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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Cuidados com a agenda de comércio no pós-pandemia – Editorial - Valor Econômico

Não será surpreendente se, ainda neste ano, a participação da Ásia atingir o patamar de 50% da pauta exportadora

A recessão global causada pela pandemia de covid-19 dá tração a uma mudança no perfil do comércio exterior brasileiro, acelerando o espaço da China e de outros países asiáticos como destino das nossas exportações. De 39,4% no primeiro quadrimestre do ano passado, a Ásia passou a absorver 47,2% dos produtos vendidos ao exterior entre janeiro e abril de 2020. Houve crescimento de 15,5% dos embarques (em valores) na comparação anual.
Para cada US$ 1 exportado à União Europeia, segundo maior receptor de bens produzidos no Brasil, já são US$ 2 para o mercado chinês. Malásia e Cingapura são exemplos de outros países que ganham relevo na agenda comercial, além do tradicional Japão, sobretudo com petróleo e produtos do agronegócio (como carnes).
Não será surpreendente se, ainda neste ano, a participação da Ásia (excluindo o Oriente Médio) atingir um emblemático patamar de 50% da pauta exportadora. Por um lado, muitos asiáticos se encontram em fase mais adiantada do que o Ocidente na saída do pico da emergência sanitária e podem escapar de uma crise econômica duradoura. Por outro lado, em um momento de perda da renda global, deixa-se de consumir chapéus de feltro ou tesouras de jardinagem - mas os alimentos se mostram mais resilientes e economias de volta ao crescimento, como é o caso da China, devem continuar comprando mais proteína animal.

Diante do novo quadro comercial, algumas posturas se fazem necessárias. A primeira e mais urgente é barrar atitudes como a do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que não apenas têm efeitos negativos para a política externa como são um exemplo literal de antidiplomacia, no sentido de distribuir grosserias. Enquanto os ministérios da Economia e da Agricultura adotam uma posição de pragmatismo e de respeito, Weintraub tratou como “bem alta” a possibilidade de uma nova pandemia surgir na China ao longo dos próximos dez anos porque, segundo seu raciocínio, os chineses comem “tudo o que o sol ilumina”. Sabe-se lá que outros insultos haveria nos trechos cortados do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril tornado público na sexta-feira.
No entanto, a política comercial deve ter horizontes muito além da manutenção de boas relações com o gigante asiático. Cerca de 55% das exportações brasileiras para os Estados Unidos são de bens e serviços de alto valor agregado. O diplomata Todd Chapman, que assumiu no fim de março a embaixada americana no Brasil, traçou como meta duplicar o intercâmbio bilateral - hoje em US$ 106 bilhões anuais - em um prazo de cinco anos (Valor, 22/6).
A conjuntura atual não permite grandes expectativas sobre negociações de livre comércio: o mandato do presidente Donald Trump está acabando, bem como o “Trade Promotion Authority” (TPA) dado à Casa Branca, e a atenção em Washington se concentra agora em questões domésticas, da pandemia às eleições. Porém, como esclareceu o próprio embaixador, há outras iniciativas que podem prosperar no curto prazo: convergência regulatória, facilitação de procedimentos aduaneiros, redução das barreiras não tarifárias e, quem sabe, até um acordo para evitar a dupla tributação de empresas com negócios nos dois países.
O governo brasileiro deveria se engajar na ratificação dos tratados de livre comércio fechados com a União Europeia e com o EFTA (bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein). O acordo com a UE garantirá cotas abaixo do que se desejava, sem tarifas, para produtos como carnes e açúcar. Mas tudo indica que foram resguardados os interesses nacionais em temas como patentes, indicações geográficas e aplicação de salvaguardas contra eventuais aumentos bruscos de importações.
Já novos tratados comerciais, assim como a possibilidade de redução unilateral da Tarifa Externa Comum (TEC), requerem cuidado redobrado agora. Como sabe qualquer cidadão que já tenha viajado para o exterior, as elevadas alíquotas deixam mais caros os preços no Brasil e diminuem a oferta para os consumidores. No entanto, a recessão global provavelmente ampliará a capacidade ociosa nas economias industrializadas e o risco de uma sobreoferta de importados no país.

