Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
STF deve analisar tema das visitas íntimas nos presídios federais
O Supremo Tribuna Federal, e em consequência direta o Poder Judiciáriobrasileiro como um todo, vive o pior momento de sua história. Se esse momento de treva não é agora, quando poderia ter sido?
Alguém é capaz de citar outro?
Fala-se, talvez, da época passada sob o regime militar. Então, por força do AI-5, a Justiça brasileira não podia apreciar atos do Poder Executivo – o que é a negação das ideias de Justiça independente, igual para todos e fiel à lei, fundamentais para as democracias. Mas agora a situação é flagrantemente pior.
Naquela ocasião, o Judiciário não cumpria a lei porque era forçado a não cumprir pelo poder armado dos militares, o único existente. Hoje, num caso sem precedentes na história do país, é o próprio STF quem tomou a iniciativa de romper com as leis e a Constituição,ao criar em Brasília um comitê de salvação pública que deu poderes absolutos a si próprio, tanto jurídicos como políticos, e passou a governar ilegalmente o Brasil.
Não pode restar nenhuma dúvida sobre o escândalo a céu aberto que está sendo a conduta do STF.
O STF viola de maneira frontal e pública as leis em vigor. Reprime o que considera “errado”, e não o que está nos textos legais, conduzindo pelo menos dois inquéritos perpétuos para punir, segundo diz, “notícias falsas”, “milícias digitais” e “atos antidemocráticos” – atividades que não existem como crime e dependem exclusivamente da interpretação pessoal dos ministros para serem reprimidas.
Suprime direitos civis dos cidadãos, a começar pelo direito de defesa. Transformou-se numa delegacia nacional de polícia, que vai à casa dos brasileiros às 6 horas da manhã para “batidas”, apreende celulares, passaportes e objetos pessoais. Prende pessoas. Bloqueia contas bancárias. Quebra o sigilo de suas comunicações privadas.
Proíbe que se manifestem nas redes sociais.
Anula leis aprovadas legitimamente pelo Congresso Nacional. Trata-se, quando procede assim, de uma Justiça de ditadura; um instrumento do Estado para perseguir inimigos políticos, e não um sistema que aplica as leis do país para garantir os direitos e impor os deveres dos cidadãos.
Nada representa essa aberração tão bem, no momento, quanto os “processos de Brasília” –a conduta ilegal dos ministros do STF na investigação e no julgamento dos atos de vandalismo e outras violências cometidos no dia 8 de janeiro contra os edifícios dos Três Poderes. A violação das leis por parte da “Suprema Corte”, neste episódio, já vem sendo demonstrada há quatro meses – não, é claro, pela maior parte da mídia, que sonega informações e apoia a conduta dos ministros. Mas os protestos contra a ilegalidade acabam de ganhar uma nova dimensão.
O STF viola de maneira frontal e pública as leis em vigor. Reprime o que considera “errado”, e não o que está nos textos legais.
O advogado Antônio Mariz, e outros colegas, assinaram um artigo no jornal O Estado de S.Paulo no qual expõem com serenidade, e sem qualquer sombra de repreensão política ao STF, as profundas falhas jurídicas que estão ocorrendo nos processos do dia 8 de janeiro.
Mariz aponta, entre as mais indiscutíveis violações à lei, a falta da descrição detalhada e individual das condutas dos acusados – um mandamento elementar do processo penal, exigido por qualquer regime democrático do mundo civilizado.
Critica os julgamentos por “lotes”,e não pessoa por pessoa, como manda a lei. Lamenta os julgamentos no mundo dos “bytes”, em “sessões virtuais” que nada têm a ver com a operação normal de um sistema de justiça. Mariz lamenta, especialmente, o brutal cerceamento ao direito de defesa dos réus que o STF impôs nos seus inquéritos.
Cita, a respeito, um óbvio despropósito: os advogados só têm cinco minutos para fazer a defesa oral de seus clientes na manifestação do agravo. “Quem consegue promover a demonstração de tese, ainda que simples, em cinco minutos?”, pergunta ele. “Ninguém!”
O problema, para o STF, a esquerda que clama por “cadeia” e uma imprensa que aplaude o pisoteio das leis para “salvar a democracia”, é a condição dos autores do artigo.Mariz é um dos mais destacados participantes do grupo de advogados Prerrogativas, que se colocou publicamente a favor de Lula na última campanha eleitoral; também é conselheiro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, e um crítico intransigente da Operação Lava Jato.
