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terça-feira, 7 de novembro de 2023

O ENEM, a redação do ENEM, os valores do ENEM e… Ludmilla - VOZES

Paulo Polzonoff Jr. - Gazeta do Povo

"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

"O vira do Piranga"

 ENEM Ludmilla

Ludmilla se fantasiou de Whitney Huston para passar vergonha esquecendo a letra do Hino Nacional. Será tão difícil assim?| Foto: Reprodução/ Twitter

1. O ENEM nasceu como Exame Nacional do Ensino Médio, mas essa historinha para boi dormir não engana mais ninguém – se é que enganou algum dia. 
Hoje, o ENEM se tornou símbolo do fracasso que é a transmissão de conhecimento no Brasil e virou Exame Nacional do Energúmeno Médio. Ou, para usar a definição quase perfeita de um amigo, Exame Nacional da Estupidez Militante.

2. O ENEM é o ápice da educação planificada. É uma abominação. É uma confissão de derrota nascida da preguiça de uma sociedade que relegou ao Estado, na figura sentimentaloide dos professores, a educação de sua prole. O ENEM é o apogeu da doutrinação – mas isso é o de menos. O ENEM é o sacrifício anual da vocação para a excelência no altar de um supostíssimo sucesso profissional.

Questão de lógica
3. Está com tempo? Ótimo. Então vamos ler juntos a questão sobre o agronegócio. Vamos ler com calma. “No cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio”, começa o enunciado da questão. Que lógica é essa? Os autores dessa burrice-com-selo-do-MEC parecem pressupor que é a lógica do lucro a qualquer custo. E não é porque Marx ensinou, não. É porque essa gente se olha no espelho e sabe que está disposta a tudo, que paga qualquer preço para se manter no poder. E não consegue conceber um mundo habitado por pessoas que tenham valores menos corrompidos.

4. Adiante, a questão diz que “de um lado, o capital impõe os conhecimentos biotecnológicos”, blá, blá, blá, ”e de outro [que na verdade é o mesmo], o modelo capitalista subordina”, mó, mó, mó, mó [LER COM A VOZ DA PROFESSORA DO CHARLIE BROWN] homens e mulheres à lógica do mercado. Olha ela aí de novo, a tal da lógica como inimiga. Não é à toa. Eles sabem que, para impor o comunismo, é preciso substituir a lógica, qualquer lógica, pela força. Afinal, ironicamente essa é a “lógica” do comunismo: o triunfo da vontade de uns poucos sobre os demais.

5. “Assim, as águas, as sementes, os minerais, as terras (bens comuns) tornam-se propriedade privada”, continua a questão. E, dessa forma, ficamos sabendo que o aluno do ENEM tem de demonizar a propriedade privada simplesmente porque alguém decidiu que as águas, as sementes, os minerais e a terras são “bens comuns”. Provavelmente destinados à exploração sustentável por uma casta de iluminados imunes a qualquer tipo de pecado. E tem gente que ainda acredita nisso.

6. E finalizam a questão com uma lista de outros “fatores negativos”. Fatores negativos de um setor que só tem gerado riqueza e alimentado o mundo. Um setor sem o qual seríamos hoje ainda mais miseráveis do que somos. Um setor que, a despeito da propaganda suja, contribui muito mais para a proteção do que para a devastação do meio ambiente. Um setor cujo pecado é ser bem-sucedido.

7. Mas quais seriam esses fatores negativos? A eles, pois: “a mecanização pesada [é para voltarmos ao tempo do carro de boi? ], a ‘pragatização’ [ãhn?] dos seres humanos e não-humanos [é piada, né? diz que sim, por favor], a violência simbólica [ai!], a superexploração [do quê?], as chuvas de veneno [poesia numa hora dessas?] e a violência contra a pessoa [que pessoa?]”.

Visibilidade
8. Aí teve a redação. O tema era
“Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. Fiquei pensando, pensando, pensando. E cheguei à conclusão de que provavelmente tiraria ZERO na redação do ENEM porque, para começo de conversa, desde quando “invisibilidade” é um problema? Diria mais. Diria que, no meu mundo ideal, na utopiazinha que também trago comigo, a invisibilidade deveria ser um objetivo – e não só entre as mulheres que cuidam de idosos, crianças e doentes.

9. Insuportavelmente contemporânea é essa obsessão pela visibilidade. Como se só existissem aqueles que são visíveis nas redes sociais ou nas manchetes de jornal ou nos gabinetes da vida. Como se só fossem dignos aqueles que fazem sucesso. Algum tipo de sucesso. O que vai totalmente na contramão de valores como a humildade e a modéstia – duas palavras que os corretores da redação provavelmente desconhecem.