A maior inserção competitiva do Brasil nas cadeias internacionais de valor exige um dever de casa: simplificação tributária, melhorias na infraestrutura, fluidez de crédito. São problemas temporariamente mitigados pelo dólar nas alturas, mas cuja solução fica mais incerta em meio à economia parada e ao ambiente de impasse político.

Editorial  - Valor Econômico


sábado, 28 de março de 2020

5 dicas para o churrasco perfeito em casa durante a quarentena - EXAME

EXAME seleciona algumas dicas interessantes para quem está pensando no churrasco de fim de semana (e de outros dias)

Carne Churrasco Argentino
Churrasco: confira essas dicas para o churrasco perfeito em casa (Pinterest/Reprodução)  

Em período de quarentena, o churrasco, paixão nacional, pode ser a desculpa ideal para criar um bom momento com a família dentro de casa.
EXAME reuniu cinco reportagens ótimas para os amantes do churrasco atrás de boas ideias. Confira:

1. Para o churrasco dentro de casa sem problemas
De dicas que vão de higienização das compras, até carnes via delivery e a grelha ideal que cabe dentro de casa.     


2. Para carne entregue em casa
Nesse texto, a dica é o Meatbox, loja física e também e-commerce de carne.


Leia mais.

Short rib do Meatbox
Short rib do Meatbox (Leo Feltran/Divulgação)

3. Para escolher o vinho ideal para o churrasco
As pessoas bebem cerveja nos churrascos. Caipirinhas também. Vinhos? Com certeza. Esse texto ensina como combinar o vinho ideal com as carnes.


Leia mais. 

Churrasco


(Reprodução/reprodução)

Em EXAME, MATÉRIA COMPLETA



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Força do campo - Brasil é país agrícola: aceita que dói menos - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo 

Produtos do agronegócio do Brasil alimentam um bilhão e meio de pessoas no planeta.

Meu primeiro prémio no jornalismo foi resultado da cobertura do escoamento da safra de soja para o porto de Rio Grande, na boleia de um Fenemê. Foi em 1972. De lá até hoje, a área plantada não chegou sequer a dobrar, mas a colheita quintuplicou, numa invejável produtividade, que compete com o meio-oeste americano. Um bilhão e meio de habitantes do planeta podem ser alimentados pelo trabalho e tecnologia de 5 milhões de produtores rurais brasileiro. Produzem quase uma quarta parte do PIB e respondem por metade das exportações. Somos campeões mundiais em açúcar, café, suco de laranja, soja, carnes. A produção da terra passa de 1 bilhão de toneladas. O agro, com toda sua cadeia econômica, gera 40% dos empregos no Brasil. Um sucesso absoluto. [e ainda tem brasileiros que defendem reservas indígenas, intocáveis, na razão de milhares de hectares por indígena.
Os indígenas tem direitos a reservas, enquanto indígenas, dentro de limites razoáveis, mas não os exageros defendidos e que os tornam os índios os maiores latifundiários do Brasil.
A agricultura precisa de terra... a pecuária também... a mineração, idem..... os amigos do Macron, da pirralha estão entre os que acreditam que o leite é provém de fábrica, os cereais são plantados no ar.......etc.... Aterra, incluindo a Floresta Amazônica precisa ser explorada com equilíbrio...... e a SOBERANIA do Brasil inclui aquela Floresta. ] 

Naqueles anos em que eu iniciava o jornalismo nas páginas de economia do Jornal do Brasil, a ênfase era para o sonho de o Brasil tornar-se um país industrializado. O mundo desenvolvido tinha por sinônimo a industrialização. A agricultura e pecuária pareciam atividades do passado. Hoje a indústria patina nos números, na renovação, na atualização. Vai bem a indústria voltada para o campo e lavoura – moderna, digitalizada.

