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Mostrando postagens com marcador Joaquim Levy. Mostrar todas as postagens
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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

De Amador.Aguiar@com para J.Levy@gov - Amador Agiar enquadra Joaquim Levy

Estimado ministro,
O senhor foi o primeiro funcionário do Bradesco a se tornar ministro da Fazenda. Para o banco que fundei, isso é uma honra e ao mesmo tempo um risco. Não trabalhamos juntos. O senhor formou-se na Universidade de Chicago. Eu, em lugar nenhum. Resolvi escrever-lhe por causa do contratempo que a Receita Federal, sob sua jurisdição, criou para os clientes com o cadastro dos empregados domésticos. Veja que eu uso a palavra clientes, pois os cidadãos pagam impostos para receber serviços. Chamando-os de contribuintes falsificamos a essência da relação. Contribuinte é quem deixa dinheiro numa caixa de igreja. No banco, o senhor sabe, cobramos taxas em troca de serviços. O cliente é obrigado a pagá-las, e nós somos obrigados a servi-lo. 

Em 1943, quando fundei o Bradesco, o brasileiro achava que entrar em banco era coisa de rico. Passei a receber contas de luz, abri agências em cidades que não tinham energia elétrica. A mesa do gerente devia ficar perto da porta de entrada. Nossos funcionários ensinavam a clientela a preencher cheques. Um dos nossos bancários foi escolhido para dirigir uma agência e, com a mulher, passou o fim de semana limpando os balcões e o chão. Ele viria a se tornar presidente do banco. Em apenas oito anos, o Bradesco tornou-se o maior do país. 

No domingo passado, ficou claro que o sistema do cadastro não funcionava. Eu sei o que é isso porque o Bradesco foi o primeiro banco brasileiro a usar computador. O senhor e o secretário da Receita não disseram uma palavra. Pareciam aqueles paulistas quatrocentões que competiam comigo. Passaram-se o domingo e a segunda-feira. Nada. Na terça-feira, a Receita avisou que não prorrogaria o prazo para a regularização do cadastro: “Não trabalhamos com essa hipótese”. O senhor foi a dois eventos e continuou calado. 

Só na tarde de quarta-feira, a 72 horas do limite dado aos clientes para se cadastrarem sem multa, o senhor e a Receita fizeram o que deveriam ter feito na segunda. Não ouviram os clientes, mas ouviram a patroa e estenderam o prazo. O senhor sabe como eu reagiria se durante quatro dias uma agência do Bradesco estivesse com uma máquina quebrada, uma enorme fila de clientes na sua porta, e o gerente nada tivesse a dizer. 

Se a confusão do cadastro da criadagem tivesse acontecido no Bradesco, eu teria dispensado seus valiosos serviços.

Atenciosamente
Amador Aguiar

Por: Elio Gaspari - O Globo
 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

"OS ABUSOS CONTRA LEVY"



Partiu do PT uma nova ordem que ultrapassa os limites do bom senso. O partido quer ver fora do Governo o ministro Joaquim Levy. Não pensa em outra coisa e conspira fortemente nesse sentido. É como se o titular da Fazenda concentrasse agora a culpa por todos os erros econômicos que, na verdade, foram construídos lá atrás – como todos sabem!
  – bem antes de seu embarque na equipe desse segundo mandato. Levy tenta consertar os problemas e é bombardeado. Virou alvo, principalmente, das maquinações de Lula, que já traçou até um roteiro de saída do desafeto, escolheu substituto e quer desenhar novas metas de ação, longe do necessário ajuste fiscal e do corte de investimentos. Lula parece ter perdido, há muito tempo, o senso de responsabilidade e aposta suas fichas unicamente no populismo desmedido. 

Não entende que o caixa da União não é uma fonte inesgotável de recursos para fartar seus projetos mirabolantes. Ele esquece que sai do bolso de cada contribuinte brasileiro o pagamento do rombo financeiro construído por malversação de recursos do bando que se locupletou no poder. O que exatamente os arautos da catástrofe – boa parte deles enfileirados nas hostes petistas – planejam ninguém sabe. Na condição de aliados, são os primeiros a pressionar pelo caos. A tentar desestabilizar o que resta do Governo. 

A crônica de reclamações só não é maior que a dos pedidos de verbas e cargos para viabilizar seus currais eleitorais. O presidente do PT, Rui Falcão, fazendo coro a Lula, chegou a delimitar publicamente que Levy deveria deixar o cargo caso discorde da ideia de mudanças na política econômica. E por mudanças ele entende uma revisão na “errada contenção do crédito”. 

