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sábado, 18 de maio de 2019

Presidente Bolsonaro?

O líder máximo do Executivo ainda pensa como deputado do baixo clero. Sua articulação é débil, repleta de improvisos e de polêmicas vazias. Os sinais de desgaste já são evidentes

[não sejamos tão pessimistas; o nosso presidente começa a dar sinais de que vai seguir os conselhos de milhões de brasileiros e começar a governar sem 'aspones'.
Ainda restam, deste mandato, pouco mais de 7/8 do tempo - muita coisa boa Bolsonaro ainda pode realizar, desde que deixem e ele queira realmente governar.
Bolsonaro esquecendo que não é mais parlamentar e fazendo o certo - governar = campanha só em 2020, seu Governo vai dar certo.]
 
Jair Bolsonaro precisa assumir a presidência. Quase cinco meses após a posse continua agindo como um deputado do baixo clero. Esqueceu que está no mais alto cargo da República. Que há um protocolo. Que qualquer coisa que fale tem imediata consequência política. Não custa lembrar o episódio sobre o preço do óleo diesel e a queda das ações da Petrobras. Insiste em agir como parlamentar que precisa a todo momento contentar sua base eleitoral. Suas falas agressivas acabam gerando repercussões extremamente negativas. Vai a Dallas — após o vexame de Nova York receber um título que, após polêmicas, diminuiu de tamanho. E por que Dallas? Há o encontro com George W. Bush. Porém, o ex-presidente americano é opositor de Donald Trump. Assim como seu pai, o também ex-presidente George H. W. Bush (1924-2018), que fez questão de dizer que, em 2016, votou em Hillary Clinton. Qual o ganho diplomático? E o roteiro da viagem? Quais reuniões foram planejadas?

O improviso tomou conta do Palácio do Planalto. Não causará estranheza se em um banquete oficial for oferecido pão com leite condensado. [esse risco não existe; qualquer falta é só atravessar o rua e pedir emprestado do supremo estoque de iguarias que o STF mantém.] Estamos no momento do vale-tudo. Porém, mostras de cansaço são evidentes. O Itamaraty virou sucursal de Steve Bannon. O extremista de direita tomou a Casa de Rio Branco. Hoje, a política externa é determinada por uma organização estrangeira a serviço de uma ideologia exótica e que coloca em risco a segurança nacional. Algo que nunca ocorreu na história da República.

O caos político poderá levar à derrota da reforma da Previdência. A coordenação política é confusa. Os parlamentares indicados para os cargos de liderança são de primeiro mandato. Não conhecem a história do nosso parlamento e são péssimos articuladores. Dão mais atenção às redes sociais do que ao trabalho. Estão deslumbrados com os minutos de fama. Esqueceram que precisam obter, no mínimo, 308 votos em duas votações no plenário da Câmara dos Deputados. Optaram por atacar os próprios colegas, ordenando que suas bases de apoio os desqualifiquem nas redes sociais. Como se isso levasse a construir uma maioria constitucional.

E Jair Bolsonaro nisso tudo? Assiste passivamente. Não age. Não consegue liderar. No fundo, sente saudades dos tempos da Câmara dos Deputados. Era tudo tão fácil. Bastava dar uma entrevista bombástica, de forma bem irresponsável, que virava notícia. O fato não trazia nenhuma consequência. Sumia para reaparecer, meses depois, como alguma nova patacoada.



Marco Antonio Villa - Revista Istoé

 

quarta-feira, 16 de maio de 2018

O PT está à caça de Obama

O partido sonha com uma declaração dele a favor de Lula

Empenhada em fazer repercutir internacionalmente a prisão de Lula, a direção nacional do PT está à procura de interlocutores que possam convencer o ex-presidente Barack Obama a fazer algum pronunciamento a respeito. A essa altura, qualquer coisa que ele diga a favor de Lula estaria de bom tamanho para o partido.

Em abril de 2009, ao encontrar Lula durante um almoço em Londres por ocasião da reunião de líderes do G20 (grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento), Obama apontou para ele e disse: “É o cara”. Depois acrescentou: “É o político mais popular do mundo”. E, por fim, sorrindo, admitiu: “É porque ele é boa pinta”.

O PT distribuiu, ontem, uma nota assinada por François Hollande, ex-presidente francês, Massimo D’ Alema e Romano Prodi, ex-presidentes do Conselho de ministros da Itália, Elio Di Rupo, ex-primeiro-ministro da Bélgica, e José Luis Zapatero, ex-primeiro-ministro da Espanha, onde eles pedem para que Lula possa ser candidato às próximas eleições.  “A prisão apressada do presidente Lula, incansável arquiteto da redução das desigualdades no Brasil, defensor dos pobres de seu país, só pode despertar nossa emoção”, diz a nota. “A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes.”

