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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

PARABÉNS ao almirante de esquadra Almir Garnier Santos

Comandante da Marinha não vai a troca de comando da Força e deixa de reconhecer Lula como presidente

Urgente: Comandante da Marinha não vai a troca de comando da Força e deixa de reconhecer Lula como presidente

Em cerimônia de posse sem presença do antecessor, almirante Marcos Sampaio Olsen foi o único dos três novos comandantes das Forças Armadas a mencionar o presidente ao assumir o cargo

O almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, novo comandante da Marinha, assumiu o cargo nesta quinta-feira, dia 5, em cerimônia de posse marcada pela ausência de seu antecessor e por um agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Olsen foi o único dos três novos comandantes das Forças Armadas a, em cerimônia pública e aberta à imprensa, citar o petista. O almirante afirmou que Lula garantiu recursos solicitados pela Marinha, sobretudo para os programas estratégicos da Força Naval, como a construção de fragatas e submarinos. Ele garantiu "lealdade" ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

(...)

Olsen assumiu a Marinha sem a presença do antecessor, o almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, único dos últimos três comandantes do governo Jair Bolsonaro a não transmitir o cargo ao sucessor indicado por Lula. Mandou uma mensagem protocolar lida por um marinheiro. 
O ato foi tratado na caserna e no novo governo como um gesto político de hostilidade a Lula. 
Ele participou de discussões com os antigos comandantes de Exército e Aeronáutica sobre sair do cargo antecipadamente, à revelia do novo governo, mas por gestões políticas de Múcio a intenção foi contida.  
Garnier, porém, não aceitou negociar a data de saída do cargo com a Defesa. 
A cerimônia foi transformada, então, em posse, em vez de passagem de comando.
 

Ao longo dos últimos dias, Santos havia sinalizado que não bateria continência ao petista, nem participaria da troca de comando. Ele era considerado um dos comandantes mais próximos do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.

Essa foi a primeira vez que um ex-comandante não compareceu a esse tipo de solenidade desde a redemocratização.

 
O ato expressou a sensibilidade na relação de Lula com as Forças Armadas e o descontentamento com a vitória eleitoral do petista. 
 Ele jamais deu esclarecimentos sobre o motivo da ausência, mas oficiais da ativa da Marinha dizem, sob reserva, que ele nunca justificou ter razões de saúde ou compromissos pessoais. A situação gerou desconforto entre oficiais-generais.

MATÉRIA TRANSCRITA do TERRA BRASIL NOTÍCIAS


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

O almirante que não deixa Paulo Guedes privatizar a PPSA, onde o salário médio é de R$ 31.335 - Ancelmo Gois

O Globo

Não é só grande a diferença entre o salário das estatais em relação ao setor privado. Mesmo na área publica há diferenças entre as remunerações difíceis de explicar. O salário do diretor-geral da ANP, que regulamenta o bilionário setor de petróleo e gás, é de R$ 17 mil. Já na na estatal Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que cuida do pré-sal, a turma ganha, em média, R$ 31.335. 

[quando não sobra para o presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, sobra para um militar.
Oportuno considerar que alcançar o posto de ALMIRANTE-DE-ESQUADRA, quatro estrelas, o equivalente na Marinha ao  GENERAL-DE-EXÉRCITO, exige bem mais dedicação e esforço do que compor um currículo que o habilite ao cargo de diretor-geral de uma agência regulamentadora.]

Aliás, a PPSA é uma das muitas empresas que Paulo Guedes deseja privatizar e que não consegue (o ministro esta virando um especialista em engolir sapos no governo). A oposição a privatização vem do ministro das Minas e Energia, almirante de esquadra Bento Albuquerque.