Lula e Falcão falam com a desenvoltura dos que pensam ter assumido o Planalto, numa espécie de “golpe branco”este sim sem nenhuma legitimidade! – relegando a mandatária Dilma ao papel de uma rainha da Inglaterra. Levy, que já se irritou com tamanha falta de respeito ao seu trabalho, se converteu, mesmo a contragosto dos insanos petistas, numa âncora da economia, sem a qual o humor do capital externo pode desandar de vez. As agências de risco estão atentas aos movimentos em falso nessa área. Ao desautorizar ilações sobre a retirada de Levy da Fazenda, a presidente Dilma pensou nela mesma. Sabe que se seguir os conselhos de Lula e Falcão caminha mais rapidamente para selar o próprio destino com o impeachment.  

Fonte: Carlos José Marques, diretor editorial  - Isto É


domingo, 25 de outubro de 2015

O tamanho da enrascada

O ex-presidente Lula e o PT querem derrubar o ministro Joaquim Levy e mudar a política econômica para um modelo que contemple expansão do crédito, estímulo ao consumo e aumento de gastos públicos. Justamente o que prevaleceu no último mandato de Lula e no primeiro de Dilma Rousseff foi responsável pela dramática situação que vivem hoje os brasileiros: recessão econômica, aumento do desemprego, queda dos salários, inflação elevada, paralisia nos investimentos, serviços públicos em decadência, programas sociais suspensos. E vai por aí. A presidente Dilma resiste e, até agora, mantém seu ministro da Fazenda. Até quando?

Lula, porém,costuma dar suas escorregadas e aí cai em contradição. Na quarta-feira, em discurso em Teresina, advertiu que "o País quebra'' se não cortar gastos públicos. "Isto a gente faz na casa da gente. Gastou um pouco demais? Perdeu a conta? Tem de brecar. Ou faz isso ou quebra de vez", ensinou. Justamente o que eles fizeram: gastaram em excesso, perderam o controle, o dinheiro acabou e aumentaram a dívida pública. Lula só não revelou o que acrescentar em cortes além daqueles já feitos pela equipe de Dilma. Seria cortar na Previdência? Os programas sociais ainda não suspensos? O Bolsa Família, por exemplo? Lula não detalhou.

Ele e o PT não têm a dimensão de governantes competentes que decidem de olho no futuro (muito menos nas futuras gerações). Importa o presente, importa não perder popularidade. E, se o ministro da Fazenda um liberal que socorreu Dilma para recuperar credibilidade e corrigir seus erros concebe um ajuste fiscal com medidas impopulares, ele corre a Brasília e tenta subtrair poder da presidente, demitindo o ministro e substituindo-o por outro capaz de dar um rumo populista à economia, mesmo que a experiência seja fugaz e dure pouco.

Quando assumiu o governo, em 2003, Lula agiu diferente. Ali ele sabia que, sem um choque de gestão responsável, não ganharia a confiança de empresário de investidores e tampouco recolocaria a economia nos trilhos na direção do crescimento. No ano anterior, a economia havia sido abalada pelo fenômeno conhecido como "pânico Lula": a inflação, o câmbio e o risco Brasil subiram pelos ares e ameaçavam o Plano Real. Ao assumir o poder, ele deu a resposta: aplicou um forte e bem-sucedido ajuste fiscal, recuperou confiança e seguiu em frente. Agora, ele e o PT parecem ignorar a enrascada em que encalacraram o Brasil.
Em 2015, Levy chegou disposto a mudar o jogo. Começou prometendo um superávit primário de 1,1% do PIB, em julho baixou para 0,15% e, agora, já reconhece que as contas vão fechar no vermelhão. Em 2014 o déficit primário já havia somado R$ 32,5 bilhões e seria o dobro se Dilma não recorresse à fraude das pedaladas fiscais, proibidas por lei e condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Faltando dois meses para acabar o ano, o cenário econômico só tem piorado: o desemprego cresce, a atividade econômica desaba, a inflação beira dois dígitos, o salário cai e programas sociais são suspensos.

E não há no horizonte indicações de melhora em futuro próximo.
O governo enviou ao Congresso proposta orçamentária para 2016 com déficit de R$ 30,5 bilhões (0,5%do PIB),sem incluir R$ 40 bilhões das pedaladas (dívidas atrasadas da União com os bancos públicos), que o governo pretendia pagar deforma parcelada e que o TCU já sinalizou que terá de será vista. Com isso, o buraco vai a quase RS 80 bilhões. Ou mais, já que as premissas do Orçamento estão defasadas e erradas: a inflação foi estimada em 54% (o boletim Focus, do Banco Central, prevê 6,12%); e o PIB cresce 04% do PIB (para o Focus, cai 1,22%). Se a economia vai mal e pode piorar, o que dizer da mais grave crise política vivida pelo País nestes 30 anos pós-ditadura militar?

