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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Front Interno – 12 ataques às Linhas de Transmissão

 DefesaNet

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reuniu-se na segunda-feira (16) com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues, para discutir as ações de combate a atos de vandalismo a linhas de transmissão de energia, que apesar de não ter causado interrupções no fornecimento de energia, já resultaram em 12 torres danificadas em seis linhas — uma delas foi alvo duas vezes em uma semana. 
Desde os atos golpistas realizados em Brasília, no dia 8, com depredação das sedes dos três Poderes, vândalos protagonizaram sete ataques a linhas de transmissão em Rondônia, Paraná e em São Paulo. 
Silveira deve se reunir nesta terça-feira (17JAN2023) com representantes de empresas do setor, da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para analisar medidas preventivas nas instalações.

O MME enviou ofício para as principais transmissoras do país e para a Abrate, para que realizem medidas preventivas de inspeção e de reforço na segurança das instalações, inclusive de monitoramento eletrônico. Também pediu adoção de planos de contingência para restabelecimento célere da operação. A mobilização aconteceu após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atualizar o painel de ataques, adicionando três novos eventos, ocorridos entre quinta-feira (12JAN2023) e sábado (14JAN2023).

O ONS registrou mais uma queda de torre de transmissão de energia. Esta faz parte da linha de transmissão Pimenta Bueno-Vilhena C3, em Rondônia, derrubada às 18h43 do sábado. A linha pertence à Eletronorte. Segundo o ONS, a queda causou o desligamento da linha, mas o fornecimento de energia não foi interrompido. As causas estão sendo apuradas. “Os profissionais do agente responsável estão trabalhando para retornar o equipamento à operação o quanto antes”, disse o ONS, em comunicado.

Na sexta-feira (13), a linha Foz do Iguaçu-Ibiúna teve novo ataque a uma torre, no município de Tupãssi (PR), de acordo com a Aneel — o segundo em uma semana. Diferente do primeiro caso, no dia 9 de janeiro, quando vândalos derrubaram uma torre, o ataque danificou outra unidade, mas sem levá-la ao chão. A linha conecta a hidrelétrica de Itaipu à região Sudeste e é uma das principais interligações de transmissão de eletricidade entre regiões do país.

Na quinta-feira (12), uma torre da linha de transmissão Assis-Andirá Leste, da Isa Cteep, localizada em Palmital (SP), foi vandalizada, mas os responsáveis pelo ataque não a derrubaram. Segundo a empresa, foram constatados danos na base da estrutura metálica em uma das torres, “resultado de ato criminoso provocado por terceiros”. “A companhia reforça que está atuando em conjunto com os órgãos reguladores e as autoridades públicas de maneira imediata e diligente na manutenção e inspeção de seus ativos a fim de mitigar tais ações”, disse a Isa Cteep, em comunicado.

A escalada de ataques começou no dia 8 de janeiro, quando vândalos derrubaram três torres de transmissão. Além da linha de transmissão Foz do Iguaçu (PR)-Ibiúna (SP), operada por Furnas, vândalos atacaram a torre da linha de transmissão Samuel-Ariquemes, da Eletronorte. A terceira torre foi um dos circuitos do chamado linhão do Madeira, operado por uma transmissora do grupo Evoltz, que vai de Porto Velho (RO) a Araraquara (SP).

Desde os primeiros ataques, o governo federal criou um gabinete de crise para acompanhar a situação e garantir a segurança energética do país. Apesar dos danos, o fornecimento de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) não foi afetado.

No dia 12 de janeiro um novo ato de sabotagem afetou outra rede de alta tensão. Desta vez, a ação de vandalismo se deu na linha de 440 kilovolt (kV) “Assis-Sumaré” da Taesa, localizada no município de Rio das Pedras (SP), com queda de uma torre.

Front interno - Defesanet


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Para aprovar Eduardo, senadores pedem cargos e a cabeça de ministro - Veja




[almirante de esquadra enquadra Alcolumbre, presidente do Senado.]

‘Quem me colocou no cargo e pode me tirar dele nunca falou desse assunto comigo’, diz Bento Albuquerque
 

Pouco antes da cirurgia para correção de uma hérnia, Jair Bolsonaro recebeu de Davi Alcolumbre os pleitos dos partidos do Senado por cargos na Eletronorte, Furnas e Itaipu. O fatiamento do setor elétrico é a condição dos senadores para aprovarem Eduardo como embaixador do Brasil nos Estados Unidos.


Com o suposto aval de Bolsonaro, o presidente do Senado levou ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque as demandas que imagina plausíveis. Ouviu do almirante de quatro estrelas o que não queria; o presidente dera a Bento plenos poderes para rechaçar interferências políticas.


