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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Operação policial no Complexo da Penha tem dez mortos e quatro feridos - O Globo

Policial militar do Bope foi ferido no abdômen na ação; moradores relatam dia de pânico

 Porta-voz da PM diz que operação foi uma 'ação pontual'


Operação no Complexo da Penha

Operação no Complexo da Penha (Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo)

O porta-voz da Secretaria de Polícia Militar, coronel Marco Andrade, disse que o confronto de hoje foi "uma ação pontual" porque investigação apontava para uma reunião de traficantes naquele local. Segundo o coronel, os policiais foram recebidos a tiro e , por isso, o intenso confronto. Disse ainda que os criminosos vestiam roupas similares às das forças de segurança do estado.

Polícia apreende sete fuzis, granadas e munição no Complexo da Penha

Fuzis apreendidos durante operação policial no Complexo da Penha nesta quarta-feira

Fuzis apreendidos durante operação policial no Complexo da Penha nesta quarta-feira (Foto: Divulgação)

Sete fuzis foram apreendidos na operação desta quarta-feira realizada no Complexo da Penha pelas equipes do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil. Segundo a polícia, também foram encontradas granadas e munição, em quantidades ainda não contabilizadas. De acordo com informações do setor de inteligência, haveria uma reunião de traficantes no conjunto de favelas da Zona Norte carioca. Ao menos dez pessoas morreram na ação.

A operação policial que está acontecendo nessa manhã no Complexo da Penha mudou a rotina dos moradores das comunidades da região. Trabalhadores e estudantes foram prejudicados. [só a imprensa esquerdista para considerar que uma operação policial contra o tráfico de drogas, prejudica trabalhadores e estudantes.] A Secretaria Municipal de Educação informou que 16 unidades escolares da região foram impactadas pela ação policial, afetando 3.220 alunos.

PM diz que dois chefes do tráfico foram mortos: Fiel e Du Leme

Um blindado da polícia passar em frente a uma barricada incendiada no Complexo da Penha

Um blindado da polícia passar em frente a uma barricada incendiada no Complexo da Penha (Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo)

A Policia Militar informou que a operação no Complexo da Penha é feita por policiais do Comando de Operações Especiais (Bope, Choque, GAM e NAOE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, para prender chefes do tráfico do Comando Vermelho
Segundo a nota, nove criminosos foram mortos, entre eles, Fiel e Du Leme, que comand[av]am o Morro do Juramento e da Chatuba, respectivamente. 
Barricadas estão sendo retiradas do local, e policiais do Choque reforçam o policiamento no entorno. 
A PM diz que a operação continua, e as ocorrências serão apresentadas na Delegacia de Homicídios.

LEIA MAIS: Rio - O Globo 

 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Criminoso da Vila Cruzeiro mandou matar 16 policiais apenas no último mês [Mandou; foi abatio e não manda mais nada.]

Mauri Edson Vulcão Costa, o Déo, foi morto na operação policial em Vila Cruzeiro, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. O criminoso é acusado de ser responsável por 20 ataques policiais nos últimos 30 dias, sendo que 16 deles resultaram na morte dos agentes.

 Mauri Edson Vulcão Costa mandou matar policiais

Mauri Edson Vulcão Costa mandou matar policiais -  Foto: Reprodução 


Realizada na terça-feira 24 com a missão de capturar membros do Comando Vermelho escondidos no local, a operação contou com a participação da Polícia Rodoviária Federal e do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).

De acordo com a Polícia Civil do Pará, Déo, era da cúpula do braço da maior facção criminosa do país nas cidades paraenses de Belém e Abaetetuba.

Os policiais foram assassinados como uma represália ao tratamento dispensado aos detentos da Secretaria de Administração Penitenciária do Pará. Conforme as investigações, Déo ainda tentava se vingar da transferência do irmão dele, Max Vulcão Costa, para o Presídio Federal de Cascavel, no Paraná, onde está preso desde 2019. Mesmo atrás das grades, ele ainda liderava a facção criminosa no Pará.

Ficha corrida
Segundo o jornal O Globo, Déo responde atualmente a 23 processos pelos crimes de homicídio, associação para o tráfico e tráfico de drogas. Além disso, ele é apontado como responsável pela migração de membros da facção foragidos da Justiça do Pará para o Rio de Janeiro. E ainda é suspeito de ordenar ataques no Complexo da Penha, local em que se fixou em 2020.

Comparsa
Entre os criminosos que tiveram a ajuda de Déo para, está Eraldo de Novaes Ribeiro, o “Pará”, que também foi morto na operação do Bope e da PRF em Vila Cruzeiro. Investigações apontam que ele ocupava posição no alto escalão da facção no município paraense de Moju (PA).

Ele respondia a 11 ações penais pelos crimes de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo, tráfico, homicídio, porte ilegal de arma de fogo. Na lista, o assassinato de um sargento Polícia Militar paraense.

Na última semana de vida, Déo ordenou 14 crimes. Entre eles a execução de um militar da Aeronáutica, morto dentro de um ônibus, e de um sargento da PM em Moju.

Mortos na Vila Cruzeiro
A operação policial na Vila Cruzeiro terminou com 26 mortos. Durante a ação, Gabrielle Ferreira da Cunha, 43, manicure, foi baleada e não resistiu. Segundo a PM, ela foi atingida na região da Chatuba, onde a corporação alega que não havia atuação dos agentes.
 
Revista Oeste

 

PREOCUPAÇÃO SUPREMEIRA

Diz o STF que o ministro Fachin está preocupado com a ação policial, no Rio, que resultou em 25 mortos.

Maior é a apreensão da sociedade com a quase proibição das polícias fazerem seu trabalho, em favelas.

Talvez os bandidos mortos estivessem hoje vivos e a salvo, em alguma cadeia.

* * *

A polícia do Rio cancelou os CPFs de mais de duas dezenas de eleitores bandidos que fazem campanha e votam em colegas.

A preocupação do togado supremeiro é coerente com o programa do partido dele, que luta pela valorização da atividade dos bandidos e pela liberdade de ação pros marginais.