Esse é o tamanho da enrascada que o Brasil precisa enfrentar nos próximos anos
. Com ou sem impeachment, com ou sem Dilma Rousseff, os brasileiros vão pagar pela inconsequência de governantes que não sabem planejar, governar e aplicar o dinheiro público com respeito à população.

Fonte: O Estado de São Paulo

 

Joaquim Levy, o ministro rebaixado



Ferido por fogo amigo e sucessivas derrotas no Congresso, Levy sofre na Fazenda. Os amigos recomendam que saia do governo. Mas não existe, até agora, um sucessor à altura para ele 

Era noite de quarta-feira, 30 de setembro, no Palácio da Alvorada. Mas não uma noite qualquer. Cansada, a presidente Dilma Rousseff ouvia as instruções daquele que pavimentou por duas vezes sua entrada no cargo máximo da República. Lula dava os últimos retoques na composição ministerial que seria anunciada no dia seguinte. Havia escolhido seus homens para os cargos-chave: Jaques Wagner ocuparia a Casa Civil, Ricardo Berzoini, a Secretaria de Governo, e, mais importante, Aloizio Mercadante seria escanteado para o Ministério da Educação, no lugar do breve Renato Janine Ribeiro


O ex-presidente voltava a emplacar seus soldados mais fiéis no núcleo duro do governo. Faltava apenas uma mudança – que Lula, pacientemente, enxertava na cabeça da sucessora: tirar Joaquim Levy do Ministério da Fazenda e substituí-lo por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. “Você sabe que não gosto dele. Você sabe disso”, disse a presidente, referindo-se a Meirelles, seu desafeto desde os tempos em que ocupava a Casa Civil. Lula, que conhece a alma de Dilma, arrematou: “E você lá gosta do Levy?”. A resposta de Dilma foi um misto de contração facial e dar de ombros que bem situa o ministro no ranking afetivo da presidente. Escalado para ser o general do ajuste fiscal, Levy viu sua patente de negociador com o Congresso decair a ponto de ele ser visto hoje como um soldado com uma missão apenas: costurar uma peça orçamentária crível.

Lula já afirmou a interlocutores que não vê em Levy a estatura necessária para o cargo. Mas admitiu a Dilma que a saída do ministro não seria conveniente de imediato, devido à instabilidade que isso causaria. Seria melhor, na avaliação do ex-presidente, que a troca se desse no início do ano que vem, com o imbróglio sobre o Orçamento de 2016 minimamente solucionado. Aí, outro titular tomaria a frente das negociações de pautas econômicas com o Congresso, sem o desgaste já acumulado por Levy. Piloto da articulação econômica do governo no início do segundo mandato, o ministro enveredou numa trajetória de sucessivas derrotas – causadas, em parte, pela falta de traquejo político –, a ponto de mesmo seus entusiastas já começarem a defender, nos bastidores, sua saída.

Os poucos parlamentares do PT e da base governista que antes reconheciam o ministro como baluarte do governo na tentativa de enfrentar a crise, agora já não veem com maus olhos seu abandono. “O problema do Levy é tomar banho de mar na praia errada. Ele não dialoga com o governo nem com o Congresso. O linguajar técnico é importante, mas a forma como se passa a mensagem também é. Ele não percebe isso”, diz um parlamentar que até o início de outubro defendia o ministro com unhas e dentes pelos cantos da Esplanada. Dialogar é verbo amplo para descrever o que o Congresso espera de um chefe da Fazenda.


Num mundo ideal, a função do ministro seria preparar o arcabouço técnico para a articulação governista conseguir aprovar projetos que considere relevantes para a economia. No Brasil de hoje, com uma presidente fraca e uma base aliada dividida, exige-se de um titular da Fazenda esforços muito maiores. Ele será considerado forte se for capaz de transitar no Congresso com a destreza de um parlamentar, usando como ferramenta de convencimento não apenas tabelas de cálculos, mas, sobretudo, pequenos gestos como uma visita a um gabinete de deputado, para um café despretensioso. Na engenharia da política, atitudes prosaicas podem fortalecer ou dinamitar pontes.


