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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Os farsantes - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Aquela invasão de "terroristas" no 8 de janeiro estava suspeita demais desde o começo. 
Por meses, bolsonaristas tinham se manifestado de forma pacífica, enquanto a esquerda radical sempre adotara os métodos do vandalismo e da violência. De repente, a "direita" resolve mudar de tática e partir para o ataque, dando o pretexto necessário para o estado intensificar a perseguição contra direitistas. Que conveniente!
 
Levantar a possibilidade de omissão voluntária do governo Lula, na melhor das hipóteses, já era promover "Fake News", o que, na atual circunstância, pode render censura ou mesmo prisão arbitrária
Mas as imagens que o governo tentou colocar sob sigilo por anos vazaram, e o que vimos foi revelador: o "sombra" de Lula, general chefe do GSI que acompanha o presidente há duas décadas, estava bem à vontade com a turma de "terroristas".

Agora vimos ainda um "jornalista" da Reuters preparando a cena para o "arrombamento" de uma porta no Palácio do Planalto, tudo bem ensaiado e com direito à revisão da imagem pelo próprio "terrorista", antes de garantir que o resultado ficara satisfatório. Isso era um golpe de estado ou um documentário para o Fantástico?

Tudo muito, muito estranho. E para lá de suspeito! Não precisamos aderir à tese de que o próprio PT organizou, orquestrou e comandou a invasão para perceber que, ao menos, viu ali uma boa oportunidade para rotular de vez toda a direita de golpista e partir para sua criminalização
Não custa lembrar que, após aquele fatídico dia, comentaristas como Fiuza, Paulo Figueiredo e eu fomos calados na marra.
 
Estamos lidando com manipuladores profissionais, com mentirosos compulsivos, com um mitomaníaco como Lula, que mente sem nem ruborizar sobre qualquer assunto. 
Essa turma da esquerda radical é capaz de tudo. O grau de cinismo é assustador. As inversões nas narrativas são constantes e sob medida para auxiliar seu projeto de poder.

Vejam os "jornalistas" da esquerda, por exemplo. As mudanças abruptas de discurso atendem aos interesses momentâneos dos poderosos, sem qualquer apego a princípios éticos ou coerência. É o caso de Reinaldo Azevedo, que escreveu "O País dos Petralhas" quando isso interessava aos colegas tucanos, e hoje virou lulista de carteirinha.

Azevedo escreveu ontem: "Muito se fala SOBRE o MST. É hora de ouvir o movimento e conhecer sua inserção na economia, a sua produção de alimentos e suas formulações, que vão além da questão agrária". Para tanto, o "jornalista" entrevista um líder do movimento que promoveu novas invasões criminosas e que o próprio Reinaldo Azevedo já chamou de "terrorista" num passado recente: "O MST e o terrorismo oficializado", dizia o título de sua coluna na Veja contra os invasores.

Enquanto a direita achar que está enfrentando gente que segue as regras do jogo e liga para fatos, vai ser feita de trouxa. O perigo agora é deixar o PT comandar a CPMI, que se tornou inevitável. Se isso acontecer, o troço vira um circo, como aquela da Covid, usada para palanque de Lula e para demonizar gente séria enquanto enaltecia notórios picaretas.

O esquerdismo é um grande truque de farsantes. 
Está na hora de constatar essa verdade e reagir de acordo. 
Acreditar que basta ter a verdade ao seu lado para vencer é uma doce ilusão. 
Há décadas que toda a experiência demonstra o retumbante fracasso do esquerdismo, e não obstante ele se mantém no poder em vários países. 
Isso acontece porque a farsa muitas vezes supera a realidade e engana os otários. E não há escassez de otários no mundo, infelizmente...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 23 de outubro de 2021

Liberalismo é bolsa modess e prisão arbitrária - VOZES

Bruna Frascolla

No século XVII deu-se, na Inglaterra, um fenômeno que marcaria para sempre a História Ocidental. 
O filósofo John Locke percorreu as ruas de Londres mostrando a sua invenção: o modess. 
Antes de Locke, as fêmeas da espécie humana viviam na mais absoluta indignidade, num problema conhecido desde tempos bíblicos como “pobreza menstrual”. Antes de Locke inventar o modess, as pessoas com vagina não aprendiam a ler, pois não iam à escola. Não trabalhavam, pois não podiam sair de casa. 
Viviam assim reclusas como as fêmeas humanas das teocracias islâmicas, que não têm modess, aí ficam dentro de casa.