A população que se dane.

Lularápio, o proprietário-chefe do bando petralha, que foi descondenado pelo STF, já disse que fica revoltado quando vê alguém ser preso só porque roubou um celular.

O insolentíssimo ministro está apenas sendo coerente com o projeto de governo do partido para o qual ele fez campanha e até gravou vídeo.


 Escolhido da presidente para o STF é entusiasta assumido do projeto de poder do PT


quarta-feira, 25 de maio de 2022

Bolsonaro elogia operação policial no Rio que deixou ao menos 25 mortos O Estado de S.Paulo

 Ação realizada na terça-feira envolveu agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal

O presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou a atuação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar durante ação que deixou ao menos 24 mortos e sete feridos na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte do Rio, na manhã de terça-feira, 24. 

"Parabéns aos guerreiros do Bope e da Polícia Militar do Rio de Janeiro que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa", disse Bolsonaro em perfil do Twitter na tarde de terça-feira sobre a segunda ação mais letal da polícia na história do Rio, atrás apenas do caso do Jacarezinho, no ano passado, que deixou 28 vítimas.

Operação policial na Vila Cruzeiro
Polícia Militar se posiciona na entrada da favela de Vila Cruzeiro, no Rio Foto: André Coelho/EFE

A ação envolveu agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, com apoio de blindados e de um helicóptero. 

Durante a ação, uma bala matou Gabriele Ferreira da Cunha, de 41 anos. Ela foi atingida dentro de casa, na comunidade da Chatuba, vizinha da Vila Cruzeiro. Todos os demais mortos, de acordo com a polícia, seriam suspeitos. Seus nomes não foram divulgados. Entre os feridos, dois estão em estado grave. Outros três têm quadro estável, incluindo um policial atingido por estilhaços. Foi o único agente ferido.

De acordo com a PM, a operação tinha como objetivo prender chefes do Comando Vermelho de diferentes Estados. Eles estariam escondidos na Vila Cruzeiro, de onde comandariam o crime organizado pelo País. Ninguém foi preso.

Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de limitar operações em comunidades do Estado durante a pandemia, o secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho, justificou que a operação ainda estava em planejamento, mas surgiu a suspeita de que os traficantes estariam preparando a invasão de outra comunidade. Por isso, decidiu-se pela “operação emergencial”. O secretário disse que a migração de traficantes de outros Estados e de outras favelas, como Jacarezinho, Mangueira, Providência e Salgueiro, estaria ligada à decisão do Supremo.[certamente ; o Rio é o único estado brasileiro que oferece zona de exclusão contra ação policial, criando uma 'nação independente', território livre e soberano para bandidos - tudo por decisão do Supremo Tribunal Federal.]

Nas redes sociais, Bolsonaro defendeu a operação militar. Ele reforçou que a ação estava sendo planejada há meses.

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro elogia a operação policial, especialistas acreditam que a ação - que resultou em alta letalidade - apenas faz aumentar a insegurança da população das comunidades no Rio de Janeiro. "Essa operação em nada colabora para a resolução dos nosso problemas de segurança pública. Essas operações que deixam dezenas de mortos só servem para aumentar a sensação de insegurança da população que vai se sentir também insegura em relação a atuação policial. Esse é cotidiano de violação de direitos que vai se somando  sobre esses territórios e fazendo que a relação com a polícia também seja bastante complicada. É bom que se atente que operar e fazer esses confrontos, que vão mirar basicamente nos elos mais fracos da cadeia criminosa, que são os traficantes que vão fazer o trabalho de varejo, não colabora em nada", criticou Pablo Nunes, coordenador de pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança. [esses indivíduos que se dizem e a mídia os tem como  especialistas, a única coisa que sabem é criticar a ação policial, para eles bandido bom é bandido solto, já a maior parte da população pensa exatamente o contrário. São indivíduos dessa laia que pelos seus comentários parecem defender que policial bom é policial morto. ]

Para Ignacio Cano, membro do laboratório de análise da violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a megaoperação na Vila Cruzeiro é mais uma no modelo tradicional que se tem no Rio: a lógica da guerra e da incursão punitiva em "território inimigo". "O governo diz que foi uma operação planejada e com inteligência. Planejamento e inteligência deveriam servir para reduzir confrontos e tiroteio", avaliou Cano.

O  caso está sob investigação do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Rio. “O Brasil é signatário de tratados e acordos internacionais que nos obrigam a investigar e punir violações de direitos humanos. E 21 mortos, até agora, menos de 3 meses depois (da outra operação), não podem ser investigados como se fossem simples saldo de operações policiais”, declarou o procurador Eduardo Benones, titular do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro. 

Segundo moradores, a operação começou pouco depois das 4h da terça-feira, com o apoio de um helicóptero blindado. Dezenove escolas da região não tiveram aulas. O comércio ficou parcialmente fechado e muita gente não conseguiu sair para trabalhar. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a troca de tiros e moradores levando feridos ao hospital por conta própria.

O Estado de S. Paulo

 

 

Entenda o que motivou a ação entre Bope e PRF, que deixou 25 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio - O Globo

Violência

Vila Cruzeiro, na Penha, tem operação em conjunto do Bope, da PRF e da PF — Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atribui à atuação da facção em roubo de cargas o principal motivo pelo qual a corporação se uniu à PM na operação policial que resultou em no mínimo 22 mortes na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio. A PRF atuou com 26 agentes e 8 carros blindados no local.

De acordo com o chefe de Comunicação da PRF, Marcos Aguiar, os traficantes têm como foco o roubo de cargas na cidade do Rio, e os resultados de ações integradas entre as polícias apresentaram bons resultados entre 2021 e 2022. — Até maio, com relação ao ano passado, tivemos redução significativa no roubo de cargas, mais de 18%. A polícia vai para cumprir ação legal, prender criminosos, desmantelar quadrilhas Hoje, a região estava totalmente conflagrada. Tivemos bastante resistência, um número alto de fuzis, estavam fortemente armados — diz Marcos Aguiar.