Ante a resistência de Bento, senadores passaram a defender no Planalto sua demissão e chegaram a sugerir, nos bastidores, uma saída “boa para todo mundo”. Bento seria alojado numa vaga no Supremo Tribunal Militar. A resposta do ministro: “Quem me colocou no cargo e pode me tirar dele nunca falou desse assunto comigo”.

Radar - Robson Bonin - Veja 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A Eletrobras é de quem mesmo?

Políticos querem ter controle sobre as empresas: indicar diretores e nomes para um monte de cargos espalhados por estados

O anúncio da privatização da Eletrobras foi recebido com fortes aplausos nos meios econômicos — o governo Temer cantou vitória — mas imediatamente apareceram as ressalvas políticas. Em Minas, líderes partidários, de todas as filiações, apoiam a desestatização desde que seja excluída Furnas, uma das subsidiárias da grande estatal. Já no Nordeste, o pessoal topa vender tudo, menos a Chesf. Ao Norte, os políticos querem reter no sistema estatal a Eletronorte.

Essas três subsidiárias reúnem 40 usinas geradoras de energia as principais e maiores do sistema Eletrobras, tais como Santo Antônio (Furnas), Tucuruí (Eletronorte) e Belo Monte e Jirau (Chesf). Ou seja, se prevalecerem as restrições políticas, sobrará para privatização apenas a enorme dívida da Eletrobras. Ora, quem comprará um passivo sem ativos? — perguntaria um ingênuo observador da cena brasileira.
Fácil, algum banco público, que tal o BNDES?

Não é brincadeira.  Vejam o caso da Cemig — que pertence ao governo de Minas e resistiu a todas as ondas de privatização até aqui. Há uma pendência entre os governos federal e mineiro sobre a propriedade de quatro usinas — mais uma das confusões originadas pela MP 579, aquela emitida pela então presidente Dilma em setembro de 2012.

O governo federal quer privatizar as quatro usinas e a equipe econômica já conta com uns R$ 10 bilhões para fechar as contas. Já a política de Minas, liderada pelo senador tucano Aécio Neves, neste caso em sólida união com o governador petista Fernando Pimentel, queria, primeiro, ficar com as usinas sem pagar nada. Agora, topa pagar um preço acertado, algo em torno dos R$ 6 bilhões, sem leilão, sem competição.  Mas a Cemig não tem dinheiro para isso, alegaram, também ingenuamente, os técnicos do setor elétrico. Mas o BNDES tem, respondem os políticos mineiros. Resumindo, Minas quer comprar usinas federais com dinheiro federal.

Qual o argumento para essa restrição à privatização?  Da boca para fora, só um: Cemig e Furnas fazem parte da história, são patrimônio dos mineiros, assim como Chesf é história e patrimônio do Nordeste etc. Outro ingênuo diria: se é patrimônio de Minas, então por que os mineiros não assumem as dívidas daquelas duas empresas, aliviando os bolsos dos contribuintes nacionais sempre chamados a pagar com impostos os buracos das estatais? Valeria também para os que se julgam donos da Chesf e Eletronorte — e assim por diante.

Mas chega de bobagem. Nem os estados têm esse dinheiro, nem os políticos estão interessados em assumir estatais enroscadas em dívidas.  O que eles querem é outra coisa. Querem ter controle sobre as empresas, e isso significa: indicar diretores e nomes para um monte de cargos espalhados por vários estados; escolher fornecedores; encaminhar contratos; e, claro, conseguir apoio de toda essa gente, dos lados público e privado, nas campanhas eleitorais.

Isso, sim, é história. O governo FHC (1995/2002) aplicou um imenso programa de privatização, mas não conseguiu tocar em Furnas, Chesf etc. O então presidente não conseguiu nem nomear diretores que queria para a Eletrobras. Havia intocáveis, conta, apoiados pelo conjunto dos partidos. E assim segue, quer dizer, não segue. O PSDB apoia a tese da privatização. Mas o partido em Minas sustenta que Furnas e Cemig são casos diferentes. O DEM é privatista, mas não com a Chesf. 

Foi essa cultura e essa história que trouxeram a esta situação: a Eletrobras tem em caixa R$ 8,9 bilhões e uma dívida de R$ 47,3 bilhões. Não é que falte dinheiro para investimentos. Falta para pagar credores. Só para a Petrobras, a Eletrobras deve R$ 16 bilhões. Comprou gás e não pagou. É verdade que a parte final deste desarranjo se deve totalmente à ex-presidente Dilma. Mas ela não teria conseguido a proeza de bagunçar tudo e espalhar prejuízos se o sistema não fosse estatizado e inteiramente controlado politicamente. Bastou a ela tomar e/ou compartilhar a estatal com os políticos antigos (Sarney, Barbalho etc.) que a dominavam.