De posse do modess, John Locke foi ao rei dizer: “Vossa Alteza Real deveríeis usar os impostos arrecadados para comprar modess e distribuir às vossas súditas que padecem de pobreza menstrual.” O rei achou uma brilhante ideia, criou o Imposto do Modess e colocou John Locke como Superintendente de Modess, cuidando do fabrico e compra do objeto.

Infelizmente os súditos, reacionários e obscurantistas, se revoltaram e disseram que não queriam pagar mais impostos. Exigiram que o rei só os criasse mediante autorização do Parlamento por eles eleito. Aí o Rei olhou para aquilo, disse “Isso é discurso de ódio” e mandou todo mundo pra prisão.

Esse evento passou à História com o nome de Revolução Gloriosa, e a doutrina que dele emergiu chama-se Liberalismo. Desde então a Civilização Ocidental progride graças à distribuição de modess para pessoas que menstruam e à prisão de quem pratica discurso de ódio.
Post scriptum


Se alguém achou que este texto não corresponde à realidade dos fatos, peça esclarecimentos ao Movimento Brasil Livre, ao Livres e ao Partido Novo. Mas peça com jeitinho e muita humildade, para não passar por bolsonarista e ser enquadrado em discurso de ódio.

Esses grupos, que tomam a palavra “liberalismo” como um rótulo elogioso a ser outorgado ou cassado, estavam até o presente mês jurando que a distribuição estatal de absorventes descartáveis era super compatível com o liberalismo e que quem discorda é mau como um pica-pau – ou seja, um abominável bolsonarista. E contra bolsonarista pode tudo, afinal, é para combater o ódio.

Nem bem defenderam um projeto estatista tão suscetível à corrupção, passaram a cassar (pela enésima vez) o título de liberal de Bolsonaro – que não se elegeu com crachá de liberal puro sangue. Se o Brasil quisesse um liberal puro sangue, teria votado em Amoedo. Que a esta altura bem poderia estar fazendo uma deskulakização, que os “liberais” fundamentariam com alguma citação da fase socialista de Mill ou com apelos retóricos à igualdade de oportunidades. Os kulaks seriam acusados de discurso de ódio e de fake news.

As autoridades querem prender mais um cidadão brasileiro, sem o devido processo legal, por crime de opinião. E os “liberais” não têm nada a dizer sobre isso. Porque compatível com o liberalismo é bolsa modess, mas não liberdade de expressão, nem devido processo legal, nem divisão do poder.

Bruna Frascolla, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Supremo transformou em hábito a prática da ilegalidade - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo

Prisão arbitrária

Não há nenhuma atividade pública de maior futuro no Brasil de hoje do que a prática aberta, agressiva e continuada da ilegalidade desde, é claro, que você seja um dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (se você não é, não se recomenda tentar; só dá certo ali.) 
As decisões ilegais, por mais escandalosas que sejam, recebem apoio integral dos companheiros de plenário.

A classe política, a mídia e tudo o que existe das altas até as baixas elites dão o mais devoto apoio às ilegalidades; aceitam tudo como uma espécie de princípio religioso. Os juristas que se opõem — com a razão, a lógica e o texto da lei — aos atos ilegais são ignorados. O governo da República e o restante do aparelho público aceitam passivamente as agressões.

[e a primeira das muitas m ... que o democrata americano vai fazer. Trump começa a provar que era a melhor opção]

Mais que tudo, não há consequência nenhuma para o autor dos atentados ao sistema legal: assina um papel, todo mundo obedece e fica por isso mesmo, com o claro aviso de que outra bula totalitária pode vir a qualquer momento, contra qualquer um dos 220 milhões de cidadãos brasileiros.

A prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, é um escândalo. Seria motivo de protestos apaixonados dos movimentos de “direitos humanos” ao redor do mundo, se o preso não fosse, como ele, um político de direita e não apoiasse o governo “fascista” do seu país (só no Brasil de 2021 o sujeito é a favor do governo e acaba preso).

