A Armênia foi a primeira nação a se tornar cristã
durante a era romana.
De acordo com a tradição antiga, a Arca de Noé
repousou no Monte Ararate na Cordilheira Armênia. O Brasão da Armênia tem o Monte Ararate com a Arca de
Noé em cima. O historiador armênio Movses Khorenatsi (410-490 d.C.)
relatou a tradição de que Jafé, filho de Noé, tinha um descendente chamado Hayk
que atirou uma flecha numa batalha perto do Lago Van cerca de 2.500 a.C.,
matando Nimrod, construtor da Torre de Babel que foi o primeiro tirano poderoso
do mundo antigo.
Hayk é a origem de “Hayastan,” o nome armênio da
Armênia. Os armênios antigos podem ter tido relações com os
heteus e os hurritas, que habitavam aquela região conhecida como Anatólia no
segundo milênio antes de Cristo. Yerevan, a maior cidade da Armênia e fundada em 782
a.C. à sombra do Monte Ararate, é uma das cidades do mundo que é habitada
continuamente desde a antiguidade.
A Armênia foi mencionada pela primeira vez por nome em
520 por Dario o Grande da Pérsia. As fronteiras chegaram à sua extensão máxima sob o Rei
Tigrane o Grande, 95-55 a.C., da Armênia, alcançando desde o Mar Cáspio até o
Mar Mediterrâneo, rechaçando partos, selêucidas e a República Romana.
A
Armênia foi a primeira nação no mundo a adotar oficialmente o Cristianismo como
sua religião estatal cerca de 301 d.C., com a conversão do Rei Tiridates III. Os milhares de anos de história da Armênia incluem independência
intercalada com ocupações de gregos, romanos, persas, bizantinos, mongóis,
árabes, turcos otomanos e soviéticos.
Ani, a capital medieval da Armênia, era chamada de “a
cidade das mil e uma igrejas,” com uma população de 200.000, rivalizando com
Constantinopla, Bagdá e Damasco.
Em 1064, o sultão Alp Arslan e os turcos muçulmanos
invadiram e destruíram a cidade de Ani. O historiador árabe Sibt ibn al-Jawzi
registrou:
“O exército entrou na cidade,
massacrou seus habitantes, pilhou e queimou-a, deixando-a em ruínas… Eram
tantos cadáveres que eles bloqueavam as ruas; não se podia ir a lugar algum sem
pisar neles. E o número de prisioneiros era não menos de 50 mil almas… Eu
estava determinado a entrar na cidade e ver a destruição com meus próprios
olhos. Tentei encontrar uma rua em que eu não tivesse de pisar em cadáveres,
mas era impossível.”
Os turcos muçulmanos haviam transformado populações
cristãs, judias e não muçulmanas conquistadas em cidadãos de segunda categoria
chamados “dhimmi” e exigiam que eles pagassem um resgate anual para não serem
mortos. O resgate era um imposto exorbitante chamado “jizyah”. O sultão Murat I (1359-1389) começou a prática de
“devshirme” — pegar meninos das famílias armênias e gregas conquistadas.
Esses meninos cristãos inocentes sofriam traumas e
doutrinações sistemáticas para se tornarem guerreiros muçulmanos ferozes
chamados “janízaros,” semelhantes aos soldados escravos “mamelucos” do Egito. Os janízaros eram forçados a chamar o sultão de pai e
eram proibidos de casar, originando as práticas depravadas e a pederastia
abominável dos turcos.
Durante séculos, os turcos fizeram conquistas no
Mediterrâneo, Oriente Médio, Europa Oriental, Espanha e Norte da África,
levando milhares para a escravidão. Começando no início do século XIX, o Império Otomano
Turco começou a declinar. A Grécia, a Sérvia, a Bulgária e a Romênia ganharam
sua independência.
Quando
os sentimentos da Armênia se inclinaram para a independência, o sultão Abdul
Hamid exterminou esses sentimentos massacrando 100.000 cristãos armênios na década de 1890.
Grover Cleveland, presidente dos EUA, declarou em 2 de
dezembro de 1895:
“O que está acontecendo na Turquia
continua a nos preocupar… Massacres de cristãos na Armênia e o crescimento… de
um espírito de hostilidade fanática contra influências cristãs… estão
recentemente chocando a civilização.”
O presidente Grover Cleveland disse ao Congresso dos
EUA em 7 de dezembro de 1896:
“A situação preocupante na Turquia
asiática… fúria de intolerância louca e fanatismo cruel… destruição desumana de
lares e a chacina sanguinária de homens, mulheres e crianças, martirizados por
sua fé cristã… Revoltas de fúria cega que levam a assassinatos e pilhagem na Turquia
ocorrem de repente e sem aviso…
Theodore Roosevelt, presidente dos EUA, declarou ao
Congresso em 6 de dezembro de 1904:
“…os armênios têm sido vítimas de…
crueldade e opressão sistemática e prolongada… que ganharam do mundo civilizado
indignação e piedade.”
Quando o sultão Abdul Hamid II foi deposto em 1908,
houve uma breve euforia, com cidadãos inocentemente esperando que a Turquia
tivesse um governo constitucional.
O governo foi tomado pelos “Jovens Turcos,” liderados
por três líderes ou “paxás”: Mehmed Talaat Pasha, Ismail Enver Pasha e Ahmed
Djemal Pasha.
Eles
deram a aparência de que estavam planejando sancionar reformas democráticas
enquanto estavam, clandestinamente, implementando um plano genocida para
exterminar da terra todos os que não eram turcos muçulmanos.
O primeiro passo envolvia recrutar todos os rapazes
armênios nas forças armadas. Em seguida, transformaram esses rapazes em
soldados “não combatentes,” tirando-lhes as armas. No final, eles receberam ordens de marchar para matas
e desertos, onde havia emboscadas aguardando para massacrá-los.
Com o extermínio dos rapazes armênios, as cidades e
vilas armênias ficaram indefesas. Cerca de 2 milhões de idosos, mulheres e
crianças foram forçados a marchar em direção ao deserto, foram atirados de
penhascos ou queimados vivos.