Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador PM. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PM. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Força-tarefa é importante no combate ao crime no Rio

Proposta feita pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, é reunir representantes do Judiciário, do Ministério Público Federal e da PF para enfrentar a criminalidade 

Na última semana, ao mesmo tempo em que a cidade sediava um dos maiores festivais de rock do planeta, a guerra do tráfico na Rocinha exibia para o mundo o lado B do Rio. O pesadelo começou na madrugada do dia 17, quando um “bonde” formado por cerca de cem bandidos invadiu o morro para tomar o controle da venda de drogas das mãos do traficante Rogério 157. A ação teria sido ordenada por Antônio Francisco Lopes, o Nem da Rocinha, de dentro de um presídio federal em Porto Velho, Rondônia, depois de um racha na facção criminosa que domina a favela. Os dias que se seguiram foram de terror. Pelo menos sete mortos, intensos tiroteios a qualquer hora do dia ou da noite, crianças e jovens sem aulas, comércio fechado, ruas interditadas, itinerários de ônibus alterados, medo generalizado, enfim, o caos.

A guerra parece longe de acabar. Por enquanto, a comunidade está ocupada pelas polícias e cercada por quase mil soldados das Forças Armadas, que não têm prazo para deixar o morro. E, mesmo quando as forças de segurança se retirarem, moradores continuarão vivendo numa espécie de estado de exceção, apesar da existência de uma UPP na favela desde 2012. Traficantes detêm não só o controle do território, mas também de serviços essenciais, como a venda de gás aos moradores.

O que acontece na Rocinha é só mais um capítulo do trágico prontuário da violência no Rio. Mas serve para expor as muitas deficiências da política de segurança do estado. Ao menos um desses problemas — a falta de integração entre os diversos órgãos — parece ter sido contornado, como atestam as ações conjuntas em andamento.


Mas é preciso ir além. Por isso, é de fundamental importância a proposta do ministro da Defesa, Raul Jungmann, de criar uma força-tarefa, nos moldes da que atua em operações como a Lava-Jato, para combater a violência no Rio. A ideia é reunir representantes do Judiciário, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal para, entre outras coisas, identificar e punir agentes públicos envolvidos com o crime. Essa capitulação de parte das forças de segurança para o tráfico estaria por trás do fracasso de recentes operações conjuntas das polícias e das Forças Armadas. [Força-tarefa não vai funcionar no combate ao tráfico. É Mais uma enrolação do atual ministro da Defesa que está mais perdido que cego em tiroteio.
Força-tarefa para combater corrupção, praticada por bandidos de colarinho branco (que são assassinos quando roubam recursos para a Saúde, recebem obras de engenharia fora dos padrões de segurança, mas, são inofensivos no cronfronto direto, no combate) que deixem rastros nas operações bancárias, documentos e outros meios de prova é uma coisa.
Enfrentar a corrupção  de dentro de gabinete, atrás de um computador - atividade que muitos promotores executam e estão certos,  já que a função principal deles não é o embate com bandidos - é fácil; 
mas, o combate ao tráfico exige ações de inteligência, um pouco de burocracia mas se elimina o tráfico no combate,  no confronto, na bala.
Essa força-tarefa vai atrasar o combate ao tráfico.
O certo são operações conjuntas das Forças Armadas, PF, PM, PRF, Polícia Civil, ações de cerco e asfixia. O resto é enrolação.]

Não se sabe exatamente o tamanho do problema, mas pode-se ter uma ideia. Durante a Operação Calabar, em junho deste ano, quase cem PMs do quartel de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, foram acusados de receber propina de traficantes para não reprimir a venda de drogas na região. Escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça revelaram fatos estarrecedores. Num dos diálogos, traficantes diziam estar sem dinheiro para o pagamento, e policiais sugeriam que eles roubassem carros para se capitalizar.  Para que a violência no Rio seja enfrentada de fato, é preciso que as autoridades atuem em todas as frentes. E a força-tarefa será um passo importante, porque permitirá agilizar decisões. No mínimo, tornará mais eficiente o trabalho da polícia.

Fonte: Editorial - O Globo


sábado, 26 de agosto de 2017

PM é baleado e morre no RJ; é o 100º no ano - 3 mil PMs mortos em 22 anos, média de um policial morto a cada 57 horass

Policial foi morto na manhã deste sábado (26) em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Região é a que tem o maior número de mortes: 27 só este ano.