Na vida como ela é nesse nosso país em que só um dos três poderes realmente manda, a prisão não foi vista como um ato grosseiramente ilegal — foi vista, ao contrário, como um gesto heroico e corajosíssimo de defesa da democracia. Aqui e ali os defensores da prisão até admitem, com relutância, que a “letra exata” da lei talvez não tenha sido cumprida em todos os seus mínimos detalhes. Mas o que são esses pormenores legais diante da imensa necessidade de defender a pátria de “atos antidemocráticos”? Os valores da “democracia”, pensam eles, estão acima de qualquer consideração. A lei? Ora, a lei.

Não há absolutamente nada de legal na prisão do ex-deputado Jefferson. A lei diz que nenhum cidadão pode ser preso a não ser em flagrante delito; qual o crime que Jefferson estava cometendo na hora em que foi interrompido pela polícia do ministro Moraes e jogado num camburão? 
Ele não apenas não praticou crime nenhum; o que fez foi dizer um monte de barbaridades contra o STF, os seus ministros e a CPI “da Covid”
Mas nem isso o preso estava fazendo; tinha falado essas coisas alguns dias antes de ser preso. Flagrante? Onde?

Para isso o ministro Moares inventou um expediente, que já utilizou em outras prisões ilegais: o “flagrante continuado”, ou permanente. Segundo essa aberração, que a elite jurídico-liberal brasileira engole sem dar um pio, falar mal das “instituições” é um ato que não cessa nunca; o sujeito que falou alguma coisa está falando para sempre.

O presidente do PTB é acusado de praticar atos contra a democracia. Quais? O decreto de prisão não aponta nenhum. Jefferson, claro, fala coisas horríveis dos ministros, mas isso é tudo o que faz — falar. Está simplesmente exercendo o seu direito à livre manifestação. Pode, é claro, ser denunciado pelos crimes de injúria e difamação, a qualquer momento, por quem se sente ofendido. Mas nenhum desses delitos permite a prisão de ninguém, muito menos em flagrante; é por isso, aliás, que não foi acusado de injúria ou difamação, e sim de agir “contra a democracia”.

Jefferson não está organizando nenhum grupo armado para derrubar a ordem legal e fechar as instituições, ou qualquer coisa parecida com isso. No máximo, está montando manifestações de protesto contra o STF. E daí? O resto da história é um desastre do mesmo tamanho. Pela lei, só o Ministério Público tem o direito de acusar alguém por um crime nesse país; é ele e ninguém mais. Mas Alexandre de Moraes deu esse direito a si próprio. Mais: não apenas acusa, mas também prende.

Imaginem um juiz de primeira instância ou um desembargador de Tribunal Estadual de Justiça que decidisse abrir um inquérito por conta própria. Deixa o MP de fora, chama um delegado e meia dúzia de investigadores de polícia ao seu gabinete, dá ordens diretas a eles, sem passar por qualquer hierarquia, e manda prender um cidadão que não está cometendo nenhum crime em flagrante. Vão dizer o quê?  Pois, na prática, é isso o que Alexandre de Moraes está fazendo neste preciso momento. Pior ainda: no caso de Jefferson, o MP, quando se manifestou, foi contra a prisão.

Não importa quem Roberto Jefferson é — não importa a mínima. Ele pode ser o político mais detestável do país. Mas isso não tira dele nenhum direito; não pode, pelo fato de ser de direita, ter um passado penal e apoiar o presidente legal do Brasil, ser tratado como uma exceção e ficar fora da proteção que a lei dá a todos os cidadãos. Não pode, simplesmente — por mais que os defensores da “democracia” se sintam ameaçados por ele. A lei é para todo mundo, nos deveres e nos direitos.

Inevitavelmente, o que fica desse episódio é a seguinte impressão: o STF prende Roberto Jefferson, mas solta traficantes de droga de primeiro grau, anula os processos criminais contra Lula e mantém em liberdade plena os mais ofensivos corruptos da vida pública brasileira. Como ter respeito por um tribunal que age assim? Quando se aponta essas realidades, os ministros se sentem injustiçados, dizem que fazem tudo dentro da lei e que o entendimento da ciência do Direito não é para todos. Pode ser. Mas a sua conduta torna muito difícil que a população brasileira tenha uma imagem diferente dessa aí.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES