polícia mostrou que, em 2008, a facção arrecadava R$ 4,8 milhões por mês em média com assaltos, roubos a bancos, sequestros e outros crimes. "Esse número aumento para R$ 8 milhões por mês entre os anos de 2010 e 2013, passando a mais de R$ 16 milhões por mês nos dias atuais, segundo levantamento feito pelo Ministério Público, este é o movimento 'normal' da facção", apontou.

Para cuidar do dinheiro, existiria na facção a figura do 'contador', responsável pela contabilidade. O grupo tem até uma "poupança." "Como reserva para momentos de dificuldades, a facção criou as chamadas Minerais, espécie de cofres preenchidos com R$ 1 milhão cada um. As interceptações telefônicas do Ministério Público apontam a existência de ao menos sete Minerais escondidas em imóveis comprados pela facção. A localização delas é desconhecida", informou.

Organização e comunicação
O relatório traça um raio-x da maior organização criminosa do país. "Em São Paulo, o 'staff' da facção PCC, formado pelo chefe e subchefes, é chamado pelos detentos de 'Família Real'. Abaixo dos subchefes vêm os 'Pilotos'", ressalta.


Em depoimento à CPI, o promotor Lincoln Gaklya, integrante do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), disse que nem mesmo os bloqueadores de celulares conseguiram quebrar a cadeia de comando, já que há encontro com advogados que garantem a comunicação entre integrantes dentro e fora do presídio.  "Essa eficiência da comunicação é um dos pontos fortes da facção e é capaz de fazer a informação chegar ao líder de cada setor, sem interceptações. Com a ajuda de uma rede de advogados instalados na 'Sintonia dos Gravatas', pagando até R$ 2.000 para mulheres visitarem presos levando informações e R$ 25.000 por cada celular entregue, e dessa forma a cúpula e os Sintonias Gerais e Finais conseguem comandar toda a cadeia produtiva da organização mesmo dentro do sistema penitenciário", ressalta.

Para os deputados da comissão, as lideranças do PCC exercem "domínio e fascínio sobre a massa carcerária." "Elas prometem ser a 'voz' dos detentos nas prisões e em muitos casos fazem acordos com diretores de presídios, que cedem a 'facilidades' em troca de ausência de motins", explica.
Combate é "diuturno", diz Estado

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo diz que "combate diuturnamente o crime organizado em parceria com a inteligência das polícias e com o Ministério Público." Porém, informou que "mais informações não podem ser fornecidas por questão de segurança."


Diz, porém, que a política estadual é de "tolerância zero com relação à entrada de objetos ilícitos". "Todas as unidades prisionais do Estado estão equipadas com aparelhos de raio-x de menor e maior porte, além de detectores de metal de alta sensibilidade que ajudam a coibir a entrada de equipamentos e drogas, atreladas a vigilância constante dos agentes de segurança, treinados para evitar a entrada de ilícitos nos presídios", informou.

A secretaria afirma ainda que contratou uma empresa para instalar bloqueadores de sinal de celular nos presídios que abrigam presos líderes de facções criminosas e nas que possuem presos de alta periculosidade. "Inicialmente foram abrangidos inicialmente 23 presídios", finalizou.

Fonte: UOL.com.br