Sargento foi morto em São João de Meriti neste sábado (26) (Foto: Reprodução / TV Globo) 

Morreu, na manhã deste sábado (26), o 100º policial militar no estado do Rio somente neste ano. É a maior média em mais de 10 anos. Fábio Cavalcante e Sá era segundo sargento da PM, tinha 38 anos e era lotado no 34º BPM (Magé). Segundo testemunhas, ele estava próximo ao Largo do Guedes, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando foi atingido por 11 disparos. Os criminosos atiraram mais de 30 vezes, segundo uma testemunha ouvida pelo RJTV.

De acordo com parentes do policial, o soldado estava de folga e sem farda em um local que é próximo à casa de familiares, onde costumava ir regularmente. Os criminosos teriam chegado em um carro e tentaram assaltar o PM, mas perceberam que ele estava armado e dispararam contra Fábio.A principal testemunha do assassinato é o pai do sargento, que viu toda a ação. Ele chegou a pedir para os bandidos não atirarem no filho. Não há informações sobre o estado de saúde do pai de Fábio. 


 PMs e policiais civis da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense estiveram no local do crime (Foto: Fábio Neder / TV Globo) 


Outra pessoa que presenciou o crime descreveu a cena como “uma guerra”. Depois dos disparos, os criminosos ainda roubaram a arma e todos os outros pertences do policial. O PM chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense realizaram perícia no local do crime e recolheram várias cápsulas que ficaram no chão. O segundo sargento Fábio Cavalcante trabalhava há mais de 15 anos na Polícia Militar e deixa esposa e um filho de oito anos. 

"É uma contagem macabra com aqueles que tem missão de nos defender. Só desse grupo tivemos 100 homens tombados, sem contar mais de 200 baleados. Não podemos nos esquecer. Muitos deles continuam fora de serviço e podem ficar com sequelas grandes porque cometeram um 'erro capital': serem policiais militares", diz o ex-chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso. "São 100 pessoas a menos cuidando da nossa segurança", resume. 


Baixada Fluminense é a região com mais mortes

O número indica que um policial é morto a cada 57 horas, pouco mais de dois dias. A média é a maior desde 2006, quando um policial foi assassinado a cada 53 horas.

A Baixada Fluminense é a região com maior número de mortes. Foram 27 este ano, mais de um quarto do total. A maior parte das mortes ocorreu entre quinta-feira e domingo. 



Segundo o coronel Fabio Cajueiro, da Comissão de Vitimização da Polícia Militar, a Polícia do Rio está lutando em uma "guerra inglória". "Eu acredito que a população do Rio ainda não gosta de criminoso. E a gente tem outro problema: em qualquer lugar do mundo tem tráfico. Mas narcotráfico associado à arma de guerra e caçada a policial, a gente só vê aqui no Rio", lamenta Cajueiro. 


3 mil PMs mortos em 22 anos

Em média, um policial morreu a cada 64 horas no Rio desde 1995 e 2017. Foram 3087 durante este período. Essa é a conclusão feita a partir de estatísticas da Polícia Militar sobre a morte de soldados da corporação, a que o G1 teve acesso. A taxa de mortalidade entre 1994 e 2016, segundo a PM, é maior do que a de soldados americanos na Segunda Guerra Mundial. 


Nos últimos 22 anos, 3,52% dos 90 mil integrantes do efetivo da PM do Rio morreram. Durante 3 anos e meio da participação americana na guerra, 405 mil soldados americanos morreram, o equivalente a 2,52% da tropa, composta por mais de 16 milhões de soldados.


Em 2017, a PM realizou uma mudança metodológica nos próprios dados: além de contar os policiais mortos em serviço e os que estavam de folga, a corporação passou a contabilizar também as mortes dos PMs reformados. Anteriormente, apenas as mortes causadas por perfurações de armas de fogo eram contabilizadas. Desde 2017, qualquer tipo de morte violenta também passou a entrar na estatística. 
Mortes de PMS entre 1995 e 2017

São mais de 3 mil mortes registradas no período, em serviço e de folga
Nº de mortes189189175175116116122122131131138138129129152152177177163163138138153153130130113113135135129129108108114114129129108108919114614610010019951996199719981999200020012002200320042005200620072008200920102011201220132014201520162017 (até 26/08)050100150200

2017 (até 26/08)
Anos 100
Fonte: Polícia Militar/Divulgação


É nas folgas que os policiais são mais vítimas de mortes violentas. Das 3083 mortes ocorridas desde 1995, 2465 ocorreram durante a folga dos agentes, ou seja, 80% dos casos. No período, o número de policiais mortos em serviço foi de 598. Se o problema já é antigo,o aumento entre 2015 e 2016 chama a atenção. Em 2015 foram 91 mortes, entre mortos em serviço e de folga. Já no ano seguinte, o número chegou a 146, um aumento de 60%.

Fonte: G 1

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Boulos, o Senhor das Labaredas, está feliz! Foi preso! E, O arruaceiro milionário é só mais um caso de polícia

Vamos lá. Um fato: a PM reagiu ao ataque. Ao dar início à execução da reintegração, os policiais foram agredidos. E fizeram o óbvio: reagiram

Guilherme Boulos deve estar mais feliz do que pinto no lixo ou do que sádico em presídio rebelado. Finalmente, ele foi detido. Finalmente, ele pode dizer, mistificando a própria biografia, que viveu o seu dia de preso político. Vamos ver. O chefão do MTST e de outros ditos “movimentos populares” foi detido na manhã desta terça. Já está solto. Boulos comandava a resistência a uma reintegração de posse, realizada pela Polícia Militar em terreno particular, localizado na Rua André de Almeida, em São Mateus, na zona leste de São Paulo. Com ele, foi preso ainda um dos invasores da área, José Ferreira Lima, também já libertado.
Boulos, o Senhor das Labaredas, exibe um dos seus métodos pacíficos de luta, ao lado de mascarados (Foto: Foto: Peter Leone / Futura Press

Os dois assinaram um termo circunstanciado, em que são acusados pelos policiais de “participar de ataques com rojão contra a PM, incitação à violência e desobediência”.  Bem, dizer o quê? Ele nega, claro!, que tenha cometido qualquer uma dessas transgressões. O inquérito vai apurar a sua atuação, e, a depender do desdobramento, a Justiça vai dar seu veredito. Não quero me arvorar nem numa coisa nem noutra. O que faço é expressar uma convicção. E estou convicto de que ele é culpado.

Não preciso apelar à sua biografia de líder contumaz de manifestações violentas para fazer essa aposta. Não preciso apelar aos textos que escreve, em que evidencia seu solene desprezo ao Estado de Direito, para expressar essa opinião. E, por óbvio, não foi necessário ser testemunha ocular dos fatos. É a fala de Boulos que me diz ser ele culpado. É o comunicado do MTST, do qual ele é chefe máximo, que me diz ser ele culpado.

A Folha, jornal em que ambos escrevemos — ele na versão online —, publica uma reportagem sobre o episódio. Confiram. Não estou sugerindo a existência de um viés deliberado, mas resta claro que o espaço destinado à versão de Boulos é bem mais generoso. Logo, se há alguma distorção ali, tudo indica, ela contaria em favor do “líder”. 

Escreveu o movimento — prestem atenção!: “O companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, que estava acompanhando a reintegração de posse da ocupação Colonial, visando garantir um desfecho favorável para as mais de 3.000 pessoas da ocupação, acaba de ser preso pela PM de São Paulo sob a acusação de desobediência civil (…). Não aceitaremos calados que além de massacrarem o povo da ocupação Colonial, jogando-o nas ruas, ainda queiram prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los”.

Que homem bom é esse Boulos! Ele estava lá apenas para garantir o “desfecho favorável” aos pobres. E o movimento dá a entender que foi preso por isso. Bem, aí já estamos numa outra categoria: mentira! E, ora vejam, a Polícia Militar, que reagiu às agressões que sofreu, é acusada de promover um “massacre”. A propósito: onde estão os feridos? Como se nota, o MTST vê o seu líder numa luta do Bem contra o Mal, do povo contra os seus algozes, das vítimas contra seus verdugos. Ora, em situações assim, como se sabe, todos os meios passam a ser considerados lícitos.