Extrair uma declaração de Obama não será tarefa fácil para o PT. O próprio Lula, em conversa recente com o ex-presidente do Equador Rafael Correa, contou que se deu melhor com o republicano George W. Bush, presidente dos Estados Unidos entre 2001 e 2009, do que com o democrata Obama que o sucedeu até 2017.  “Na relação com o Brasil, o Bush e a Condoleezza [Rice, secretária de Estado americana à época] foram muito mais democráticos que o Obama e a Hillary Clinton [primeira chefe da diplomacia americana do democrata]”, afirmou Lula. Que aproveitou para criticar o presidente Donald Trump: “Penso que os Estados Unidos mereciam alguém melhor”.

[o condenado Lula não tem do que reclamar, já que todos os seus amigos são EX-alguma coisa;
só Lula além de ser EX é também ATUAL = presidiário.

Blog do Noblat - VEJA


quarta-feira, 2 de maio de 2018

Tradutor de presidente sofre, mas se diverte



O trabalho dos tradutores dos presidentes não se limita a verter palavras para outras línguas — eles, muitas vezes, melhoram o script 

Em um momento do encontro em Roma em 2008 com Silvio Berlusconi, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segurou a gravata do italiano e ficou esfregando os dedos polegar e indicador como se avaliasse a qualidade da seda. Olhando para o rosto do primeiro-ministro, disparou: “Esse aqui tem a cara do Collor e do Maluf juntos!”. Berlusconi não entendeu nada. “Che cosa ha detto?”, indagou. O carioca Sérgio Xavier Ferreira, que estava ao lado do ex-presidente, atuando como intérprete, imediatamente atalhou. “O presidente elogiou muito sua gravata”, respondeu. No dia seguinte, Il Cavaliere mandou uma caixa com 50 gravatas daquelas como presente para Lula.

A história ilustra o papel essencial — e nem sempre discreto — assumido pelos tradutores à medida que a diplomacia presidencial se tornou mais ativa nas ações de política externa. Entre os intérpretes, Sérgio Ferreira, que traduzia para Lula desde 1992 e era petista, tornou-se uma lenda porque fazia um trabalho muito além de traduzir e interpretar o que Lula falava. Ferreira polia frases, sofisticava o vocabulário, tornava compreensíveis as metáforas de futebol e casamento frequentes em seus discursos, assim como dava graça, em outras línguas, às piadas de Lula, quando não as omitia, como no caso da gravata de Berlusconi.

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O fim do regime militar e os primeiros anos de redemocratização não deixaram mais espaços para o amadorismo. Com o fim da Guerra Fria, o andamento veloz da globalização e a criação de uma infinidade de agrupamentos de nações, a profissionalização da tradução tornou-se regra para países que, como o Brasil, tinham ambições na cena internacional. Os anos 1990 marcaram uma mudança substancial na maneira como o Brasil se colocava no plano internacional, e, de lá para cá, tradutores se tornaram tão presentes no gabinete e nas comitivas do presidente quanto os chanceleres.

Desde 1995, com a posse de Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto, até abril passado, os quatro presidentes brasileiros comandaram 449 visitas internacionais e receberam, no Brasil, centenas de chefes de Estado e governo. Michel Temer deverá completar a 450ª visita ao desembarcar em Singapura, no próximo dia 7 de maio. Só não houve mais visitas internacionais porque Temer, entre tantos incêndios para apagar em Brasília, pouco tempo teve para despender no exterior. E sua antecessora, Dilma Rousseff, tinha pouca disposição para se dedicar à política externa. Esses encontros entre chefes de Estado e governo — com olho no olho, leitura de expressões faciais, apertos de mãos, cochichos com assessores, sinais, mensagens em voz natural — ainda não foram superados pelos engenhos do mundo virtual.

(...)

Apesar da familiaridade com Lula, certa vez engasgou quando o presidente se referiu às comunidades de mulheres quebradeiras de coco de babaçu para uma plateia de empresários estrangeiros. Rapidamente, encontrou uma versão adequada em inglês: “coconut cracking women”. Lula percebia seu esforço. Em um jantar oficial, enquanto falava com um chefe de Estado, picou o pão em pedacinhos, passou manteiga em cada porção e as deu a Ferreira, uma a uma, como se fosse seu canário do reino.

Ferreira chegou ao Palácio do Planalto de “salto alto”, lembram funcionários do gabinete presidencial daquela época. Assinara um contrato como assessor especial do gabinete da Presidência, cargo de confiança para o qual estava prevista a remuneração como DAS-5, o segundo patamar mais alto. Estava orgulhoso disso. Tanto que passou a corrigir os demais servidores quando era chamado de “tradutor”. Sarcásticos por natureza, os diplomatas passaram a referir-se a ele, as suas costas, como “DAS-5”.

Na primeira participação de Lula na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, que o Planalto demorara a confirmar, Ferreira brigou com o chefe do cerimonial da Presidência, o embaixador Paulo César Oliveira, no lobby do Waldorf Astoria, porque fora hospedado em um hotel vizinho. Com o passar dos tempos, Ferreira percebeu que sua condição de “assessor especial da Presidência” o impedia de fazer outros trabalhos de tradução e diminuía sua renda.

Ferreira tentou salvar Lula de várias gafes. Algumas vezes, não conseguiu. Em novembro de 2003, em visita oficial à Namíbia, o então presidente afirmou em discurso que estava surpreso “porque quem chega a Windhoek não parece estar num país africano. Poucas cidades do mundo são limpas e bonitas (como esta)”. Ferreira interrompeu o raciocínio do presidente, dando-lhe uma chance de refazer a frase controversa, e disse que não o estava entendendo. Lula retomou: “A visão que se tem da África é de que são todos pobres”. O tradutor omitiu o que Lula dissera sobre Windhoek ser uma capital limpa, apesar de africana e pobre. Somente os brasileiros entenderam o deslize. Lula costumava chamar Ferreira de “meu dublê” e o salvava com frequência dos seguranças estrangeiros que, quase sempre, barravam a passagem do tradutor.

Às vezes, a carga de humor de Lula também se perdia na tradução. Em 2007, durante uma coletiva de imprensa ao lado de George W. Bush, em São Paulo, Lula descontraiu-se suficientemente para dizer que o chanceler Celso Amorim e a secretária de Estado Condoleezza Rice deveriam ser trancados em uma sala até atingirem o “ponto G” da negociação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca). O tradutor verteu a expressão para “dot G”, que nada tinha a ver com a conotação erótica dada por Lula que, em inglês, seria “G spot”. Enquanto os jornalistas brasileiros e o próprio Lula riam, Bush e a delegação americana só entenderam a piada mais tarde, quando propriamente traduzida.

(...)

Época
 

 

domingo, 17 de julho de 2016

Banalização da morte de policiais preocupa, dizem especialistas

Situação reflete a pouca importância que a sociedade dá a agentes da lei, ao contrário dos EUA

Sem autoridades ou pêsames oficiais, o sepultamento do PM reformado Carlos Magno Sacramento, 60º policial morto no Rio este ano, aconteceu na última terça-feira apenas com a presença de parentes e alguns colegas de farda. Um dia antes, o presidente Barack Obama e seu antecessor, George W. Bush, fizeram homenagens a cinco policiais mortos em Dallas, nos EUA. O contraste reflete um fenômeno cada vez mais preocupante, segundo especialistas, de banalização de crimes contra agentes de segurança pública. Para eles, perde a sociedade como um todo. Neste sábado, a estatística mudou: o soldado Carlos Eduardo dos Santos Mira, de 33 anos, foi baleado num confronto com bandidos numa favela em Niterói. Agora são 61 policiais mortos. 
 Segundo o sociólogo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, é como se essas mortes fossem inerentes a um processo, aceitáveis numa suposta guerra particular. Uma naturalidade, diz ele, que já recaía sobre o assassinato de jovens negros e pardos nas favelas e periferias da cidade.- No fundo, a sociedade entende que algumas pessoas podem morrer. Está na conta dessa guerra, desde que não atinja grupos com protagonismo. Do contrário, vai se resignar e dizer que essa é a história do país. Quase todos os gestores repetem que estamos vivendo um faroeste. A verdade é que o Estado brasileiro está deixando matar e morrer, e a vida do policial, grande parte também negra e vivendo nas periferias, parece ter menos valor - diz o sociólogo. [errado igualar as circunstâncias da morte de policiais - que ocorrem em sua maioria quando estão no legítimo cumprimento do DEVER - com a morte de jovens negros e pardos nas favelas e periferias da cidade.
A maior parte das vezes os policiais partem para o confronto no estrito cumprimento do DEVER LEGAL.
Já a maioria dos jovens - que nem sempre são negros e pardos, há brancos entre eles, sendo leviana a tentativa de criar uma situação de racismo onde não existe  - morrem por ação de bandidos ou em confronto com a polícia, já que a maior parte daqueles jovens estão envolvidos com o crime, especialmente o tráfico de drogas.
Errado é tentar passar a ideia de que o jovem negro e pardo é um criminoso em potencial.
Muitos jovens que estão envolvidos com o crime, são em sua maioria negros e pardos mas também existe brancos, amarelos que cometem crimes e devem ser punidos com igual rigor.
E, se tratando de bandido (seja qual for a cor da pele) é DEVER e DIREITO do policial fazer o necessário para que se alguém tenha que morrer não seja o policial.]

De acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, realizado pelo Fórum, 2013 e 2014 registraram, respectivamente, 104 e 98 mortes de policiais no Estado do Rio - a maioria PMs. Se no segundo semestre de 2016 a frequência de assassinatos seguir o ritmo do início do ano, a estatística de mortes de agentes da lei deve superar a desses dois anos.

PERCEPÇÃO DO VALOR SOCIAL
No caso de Carlos Magno, a PM informou que o subtenente foi morto numa tentativa de assalto num bar do bairro Apolo III, em Itaboraí. Em Dallas, os agentes foram alvejados numa emboscada durante uma manifestação contra o racismo. Aqui, conta a filha de Carlos Magno, Karina Vianna de Sacramento Terra, a família custeou o enterro do PM e não recebeu sequer uma nota de pesar de uma autoridade.  - Ninguém nos procurou. Depois de 30 anos na ativa, há dois meu pai estava aposentado e complementava a renda como segurança. Foi uma vida inteira servindo à corporação e, agora, não teve retorno algum, nem uma nota lamentando sua morte - ressente-se Karina.

Coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidade da Universidade Cândido Mendes, a cientista social Sílvia Ramos chama de "omissão política declarada" esse silêncio do comando da PM, da Secretaria de Segurança e do governo diante da repetição de casos como o de Carlos Magno. Ela lembra que, nos EUA, além da presença de Obama e Bush nos funerais dos policiais, é rotina prefeitos e governadores acompanharem sepultamentos de agentes de segurança mortos em serviço.  - Não temos ouvido uma palavra do comandante-geral da PM (coronel Edison Duarte), nem com respostas técnicas nem lamentando as mortes. Às vezes, nem os comandantes de batalhões comparecem aos enterros. Principalmente quando um policial morre praticando aquilo que a sociedade delegou a ele, que é o uso da força, é muito grave - diz Sílvia, acrescentando que a questão social influencia na forma com que encaramos a morte, o que explica a maior comoção quando a vítima é de classe média. - Parece que faz parte do dia a dia do trabalho policial. Da mesma forma, não nos chocamos com três mortos por bala perdida no Complexo do Alemão. A cidade não se mobiliza. 

O músico Marcelo Yuka, baleado ao tentar evitar um assalto na Tijuca no ano 2000, por sua vez, pondera que a falta de reação social pode estar associada a um medo da população em relação à polícia. Para ele, falta mobilização também das forças de segurança e dos governos quando um jovem é morto numa ação policial:  - Ao mesmo tempo, é preciso que a polícia se veja como parte da sociedade, não como uma elite. E, como tal, classe média pobre, mais perto daqueles que ela oprime do que daqueles que a mandam oprimir. Tudo faz parte de um grande abandono humano, em que a vida não vale nada. 

Ex-comandante do Bope, o antropólogo Paulo Storani concorda que os policiais estão sendo vítimas de uma crescente violência nas ruas que atinge a população de modo geral. Ele aponta uma série de fatores para essa situação. Entre eles, a falta de planejamento em segurança pública e a deficiência do sistema de formação policial. No entanto, ele defende que há uma campanha sistemática de desqualificação dos serviços públicos, entre eles, o da polícia. - É desenvolvida a mentalidade de que a polícia mata, causando um afastamento do cidadão. Achamos que o policial tem obrigação de fazer aquilo e tem que arcar com o ônus da profissão, que seria morrer. Não é por aí - observa.

‘POLICIAL É DESCARTE’
Já o coronel reformado Fernando Belo, presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio, ressalva que, como parte da sociedade, a polícia também comete erros. Mas esses equívocos, argumenta, não representam a maior parte das ações da PM: - Enquanto o presidente dos EUA suspendeu compromissos para ir ao funeral, aqui ninguém vai ao enterro, sequer manda um telegrama à família ou telefona. O policial é visto como um descarte. Se morrer, tira a roupa dele, põe em outro, toca a corneta, canta o hino da PM e enterra. É um desprezo, um descaso. [a mentalidade que considera o policial descartável,  tem que acabar; e para que essa mudança ocorra é preciso e muito  que o policial se conscientize que entre a morte de um policial e a morte de um bandido, que morra o bandido.
Óbvio que se policiais começarem a matar bandidos - adotarem o 'norte' que entre morrer e matar dez bandidos, escolher a segunda opção é DEVER e DIREITO do policial - a turma dos 'direitos humanos' vai chiar.
Que chiem, esperneiem, o importante é que o bandido ao ver que a policia mata, vai evitar o confronto, reconhecer a autoridade do policial.
Policial tem que ter compromisso de CUMPRIR e FAZER CUMPRIR as LEIS e o de VOLTAR SÃO E SALVO PARA CASA, custe o que custar.]