10. Mas suponho que se no meu texto eu propusesse um, sei lá, Only Fans para cuidadoras, enfermeiras e babás, uma plataforma que desse a elas a tão sonhada (e inútil) visibilidade, minhas chances de tirar uma nota alta a fim de continuar meu processo de doutrinação na universidade pública aumentaria bastante, né? Que lástima!

Ludmilla
11. A especialista em lacração e dublê de cantora Ludmilla foi a escolhida para interpretar o Hino Nacional
antes do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Mas teria sido melhor se ela tivesse tentado cantar o hino durante a corrida. 
Assim pelo menos o tal do ronco dos motores teria abafado o vexame do episódio
Porque Ludmilla simplesmente se esqueceu da letra. 
Nem o embromation básico ela conseguiu entoar.

12. Ludmilla que, se calhar, vira tema de redação do ENEM ano que vem. “Desafios para o enfrentamento da tirania do conhecimento e do talento a que são submetidas as cantoras de funk no Brasil”. Ou qualquer outra balela do tipo. Duvida?


quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Para inglês ver = Seios grandes colocam carreira de cantora em risco

Reino Unido

A soprano Maddie Boreham lançou uma vaquinha on-line para poder fazer a cirurgia de redução mamária 

Uma cantora de ópera britânica lançou uma campanha de financiamento coletivo na internet, a conhecida vaquinha. O motivo? O peso dos seios torna difícil ficar em pé enquanto ela canta.
 

(crédito: reprodução /instagram )
  
Em uma entrevista para o Metro, Maddie Boreham explica: "Como cantora de ópera, você tem que ter certa postura corporal quando canta". Com dificuldades até para sair da cama, a cantora que se forma no ano que vem no Royal College of Music, de Londres, teme pelo futuro profissional.

"A dor que estou sentindo por causa dos meus seios está piorando e estou lutando para me levantar e cantar por longos períodos de tempo", afirma Maddie. Ela acrescenta que, com o agravamento do caso, entrou na fila da cirurgia pelo NHS (SUS Britânico), mas devido à pandemia de covid-19 a fila está muito grande.

A urgência do caso, já que sente muita dor nas costas, e a autoestima fizeram com que a soprano lançasse um pedido de financiamento coletivo na internet. Para cobrir o processo cirúrgico ela precisa do equivalente a R$ 50 mil. A cirurgia que Maddie busca fazer é a mamoplastia redutora, que é ofertada no Brasil pelo SUS.

 Diversão e arte - Correio Braziliense
 
 

sábado, 17 de outubro de 2020

Modelo com 117cm de bumbum diz que conseguiria esconder R$ 100 mil na calcinha

O caso do senador Chico Rodrigues (DEM), que foi flagrado na última quarta-feira com R$ 33 mil escondidos na cueca, segue dando o que falar, e chegou até ao mundo dos famosos. A modelo Juju Ferrari revelou ao jornal Extra, por exemplo, que conseguiria esconder muito mais dinheiro do que o senador.


"Realmente olhando, eu não sei como ele escondeu tudo isso de dinheiro. Talvez a cueca dele fosse uma daquelas maiores, tipo samba canção. Vai ver já era pensando em esconder”, começou Juju“Eu achei essa moda incrível e já escondi também. Só que na minha cabe muito mais, uns R$ 100 mil”, completou a modelo, que tem 117cm de bumbum.

Mc Rielle foi outra celebridade ouvida pelo jornal Extra para comentar sobvre o caso. A cantora, que tem 110 cm de bumbum e que ficou conhecida pelo hit ‘Manobra com a Raba’, elogiou o parlamentar e ressaltou que já fez o mesmo que Chico Rodrigues.

“Eu acho o máximo esconder dinheiro no bumbum, literalmente é uma grande manobra. Eu já fiz isso, já escondi algumas vezes, até porque às vezes eu saio com bolsinhas bem pequenas, ou então quando vou para algum lugar que seja perigoso. E pelo tamanho do meu, caberia muito mais que esse senador”, afirmou Mc Rielle.

IstoÉ - Gente


terça-feira, 13 de agosto de 2019

“Não entendo de leis, mas a ‘saidinha’ deveria ser permitida somente no Dia de Finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram”, padre Fábio de Mello.