Para o superintendente da corporação, Rômulo Silva, as ações integradas tem como objetivo "diminuir a letalidade".— A PRF reforça que as ações de segurança pública integradas visam diminuir a letalidade. O objetivo da operação é prender os líderes das facções, mas fez-se necessária força do Estado para conter ações — justifica.

Ação tem como alvo chefes da maior facção criminosa em atuação no estado do Rio

Segundo a PM, "não é possível considerar exitosa uma operação com resultado morte, principalmente envolvendo a perda da vida de uma pessoa inocente - a senhora Gabrielle". O tenente-coronel Uirá do Nascimento Ferreira, do Bope, disse que a operação, que teve início por volta das 4h da manhã, foi planejada durante meses, e o objetivo era impedir que os criminosos se deslocassem pela cidade.

Dados da inteligência da PM identificaram que o grupo que saía da Vila Cruzeiro planejava ir em direção à Rocinha, onde encontrariam outro grupo e dariam início a uma ação ainda não identificada pela polícia.— Tínhamos indicativo de que essa quadrilha se descolaria pela cidade, e agimos no terreno. Muitas barricadas, tivemos dificuldade de avançar. Os criminosos responderam com muita violência e foram neutralizados — diz Uirá.

O tenente-coronel também justificou que a operação é de inteligência, e que a ideia era prender as lideranças da facção fora da comunidade.— Era um monitoramento para que a prisão fosse feita fora da comunidade. Não foi possível devido ao ataque da facção. Foi uma ação emergencial que não tinha como objetivo cumprir mandados, apesar de muitos deles possuírem mandados em aberto — explica.

Durante a operação, uma mulher identificada como Gabrielle Ferreira da Cunha, de 43 anos, foi baleada e não resistiu. Segundo a PM, ela foi atingida na região da Chatuba, onde a corporação alega que não havia atuação dos agentes.

A senhora faleceu na Chatuba, as equipes da PRF e do Bope estavam na Vila Cruzeiro. Foi uma ação por parte dos criminosos.
As equipes da PRF e do Bope estavam na Vila Cruzeiro. Foi uma ação por parte dos criminosos. O número de munições disparadas por criminosos foi excessivo, então não restou outra saída senão fazer frente. Os criminosos realmente montaram emboscadas, nosso helicóptero blindado sofreu três disparos. Os criminosos se prepararam pra essa ação — diz o coronel Luiz Henrique Marinho Pires.

Na tarde desta terça-feira (24), o MPF e o MPRJ abriram procedimentos investigatórios criminais para apurar as condutas, eventuais violações a dispositivos legais, as participações e responsabilidades individualizadas de agentes policiais federais e as mortes ocorridas durante a ação.[os policiais arriscam a vida combatendo criminosos bem armados e a preocupação do MP, federal e estadual, é tentar enquadrar os que combateram os bandidos, neutralizando alguns no estrito cumprimento do DEVER LEGAL. Foram mortes necessárias.]

A operação realizada nesta terça-feira (24) não é a primeira ação conjunta entre PM e PRF na Vila Cruzeiro. Em fevereiro, agentes das corporações apreenderam uma carga de 4.500 maços de cigarros, além de 5.800 papelotes e trouxinhas de maconha e 123 tabletes de 1 quilo cada de maconha, 28 mil pinos de cocaína, 81,9 kg de cocaína em tabletes, 625 papelotes de crack, 815 potes de crack, 1.136 frascos de loló e 41 frascos de lança-perfume. O material apreendido foi conduzido para a 22ªDP e Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Oito pessoas foram mortas durante a ação.

De acordo com a PM, ação de fevereiro foi desencadeada "com o objetivo de conter a ação de criminosos na região, que estariam planejando ataques às forças de segurança que ocupam a comunidade". A PRF informou que os agentes pretendiam cumprir mandados de prisão contra traficantes que fazem parte de uma quadrilha de roubo de cargas. O principal alvo era o traficante Chico Bento do Jacarezinho, chefe do grupo criminoso que atua na região.

Rio - O Globo


terça-feira, 24 de maio de 2022

Operação do Bope, da PF e da PRF deixa mortos na Vila Cruzeiro, na Penha - O Globo

Ação conjunta tem como alvo chefes da maior facção criminosa em atuação no estado do Rio

A Polícia Militar afirmou que busca em área de mata no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, mais suspeitos que possam estar feridos ou mortos. A corporação não descarta a possibilidade de encontrar pessoas mortas, além das 11 já contabilizadas, após o confronto. 

Até o momento foram apreendidos 11 fuzis durante a operação

 Até o momento foram apreendidos 11 fuzis durante a operação (Foto: Reprodução)

O porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Ivan Blaz, em entrevista à Rádio BandNews FM, afirmou que os corpos estão sendo identificados e que há a possibilidade de outros serem encontrados no alto da comunidade. Há registro de ao menos dois feridos.

— Como tem confronto em área de mata, é difícil precisar se há ou não mais mortos. Tem mata fechada, pouca visualização do oponente, e pode ter criminosos feridos, como no Salgueiro que só apareceram depois. Essa é a realidade. Vamos usar a aeronave nas buscas. Mas, é provável que outras pessoas possam aparecer feridas ou mortas — diz Blaz.

Feridos durante operação policial na Vila Cruzeiro, na Penha, foram levados para o Hospital estadual Getúlio Vargas





Feridos durante operação policial na Vila Cruzeiro, na Penha, foram levados para o Hospital estadual Getúlio Vargas (Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo)

De acordo com a direção do Hospital estadual Getúlio Vargas, por volta das 11h, os dois baleados na ação estavam no centro cirúrgico. Ainda de acordo com a unidade, sete homens já foram identificados pelos familiares. Das 11 mortes confirmadas até agora, dez são de suspeitos, segundo a polícia, e foram confirmados no hospital.