Veja Também: Quanto você pagou para Lula visitar o papa em Roma – e viajar livremente pelo Brasil
[só para que tenham um ideia ele levou na viagem três assessores = ASPONES. Imagine quem pagou as despesas dele e dos aspones = nós e todos os babacas brasileiros = contribuintes.
Quer mais... ele foi para Paraty, relaxar e levou oito aspones. Nós também bancamos esta e outras.]
Mas o setor industrial foi ultrapassado pela agropecuária na participação do PIB. Enquanto os produtores rurais pensam para o futuro e vivem o futuro, com todas as dificuldades de escoamento e embargos tributários e trabalhistas, a indústria parece presa a um ritmo discreto e lento.

O mundo urbano parece não se dar conta da riqueza do agro. Há quem pense que o alimento aparece na prateleira do supermercado vindo de alguma indústria. Já ouvi uma repórter falar em “fábrica de leite”. Esclareci a ela que fábrica de leite se chama vaca. Já fui visitado por um menino carioca que nunca havia visto uma galinha com penas e cacarejando no galinheiro; só o frango depenado e limpo no balcão frigorífico. E há os que combatem os que produzem no campo, sem saber que seu prato farto e acessível a cada refeição é produto do entusiasmo dos produtores rurais. O agro foi o que nos fez respirar, equilibrando nossas contas externas, quando os anos Dilma nos afogavam em recessão.

Hoje no campo, insumos essenciais já são o computador e a conectividade. O campo está digitalizado. Há milhares de produtores trabalhando com defensivos naturais e buscando fertilizantes que diminuam a dependência dos importados. E tudo isso ocupando apenas uns 8% do território nacional. Os ruralistas do brasilzão real estão dando exemplo de desenvolvimento e progresso, mesmo com o emaranhando de normas, que parecem ser de um país masoquista, que quer ser pobre mas tem um tremendo potencial para ser riquíssimo. O potencial de produzir cada vez mais o mais essencial dos produtos, que é o alimento.

Alexandre Garcia - Vozes - Gazeta do Povo


quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

OMC paralisada interessa aos EUA, mas é ruim para o Brasil - Míriam Leitão

Os EUA têm trabalhado para paralisar a Organização Mundial do Comércio e isso é ruim para o Brasil. A política externa desse governo precisa trabalhar por uma OMC forte. Mas o presidente Jair Bolsonaro recriou o alinhamento automático com os EUA.  A OMC sempre foi um palco importante para resolução de problemas. Nos últimos dois anos, no entanto, os EUA vêm vetando a indicação de novos juízes no Órgão de Apelações. Lá são analisadas as possíveis infrações e sanções aos países. São sete juízes na corte. Só havia mais três com mandato, o quorum mínimo para decisões. Na terça-feira, dois deixaram os  cargos. O órgão está paralisado.

O debate da sobretaxa ao aço e ao alumínio brasileiro é um tema que pode parar na OMC. O presidente Trump anunciou no Twitter que iria aplicar tarifas extras sobre os produtos do Brasil, mas a aplicação ainda não se confirmou. Nesse estágio, os canais diplomáticos entre os países podem ser eficientes. Mas se não funcionarem, será preciso recorrer. Com a OMC enfraquecida, o Brasil ficará sem voz nem poder. 

Esse caso mostra como é frágil e equivocada a política de alinhamento automático aos EUA. O Brasil precisa do multilateralismo, de uma OMC que ouça o ponto de vista do país para resolver conflitos. O governo de Donald Trump aposta no bilateralismo. Ele prefere resolver as questões diretamente com o outro parceiro, que certamente tem uma economia mais  fraca que a americana. Nesse tipo de negociação, a vontade dos EUA se impõe. No âmbito da OMC, a instituição equilibra a discussão entre países que não tem o mesmo poder de barganha.    
  