 Ancelmo Gois - Coluna no Jornal O Globo


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

A militarização do Planalto - Nas entrelinhas

“Os militares no governo têm revelado mais bom senso diante das crises e conflitos do que a ala ideológica e religiosa que cerca o presidente Jair Bolsonaro


A queda do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, era pedra cantada. A surpresa é a sua substituição por mais um oficial de quatro estrelas da ativa, o que significará a completa militarização do Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro convidou para o cargo o general Braga Neto, chefe do Estado-Maior do Exército e ex-interventor na segurança do Rio de Janeiro, função que exerceu com discrição e habilidade política. Caso não aceite o convite, o nome mais cotado para o cargo é o do almirante de esquadra Flávio Rocha, atual comandante do 1º Distrito Naval, recém-promovido a quatro estrelas, que já havia sido convidado para uma assessoria especial da Presidência.

Aliado de primeira hora na campanha presidencial, Onyx deverá ser deslocado para o Ministério da Cidadania, no lugar do emedebista Osmar Terra. A troca de guarda na Casa Civil era esperada, mas não ocorreu ainda por causa da relação de amizade entre ambos. A pasta foi completamente esvaziada, principalmente depois da perda do Programa de Privatizações e Investimentos (PPI). A gota d’água foi o desempenho de Onyx na negociação com o Congresso, na qual o governo acabou cedendo R$ 30 bilhões em emendas impositivas do relator e das comissões, que foram vetadas por Bolsonaro —o Palácio do Planalto teve que negociar um acordo com os partidos da sua própria base para recuperar R$ 11 bilhões, por causa da derrubada dos vetos.

A substituição de Onyx pelo general Braga Neto pode melhorar o funcionamento interno do governo. Essa será a sua missão principal. A doutrina de organização vigente no Exército se baseia na cooperação e coordenação entre suas unidades, mas nunca superou completamente as tendências autárquicas de suas grandes unidades, e da própria Força em relação à Marinha e à Aeronáutica. O outro lado da moeda é a “militarização” dos processos decisórios, confinados a círculos restritos e de cima para baixo, o que vem se traduzindo na exclusão da sociedade civil e dos demais níveis de governo dos fóruns de discussão e deliberação sobre políticas públicas, mesmo em questões nas quais esse tipo de concepção induzem ao erro. [a discussão, às vezes, é necessária e útil - mas, discutir demais, ouvir muito pitaco, atrapalha mais do que ajuda.]

O Estado brasileiro precisa ser enxugado, é verdade, mas seu caráter democrático está consagrado pela Constituição de 1988.  
[alguma coisa ser 'consagrada' na Carta Magna não implica ser viável ou a melhor solução.
Especialmente quando temos a 'constitução cidadã', especializada em conceder direitos sem a contrapartida dos deveres e gerar despesas sem produzir riquezas.]  É um “Estado ampliado”, em razão da autonomia de muitos de seus órgãos e da participação colegiada da alta burocracia e de representantes da sociedade nas decisões. Nos governos do PSDB e do PT, pela própria natureza social-democrata desses partidos, esses fóruns e organismos foram, num primeiro momento, normatizados e consolidados. Num segundo, porém, foram instrumentos de aparelhamento partidário, cooptação de lideranças e abdução de interesses que, a rigor, deveriam ser negociados no âmbito do Congresso, e não nos gabinetes da Esplanada.

Burocracia
Agora, há um movimento inverso, cujo desfecho não está suficientemente claro. Mas caminha numa direção de completo apartamento do processo decisório do governo de instâncias de participação da sociedade e representação subnacional — como governos estaduais e municipais —, ainda que alguns desses fórum subnacionais sejam poderosíssimos, como é o caso do conselho de secretários de Fazenda. O outro lado da moeda será a reorganização autônoma da sociedade civil e o fortalecimento do poder de negociação do Congresso, para onde convergirão todas as demandas e reivindicações dos governadores e prefeitos — além de entidades da sociedade civil. Resta saber como o governo lidará com isso.


A presença de militares no governo por si só não significa a “militarização” das políticas públicas, o que não teria a menor chance de dar certo. Mas essa tendência existe, sobretudo quando as concepções dos militares sobre certos assuntos, como a Amazônia, por exemplo, convergem com grandes interesses econômicos (como no caso da mineração) ou de natureza ideológica e religiosa (caso da política indigenista). Entretanto, é inegável que os militares no governo têm revelado mais bom senso diante das crises e conflitos do que a ala ideológica e religiosa que cerca o presidente Jair Bolsonaro.

Uma outra questão é a relação dos militares com os servidores civis, que têm cultura completamente distinta e mais experiência na gestão da máquina pública. A cooperação entre ambos pode dar mais eficiência à máquina do governo, mas os conflitos e tensões serão inevitáveis em razão dessas diferenças. Todos os estudos sobre a burocracia mostram que a sua eficiência depende da confiança e da observação das normas. E que o “espírito de corpo” dos servidores, sobretudo em funções essenciais do Estado, reage às mudanças de rotina quando impostas sem discussão e negociação.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense 


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Para aprovar Eduardo, senadores pedem cargos e a cabeça de ministro - Veja




[almirante de esquadra enquadra Alcolumbre, presidente do Senado.]

‘Quem me colocou no cargo e pode me tirar dele nunca falou desse assunto comigo’, diz Bento Albuquerque
 

Pouco antes da cirurgia para correção de uma hérnia, Jair Bolsonaro recebeu de Davi Alcolumbre os pleitos dos partidos do Senado por cargos na Eletronorte, Furnas e Itaipu. O fatiamento do setor elétrico é a condição dos senadores para aprovarem Eduardo como embaixador do Brasil nos Estados Unidos.


Com o suposto aval de Bolsonaro, o presidente do Senado levou ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque as demandas que imagina plausíveis. Ouviu do almirante de quatro estrelas o que não queria; o presidente dera a Bento plenos poderes para rechaçar interferências políticas.


Ante a resistência de Bento, senadores passaram a defender no Planalto sua demissão e chegaram a sugerir, nos bastidores, uma saída “boa para todo mundo”. Bento seria alojado numa vaga no Supremo Tribunal Militar. A resposta do ministro: “Quem me colocou no cargo e pode me tirar dele nunca falou desse assunto comigo”.

Radar - Robson Bonin - Veja 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Previdência: comandante da Marinha pede 'cuidado' em discussão de idade mínima para militares

Almirante Ilques Barbosa Júnior assumiu o cargo nesta quarta-feira e destacou exigências físicas para combatentes

Comandante pede cuidado na fixação da idade mínima para militares
O comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, disse hoje (9), depois de assumir o cargo, que a discussão sobre a idade mínima de aposentadoria para militares precisa ser analisada com cuidado. Para o almirante de esquadra, profissionais que atuam na defesa do país têm exigências próprias.  “Este tema para nós que precisamos de higidez física para o combate, para atuação, para garantia da lei e da ordem em todas as atividades que temos, é um tema importante”, disse.

Barbosa Junior afirmou que a Marinha seguirá a orientação do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que está tratando da situação militar na reforma da Previdência. Segundo ele, é preciso aguardar a proposta do governo avaliando o que é “razoável, adequado e exequível”.  “Nós descontamos [a contribuição] na ativa, na reserva, e reformados. Tivemos algumas reduções, e este trabalho vem sendo feito pelas três Forças [Exército, Marinha e Aeronáutica]”, afirmou.

Base Militar
Perguntado sobre a instalação de uma base militar norte-americana no país, o almirante afirmou que o assunto é político. “O presidente já falou que não está na pauta. Meu âmbito é preparo e emprego da Força”, disse.

Ilques Barbosa Junior disse que a parceria com os Estados Unidos, do ponto de vista da Marinha, já existe, assim como com outros países ocidentais. Ele aproveitou para ressaltar que o Brasil é um país ocidental e deve buscar o fortalecimento de alianças na região.

Alcântara
Sobre a base de Alcântara, no Maranhão, o comandante da Marinha disse que se trata de um assunto que interessa à ciência e aos brasileiros. “Nós precisamos de satélites para fazer com mais agilidade a transmissão de informações. Estamos lutando para recuperar um tempo perdido muito grande. Estamos lutando junto com a Força Aérea para benefício de todos”, concluiu.

Agência Brasil