Em meio à operação, policiais militares reforçam o patrulhamento em diversas ruas da região do Complexo da Penha e em bairros vizinhos, como na Avenida Nossa Senhora da Penha, um dos acessos à Vila Cruzeiro; na esquina das ruas Bento Cardoso com Jacaraú, na Penha; e também na Rua Uranos, em Olaria, na esquina com a Rua Piancó.

A Polícia Militar reforçou o patrulhamento também no entorno da Vila Cruzeiro, na Penha, em manhã de operação conjunta com a PF e a PRF

A Polícia Militar reforçou o patrulhamento também no entorno da Vila Cruzeiro, na Penha, em manhã de operação conjunta com a PF e a PRF (Foto: Reprodução / Twitter / PMERJ)

O porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, em entrevista à rádio CBN, ressaltou o impacto da ação na vida dos moradores da região: — São centenas de milhares de moradores, e essa ação impacta no funcionamento público, como escolas e postos de saúde. Infelizmente, essa é uma rotina dessas pessoas. Infelizmente, gostaríamos de chegar lá e sair após a ação. Mas criminosos ali se encastelam e trocam tiros com a polícia.

Sobre a retomada do território por criminosos, já que a região foi pacificada, Blaz afirmou que “a UPP levou serviços de segurança para moradores que viviam à margem da segurança”. — A ação que a UPP faz ainda é de suma importância. Logicamente, sabemos que a solução está além do esperado. Não é só com polícia que se resolve o problema.

Uma moradora morreu na Vila Cruzeiro, na Penha, durante a operação integrada

Uma moradora morreu na Vila Cruzeiro, na Penha, durante a operação integrada (Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo)

A operação policial nas imediações da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, afetou parcialmente o funcionamento das unidades de saúde da região, nesta manhã. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, as clínicas da família Felippe Cardoso, Klebel de Oliveira Rocha, Rodrigo Yamawaki Aguilar Roig, Zilda Arns e Valter Felisbino de Souza estão funcionando apenas com atividades internas, ou seja, as unidades mantêm o atendimento à população, mas sem as atividades externas realizadas no território. A ação também afetou o funcionamento das unidades escolares. A Secretaria municipal de Educação informou que 19 escolas da região estão fechadas, prestando atendimento remoto.

Homem dá entrada no Hospital Getúlio Vargas, para onde foram levadas as vítimas

Homem dá entrada no Hospital Getúlio Vargas, para onde foram levadas as vítimas (Foto: Fabiano Rocha)

De acordo com informações da direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), na Penha, até o momento, 12 pessoas, foram encaminhadas à unidade, vindas do Complexo da Penha. Todas vítimas de perfuração por arma de fogo na operação policial que está acontecendo na área da Vila do Cruzeiro, no Complexo da Penha. A unidade informou ainda que dez óbitos foram constatados na emergência. Duas vítimas estão em atendimento no setor de trauma, segundo a direção do hospital.

Seis carros e 10 motos utilizados por traficantes durante operação militar foram abandonados na região conhecida como "Vacaria" e encontrados pelos militares. A localidade é a mesma que serviu como rota de fuga de bandidos em 2010, na ocasião da ocupação do Complexo do Alemão. Durante a ação desta terça-feira, foram apreendidos, até as 9h, diversos armamentos, sendo 13 fuzis e dez granadas, além de pistolas. De acordo com porta-voz da PM, major Ivan Blaz, essas armas vêm de outros países. — Esse são fuzis produzidos na China e no Leste Europeu que vem para o país no tráfico internacional de armas. São armamentos longos que podem vitimar pessoas a longa distância, como aconteceu com a moradora.

Os militares também apreenderam drogas na região do Complexo da Penha.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a troca de tiros desde a madrugada desta terça-feira. Quem mora na região diz que o clima é de medo. Nas cenas gravadas pelos moradores, é possível ver um blindado militar circulando dentro da comunidade e pessoas carregando corpos por conta própria para o hospital. Em outro vídeo, moradores fazem uma manifestação na Rua 14 por conta do número de mortes e queimam madeiras e caixas de papelão.

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Dez pessoas são encontradas mortas no Complexo do Salgueiro, onde PM foi assassinado

O sargento Leandro Rumbelsperger da Silva, de 38 anos, morto durante patrulhamento em Itaúna, no Complexo do Salgueiro Foto: Reprodução / TV Globo

Pelo menos dez pessoas foram encontradas mortas, na manhã desta segunda-feira, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. As vítimas estavam numa área de mangue. Os próprios moradores fizeram a retirada dos corpos, já que a Polícia Civil só chegou ao local 15 horas após o crime.

No ultimo sábado, o sargento da PM Leandro Rumbelsperger da Silva, de 40 anos, foi morto a tiros durante um patrulhamento na comunidade. Segundo informações da polícia, criminosos dispararam contra os militares do 7º BPM (São Gonçalo). 

Em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, nesta manhã, o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, disse que havia uma ocupação do 7º BPM na região. — Nós tínhamos uma ocupação do 7º BPM motivada para estabilizar a região após denúncias de bandidos estarem fazendo o uso de escolas, inclusive, para o tráfico. Após a morte do sargento, o Bope foi para a região. Houve vários confrontos durante o final de semana na área do mangue. Tivemos a apreensão de vários materiais usados em combate. Deduzimos que houve inúmeros feridos entre policiais e traficantes. [os policiais precisam e devem ter presente o compromisso de fazer o necessário para sempre voltarem para suas casas sãos e salvos para duas casas.Isto o que importa. 
Para a turma dos direitos humanos = DIREITOS DOS MANOS, e apoiadores o que importa é que os bandidos escapem ilesos; a morte de policiais para tais pessoas não tem importância. Nas raras vezes em que policiais levam vantagens, são acusados pela turma de tudo que não presta.]
Moradores recolheram nove corpos numa área de mangue, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Moradores recolheram nove corpos numa área de mangue, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Corpos foram encontrados na manhã desta segunda-feira Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Corpos foram encontrados na manhã desta segunda-feira Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informa que recebeu, por meio de sua Ouvidoria Externa, ainda na noite de domingo, relatos sobre a violenta operação no Complexo do Salgueiro. A instituição informa que sua Ouvidoria comunicou o fato ao Ministério Publico, para a adoção de medidas cabíveis a fim de interromper as violações. E que o órgão também está em contato com as lideranças locais prestando orientações necessárias. Nesta segunda-feira, às 14h, representantes da ouvidoria e defensores do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) irão à comunidade, junto com outras instituições de direitos humanos, coletar informações sobre o ocorrido para as medidas, inclusive judiciais, que se fizerem necessárias em defesa dos moradores, vítimas e seus familiares.[Para a turma dos DIREITOS DOS MANOS, não interessa sequer se policias foram feridos.]

A polícia disse ainda que, na tarde deste domingo, agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) atuaram no Complexo do Salgueiro, após informação de que um dos indivíduos que atacaram a equipe do 7º BPM, no último sábado, estaria ferido ainda no interior desta região. As equipes foram atacadas nas proximidades de uma área de mangue com mata, ocorrendo um intenso confronto. Na ação, foram apreendidos duas pistolas, munição calibre 9 mm, 56 munições de fuzil calibre 762, cinco carregadores (02 para fuzil e 03 para pistola), um uniforme camuflado, 813 tabletes de maconha, 3.734 sacolés de pó branco e 3.760 sacolés de material assemelhado ao crack. A ocorrência foi registrada na 72ª DP.

Segundo a corporação, por volta de 15h, uma equipe do SAMU foi acionada ao Salgueiro por conta de um indivíduo ferido e criminosos armados obrigaram a retirada deste do local. O homem foi a óbito e reconhecido por policiais do 7º BPM como um dos envolvidos no ataque criminoso à guarnição no último sábado. O caso foi registrado na 73ª DP (Neves).

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA




domingo, 9 de maio de 2021

A polícia não mata sozinha - Bernardo M. Franco

O Globo

Quem dá cobertura aos policiais

MASSACRE NO JACAREZINHO

Uma operação com blindados e helicópteros aterrorizou o Jacarezinho e deixou 28 mortos no maior massacre da história do Rio. Na manhã seguinte, a Polícia Civil só havia identificado a vítima que usava farda. [que aliás, a mídia militante insiste em não destacar que na suposta chacina na favela Jacarezinho, a PRIMEIRA VÍTIMA foi um policial, assassinado friamente por um bandido emboscado em uma laje - não consta notícia que o bandido tenha forçado a entrada no local. 
Ao contrário, teve tempo para procurar o melhor ângulo, escolher a vítima e iniciar a chacina - a partir do momento em que houve a primeira vítima, - UM POLICIAL, devidamente uniformizado e desembarcando de um carro blindado (o que mostra se tratar de vítima escolhida), os bandidos se sentiram mais fortes, restando à Polícia Civil um único recurso: reagir.
Todos mortos foram identificados e apesar de até o momento apenas para três constar mandado de prisão, outros cumpriram, ou cumpriam pena. Dirão os fracassados advogados de porta de cadeia, que se arvoram em defensores de bandidos, "já pagaram sua dívida com a sociedade".
A mídia militante esquece que o individuo que cumpriu pena, ou está em liberdade condicional, e se junta a bandidos atuantes, armados com fuzis (e outras armas de uso restrito) quer, para dizer o mínimo, contrair nova dívida com a Sociedade.
Não pode ser esquecido que agora eles possuem expertise, fizeram graduação na universidade do crime, estão - ou estavam - mais qualificados para o crime.
Com certeza, são, ou esperavam ser,  mais competentes na especialidade do que o advogado - não vale a pena decorar o nome do causídico, que declarou que o Brasil foi condenado pela CIDH a fazer o que não disse, ou não sabia,  o que é.  
Se a entrevista não fosse interrompida, o ilustre advogado iria pedir o impeachment do presidente Bolsonaro - sempre acusado, sem provas, de ser o responsável por tudo que os inimigos do Brasil consideram prejudicial ao que consideram correto - mesmo que o correto  inclua condenar  quando bandidos, procurados e portando armas pesadas, são abatidos pela Polícia.
O que é a, ou o,  CIDH? 
deve ser uma dessas organizações que estão sempre tentando, e fracassando, revogar leis brasileiras, incluindo a Lei da Anistia. 
O Brasil, apesar de contrariar a muitos,  é UMA NAÇÃO SOBERANA e sentenças proferidas em outros países, precisam cumprir requisitos para apresentar alguma validade em nosso território SOBERANO.
Certeza é que esse CIDH deve cobrar do Brasil alguma taxa, em dólar, pelo suposto privilégio de integrar o dito cujo.]
 
 Sem conhecer as outras 27, o vice-presidente Hamilton Mourão sentenciou: “Tudo bandido”. O general está afinado com a tropa no poder. O governador Cláudio Castro, aliado do Planalto, classificou a matança como fruto de um “detalhado trabalho de inteligência”. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, fez piada com o relato de uma viúva. Há poucos dias, seu pai ergueu um cartaz com a inscrição “CPF cancelado”. O capitão é um velho defensor de milícias e grupos de extermínio.
“A polícia não mata sozinha. Esse tipo de discurso legitima a barbárie e a violência policial”, afirma o advogado Joel Luiz Costa, coordenador do Instituto de Defesa da População Negra. Criado no Jacarezinho, ele voltou à favela horas depois do banho de sangue. Percorreu as vielas, ouviu testemunhas e saiu convencido de que ocorreu uma chacina.[sempre vamos lembrar: chacina que começou com o assassinato de um  policial - cujo assassino estava em uma laje de uma casa da favela e teve tempo para escolher o momento certo para iniciar a chacina =  que apenas cumpria seu dever.
Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça, com base em denúncias do MP, cuja isenção não foi posta em dúvida. Sendo recorrente: cumprir mando de prisão em favela, especialmente no Rio, não é tarefa fácil. A reação dos bandidos é violenta e quase sempre busca demonstrar força = tanto que assassinaram um policial que estava desembarcando de um veículo blindado.]

