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domingo, 18 de julho de 2021

A feitiçaria médica do Planalto - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

Feiticeiros de palácio às vezes são bem-sucedidos e às vezes prejudicam a saúde dos pacientes cujo poder pretendem preservar

Às 8h57m de quarta-feira a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou o seguinte: “O Presidente da República, Jair Bolsonaro, por orientação de sua equipe médica, deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, nesta quarta-feira (14) para a realização de exames para investigar a causa dos soluços.

Por orientação médica, o Presidente ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital. Ele está animado e passa bem.”

Salvo a data e a identidade do paciente, era tudo mentira.  Em seguida, o chefe da Casa Civil, general da reserva Luiz Eduardo Ramos, informou: “Teve fortes dores às 4h, mas nada de grave até o momento. Então, graças a Deus, ele está muito bem. Repousando, que é o que ele precisa.”

Salvo as dores da madrugada, tudo mentira. Horas depois, Bolsonaro chegava ao Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde montou um pequeno circo. Feiticeiros de palácio às vezes são bem-sucedidos e às vezes prejudicam a saúde dos pacientes cujo poder pretendem preservar. Assim se deu com a “apendicite” de Tancredo Neves em 1985 e com a “gripe” do marechal Costa e Silva em 1969. É verdade que às vezes conseguem esconder os padecimentos dos chefes. Em 1959 esconderam o enfarte de Juscelino Kubitschek. 
João Goulart teve pelo menos três ataques cardíacos entre 1961 e 1964. Jamais se falou do leve acidente vascular cerebral transitório de José Sarney. [atualizando: Graças a DEUS o presidente Bolsonaro recebeu alta, está ótimo, a realização de cirurgia não foi necessária = repouso e tratamento medicamentoso bastaram.] Dois presidentes brasileiros, Costa e Silva e João Figueiredo, assumiram o cargo com médicos cantando a pedra de suas doenças circulatórias. Deu no que deu. Um foi incapacitado por um derrame e o outro perdeu o rumo com um enfarte em 1981. Lula e Dilma Rousseff deram exemplos de transparência médica.

O Bolsonaro que, segundo a Secom passava bem e estava animado na quarta-feira, esteve internado no Hospital das Forças Armadas quatro dias antes. Felizmente, a realidade paralela dos feiticeiros foi retificada pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. Ele revelou também que, ainda em Brasília, o pai foi para uma Unidade de Terapia Intensiva, onde intubaram-no “para evitar que ele aspirasse o líquido que estava vindo do seu estômago”. (Tratava-se da sonda gástrica.)

Se Bolsonaro tivesse ido a uma unidade do Samu no terceiro dia de sua crise de soluços, com muita probabilidade teria sido recebido a prescrição de vários exames. Paciente voluntarioso, como Tancredo, Bolsonaro não faz o que mandam os médicos. Às vezes, o paciente disciplinado acaba iludido pelos feiticeiros. Em 1969, passadas 27 horas do primeiro aviso de uma complicação neurológica e depois de perder a fala pela terceira vez, o presidente Costa e Silva perguntou ao capitão médico do serviço de saúde do Planalto:
Não será derrame o que estou sentindo?
Não senhor. Derrame não é. Vamos apurar tudo direitinho.
Era uma isquemia cerebral.

A insônia de Bolsonaro faz parte das mazelas da política nacional. Em 2019 ele contou: “Fiz exames para verificar as condições do sono. E descobri 89 episódios de apneia por hora (número de interrupções respiratórias no período). Detenho o recorde brasileiro de apneia”. Não é um recorde que devesse se vangloriar. Getulio Vargas tinha a sua apneia, mas cuidava-se, no limite da hipocondria.

Só os médicos podem decidir e devem falar com autoridade a respeito do estado de saúde do presidente. Se não fosse a intervenção de Flávio Bolsonaro, essa internação teria começado com feitiçarias.

Calmante Fux
O efeito do calmante com que o ministro Luiz Fux moderou o radicalismo do capitão durou menos de 72 horas. Internado, Bolsonaro voltou a acusar os adversários pelos seus padecimentos e a falar bem de si: “Com honestidade, com honra e com Deus no coração é possível mudar a realidade do nosso Brasil.”

(.........)

Omar Aziz
Se Deus é brasileiro e estiver vacinado, quando a CPI do Senado retomar suas audiências públicas, seu presidente, Omar Aziz, tratará seus pares com o respeito que a etiqueta da Casa determina.
Seu estilo de bedel ao tratar com os colegas governistas ofende até quem torce por ele.
 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Bolsonaro já despacha de hospital por videoconferência: "Em breve, de volta a campo"

O mandatário está internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele foi diagnosticado com obstrução intestinal. A hipótese de cirurgia está quase afastada, segundo equipe médica

 (crédito: Reprodução / Redes Sociais)

[Inimigos do Brasil = inimigos do presidente = nós avisamos que vocês iriam perder mais uma. DEUS É MAIOR! Nosso presidente está protegido da sanha assassina dos que não aceitam que ele seja o presidente do Brasil - com ótimas chances de reeleição.]  