E teve a corrupção exposta pela Lava-Jato. Se faltava alguma coisa para condenar esse capitalismo de Estado, não falta mais. A privatização é o melhor caminho. Diria, o único caminho para ganhar produtividade. Pena que tenha sido necessário passar por essa destruição de patrimônio público para chegar a uma ideia óbvia. E é inacreditável que haja políticos lutando pelo que consideram o seu patrimônio, empurrando a dívida para os contribuintes.

Fonte: O Globo - Carlos Alberto Sardenberg,  jornalista

sábado, 1 de agosto de 2015

A turma de Dilma no eletrolão

Investigação do esquema de propinas chega às elétricas e se aproxima personagens muito próximos da presidente,  

como o ministro Aloizio Mercadante, a antiga auxiliar Erenice Guerra e o diretor da Eletrobras, Valter Cardeal

Em julho de 2007, a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reuniu alguns ministros num comitê que tinha como missão fixar novas metas para o programa nuclear brasileiro. Aficionada às questões do setor elétrico, Dilma puxou para si o papel de coordenadora do grupo. O trabalho resultou num plano que previa, dentre tantas metas ambiciosas, a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, paralisadas nos anos 80. 

 NA ANTE-SALA DO PLANALTO
Aloizio Mercadante, Erenice Guerra e Valter Cardeal (da esq. para dir.)
deverão estar entre os investigados no Eletrolão
No comando operacional da empreitada estava o presidente da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro da Silva, que se tornou na semana passada o principal alvo da 16ª fase da Operação Lava Jato. Othon, que estava licenciado do cargo desde abril, quando surgiram os primeiros indícios de irregularidades, foi preso pela Polícia Federal sob acusação de receber R$ 4,5 milhões em propinas pagas por empreiteiras integrantes do consórcio responsável pela obra. Embora o militar tenha surgido como a face mais visível do esquema, a PF tem elementos que podem fazer com que as investigações atinja outras personagens muito próximos da presidente Dilma. “É possível que a gente chegue aos políticos”, disse o delegado Igor Romário de Paula.

Chegar aos políticos é quase um eufemismo. Ao mergulhar no setor elétrico, a PF vai bater na porta do Palácio do Planalto. Não há um só projeto no setor elétrico que Dilma não tenha acompanhado de perto. Se como presidente do Conselho da Petrobras a presidente alega que não tinha informações completas sobre o que acontecia na estatal, dificilmente poderá dizer que desconhecia os rolos em Angra 3 ou na usina de Belo Monte, os dois maiores investimentos do governo em geração de energia. Em ambos os casos, os investigadores já têm indícios de envolvimento de gente de confiança da petista. Há informações, por exemplo, de que boa parte dos contratos de equipamentos da mega hidrelétrica que está sendo construída na bacia do rio Xingu era antes negociada num escritório de advocacia ou lobby – abrigado num imponente edifício de linhas modernistas e fachada de concreto na quadra 8 do Lago Sul, bairro nobre de Brasília.

O imóvel está situado a apenas uma quadra do escritório de advocacia de Erenice Guerra. E não é mero acaso. Além da ex-ministra de Dilma, segundo investigadores, também frequenta o local o advogado Joaquim Guilherme Pessoa e o empresário Marco Antonio Puig, ligado à empresa LWS envolvida numa investigação de fraudes em contratos de informática nos Correios. Puig teria relação com o diretor da Eletrobras Valter Cardeal, outro apadrinhado de Dilma.

O consórcio construtor de Belo Monte é liderado pela Andrade Gutierrez em parceria com Odebrecht, Camargo Correa, Queiroz Galvão e OAS, as mesmas do clube do bilhão, além de outras cinco menores. A PF sabe que no mesmo local também eram negociados projetos para captação de investimento de fundos de pensão e acertos para a anulação de multas fiscais no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), que já é alvo de outra operação. Erenice, dizem os investigadores, também atuou na comercialização de energia. Ela chegou a se associar informalmente ao ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau e ao lobista Alexandre Paes dos Santos no Instituto de Desenvolvimento de Estudos e Projetos Econômicos.

O caso da usina de Belo Monte, orçada em R$ 30 bilhões, segundo um procurador da Lava Jato, se relaciona diretamente com o de Angra 3. A força-tarefa obteve os primeiros indícios de que o esquema do Petrolão se alastrara para o setor elétrico quando apreendeu com o doleiro Alberto Youssef a planilha de 750 obras federais. Mais recentemente, em delação premiada, o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini revelou detalhes sobre o superfaturamento das obras e pagamento de R$ 20 milhões em propinas a políticos, por meio de empresas de fachada. Avancini citou como um dos beneficiários do esquema o diretor da Eletronorte Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro Antonio Palocci, que já é investigado em outro procedimento da Lava Lato e foi um dos coordenadores da campanha de Dilma em 2010 – além de sinistro da Casa Civil. Adhemar era considerado intocável. Seu nome surgiu em 2009 na Operação Castelo de Areia. 