Em 2018, o Rio elegeu um governador que se fantasiava de soldado do Bope e mandava a PM atirar “na cabecinha”. Seu substituto é mais discreto, mas quer provar que também tem DNA bolsonarista. Ao exaltar a inteligência da polícia, Castro ofende a inteligência alheia. A operação deveria cumprir 21 mandados de prisão, mas só cumpriu três. [se 21 mandados de prisão foram expedidos, podemos garantir que os nomes lá indicados, foram colocados por determinação judicial - cabendo a Polícia apenas cumprir.]

 Além de produzir uma carnificina na favela, feriu dois passageiros dentro de um vagão de metrô.[perguntamos: nos projéteis que atingiram os dois passageiros, consta o nome e CPF do autor dos disparos? dia, hora e lote em que foram produzidos?

Caso não conste tais dados, a 'insinuação' acusando que partiram da polícia é feita apenas pelo interesse de defender bandidos.] 

Representantes da OAB e da Defensoria Pública apontam outros abusos. Os policiais modificaram cenas e removeram os corpos sem perícia. [OAB e Defensoria Pública - os ilustres integrantes da 'defensoria pública' confundem sua função e a consideram apenas defender bandidos.(leia e confirme mais uma proeza, pró bandido, de uma  defensoria: segurança pública no DF - Justiça do DF multa DF por prender bandidos; multar hospitais por falta de atendimento, isso não fazem.)

Consta que uma defensora apresentou com riqueza de detalhes pontos da cenas do crime,que insinua foram alteradas pela própria polícia - fato inédito, já que qualquer alteração feita pela Polícia, seria para favorecer os policiais e o resultado apresentado incrimina os policiais. 

Restam dúvidas como foi possível a ilustra defensora atuar na cena do crime, sem desfigurar = levitação?] Depois levaram mais de 24 horas para entregá-los ao IML. Testemunhas relataram execuções sumárias e uso desproporcional da força. Apesar de tudo, a polícia se sentiu autorizada a comemorar a operação.

Na quinta, uma entrevista sobre o caso virou comício bolsonarista. O subsecretário Rodrigo Oliveira reclamou do “ativismo judicial” e disse que os defensores dos direitos humanos têm “sangue do policial nas mãos”. O delegado Felipe Curi julgou e condenou os 27 mortos pelos colegas. “Não tem nenhum suspeito aqui. A gente tem criminoso, homicida e traficante”, afirmou.

O chefe do setor que deveria investigar o massacre já se convenceu de que não há o que apurar. “Não houve execução. Houve sim uma necessidade real de um revide a uma injusta agressão”, disse o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Roberto Cardoso. As declarações mostram o caso não pode ficar nas mãos da Polícia Civil. Além de ignorar regras e protocolos, a matança pisoteou a decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe operações em favelas durante a pandemia, salvo em casos excepcionais. Numa clara provocação, a polícia batizou a ação no Jacarezinho de “Exceptis”. Os responsáveis pela barbárie também não fariam isso sozinhos. Eles sabem que têm cobertura para desafiar o Judiciário e as leis. [sem entrar no mérito da decisão de um ministro do STF criando zona de exclusão a ações policiais nas favelas do Rio - se ocorreu violação da monocrática e suprema decisão, foi para cumprir ordem judicial, não cabendo à Polícia Civil do Rio, entrar em tal contenda. Manifestamos estranheza é que enquanto jornalista criticam - como habitual, críticas negativas -  comentários fundamentados de autoridades policiais, os mesmos profissionais  aprovam os brados de um alto comissário da ONU contra a Polícia. Nos parece que tal alto comissário, deve ser da mesma turma do comitê de boteco que teve a ousadia de recomendar a liberação do criminoso Lula = na ocasião 'encarcerado' na PF, por decisão de dezenas de juízes.]

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo

 

 


 

domingo, 10 de fevereiro de 2019

O coração das trevas

O Brasil é violento, ao contrário do que desejaria o “homem cordial” de Sérgio Buarque de Holanda. A banalização da morte é uma realidade, mesmo quando causa comoção popular”


O mais famoso dos romances do ucraniano Joseph Conrad (1857-1942), todos escritos em inglês, tem apenas 150 páginas e foi publicado em 1902, a primeira vez em três fascículos: O coração das trevas (Companhia das Letras), que serviu de inspiração para o filme Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola. A bordo da escuna Nellie, o capitão Charles Marlow aguarda uma maré vazante no Rio Tâmisa para seguir viagem e começa a divagar sobre a história da Inglaterra e seu papel na África. Nesse contexto, conta sua viagem pelo rio Congo em busca do enigmático Sr. Kurtz, um traficante de marfim, no interior daquele continente.

Marlow se depara com atrocidades e brutal exploração da população local, vive um choque entre os valores civilizatórios das missões europeias e seus reais interesses mercantis na África. Os fins justificariam tudo; o bem se torna um disfarce do mal. O livro é uma visão da condição humana na sua travessia inversa, da civilização para a barbárie. No filme, entretanto, Coppola não adaptou o livro, se inspirou nos personagens e nos temas que Conrad aborda, mudando o contexto para a guerra do Vietnã, na fronteira com o Camboja.

Interpretado por um obeso Marlon Brando, Kurtz é um coronel do Exercito norte-americano que enlouqueceu, desertou e vive em uma fortaleza na selva. Martin Sheen interpreta o obstinado capitão Willard, designado pelo alto-comando do Exército dos Estados Unidos para eliminar o coronel Kurtz, que se tornara um problema. No começo do filme, em cena antológica, Robert Duvall comanda um ataque aéreo contra civis vietnamitas ao som da Cavalgada das Valquírias, de Wagner. Tanto o livro quanto o filme foram libelos contra a banalização da violência e a lógica de que os fins justificam os meios.

