Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O presidente do STF, Roberto Barroso, gastou R$ 922 mil com
voos em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) nos três primeiros meses na
presidência, o que projeta uma despesa de R$ 3,7 milhões em um ano.
O valor é
próximo da gastança do presidente da Câmara, Arthur Lira, com jatinhos em 2023
– R$ 3,4 milhões.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, gastou R$ 2 milhões.
O roteiro de viagens de Barroso evidencia o seu caráter progressista, a
proximidade com o governo Lula e uma pitada de populismo.
Teve até elogio ao
Bolsa Família.
Durante visita à Favela dos Sonhos, na periferia de São
Paulo, em 6 de novembro, Barroso afirmou: “O Bolsa Família foi decisivo para
tirar as pessoas da pobreza”. Mas logo completou: “Mas é preciso que as pessoas
se libertem do benefício e passem a ter voo próprio”. A falta de uma “porta de
saída” é principal crítica ao maior programa social do governo Lula.
Em
30 de novembro, no Congresso Internacional de Tribunais de Contas, em
Fortaleza, Barroso afirmou que a tese que responsabiliza veículos de
imprensa por fala do entrevistado foi lida de maneira “equivocada”.
No
mesmo evento, o ministro Gilmar Mendes afirmou que se trata de "uma
pauta amiga da imprensa". Segundo Barroso, os veículos só serão
responsabilizados se publicarem entrevistas com a "intenção maldosa de
fazer mal a alguém", segundo registro do jornal O Povo.
Sócio honorário do Flamengo No dia seguinte, um pouco de populismo. Barroso seguiu de jatinho “chapa branca” para o Rio de Janeiro, onde recebeu o título de “sócio honorário” do Flamengo, entregue pelo Conselho dos Grandes Beneméritos do clube. O presidente Arthur Lira também recebeu o título. O roteiro Brasília/Fortaleza/Rio/Brasília de jatinho custou R$ 80 mil.
O presidente estava à vontade no seu frenético roteiro de
apresentação. No dia 5 de dezembro, ele subiu ao palco no Encontro Nacional do
Poder Judiciário, em Salvador, e fez um dueto com a cantora Ana Mametto,
cantando “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha – ícone da chamada música de
protesto na década de 70. Nesse evento, fez um desabafo: “A gente está sempre
desagradando alguém. Essa é a vida de um tribunal constitucional independente
que tem a coragem moral de fazer o que tem que fazer”.
Em
13 de novembro, Barroso esteve no seminário "O papel do Supremo nas
democracias", evento promovido pelo jornal Estadão e pela Faculdade de
Direito da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Ainda em novembro, o
ministro prestigiou o Seminário “35 anos da Constituição de 1988:
Avanços e Desafios na Proteção de Direitos Fundamentais e da
Democracia”, realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ).
A
temática progressista esteve presente também na sede do Supremo. Em 5
de dezembro, o presidente assinou acordos com a Capes e a Biblioteca
Nacional relativos ao Programa de Combate à Desinformação.
As viagens em jatinhos não são as únicas despesas nas viagens dos presidentes do STF, da Câmara e do Senado. A falta de transparência dificulta a coleta de todos os dados, mas algumas “despesinhas” são visíveis.
Além de torrar R$ 3,4 milhões com jatinhos oficiais, Lira gastou mais R$ 1,38 milhão com diárias e passagens das suas equipes de segurança em viagens pelo país e mundo afora.
Foram R$ 470 mil com passagens e R$ 907 mil com diárias.
Assim, os gastos com viagens somaram R$ 4,8 milhões.
Os
gastos com diárias e passagens de seguranças e assessores que
acompanham as viagens do presidente do Senado não estão muito expostos.
Em compensação, o Senado divulga as despesas pagas com cartões
corporativos utilizados pelos servidores em viagens.
Em 2023, elas
somaram R$ 329 mil – quase a totalidade com passagens e despesas com
locomoção.
Esses dados não são divulgados pela Câmara dos Deputados.
O
STF divulga com atraso de alguns meses as despesas com diárias e
passagens aéreas de seguranças e assessores que acompanham os ministros.