A mais famosa controversa do Brasil no comércio foi exatamente com os EUA, no algodão. O país passou por todas as etapas do processo e o Órgão de Apelação da OMC decidiu que os americanos deveriam nos compensar pelas práticas injustas no comércio do algodão.

O Brasil sempre teve participação intensa na criação de normas da OMC. O atual presidente da Organização, por exemplo é brasileiro, o embaixador Roberto Azevêdo.
Somos competidores dos EUA no mercado de carnes e de soja, grão que é subsidiado pelos americanos. Isso pode provocar problemas no futuro e a OMC é o local para resolver esses problemas. Ao menos, vinha sendo até ser paralisada pelos EUA. 

Míriam Leitão, colunista - O Globo



segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Novo corte nos juros esta semana é amplamente esperado - O Globo

Marcelo Loureiro

A inflação acelerou e o crescimento do PIB surpreendeu, mas o relatório Focus manteve a projeção para o corte dos juros esta semana. A mediana prevê a redução de meio ponto na Selic, para 4,5%. O Banco Central divulgará sua decisão na quarta-feira. Já o crescimento do PIB do terceiro trimestre provocou mudanças no Focus. Os especialistas revisaram os cálculo e esperam alta de 1,1% na economia em 2019.


Sede do BC



Na sexta-feira, o IBGE informou que o IPCA do mês passado subiu 0,51%, bem acima do 0,10% de outubro. A aceleração, puxada pelo preço das carnes, elevou a estimativa para o IPCA deste ano. A mediana no Focus saltou de 3,52% para 3,84%. Mesmo com o avanço, a inflação será menor que o centro da meta para 2019, que é de 4,25%.

Em relação ao PIB, as previsões melhoraram após o resultado do terceiro trimestre, divulgado na terça-feira, apontar alta de 0,6%. O dado veio mais forte do que se previra. A mediana subiu de 0,99% para 1,1% na semana, mas ainda está bem abaixo do que o mesmo Focus estimava em janeiro. Naquela época, a projeção era de alta de até 2,6%. Para o ano que vem, a estimativa ficou quase estável, em 2,24%.

Blog da Míriam Leitão, em O Globo - Marcelo Loureiro

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Inflação sobe 0,16% e mostra sinais de esgotamento da desinflação

O desempenho mostra o esgotamento do processo de desinflação, uma vez que, no mesmo mês do ano passado, a alta havia sido de 0,08%

O custo de vida no país voltou a ser pressionado. Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -- considerado o indicador oficial de inflação -- subiu 0,16%. O desempenho mostra o esgotamento do processo de desinflação, uma vez que, no mesmo mês do ano passado, a alta havia sido de 0,08%. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou em 2,54%, superior ao patamar de 2,46% registrado no mês passado.
 
A alta dos preços mostra o esgotamento quando comparada, ainda, com a mediana das expectativas do mercado, de 0,10%. Nos resultados anteriores, o IPCA oficial registrado veio abaixo das previsões dos analistas consultados pelo Banco Central (BC). Apesar do resultado de setembro, a inflação acumulada no decorrer do ano, ou seja, de janeiro até o mês passado, subiu 1,42%. É o menor resultado para esse período desde 1998.

O desempenho da inflação acima da mediana do mercado veio em decorrência de uma queda de preços menor com alimentos. Em setembro, os gastos médios no grupo de alimentação e bebidas caiu 0,41%. Em agosto, o recuo havia sido de 1,07%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que os alimentos para consumo em casa passaram de uma deflação de 1,84% em agosto para 0,74% em setembro. 

A queda menor em setembro foi provocada por uma reversão de deflação para inflação em itens importantes no consumo das famílias. É o exemplo das carnes, que saiu de uma deflação de 1,75%, em agosto, para uma inflação de 1,25%, em setembro. O mesmo movimento foi observado nas frutas, que estava em queda de 2,57% há dois meses, e saltou para uma alta de 1,74% no mês passado.
 
Fonte: Correio Braziliense