O Brasil é uma sociedade violenta, ao contrário do que desejaria o “homem cordial” de Sérgio Buarque de Holanda. A banalização da morte é uma realidade, mesmo quando causa grande comoção popular. A tragédia de Brumadinho, com151 mortos e 157 desaparecidos, é um exemplo. Não deveria ter ocorrido, se a tragédia de Marina tivesse servido de alerta para as autoridades e para a Vale, mineradora responsável pela barragem do Córrego do Feijão. Os fins justificaram os meios para os executivos da empresa. A morte de 10 garotos no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, é outro exemplo dessa lógica perversa. Os alojamentos não tinham alvará de funcionamento nem autorização dos bombeiros. O sonho dos garotos não justifica a ganância de empresários e a ambição de dirigentes esportivos.

Os bárbaros
Também no Rio de Janeiro, já são sete os mortos em consequência do temporal que atingiu a cidade na noite de quarta-feira: dois na Avenida Niemeyer, três em Barra de Guaratiba; um na Rocinha e outro no Vidigal. A prefeitura do Rio gasta menos do que deveria na contenção de encostas e nada faz para conter a ocupação de áreas de risco. Os contratos de poda de árvores deveriam passar por uma boa auditoria. As tragédias de Brumadinho e Mariana derrubam a narrativa de que as licenças ambientais atravancam o progresso do país; o mau tempo no Rio de Janeiro, como em outras localidades, também joga por terra as teorias de que não existem alterações climáticas.

Voltemos à alegoria de Conrad. Nela, os burocratas glorificam os negócios da companhia, mas não se arriscam a viver nos confins da África. Não é muito diferente do que acontece por aqui. Mas o risco que corremos é ainda maior: podemos ir aos poucos para o coração das trevas, sob a lógica de que os fins justificam os meios. É o caso, por exemplo, do combate ao tráfico de drogas. A advertência do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (“Não ande de fuzil, você vai morrer!”), por exemplo, está sendo implementada. A comunidade do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, no Centro do Rio, amanheceu na sexta-feira com 13 pessoas mortas, depois de confronto com agentes do Comando de Operações Especiais (COE). [14 mortos que com certeza vão reduzir, ainda que muito pouco, a criminalidade no Rio = bandido bom, é bandido morto.] A operação envolveu o Bope e o Batalhão de Choque. Os traficantes estavam reunidos numa casa de fundos da comunidade na Rua Eliseu Visconde. Dois baleados foram levados ao Souza Aguiar; três traficantes em fuga foram presos numa van escolar. O padrão de combate aos traficantes do Rio de Janeiro será esse aí, com aplausos da opinião pública. Diria Marlow, depois de um apelo aos sentimentos altruístas: “Exterminem todos os bárbaros!”. É o horror! 
[ação enérgica  também contra os usuários de drogas - sem usuário não há demanda e sem demando não há tráfico.
O combate tem que ser realizado em ações sincronizadas.]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB

 

 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Bolsonaro faz visita à sede do Bope, no Rio: 'Podem ter certeza, teremos um dos nossos lá em Brasília. Caveira!'

Presidenciável agradeceu apoio. posou para fotos com policiais militares e brincou: 'Quem vai mandar no Brasil serão os capitães'

Em discurso na sede, Bolsonaro agradeceu o apoio, elencou o feito do PSL na eleição legislativa e ressaltou que a classe militar "terá um dos nossos" em Brasília, caso seja eleito.
- Temos a segunda bancada em Brasília, sem televisão, sem fundo partidário, sem nada. Então nós temos que tentar mudar, fazer a coisa certa. Eu acho que isso é possível, afinal de contas não temos outro caminho. Meu muito obrigado a todos vocês, pela confiança por parte de muitos. Podem ter certeza, chegando (à Presidência), teremos um dos nossos lá em Brasília. Caveira! - afirmou o presidenciável, que fechou a fala com o tradicional grito do batalhão. 

Em seguida, o militar brincou que, embora batesse continência para o coronel na sede do Bope, "quem vai mandar no Brasil serão os capitães". O candidato ainda posou para fotos ao lado de militares. 

Desde que voltou ao Rio após sofrer um ataque em Juiz de Fora, no início de setembro, Bolsonaro tem passado a maior parte do tempo em sua residência. A maioria das saídas aconteceu para gravar programas eleitorais, na casa do empresário Paulo Marinho, na Zona Sul do Rio.
O candidato do PSL tem feito pronunciamentos diariamente através de transmissões ao vivo em seu Facebook. Bolsonaro tem alegado questões de saúde e necessidade de repouso para adiar sua participação em debates com Fernando Haddad (PT).[Bolsonaro tem que priorizar a saúde antes de tudo; depois as eleições;
para a corja esquerdista a melhor coisa seria Bolsonaro ter uma recaída - por isso não deve expor-se ao risco de uma recidiva participando de debates.
Logo o partido 'perda total' estará divulgando que Bolsonaro vai dar um golpe com capitães.]

Bernardo Mello Franco - O Globo
 

 

 

 

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Democracia e Direitos Humanos em excesso, são prejudiciais

[Proposta: antes de começar o nosso 'linchamento virtual' pedimos que leiam com atenção o que está escrito e quando, e se, encontrarem algo errado, protestem.

Não encontrando tenham a dignidade de reconhecer que este texto pode até não ser 'politicamente correto' mas é verdadeiro.]

Direitos Humanos em demais é prejudicial e prejudica muitas vezes o gozo dos DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS  - Fundamentação

Usaremos como principal exemplo a matéria deste POST

Ocorreu um furto de grande número de celulares no Aeroporto do Galeão - superando os R$ 3 milhões - o sistema de localização dos aparelhos permitiu que o esconderijo da carga fosse localizado e a informação foi passada à Polícia Militar.  

Só que o local, Favela Nova Holanda, Complexo da Maré, área patrulhada pelo 22º BPM, não está sujeito de forma constante as autoridades policiais.
O ingresso na complexo de favelas exige um protocolo especial, até aí fácil de entender visto que o efetivo de um batalhão é insuficiente para atuar naquela imensidão submetido ao jugo do crime organizado.
O protocolo, em poucas palavras, exige o acionamento de outros batalhões, do BOPE, unidades especiais da Polícia Civil, etc.