Vai ser impossível, para o STF e seu sistema de apoio, dizer que o advogado é ummero descontente “bolsonarista” ressentido, ou uma voz da “extrema direita”, ou culpado pelo pecado mortal do antipetismo. Nem ele e nem os seus colegas são nada disso.
Se estão, até mesmo eles, reclamando da ilegalidade maciça dos “processos de Brasília”, não pode restar nenhuma dúvida sobre o escândalo a céu aberto que está sendo a conduta do STF.
O Banco Central é a única coisa da administração federal em que Lula não manda, e ele não se conforma que seja assim
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central | Foto: Montagem Revista Oeste/Wikimedia Commons/Raphael Ribeiro/BCB
A guerra enraivecida que o presidente Lula faz neste momento contra o Banco Central é um escândalo a céu aberto.
Lula, para se falar português claro e na ordem direta, está agindo para destruir as instituições, essas mesmas instituições tão sagradas para o Supremo, o Congresso e tanta gente mais — pois, queiram ou não queiram,o Banco Central é uma instituição brasileira, encarregada de cuidar da estabilidade da moeda nacional e independente do Poder Executivo por força de lei. A moeda é um bem público; não pertence, como Lula está querendo, aos que mandam no governo, e muito menos a ele.
Tem de estar protegida de interesses políticos, ideológicos e pessoais — de novo, tudo o que Lula não quer. A autonomia do Banco Central não é um capricho da “direita”, uma exigência do “mercado” ou uma invenção de Jair Bolsonaro para agradar os“ricos”. É uma peça institucional do Estado e uma conquista do povo brasileiro — em vez de ficar com o valor do seu dinheiro entregue aos desejos do presidente da República, o cidadão tem o seu patrimônio material resguardado por um órgão independente, que não presta obediência à política e nem serve à demagogia dos políticos.
Lula, o PT e a esquerda querem acabar com isso.
O presidente, em sua ira, não está manifestando uma discordância quanto à política de juros, ou a outras questões de gestão econômica que fazem parte das tarefas legais do Banco Central. Também não está, como diz hipocritamente o seu Sistema, “propondo um debate” sobre o assunto. Está dizendo, simplesmente, que uma instituição brasileira deve ser eliminada — ou ser amputada de sua característica mais importante, o que dá exatamente na mesma.
Segundo o Supremo, e segundo repetem todos os dias as diversas polícias ideológicas de seu governo, isso é proibido;
não se pode agredir as “instituições”, nem pregar “animosidade” contra elas. Mas Lula não apenas faz as duas coisas, como espalha ódio e distribui insultos a quem discorda de sua posição.
Acusa o Banco Central de causar a miséria no Brasil. Diz que a autonomia é “uma bobagem”. Chamou o presidente do banco, que jamais lhe fez mal algum, de “esse cidadão”. Que raio de “debate” existe nisso tudo? Seu Ministério da Verdade acusaria de espalhar fake news, ou no mínimo de “desinformação”, quem dissesse que o órgão encarregado da estabilidade da moeda é responsável pela pobreza — ou pela política econômica.
E que tal dizer, por exemplo, que a autonomia da justiça é uma “bobagem”?Na mesma linha: por que Lula não chama a atual presidente do STF de “essa cidadã”?
Onde está a valentia que exibe contra adversários que não podem se defender?
Lula está pouco se lixando para os pobres. Quer um governo que distribua dinheiro barato para os amigos e compre a sua permanência no poder
O Banco Central, no momento, é a única coisa da administração federal que funciona com alguma racionalidade e competência;é por isso, e por nenhuma outra razão, que a inflação fechou 2022 abaixo dos 6% ao ano e continua sob controle.
Também é a única em que Lula não manda, e ele não se conforma que seja assim.
Como um sultão africano ou um ditadorzinho bananeiro, quer mandar em tudo. Mais: quer mandar já. O mandato do atual presidente termina daqui a dois anos, e aí Lula vai poder nomear quem quiser, mas ele não quer esperar até lá; exige um Banco Central que obedeça de imediato às suas ordens. Em condições normais, um chefe de governo sério estaria agradecendo a política monetária que mantém a taxa de juros em 13,75% ao ano — o que é muito impopular, mas contém a alta de preços e a degradação do real.
Mas as condições não são normais, e nem o chefe de governo é sério. Lula e o seu entorno mais escuro acham que país sem inflação é “país de direita” ou de “ricos” — algo tão estúpido quanto objetivamente falso. É o exato contrário.