Fonte: O Globo
 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Jeb Bush diz que casamento gay não deve ser direito constitucional

A declaração do republicano traz à tona o primeiro embate entre as agendas de Bush e Hillary Clinton, favoritos a disputar a Casa Branca em 2016

Provável candidato republicano à Casa Branca, o ex-governador da Flórida Jeb Bush declarou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo não deve ser um direito garantido pela Constituição dos Estados Unidos. Em entrevista à rede de televisão católica The Brody File, no sábado, Bush disse que as empresas deveriam ter o direito de se recusar a prestar serviços a casais homossexuais por motivos religiosos. "Um grande país, um país tolerante, deveria ser capaz de apontar a diferença entre discriminar alguém por causa de sua orientação sexual e não forçar alguém a participar de um casamento que ela acredita ir contra seus valores morais".  

O político ressaltou que aquela representava apenas a sua opinião sobre o tema. "Não sou advogado", acrescentou. A declaração representa uma divergência significativa entre as agendas de Bush e Hillary Clinton, favoritos nas primárias dos partidos Republicano e Democrata, respectivamente, em uma eventual corrida presidencial em 2016.

Hillary iniciou campanha no Estado americano do Iowa, em abril, e mudou de opinião sobre o casamento gay em apenas 72 horas. Os assessores da candidata afirmaram, na ocasião, que ela defenderá a validade da união de pessoas do mesmo sexo no âmbito federal, contrariando declarações recentes em que havia respaldado a independência de cada Estado para legislar sobre o assunto. A declaração foi feita dias antes de a Suprema Corte americana começar a debater a constitucionalidade do matrimônio entre homossexuais.

O julgamento trata de vetos impostos pelos governos estaduais de Kentucky, Michigan, Ohio e Tennessee. Trinta e seis dos cinquenta Estados americanos permitem o casamento gay. Caso a Suprema Corte decida pela legalidade do matrimônio entre homossexuais, a medida poderá ser aprovada em todo o país. Para Bush, isso não mudará a sua opinião sobre o tema. "Independentemente do veredicto da Suprema Corte e do que eles decidirem, temos que nos manter como fiéis apoiadores do casamento tradicional", afirmou o republicano. Segundo o jornal The Guardian, Bush disse ter formado as suas opiniões com base no catolicismo, e não em fundamentos jurídicos. "Se nós queremos criar o direito de ascender na sociedade, precisamos restaurar o comprometimento em uma vida com uma família amorosa, com uma mãe e um pai cuidando de suas crianças com todo o coração e alma", declarou. Bush também ironizou o atual posicionamento de Hillary, sugerindo que ela declarou apoio ao casamento gay por interesses políticos. "É interessante que, há quatro anos, Barack Obama e Hillary Clinton tinham a mesma opinião que eu acabei de expressar. São milhares de anos de cultura e história que estão sendo transformados em uma velocidade extremamente rápida. É difícil compreender por que isso está acontecendo dessa forma".

Iraque - Jeb Bush, de 61 anos, é filho e irmão de ex-presidentes americanos - George H. W. Bush e George W. Bush. O republicano tem enfrentado pressões nas últimas semanas para distanciar a sua imagem da herança política deixada pelo irmão, fortemente ligada à guerra no Iraque. Pesquisas mostram que a maioria do público já julga que o conflito que matou quase 4.500 americanos e mais de 30.000 iraquianos não deveria ter sido travado. Com o tempo, também os políticos republicanos passaram a considerar que a ausência de armas de destruição em massa prejudicou a incondicional defesa de George W. Bush para justificar a guerra.

Os problemas de Jeb começaram no início da semana passada, quando afirmou à Fox News que também teria iniciado a guerra que seu irmão começou, mesmo sabendo o que se sabe hoje. Ao longo dos dias, ele foi forçado a corrigir sua declaração, dizendo que entendeu a pergunta errado e que não teria iniciado a guerra tendo as informações que tem hoje. Chegando a um jantar republicano em Iowa na noite de sábado, ele admitiu: "respondi errado, todos cometemos erros".

Da redação