O presidente Jair Bolsonaro postou nesta sexta-feira (16/07), nas redes sociais, uma foto onde aparece caminhando pelos corredores do hospital Vila Nova Star, em São Paulo, conduzindo um suporte de soro. Na legenda, o mandatário afirma que "em breve estará de volta a campo" e agradece as orações de apoiadores.
 

O ministro chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, publicou por meio do Twitter que o chefe do Executivo já despacha por meio de videoconferência.

Ontem, o último boletim divulgado afirma que o presidente teve a sonda nasogástrica retirada e que deverá voltar a se alimentar hoje. No entanto, ainda não há previsão de alta hospitalar. Na data, em entrevista ao apresentador Sikêra Jr, direto do hospital, ao lado do médico Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, Bolsonaro relatou que "a chance de cirurgia é bastante afastada".

(crédito: Reprodução / Redes Sociais)

Também na ocasião, uma foto postada nas redes sociais pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mostra o mandatário de pé, posando para uma foto ao lado de outra paciente enquanto se apoia em um suporte de sonda. Na legenda, Michelle caracterizou o marido como "custoso demais".

Política - Correio Braziliense

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Quadro de saúde de Bolsonaro evolui de forma 'satisfatória', diz boletim

Bolsonaro evolui de forma “satisfatória”, diz boletim

O presidente segue internado sem previsão de alta

O presidente Jair Bolsonaro Alan Santos/PR/Divulgação

O quadro de saúde do presidente Jair Bolsonaro evolui “de forma satisfatória clínico e laboratorialmente”, segundo informações do último boletim médico. O comunicado, assinado pela equipe médica do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, disse que o planejamento terapêutico previamente estabelecido permanece e que não há previsão de alta hospitalar.

Giulia Vidale -  Saúde - VEJA 

 


domingo, 8 de setembro de 2019

Bolsonaro é operado em São Paulo - Quarta cirurgia de Bolsonaro tem início em São Paulo

A operação é a “céu aberto”, não por laparoscopia, e busca corrigir complicação originada no local das cirurgias anteriores


O problema é resultado do enfraquecimento natural da parede abdominal depois de sucessivos procedimentos invasivos. Esta é a quarta intervenção à qual Bolsonaro se submete desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral no ano passado.

Infecções ou excesso de esforço físico podem contribuir para dificultar a cicatrização — Bolsonaro, lembre-se, desfilou montado em um cavalo quarto de milha, galopando, durante evento em Barretos, interior de São Paulo.
A operação é considerada de médio porte e será a “céu aberto” — não por laparoscopia. O cirurgião devolve o órgão que está saindo e fecha a abertura. Durante o procedimento, o médico pode optar por usar uma prótese, uma espécie de tela, para reforçar o local.
Bolsonaro deverá manter uma dieta totalmente líquida nas primeiras 24 horas após a cirurgia. E nos dois dias seguintes consumir alimentos pastosos.

Quarta cirurgia de Bolsonaro tem início em São Paulo

Equipe médica do presidente corrige hérnia incisional; procedimento é de média complexidade e baixo risco
O presidente Jair Bolsonaro passa neste domingo por cirurgia no hospital Vila Nova Star em São Paulo. A operação estava prevista para às 7h, mas começou às 7h35. Trata-se do quarto procedimento cirúrgico ao qual o presidente é submetido desde o atentado sofrido há um ano de dois dias, em 6 de setembro de 2018, antes do primeiro turno da eleição.

A cirurgia servirá para corrigir uma hérnia incisional e deve durar cerca de duas horas. Segundo especialistas, o procedimento é de média complexidade e baixo risco ao paciente. No caso da hérnia incisional, o problema é causado pelo enfraquecimento muscular da região que foi operada. Quanto mais cirurgias na mesma área, maior é a chance de surgimento dessa condição.

O cirurgião Antonio Luiz de Macedo e o cardiologista Leandro Echenique, médicos que atendem o presidente, chegaram ao local às 6h40. Essa é a primeira operação de Bolsonaro no hospital — as outras cirurgias foram realizadas no Hospital Albert Einstein. Em maio, Antônio Luiz Macedo foi contratado pela Rede D'Or e passou a atender no hospital. A unidade de luxo conta com cinco salas de cirurgia. Na sala onde Bolsonaro está sendo operado, existe a possibilidade de que a família do presidente acompanhe o procedimento.

No fim da noite de sábado, por volta das 23h, Bolsonaro publicou em uma rede social estar confiante para a cirurgia. Ele havia dado entrada no hospital às 20h. Um grande dia hoje! Vi nos olhos dos brasileiros o renascer da esperança de um futuro melhor para o Brasil. Com a permissão de Deus, inspirados nesse sentimento, buscaremos juntos este objetivo! Sigo confiante para a próxima cirurgia. Que Deus nos abençoe escreveu o presidente.

O vice-presidente Hamilton Mourão irá assumir a Presidência pelos próximos cinco dias. A expectativa é que Bolsonaro fique internado por até dez dias, mas seus médicos admitem que o presidente pode deixar o hospital antes dessa estimativa.

Veja e O Globo