A maior vítima da inflação e a primeira a sentir os seus efeitos é a população pobre, que vê o pouco dinheiro que tem no bolso perder o valor e não dispõe de meios para se defender disso. E daí? Lula está pouco se lixando para os pobres. Quer um governo que distribua dinheiro barato para os amigos e compre a sua permanência no poder. O resto que se exploda.
Lula e a esquerda insistem em dizer que o presidente do Banco Central não foi eleito por ninguém; não poderia, portanto, mandar em nada. É um argumento cretino. Os ministros do STF também não são eleitos, e ninguém está exigindo que eles deixem de ter autonomia. E então:Lula vai dizer que o ministro Alexandre de Moraes não pode tomar as decisões que toma? Ou vai se esconder alegando que o Supremo é “diferente?”
O Supremo não é diferente — é o que a lei diz que ele deve ser.
O Banco Central também não é diferente de coisa nenhuma.
Tem independência em relação ao governo porque a lei brasileira diz que tem de ser assim. Essa lei foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República em 2021. Em agosto de 2021, por 8 votos a 2, o STF decidiu que ela é constitucional.
Qual é, então, o problema? O problema é que Lula, desde o seu primeiro dia no governo, joga tudo na promoção do tumulto — e dos seus interesses pessoais, que ele julga favorecidos pelo tumulto que cria. Essa desordem, por sinal, é um dos principais motivos para que os juros não baixem. Lula, de propósito, faz declarações abertamente irresponsáveis sobre a economia — quando não são feitas por ele, essas agressões vêm da incompetência primitiva da sua “equipe econômica”, ou da treva pura hoje instalada na direção do PT.
A inflação, naturalmente, já estaria a caminho da disparada, com a campanha destrutiva feita pelo presidente e por seu Sistema contra a estabilidade da economia brasileira.
É para segurar, na medida do possível, a alta de preços e a desvalorização do real que “esse cidadão” mantém os juros nos 13,75%. (Outro dos seus graves delitos, para o PT e a mídia, é a suspeita de que votou nas últimas eleições vestindo uma camiseta com as cores verde e amarela da bandeira nacional.)
Lula não tem um projeto de governo para o Brasil. Tem um plano de destruição de tudo aquilo que veio antes dele —não só do governo Bolsonaro, mas também do governo Michel Temer e do que sobrou dos governos de Fernando Henrique.
O Banco Central faz parte desse plano, mesmo porque uma de suas funções é cuidar dos US$ 320 bilhões das reservas internacionais do Brasil. Eis aí uma questão-chave do projeto de demolição geral —Lula quer doar parte desses bilhões para as suas ditaduras amigas de Cuba, Venezuela, Nicarágua etc.,e para isso precisa de algum haddad ou mercadante prestando obediência a ele no comando do Banco Central.
O presidente parece não se importar com o que a opinião pública acha disso, ou do fato de que a única obra do seu governo é um gasoduto na Argentina, ou de morar com dinheiro do pagador de impostos num hotel de luxo, porque acha que o Palácio da Alvorada não é adequado para as exigências do seu conforto.
Por razões ancoradas nos julgamentos políticos que faz hoje, Lula acredita que só tem a ganhar com um Brasil em estado de desmanche; fica mais agressivo sempre que se formam situações difíceis, e estima que a agressividade joga a favor da sua manutenção no poder.
O Banco Central é um elemento fundamental para um país que queira viver em ordem, dentro da normalidade e com respeito à lei.
Não serve para o plano-mestre do presidente da República — ou para algo que dá toda a impressão de ser isso.
Governador do DF, IBANEIS ROCHA, aquele que entende que governar bem é demitir um diretor de hospital por semana - esquece que o problema não é de gestão e sim falta de pessoal e medicamento.
DINHEIRO TEM - tanto que, diariamente são veiculados anúncios na televisão, apregoando a fantástica qualidade do atendimento na SAÚDE PÚBLICA = mentira, seria verdade ser falasse sobre ATENDIMENTO FANTASMA, teria sentido, já que não existe, apesar da não existência assombrar e apavorar.
Vamos falar sobre COLETA DO LIXO - não era um bom serviço,também não era o pior = na maior parte do DF a coleta era diária e umas duas ou três cidades a coleta ocorria DIA SIM, DIA NÃO.