Mas atentemos ao que afirma o próprio Boulos: “Foi uma prisão política. Eles alegaram incitação à violência. Eles despejam 3.000 famílias com violência, e eu que incitei a violência?”. Eis a lógica canhestra da falsa vítima, do falso inocente. Quem é este “eles”? Os PMs cumpriam uma ordem judicial, sobre a qual não cabe arbitragem. Os policiais eram apenas executores de uma decisão tomada pelo Poder Judiciário.

Protegidos por barricadas, os invasores, sob a clara condução, orientação e liderança de Boulos, passaram a atacar os policiais. Uma das fotos registra o líder do MTST atrás de uma coluna de fogo — será essa uma das evidências de seus métodos pacíficos?  Boulos disse mais: “O MTST estava lá para garantir o direito das pessoas que estavam sendo despejadas, buscar uma saída negociada. A Tropa de Choque avançou, jogou bombas e querem encontrar um culpado”.

Um fato: a PM reagiu ao ataque. Ao dar início à execução da reintegração, os policiais foram agredidos. E fizeram o óbvio: reagiram para garantir a ordem e para se defender.  Mais: no Estado de Direito, o “direito” não é aquele que eu acho que tenho, mas aquele que as instituições e as leis asseveram que tenho. Ao contrário do que afirma Boulos, a Justiça decidiu que o direito sobre o terreno, por óbvio, pertencia ao proprietário, não aos invasores. Ainda que o Ministério Público tivesse recorrido da decisão judicial, a ordem continuava em vigor, e só a Justiça poderia determinar que a PM não a executasse.

De resto, não existe “saída negociada” contra o cumprimento da lei. Ela consistiria exatamente em quê? Seria a não execução da decisão judicial? Ora, ocorre que isso não seria “negociação”, mas a vitória do ato criminoso — a invasão — sobre a o direito e a lei.
Lula, Dilma, Eduardo Suplicy, Ivan Valente e até um tal rapper chamado “Emicida” já se manifestaram contra a PM, claro! Agora só faltam o Wagner Moura, a Letícia Sabatella, o Caetano Veloso, o Chico Buarque, o Fernando Morais, a Marilena Chaui, o Antonio Candido e a Camila Pitanga.  É claro que Boulos está feliz e é evidente que ele vai forçar a mão para ser preso em eventos semelhantes. Isso é parte da caracterização do herói, que se prepara para voos eleitorais e eleitoreiros.  A PM não deixou de lhe prestar um pequeno favor. Mas não tinha alternativa. Às vezes, é preciso, sim, prender os transgressores, mesmo quando estes se esforçam de forma determinada para isso.

Depois da suspensão da mesada federal doada ilegalmente ao bando de Boulos, acabou a impunidade do fabricante de badernas

O filho de papai Guilherme Boulos vai descobrindo que ficou bem menos divertido brincar de arruaceiro milionário sem o financiamento dos cofres federais e o habeas corpus preventivo concedido pelo governo lulopetista. Com o despejo de Dilma Rousseff, foi-se a mesada reservada pelo Planalto ao MTST ─ primeiro e único ajuntamento de gente supostamente sem teto comandado pelo herdeiro de uma fortuna suficiente para providenciar casas para todos os integrantes. Nesta terça-feira, foi-se a impunidade presenteada por Lula e Dilma a companheiros delinquentes.

Como informa a reportagem do site de VEJA, Boulos aprendeu que incitação à violência agora dá cadeia. “O MTST estava lá para garantir o direito das pessoas que estavam sendo despejadas, buscar uma saída negociada”, fantasiou o rebelde com casas de sobra. “A Tropa de Choque avançou, jogou bombas e querem encontrar um culpado”. Antes do pouso forçado na delegacia, o desordeiro gabola vivia avisando que quem ousasse prendê-lo teria de haver-se com milhares de militantes dispostos a matar ou morrer pelo chefe. As manifestações de protesto foram mais esquálidas que procissão de vilarejo.
Para que Boulos agonize como um líder sem liderados, basta que os responsáveis pela ordem pública continuem a tratá-lo como o que é: apenas mais um caso de polícia.