Avancini também envolveu o nome de Flávio David Barra, presidente global da Andrade Gutierrez Energia, que era seu interlocutor nas obras de Belo Monte. Barra foi preso com Othon na semana passada. A PF cumpriu ainda 30 mandados de busca e apreensão na sede da Eletronuclear e outros imóveis residenciais e comerciais em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. As prisões se basearam em movimentações bancárias de empresas envolvidas no esquema e no depoimento de Avancini, que revelou a existência de um acerto para pagamento de propinas ao PMDB e a funcionários da Eletronuclear em relação às obras de Angra 3. Ele contou detalhes de uma reunião feita em agosto de 2014 e apontou Flávio Barra como “o representante da Andrade Gutierrez que discutia valores a respeito da propina de Angra 3”, segundo o procurador Athayde Ribeiro Costa.

Fonte: Revista IstoÉ 

Foto: Regina Santos/Norte Energia 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Surge a primeira ponta do ELETROLÃO – PT – diretor da Eletronorte é preso - Suspeita é que haja, na estatal, esquema semelhante ao existente na Petrobras


[Pessoal, tem mais: além do ELETROLÃO – PT atingir várias estatais ligadas á área de geração e distribuição de energia -  tipo CHESF, ITAIPU,  (Vaccari foi diretor) Furnas e outras em diversos estados e todas vinculadas à ELETROBRAS.
Temos também o CAIXÃO – PT além de uma empresa criada para evitar licitações nas compras da CEF, tem o escândalo do Funcef - mesmo ritmo do Postalis;
Temos também o BRASILZÃO – PT, BANDESÃO – PT e vários outros].

Em operação contra fraudes na Eletronorte, PF prende afilhado de peemedebista
Agentes apuram existência de um esquema de corrupção na estatal. Ex-dirigente usaria empresas fantasmas de familiares para receber suborno de fornecedores
Mais uma estatal entra na mira da Polícia Federal: a corporação lançou nesta quarta-feira uma operação que investiga a existência de um esquema de corrupção na Eletronorte. Duas pessoas foram presas. O esquema, segundo as investigações, teria desviado 4 milhões - o dinheiro estava na conta de uma empresa fantasma aberta em nome de um ex-dirigente da estatal. Os presos são Winter Andrade Coelho e o irmão dele, Carlos Eduardo Andrade Macedo. Funcionário de carreira da Eletronorte, Winter ocupou cargos de confiança na empresa por indicação do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). As prisões são temporárias, de cinco dias, com prorrogação de mais cinco.

Em 2005, o senador indicou Winter Coelho para a Diretoria de Gestão Corporativa da Eletronorte, mas a indicação esbarrou em Dilma Rousseff. A então ministra de Minas e Energia vetou o nome dele por causa dos processos que Winter respondia na Justiça e no Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com as investigações da Operação Choque, o ex-dirigente usava empresas fantasmas de familiares para receber suborno de fornecedores contratados pela Eletronorte. Na ação, desencadeada em quatro cidades, entre elas Brasília, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além das duas prisões temporárias. A PF apura a prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraudes em licitação e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, a falsa corporação era utilizada para efetuar pagamentos de propina a empresas em contrato com a Eletronorte. Outros contratos ainda serão investigados, e os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

Ex-diretor da Eletronorte é preso em operação da PF em Brasília
Suspeita é que haja, na estatal, esquema semelhante ao investigado na Operação Lava-Jato. Winter Andrade Coelho ocupava um alto cargo na estatal
O ex-diretor da Eletronorte Winter Andrade Coelho e um parente, Carlos Eduardo Andrade Macedo, foram presos, na manhã desta quarta-feira, em Brasília, na Operação Choque. A suspeita é que haja, na estatal, um esquema semelhante ao investigado na Operação Lava-Jato.  Foram cumpridos dez mandados judiciais, sendo oito de busca e apreensão e dois de prisões temporárias em Marília (SP), Brasília (DF), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG).

De acordo com a Polícia Federal, a investigação comprovou que o ex-diretor, por meio de uma empresa laranja em nome de parentes enriqueceu ilicitamente, recebendo propina de empresas que mantinham contratos de informática com a Eletronorte. Em uma conta considerada suspeita pela PF, houve movimentação de R$ 4 milhões em cinco anos.

Os investigados podem ser enquadrados nos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraudes licitatórias e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal acredita que há mais integrantes no esquema, que segue sendo investigado pelos agentes. 

Correio Braziliense e Estadão Conteúdo