O Ibaneis resolveu cortar custos na LIMPEZA URBANA e tomou a "inteligente" decisão de reduzir o número de veículos, demitir algumas centenas de gari, automatizar a varrição e gastar alguns milhões com publicidade para divulgar a economia.
Decidiu também a COLETA DE LIXO passaria a ser em TODO O DF, esquema DIA SIM, DIA NÃO.
Resultado o lixo que só se acumulava na periferia, passou a ocupar TODAS as áreas do DF.
O SUDOESTE, a parte próxima ao ex-Parque da Cidade, - considerado, ainda, área nobre do DF, apesar dos problemas de segurança e outros foi transformado na gestão IBANEIS em um depósito de lixo a céu aberto.
A periferia que já tinha muita sujeira, agora se transformou em mini lixão da Estrutural = fechou o LIXÃO DA ESTRUTURAL e criou vários outros.
PARABÉNS GOVERNADOR!!!! o senhor conseguiu PIORAR O IMPIORÁVEL.
PARABÉNS também por sua pronta recuperação. E pela sua sabedoria - optou por serviços médicos particulares,evitou, durante o período de recuperação ir a qualquer Posto de Saúde do DF.
A operação é a “céu aberto”, não por laparoscopia, e busca corrigir complicação originada no local das cirurgias anteriores
A expectativa é que a cirurgia tenha uma duração de duas a três horas.
O presidente Jair Bolsonaro
está sendo operado neste domingo (8) no Hospital Vila Nova Star, em São
Paulo. A expectativa é que a cirurgia tenha uma duração de duas a três horas. O novo procedimento busca corrigir uma hérnia.
O problema é resultado do enfraquecimento natural da parede abdominal depois de sucessivos procedimentos invasivos. Esta é a quarta intervenção à qual Bolsonaro se submete desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral no ano passado.
Infecções ou excesso de esforço físico podem contribuir para
dificultar a cicatrização — Bolsonaro, lembre-se, desfilou montado em um
cavalo quarto de milha, galopando, durante evento em Barretos, interior
de São Paulo. A operação é considerada de médio porte e será a “céu aberto” — não
por laparoscopia. O cirurgião devolve o órgão que está saindo e fecha a
abertura. Durante o procedimento, o médico pode optar por usar uma
prótese, uma espécie de tela, para reforçar o local. Bolsonaro deverá manter uma dieta totalmente líquida nas primeiras 24
horas após a cirurgia. E nos dois dias seguintes consumir alimentos
pastosos.
Quarta cirurgia de Bolsonaro tem início em São Paulo
Equipe médica do presidente corrige hérnia incisional; procedimento é de média complexidade e baixo risco
A cirurgia servirá para
corrigir uma hérnia incisional
e deve durar cerca de duas horas. Segundo especialistas, o procedimento é
de média complexidade e baixo risco ao paciente. No caso da hérnia
incisional, o problema é causado pelo enfraquecimento muscular da região
que foi operada. Quanto mais cirurgias na mesma área, maior é a chance
de surgimento dessa condição.
O cirurgião Antonio Luiz de Macedo e o cardiologista Leandro Echenique,
médicos que atendem o presidente, chegaram ao local às 6h40. Essa é a primeira operação de Bolsonaro no hospital — as outras
cirurgias foram realizadas no Hospital Albert Einstein. Em maio, Antônio
Luiz Macedo foi contratado pela Rede D'Or e passou a atender no
hospital. A unidade de luxo conta com cinco salas de cirurgia. Na sala
onde Bolsonaro está sendo operado, existe a possibilidade de que a
família do presidente acompanhe o procedimento.
No fim da noite de sábado, por volta das 23h, Bolsonaro publicou em uma rede social estar confiante para a cirurgia.
Ele havia dado entrada no hospital às 20h.— Um grande dia hoje! Vi nos olhos dos brasileiros o renascer da
esperança de um futuro melhor para o Brasil. Com a permissão de Deus,
inspirados nesse sentimento, buscaremos juntos este objetivo! Sigo
confiante para a próxima cirurgia. Que Deus nos abençoe — escreveu o
presidente.
O vice-presidente Hamilton
Mourão irá assumir a Presidência pelos próximos cinco dias.
A expectativa é que Bolsonaro fique internado por até dez dias, mas seus
médicos admitem que o presidente pode deixar o hospital antes dessa
estimativa.