Redação - Veja

Justiça manda Nardoni de volta para o regime fechado

Condenado desde 2010 pela morte da filha Isabella, ele havia progredido para o semiaberto há cerca de três meses

O advogado Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato de sua filha Isabella, em 2010, voltou a cumprir pena em regime fechado cerca de três meses após ter sido transferido para o semiabertoA decisão da Justiça paulista é consequência de um pedido do Ministério Público. A Promotoria questionou o fato de ele ter ido para o regime semiaberto sem ter sido submetido a um exame psicológico, necessário nesses casos.  De acordo com o advogado de defesa, Roberto Podval, Nardoni foi aprovado no exame criminológico, mas não havia profissionais disponíveis para aplicar o chamado Teste de Rorschach, que aponta desvios de personalidade.  No último fim de semana, a Justiça paulista concedeu a Nardoni o direito de passar o Dia dos Pais fora da prisão. A chamada saidinha é um benefício dado a presos com bom comportamento em datas comemorativas.

A “saidinha” de Nardoni teve grande repercussão nas redes sociais. O ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou a concessão do benefício em sua página no Twitter, na sexta-feira 9.No projeto de lei anticrime, consta a vedação de saídas temporárias da prisão para condenados por crimes hediondos”, escreveu o ex-juiz, que pediu ao apoio ao seu projeto anticrime que tramita no Congresso e que trata da questão. O presidente Jair Bolsonaro também criticou o benefício dado a Nardoni.

O padre Fabio de Mello também usou a mesma rede social para se posicionar sobre o assunto. “Não entendo de leis, mas a ‘saidinha’ deveria ser permitida somente no Dia de Finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram”, postou. Diante das críticas de alguns seguidores, o padre reafirmou sua opinião: “Doentio é matar a filha, jogar pela janela, e anos depois sair da prisão para comemorar o Dia dos Pais.” Em seguida, o padre cancelou sua conta no Twitter.
Outras personalidades do mundo artístico criticaram a decisão da Justiça, como a cantora Marília Mendonça.

Ana Carolina Jatobá, foram acusados de jogar a menina do 6º andar do prédio onde o casal vivia, na Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo, em um caso que gerou forte repercussão. O casal sempre negou a autoria do homicídio, argumentando que uma outra pessoa teria entrado no apartamento e cometido o crime. A pena que Nardoni recebeu foi de trinta anos e dois meses de prisão. Ele ficou dois anos detido preventivamente antes de ser condenado pela Justiça. Ele está desde 2008 no presídio de Tremembé, no interior paulista e, há cerca de dois meses, havia progredido para o semiaberto. 

Veja - 13 agosto 2019

 

quinta-feira, 11 de julho de 2019

STJ nega soltura de integrantes de movimento sem-teto

[Parabéns !!! STJ - finalmente, está sendo feita Justiça. Agora é torcer para que a preventiva seja bem longa

Falta pegar o Boulos.]

A ativista Preta Ferreira, e seu irmão, Sidney Ferreira Silva estão em prisão preventiva desde o dia 24 de junho e são acusados de extorsão qualificada, esbulho possessório e associação criminosa

A vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou o pedido de habeas corpus da cantora e ativista Janice Ferreira Silva, conhecida como Preta Ferreira, e de seu irmão, Sidney Ferreira Silva. Preta Ferreira e Sidney são filhos de Carmen Silva, uma das lideranças dos sem teto do país, e ambos integram o Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC). Os dois estão em prisão preventiva desde 24 de junho e são acusados de extorsão qualificada, esbulho possessório e associação criminosa, que teriam sido praticadas em ocupações promovidas por movimentos sociais de São Paulo. Além deles, Edinalva Silva Franco Pereira e Angélica dos Santos Lima também foram presos.

A investigação começou em maio de 2018, após incêndio ocorrido em uma das ocupações no centro da capital paulista. Segundo testemunhas, Janice e Sidney exigiam valores a título de aluguel dos moradores do local e ameaçavam quem não pagava. Para a defesa, a ordem de prisão não apresentou fundamento e os requisitos legais autorizadores da medida, além de Carmen já ter respondido por um processo parecido e foi inocentada. No processo, a líder do movimento havia sido denunciada por extorsão enquanto coordenava a ocupação do antigo Hotel Cambridge, no centro da capital paulista. 

Ontem, mais de 500 artistas assinaram um documento pedindo a liberdade dos dois filhos de Carmen. Entre eles, os cantores Chico Buarque, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, o cineasta Walter Salles, o produtor Nelson Motta, o artista plástico Vik Muniz  e os atores Wagner Moura, Camila Pitanga, Renata Sorrah e Leandra Leal assinaram o texto. Apesar da comoção e da representatividade social do caso, a juíza ressaltou que não é viável o deferimento do pedido de soltura por não se verificar ilegalidade no decreto de prisão e por questões de natureza técnico-processual.

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/07/10/interna_politica,769809/stj-nega-soltura-de-integrantes-do-movimento-sem-teto.shtml