Fonte: Blog do Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo

 

 


 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

PM de UPP vai trabalhar em favela de chinelo, bermuda e fuzil

Foto viraliza na internet junto com áudio de policial do Bope reclamando dos trajes do colega

Uma foto de um soldado da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, viralizou na internet nesta quinta-feira. O policial militar, alegando que sua farda havia sido destruída em um incêndio que praticamente acabou com o alojamento da unidade, no final da tarde de ontem, decidiu trabalhar de chinelo, bermuda, fuzil na mão e apenas o colete com a identificação de PM. Por pouco ele não foi confundido com um traficante por policiais do Bope que, durante todo o dia, fizeram operação na favela.


 PM de UPP aparece sem farda, de chinelo e com fuzil na mão (Reprodução)

A foto mostra justamente um policial do Bope conversando com o soldado. Nos grupos de WhatsApp de policiais do Rio, a imagem se espalhou junto com um áudio de um minuto, no qual o agente do Bope reclama da roupa usada pelo colega: “Aí chego na favela tá o camarada da UPP desse jeito. Aí toma um balaço. E aí?!..”, diz.

Na gravação, o policial que seria do Bope diz que ainda orientou o soldado a vestir uma calça jeans e uma camisa, mas que ele estava apenas ‘cumprindo ordem’. O site de VEJA procurou o Comando de Polícia Pacificadora (CPP), que respondeu: “Segundo o comando da UPP Vila Cruzeiro, o policial – de folga – se apresentou voluntariamente para participar da operação de rescaldo da UPP. No entanto, tendo em vista o traje utilizado pelo agente, o comandante orientou que o mesmo não participasse da ação”.

Fonte: VEJA

 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Boulos liderou a marcha do MSENB: Movimento sem Eira nem Beira; Suplicy não chupou a boca de ninguém - Cármen Lúcia assume STF com credibilidade arranhada no pós-Lewandowski



Tribunal vem de duas presidências infelizes: a Barbosa, faltou a temperança; ao presidente que ora se despede, independência



A ministra Cármen Lúcia já começou errado: o STF permitiu que policiais civis bloqueassem o acesso dos ministros ao interior da Suprema Corte


Boulos liderou a marcha do MSENB: Movimento sem Eira nem Beira; Suplicy não chupou a boca de ninguém
Ato reúne, segundo a PM, apenas 8 mil pessoas; é que o povo anda sem saco pra essa gente que se diz sem teto e sem medo
Guilherme Boulos — o chefão da milícia MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e de uma tal “Frente Povo Sem Medo”, outra marca publicitária que ele criou — afirmou que 60 mil pessoas participaram neste domingo do protesto contra o governo Temer. É evidente que se trata de uma mentira do MSENB (Movimento dos sem Eira nem Beira).

Basta olhar as fotos. A PM calculou que o ato reuniu, no pico, 8 mil pessoas. Ainda parece ser uma conta generosa. A CUT também está entre os organizadores. O ponto é o seguinte: a população já anda sem saco para a turma que se diz sem teto e que, com efeito, se mostra sem medo de atrapalhar a vida alheia. O ato contou com figurões de esquerda. Os dois mais patéticos eram, como sempre, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que agora decidiu fazer um pouco de agitação em São Paulo, e o prefeito Fernando Haddad (PT), aquele que aparece na pesquisa Datafolha com 9% das intenções de voto e cuja gestão é rejeitada pela esmagadora maioria dos paulistanos.

Ah, claro! Luiza Erundina e outros psolistas estavam lá. Finalmente, essa gente está de novo reunida. No fim das contas, são iguais, não é? Ou alguém imagina que a ex-prefeita tem um entendimento de democracia muito superior ao de Haddad? Ali, todos se estreitam num abraço insano. Eduardo Suplicy (PT), candidato a vereador, também marchou. Parece que, desta vez, não chupou a língua de ninguém.

Estou gostando de ver. Quanto mais Lindberghs, Suplicys e Erundinas nas passeatas, menos gente comparece. A fedentina do oportunismo se impõe, não é mesmo?,  e a população a repudia. Três pessoas foram detidas. O grupo portava bolas de gude, soco- inglês e uma faca de cozinha. Uma das garotas da turma disse que usava aquilo apenas para se proteger, mas que o negócio dela é mesmo democracia. Claro, claro…

A PM foi mais uma vez hostilizada e atacada, inclusive por Lindbergh e Haddad. Isso evidencia o tamanho da irresponsabilidade da dupla. É crescente nas ruas as reclamações do cidadão comum contra os protestos. O PT está contando se levantar dos escombros com esses atos. Tenho para mim que, a continuar assim, assina é a sua sentença de morte. Tomara!

