O desempenho mostra o esgotamento do processo de desinflação, uma vez que, no mesmo mês do ano passado, a alta havia sido de 0,08%
O custo de vida no país voltou a ser pressionado. Em setembro, o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -- considerado o
indicador oficial de inflação -- subiu 0,16%. O desempenho mostra o
esgotamento do processo de desinflação, uma vez que, no mesmo mês do ano
passado, a alta havia sido de 0,08%. No acumulado em 12 meses, a taxa
ficou em 2,54%, superior ao patamar de 2,46% registrado no mês passado.
A alta dos preços mostra o esgotamento quando comparada, ainda, com
a mediana das expectativas do mercado, de 0,10%. Nos resultados
anteriores, o IPCA oficial registrado veio abaixo das previsões dos
analistas consultados pelo Banco Central (BC). Apesar do resultado de
setembro, a inflação acumulada no decorrer do ano, ou seja, de janeiro
até o mês passado, subiu 1,42%. É o menor resultado para esse período
desde 1998.
O desempenho da inflação acima da
mediana do mercado veio em decorrência de uma queda de preços menor com
alimentos. Em setembro, os gastos médios no grupo de alimentação e
bebidas caiu 0,41%. Em agosto, o recuo havia sido de 1,07%. O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que os alimentos
para consumo em casa passaram de uma deflação de 1,84% em agosto para
0,74% em setembro.
A queda menor em setembro
foi provocada por uma reversão de deflação para inflação em itens
importantes no consumo das famílias. É o exemplo das carnes, que saiu de
uma deflação de 1,75%, em agosto, para uma inflação de 1,25%, em
setembro. O mesmo movimento foi observado nas frutas, que estava em
queda de 2,57% há dois meses, e saltou para uma alta de 1,74% no mês
passado.
Fonte: Correio Braziliense
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