Vistoria
do Ministério Público de Goiás constatou desde corpos em decomposição
do lado de fora do prédio até tratamento inadequado de restos mortais.
Situação desumana e perigosa deixa população exposta
MP pede interdição de IML
As más condições do Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia (GO) e a
insistência em não melhorar o atendimento e as instalações do prédio
levaram o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) a tomar uma
medida drástica: pedir na Justiça a interdição do serviço e fechamento
da unidade que atende quase 900 mil pessoas que vivem nos 10 municípios
goianos localizados no Entorno Sul do Distrito Federal, sob pena de o
próprio governador de Goiás, Marconi Perillo, pagar multa em caso de
descumprimento. A ação foi protocolada na última quinta-feira e pode ser
aceita ou não pela Justiça.
Vistoria feita pelo órgão mostrou
cenas desumanas:corpos em decomposição alocados dentro de urnas
abandonadas do lado de fora do prédio e cercadas por moscas; veículos
antigos como criadouros de baratas; geladeiras e materiais em desuso
largados a céu aberto. Além disso, segundo o MPGO, o local não tem
documentação básica para o funcionamento, como alvará sanitário, licença
ambiental, regularidade técnica emitida pelo Corpo de Bombeiros e Plano
de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde.
Do
lado de fora do IML, urnas em desuso ainda servem para acondicionar os
corpos: instituição atende quase 900 mil pessoas, inclusive para exames
de corpo de delito
O promotor responsável pela ação, Julimar
Alexandro da Silva, conta que teve dificuldade de acesso ao prédio para
fazer a vistoria. Todas as vezes que marcava a visita, a direção do IML
arrumava uma desculpa para desmarcar. Por isso, a saída foi a presença
surpresa, momento em que as imagens anexadas na ação foram realizadas.
“Há mais de uma década, o IML de Luziânia é um problema e o MPGO tenta
resolver a questão amigavelmente e extrajudicial. Mas nada é feito.
Chegamos ao limite”, afirma.
Série de assassinatos cometidos por policiais nos últimos meses denuncia a volta dos grupos de extermínio
As ruas do Butantã, zona oeste de São Paulo, estavam aparentemente
tranquilas às 14h do feriado de 7 de setembro. Apenas aparentemente.
Pelas vias do bairro de classe média alta da capital paulista, policiais
militares perseguiam dois assaltantes que fugiam numa moto. Eles se
separaram, mas, alcançados pelos PMs, se renderam e foram imobilizados.
Seria o fim de mais um roubo cotidiano se os homens da lei não tivessem
executado os suspeitos, ação flagrada em dois vídeos diferentes. Um
deles, registrado pela câmera de segurança de um imóvel, mostra Paulo
Henrique Porto de Oliveira, 18 anos, saindo de uma caçamba onde estava
escondido, tirando a roupa para mostrar que não portava armas, se
deitando no chão e sendo algemado. Outros PMs chegam à cena e o que se
segue é surpreendente: as algemas são retiradas, o jovem é arrastado
para um muro e baleado duas vezes no abdome por um policial. Outro
agente corre para a viatura, pega uma arma e a deposita ao lado do
cadáver. Enquanto isso, o morador de um prédio próximo flagra por
celular o comparsa de Oliveira, Fernando Henrique da Silva, 23, ser
jogado do telhado pelo PM Samuel Paes.
Momentos depois, são ouvidos dois
disparos. Divulgadas as imagens, os 11 policiais envolvidos foram
presos a pedido do Ministério Público. “Ficam muito claras duas
execuções cruéis, criminosas”, diz o promotor Rogério Leão Zagallo,
responsável pelo caso. Para o ouvidor da Polícia do Estado de São
Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, o episódio mostra que existem
batalhões de extermínio atuando na capital à moda dos esquadrões da
morte dos tempos da ditadura militar. “Ficou claro que são PMs que saem
para matar”, afirma. “Não dá para acreditar que um estado com mais de
800 homicídios em confrontos com a polícia em 2014 não tenha grupos
organizados que acham que estão fazendo uma limpeza na sociedade.” [afirmação, no mínimo, precipitada. Antes de proferir opinião tão parcial, tão favorável aos bandidos o ilustra ouvidor deveria levar em consideração - citando inclusive - o número de confrontos, o número de bandidos envolvidos em ocorrências policiais em cada dia que algum marginal foi morto e também o número de policiais. 800 homicidios/ano em confronto significa 2,2 por dia. Convenhamos que em São Paulo é um número mínimo. Certamente no mesmo período ocorreu mais de 1.000 confrontos/dia.]