Fonte: Revista Época
 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

“Uma crise sem segredos” e outras cinco notas de Carlos Brickmann



De Dilma, sobre a pressão para que afaste seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy: “Quando digo não, não há outra opção, é não e acabou”. Beleza: a presidente que não sabe se fica sustenta o ministro que não sabe se aguenta ficar. Defende a política econômica que atacou na campanha e que é condenada não só por seu partido, mas por Lula, seu padrinho político. Lula quer porque quer trocar Levy por Henrique Meirelles, presidente do grupo Friboi, não se sabe bem por que, já que a política econômica não mudaria tanto de um para outro.

Então a solução é a oposição? Há controvérsias: a oposição concorda com a atual política econômica de Joaquim Levy, mas vota contra, derrubando até as normas que criou quando estava no governo.

E pode ser complicado decretar que a crise é moral e exigir providências legais para resolvê-la. O substituto natural de Dilma é o vice Michel Temer ─ mas irregularidades nas contas da campanha o atingem tanto quanto a Dilma, já que foram companheiros de chapa

O segundo é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O terceiro é o presidente do Senado, Renan Calheiros. Cunha e Renan estão na lista de alvos de delação premiada, e Cunha enfrenta o problema das contas suíças que jura que não tem. Certamente são contas de mau caráter, dissimuladas, que disfarçam tão bem que, puxa, seria possível acreditar que são dele sim.

Mas há ainda outra opção. O quarto substituto é o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski. É simples entender o tamanho da crise.

Mamando na crise
O Governo Federal tem hoje 103.313 funcionários comissionadosnomeados sem concurso, geralmente em função de seu QI (Quem Indica). Destes, 22.019 ocupam cargos de Direção de Assessoramento Superior, DAS, com salários de até R$ 31.700 mensais. O empreguismo existe desde sempre no Brasil: o poder emprega, o cidadão paga. Mas se acelerou ultimamente: Lula, em oito anos, criou 18.300 cargos de confiança; Dilma, em quatro, 16.300. No total, 34.600.

Por isso se pensa tanto em novos impostos. Não há arrecadação que chegue.

A guerra continua
A CPI do BNDES ordenou que o banco lhe envie todos os contratos de financiamento acima de R$ 50 milhões
─ o que inclui as obras financiadas no Exterior e boa parte dos financiamentos aos “campeões nacionais”, grupos escolhidos pelo governo para crescer. O prazo máximo previsto é segunda-feira que vem. Se não houver imprevistos, se o BNDES obedecer, se a CPI exigir que a ordem seja cumprida, finalmente o país saberá a resposta à pergunta da repórter Consuelo Diéguez, em excelente reportagem na revista “Piauí” de outubro: “Desde 2008, o BNDES emprestou o equivalente a 10% do PIB para empresas escolhidas pelo governo acelerarem o crescimento. Onde foi parar este dinheiro?”

Como diria Caetano, “ou não” 
De qualquer forma, o governo já tomou providências para reduzir os danos. Quase 800 documentos referentes às relações governamentais com a Odebrecht ─ cujo presidente, Marcelo Odebrecht, está preso por ordem do juiz Sérgio Moro ─ foram classificados como “secretos” ou “reservados”. Alguns só poderão ser revelados em 2030. Como dizia o ministro Ricúpero, o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde. No caso, o governo optou por esconder.

O Mudo, de novo
O Exército passou anos em silêncio ─ silêncio bem-vindo, silêncio apropriado para a instituição conhecida como O Grande Mudo. Mas, há poucos dias, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, falou, considerando preocupante a situação. Também há poucos dias, o general Antônio Mourão, chefe do Comando Militar do Sul, nosso mais poderoso efetivo militar, criticou os políticos. “(…) parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões (…)”, e disse que “mudar é preciso”. 

Nada diferente do que nós, civis, falamos sempre ─ mas o general não é civil.
Mourão falou para um grupo fechado, o CPOR, em palestra fechada, descoberta pelo colunista Túlio Millman, de “Zero Hora”. Não era para o público. Mas também rompeu o silêncio. Que é que está levando o Grande Mudo a falar?

O porta-voz da morte
O cavalheiro é professor universitário, com mestrado e doutorado pela USP, foi do PT, hoje integra o PCB (não o tradicional Partido Comunista, hoje chamado de PPS, mas outro que usa o mesmo nome), foi candidato a presidente da República, tendo 0,05% dos votos.