Cármen Lúcia assume STF com credibilidade arranhada no pós-Lewandowski
Nesta segunda, a ministra Cármen Lúcia toma posse como “presidente” do Supremo Tribunal Federal. Se ela quisesse, a língua portuguesa, à diferença do que pensam muitos, a autorizaria a assumir como “presidenta”, já que esse cargo pode ser designado, em nosso idioma, como substantivo comum de dois gêneros, mas também se admitindo o feminino. 

Essa segunda opção embute aquele quê de demagogia afirmativa, que, no mais das vezes, nada quer dizer além da… demagogia afirmativa. Como a gente sabe, o debate de gênero não impede uma mulher de cometer crime de responsabilidade, não é mesmo? Vejam o caso de Dilma. Sigamos.

Cármen Lúcia é considerada uma pessoa austera, de hábitos simples, bastante econômica na prosa, e isso inclui os seus despachos oficiais. A Presidência do Supremo anda a precisar de um choque de credibilidade. O tribunal, infelizmente, vem de dois mandatos não muito felizes, depois de um período de comando sereno, a cargo de Ayres Britto. Joaquim Barbosa, aposentado precocemente por vontade própria, e Ricardo Lewandowski não deram o seu melhor à causa. Ou deram, vai saber… Barbosa sempre deixou que a deusa Ira ocupasse o lugar que deveria ser da Serenidade. Não é segredo pra ninguém que é do tipo que não tolerava e não tolera divergência. Tem lá seus entendimentos, como dizer?, bastante idiossincráticos sobre direito, Justiça e política. Há alguns dias, pronunciou-se em português, inglês e francês sobre o processo de impeachment no Brasil e falou bobagem nos três idiomas, sugerindo uma espécie de conspiração. Ninguém entendeu direito o que queria dizer. E duvido que ele próprio tenha entendido.

Um de seus antípodas – e ele os tinha aos montes no tribunal – o sucedeu, segundo as regras, no comando da Casa: Ricardo Lewandowski. Ninguém, como este, deu tanta atenção às questões corporativistas. Com o ministro, reclamos dos juízes ou da OAB sempre encontraram ouvidos especialmente atentos. Não duvidem: entre os cofres públicos e os cofres dos de sua estirpe, Lewandowski escolherá sempre os interesses destes últimos.

Na condição de revisor do processo do mensalão, não custa lembrar, o doutor esticou o prazo até onde lhe foi dado chegar. Soube jogar com o calendário, mas, vá lá, ainda assim, operou nos limites das regras do jogo.  Por artes do destino, coube-lhe presidir o julgamento de Dilma Rousseff no Senado. Tudo parecia caminhar conforme o figurino até o momento da grande indignidade. Atendendo a uma articulação de peemedebistas e petistas, da qual ele próprio foi parte ativa, tomou uma decisão que ultrapassou as raias do absurdo; O HOMEM DECIDIU FATIAR UM TRECHO DA CONSTITUIÇÃO. Aceitou um destaque que separava a cassação do mandato de Dilma de sua inabilitação. Como se a Carta abrigasse tal possibilidade.

O comportamento levou o Movimento Brasil Livre a entrar com uma denúncia contra ele no Senado, defendendo o seu impeachment. Foi de pronto rejeitada por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa. Outro absurdo: Renan também fez parte da articulação. Desde a redemocratização, deve ter sido o momento mais indigno da corte suprema do país. E, se querem saber, não me espanta que Lewandowski tenha sido o seu protagonista.
Ainda que procedam as especulações de que a própria cúpula do governo Temer tenha condescendido com o expediente ou mesmo o tenha planejado, ao presidente do Supremo cumpria zelar pela Constituição. E ponto final.  Foi uma vergonha!  Que a circunspecta Cármen Lúcia consiga pôr as coisas no seu devido lugar. O Supremo não pode mais conviver com esses rasgos de indignidade.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo – VEJA