Por razões que nos são desconhecidas há necessidade da interferência da Sexta Vara de Fazenda Pública.  

RESULTADO: mesmo em tempos de intervenção federal quando o dispositivo para entrar na favela esta começando a ser formado os bandidos já tinham passando adiante a carga furtada.

Toda a razão dessa demora foi a necessidade de obter efetivo para garantir a operação e ao mesmo tempo a necessidade de respeitar os DIREITOS HUMANOS - mesmo que tal respeito tenha atrasado em muito a operação.

Não fosse tão exacerbada preocupação com os DIREITOS HUMANOS de bandidos, bastava o 22º BPM ter entrado em contato com a Cúpula da Intervenção, que determinaria  o deslocamento para a região tropas do Bope e das Forças Armadas, cercado o perímetro e de posse de um MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO COLETIVO efetuar a busca em toda as construções - comerciais, residenciais e de qualquer tipo -  recolhendo a carga, armas e utilizando a força necessária para eliminar qualquer resistência.

Um ou outro direito humano poderia ter sido desrespeitado mas isto em beneficio da SOCIEDADE, da MANUTENÇÃO DA LEI E DA ORDEM e do COMBATE AO CRIME.

Certamente a operação realizada dessa forma possibilitaria a recuperação de toda, ou quase, a carga, prisão de vários bandidos - por  diversos motivos além do furto - apreensão de armamento pesado e deixar com a bandidagem não só daquelas favelas mas de todas que as Forças de Segurança entram ONDE for preciso, QUANDO for preciso e COMO for preciso.

A bandidagem passaria a ter a certeza que qualquer carga roubada ou furtada, uma vez localizada, de imediato, seria procedida a sua recuperação a qualquer custo. 

A certeza da punição, da não obtenção de lucro desestimularia novas ações.

Óbvio que este procedimento teria que ser realizado sempre - a repetição causaria a diminuição da ação dos bandidos.

Esperar que a carga seja distribuída para começar a agir só estimula os bandidos.

Democracia demais é ruim - Fundamentação.

A democracia quando em demasia atrapalha em muito a governabilidade de um país, a própria administração da Justiça, a aplicação das leis e tudo que diga respeito ao que tem que ser feito para que uma nação cresça, se desenvolva, gere empregos, proporcione alimentação, saúde, educação e felicidade aos seus cidadãos.

Democracia em excesso deixa a fácil impressão de que aquele país é uma maravilha por viver em um 'estado democrático de direito', seus cidadãos tem total liberdade e são beneficiados de todas as formas, inclusive com excelente legislação. Vamos apresentar apenas um exemplo: o que mais acontece nos países VÍTIMAS da democracia em excesso, é que na realidade seus habitantes são VÍTIMAS da ditadura de minoria.

Exemplo: na Constituição de 88 existe artigos que não são mais adequados aos tempos atuais, a necessidade de modificação é patente, só que quase impossível.
Vamos citar aqueles que só permitem determinadas providências se a proposta receber o apoio de 3/5 dos deputados = 342 = e 2/3 dos senadores = 54.

Recentemente, teve o ruidoso caso das denúncias feitas contra o presidente Temer e que só poderiam ser recebidas se contasse com o apoio de 342 deputados.
A  presença de apenas 341 deputados seria suficiente para a sessão sequer ser instalada.
Em português claro, a denúncia só seria apreciada pela Câmara com a presença de 342 deputados e para tanto bastaria o Governo cuidar para que seus aliados se ausentassem em número suficiente para impedir aquela 'quórum'.

A oposição poderia levar 171 deputados, até mesmo mais, mas ao Governo seria suficiente para impedir a instalação dos trabalhos retirar 172 deputados.

TAL SITUAÇÃO É DITADURA DA MINORIA.

Querem mais:
Suponhamos que a sessão foi instalada, haja vista a presença de mais de 342 deputados, mas para a denúncia ser recebida permanece a necessidade de 342 deputados concordarem.
A oposição - ou minoria - pode rebolar o quanto quiser para que a acusação seja recebida mas basta ao Governo 172 votos contra o acolhimento de denúncia, para sua rejeição.

DITADURA DA MINORIA.

No trâmite de uma Proposta de Emenda Constitucional,  a coisa complica mais ainda. Por mais necessária que seja a mudança, só será realizada se os que forem favoráveis alcançarem na primeira votação 342 deputados - novamente basta 172 deputados, minoria, serem contra e a Proposta é arquivada.

Pior ainda é que uma vez conseguido na primeira votação os 342 votos necessários, ou mesmo mais, tem uma segunda votação, realizada dias depois e de nada adianta se na primeira votação a proposta recebeu 500 votos favoráveis.
Nesta nova votação ela para ser aprovada e seguir para o Senado Federal necessita de no mínimo 342 votos - com isto basta os contrários conseguirem 172 votos contra = minoria = e a proposta é arquivada.

 DITADURA DA MINORIA.

Se for aprovada na Câmara em duas votações consecutivas a proposta vai para o Senado Federal, onde cumpre o ritual de ser submetida a duas votações, e em CADA UMA DELAS tem que obter no mínimo 51 votos.
28 votos contra - minoria - e o assunto é arquivado. 

DITADURA DA MINORIA.

E a democracia é tamanha, especialmente no Brasil da Constituição cidadã,  que se a modificação desejada alcançar matéria abrigada nas CLÁUSULAS PÉTREAS, sequer pode ser discutida.
O Congresso Brasileiro, órgão máximo do PODER LEGISLATIVO, não tem competência para alterar matéria considerada CLÁUSULA PÉTREA.
Mudar CLÁUSULA PÉTREA só convocando uma Assembléia Constituinte - vemos a junção sinistra do excesso de democracia: MAIORIA ABSOLUTA + Assembleia Constituinte = liberdade para discutir proposta de modificação em matéria abrigada em Cláusula Pétrea.

ESTAMOS ERRADOS EM ALGUMA COLOCAÇÃO?