 MAURO IASI - COMUNISTA LANÇANDO AMEAÇAS DE FUZILAMENTO AO POVO BRASILEIRO

Mais um comunista que em suas palestra e palanques ameaça o povo brasileiro de forma direta e indiretamente.
Divulgue este vídeo, pois nós Brasileiros Democratas, trabalhadores e contribuintes, não suportamos mais este "mi-mi-mi" destes subversivos falastrões contra nossa soberania.

Para expor suas teses de radicalização, sem diálogo, citou em assembleia um poema de Bertolt Brecht e sugeriu o fuzilamento de quem for contra o comunismo. Sua frase: Nós sabemos que você é nosso inimigo, mas considerando que você, como afirma, é uma boa pessoa, nós estamos dispostos a oferecer o seguinte: um bom paredão, onde vamos colocá-lo na frente de uma boa espingarda, com uma boa bala. E vamos oferecer, depois de uma boa pá, uma boa cova. Com a direita e o conservadorismo nenhum diálogo, luta.”

Como disse o rei Juan Carlos a Hugo Chávez, 
¿Por qué no te callas?


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Levy quer aprovação imediata do projeto que pune o terrorismo; já o PT quer deixar para depois



Projeto sobre terrorismo opõe Levy e PT no Senado
Ministro da Fazenda tem defendido a aprovação imediata da proposta para que o País não sofra sanções internacionais e, assim, corra o risco de piorar a relação com as agências internacionais de classificação de risco

A votação do projeto de lei que tipifica o terrorismo, prevista para a tarde desta terça-feira, 20, opôs mais uma vez o PT e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O motivo é que, segundo fontes, ele tem defendido a aprovação imediata da proposta para que o País não sofra sanções internacionais e, assim, corra o risco de piorar a relação com as agências internacionais de classificação de risco que neste ano já rebaixaram a nota do Brasil.

Por sua vez, senadores petistas querem a rejeição da matéria, por considerar que o texto prejudica a atuação de movimentos sociais, umas das principais bases eleitorais do partido. "Da forma como está, o projeto é muito ruim. Depredar um ônibus, ocupar uma reitoria, invadir propriedade rural são manifestações que já possuem sua punição e a pessoa é presa por isso. Com a nova proposta, isso se torna terrorismo", disse Lindbergh Farias (PT-RJ). De acordo com o Lindbergh, o texto possuía um artigo que fazia uma ressalva para manifestações democráticas, mas foi retirado pelo relator na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Aloysio Nunes (PSDB-SP). Por essa razão, os senadores do PT devem se unir a outros parlamentares que já se posicionaram abertamente contra a aprovação do projeto. "Se contarmos com os votos do PT, os partidos de esquerda e alguns setores do PMDB, acho que é possível impedir esse projeto", disse o líder da Rede Sustentabilidade, Randolfe Rodrigues (AP).

Urgente
Entretanto, a orientação do Planalto, a pedido de Levy, é de aprovação urgente. A pressa se deve à ameaça de sanções internacionais. Sem uma legislação nacional sobre terrorismo, o País segue na mira do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), que já ameaçou incluir o Brasil em sua "lista suja" de não cooperantes. Atrasar a matéria deixaria o País mais suscetível a rebaixamentos pelas agências internacionais de avaliação de risco.

A intenção de acelerar o procedimento não é de hoje. Quando o processo foi aprovado pela Câmara e chegou ao Senado, o líder do governo, Humberto Costa (PT-PE), abriu mão da relatoria do projeto por ter sido orientado a não fazer mudanças no texto, para que ele não tivesse de voltar para análise na Câmara.  Costa chegou a apresentar 12 propostas de emenda ao texto original, com o intuito de especificar mais claramente quais ações poderiam ser consideradas como terrorismo. Todas as emendas foram rejeitadas pelo relator do processo em plenário, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

O líder Humberto Costa participou de reunião no Planalto na noite desta segunda-feira e o PT realiza reunião de bancada nesta manhã para definir orientação de voto. Alguns senadores petistas acreditam que o governo deve mudar de posição até o momento da votação, deixando os senadores livres ou orientando a reprovação da matéria. Mas já contabilizam maioria de votos pela rejeição do projeto.

Prisão
O projeto de lei que tipifica o terrorismo foi proposto pelo próprio poder Executivo,
após pressões internacionais, e já foi aprovado na Câmara dos Deputados. Apesar de prever pena de 12 a 30 anos de prisão para o crime, a maior controvérsia entre os parlamentares é justamente quais atos poderiam caracterizar terrorismo.

Para o senador Randolfe Rodrigues, a definição é generalista e depende apenas da interpretação do juiz. Já a oposição acusa o governo de tentar flexibilizar a lei para tolerar manifestações em favor próprio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.