FLAGRANTE
Câmera registra PMs matando homem rendido e desarmado
(sequência à esquerda) e, à direita, policial joga um
suspeito do telhado. Depois ele seria executado
Sabe-se que muitos agentes que deveriam fazer o patrulhamento das ruas
estão tão habituados à carnificina que levam consigo kits-incriminação,
para o caso de precisarem responsabilizar as vítimas após os confrontos.
Em 2012, o empresário Ricardo Prudente de Aquino, 39, foi assassinado
por PMs na Vila Madalena, zona oeste da capital, após supostamente fugir
de uma abordagem por portar maconha. O desenrolar das investigações
mostrou que os agentes plantaram a droga no veículo. Aquino, afinal, não
possuía o perfil de quem leva armas. Os dois mortos do Butantã sim.
“Eles saem preparados para fraudar o local do crime” diz Neves.
O Ministério Público e a ouvidoria concluíram que os passos friamente
calculados dos policiais, exibidos nos dois vídeos amplamente
divulgados, mostram que eles estão acostumados com situações de
extermínio. Dois deles já haviam sido envolvidos em confrontos com
mortes, mas nenhum chegou à Justiça Militar. Está também sob
investigação a ligação das execuções do Butantã com a chacina que
aconteceu perto dali, em agosto, e deixou 19 mortos em Osasco e Barueri,
zona oeste da Grande São Paulo. PMs são os principais suspeitos pela
autoria. Uma denúncia anônima revelou, segundo ISTOÉ apurou, que as
pistolas calibre 9mm e .380 usadas para incriminar Oliveira e Silva
foram utilizadas na matança do mês passado. As armas foram encaminhadas
para o Instituto de Criminalística, mas a perícia só deve concluir se as
cápsulas achadas nos locais da chacina saíram ou não das pistolas na
semana que vem.
Os mortos da zona oeste engrossam uma estatística
macabra. Só nos sete primeiros meses deste ano as forças policiais foram
responsáveis por 421 homicídios em São Paulo. “Quando a polícia
ultrapassa 5% do total de homicídios do estado é preciso entrar em
alerta. Nós estamos em quase 20%”, afirma José Vicente da Silva Filho
coronel da reserva da PM e especialista em segurança pública.
O estado de São Paulo, infelizmente, não está sozinho nesta trágica
realidade. Os esquadrões da morte são pestes que infestam as forças de
segurança brasileira – muitas vezes com respaldo dos mandatários. Os
bandos mais famosos começaram a aparecer pouco após o Golpe de 1964, no
Rio de Janeiro (leia quadro), e se alastraram para diversos estados do
País. Em São Paulo, o policial justiceiro mais conhecido foi o delegado
Sérgio Paranhos Fleury, que ganhou fama de linha dura contra o crime e
foi logo cooptado para caçar opositores do regime militar, sendo
apontado como torturador e autor de vários assassinatos de presos comuns
e políticos. “No Brasil esses grupos de extermínio nunca deixaram de
existir”, diz o ouvidor Neves. Para ele, prova disso é a morte do
coronel da PM José Hermínio, eliminado em 2008 após combater a ação dos
esquadrões na zona norte da capital. O caso levou o então governador
José Serra (PSDB) a admitir a existências dessas quadrilhas, mas os
acusados acabaram inocentados por falta de provas.
Na contramão das evidências, o secretário de Segurança Pública de São
Paulo Alexandre de Moraes minimizou as declarações do ouvidor,
classificando-as de “panfletárias”. Neves, no entanto, diz ouvir relatos
reiterados da ação desses bandos. “Recebemos denúncias de pessoas
atuando em conjunto, por isso a gente acha que existem grupos de
extermínio. Infelizmente é a realidade.” Enquanto não reconhecer que
policiais promovem com as próprias mãos julgamentos e execuções sumárias
de suspeitos, o estado jamais será capaz de mudar essa situação. PMs
que matam a céu aberto em plena luz do dia estão certos de que não terão
de pagar pelos crimes que cometem. “O destemor tem um fundamento: a
certeza da impunidade. A versão que eles contaram ali é a versão que
prevaleceria naquele inquérito, porque certamente foi a versão que
prevaleceu em outras circunstâncias parecidas”, afirma o promotor
Zagallo.
Fotos: Jorge Araujo/Folhapress
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