Os dados mais recentes são de agosto.
O blog publicou recentemente os
detalhes desses gastos nos dois últimos anos.
As despesas com viagens
dos servidores lotados no gabinete do ministro Barroso somaram R$ 402
mil. As viagens dos ministros são mantidas sob sigilo.
A cruel legalização do aborto vai ser enxovalhada garganta
abaixo por uma ministra militante no Brasil
Foto: Shutterstock
No último 14 de julho, durante um discurso em um seminário,Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal e atual presidente da Corte, achou inteligente comparar o vandalismo do fatídico 8 de janeiro no Distrito Federal — repudiado veementemente por todos nós da Revista Oeste —ao ataque à base naval de Pearl Harbor, nos Estados Unidos, feito pela marinha japonesa em 1941.
Usando a mesma expressão que o presidente Franklin D. Roosevelt usou um dia após um ataque de guerra que matou mais de 2,4 mil pessoas, “o dia da infâmia”, Rosa Weber proferiu: “O presidente Franklin Roosevelt, em 8 de dezembro de 1941, perante o Congresso Norte-Americano, ao reagir ao ataque aéreo japonês, deflagrado na véspera, contra as Forças Navais Norte-Americanas, em Pearl Harbor, no Havaí, disse que aquela data, 7 de dezembro de 1941, pelo caráter traiçoeiro da agressão, viveria eternamente na infâmia. Para nós, 8 de janeiro de 2023 será eternamente o dia da infâmia. E não deixaremos ser esquecido, na defesa da democracia constitucional e do Estado Democrático de Direito”.
Na ocasião, escrevi um artigo aqui em Oeste mostrando que a comparação de Rosa Weber não mostrava apenas uma ignorância abissal, mas um desrespeito histórico às vítimas daquele brutal ataque que acabou colocando os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
Agora, diante da aposentadoria, Rosa Weber mostra sua verve mais cruel. Ao apagar das luzes, a saída da ministra da Corte se dá pela porta traseira, colocando em julgamento a ADPF 442 que, em mais uma manobra ativista de um membro do tribunal, sequestra a prerrogativa do Congresso e joga para o plenário do STF o poder de legislar que o tribunal simplesmente não possui.
Na famigerada ação proposta pela extrema esquerda — e abraçada por Weber — está a descriminalização do aborto no Brasil e a autorização para aplicar a pena de morte a milhões de inocentes que nunca cometeram crime algum.
Assim como na descriminalização do porte e uso da maconha, o Supremo Tribunal Federal dá de ombros aos limites constitucionais da instituição e mostra com veemência o mais retumbante desrespeito às nossas casas legislativas.
Há enormes diferenças entre a política norte-americana e a brasileira, desde o próprio colégio eleitoral até o cenário que envolve partidos; no Brasil são dezenas deles, e nos Estados Unidos apenas os dois maiores importam e ditam os caminhos políticos.
No entanto, há sempre algo que podemos aprender com a política americana e suas ramificações. A eleição presidencial americana de 2016 trouxe um ponto de reflexão para o mundo. Na histórica eleição que deu a vitória a Donald Trump, muitos eleitores rejeitavam ambos os candidatos, e aquele pleito ficou marcado como “uma eleição entre dois candidatos ruins”. E foi ali que muitos — muitos — republicanos mostraram o que é chamado aqui nos Estados Unidos de single issue voter, ou “eleitor de questão única”.
Alguns, sem demonstrar apoio incondicional a Trump, votaram no empresário de sucesso apenas pela experiência na economia e em negociações, afinal, a América é a terra da oportunidade.
Outros votaram contra Hillary Clinton e sua plataforma de governo que já demonstrava que o Partido Democrata fazia uma guinada severa à esquerda radical. No entanto, como uma grande nação cristã, um dos pontos mais importantes que pesou na balança a favor do malcriado das redes sociais e de coletivas de imprensa foi o foco “na floresta e não na árvore”, como dizem os ianques. O alvo? A Suprema Corte Americana.
Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Foto: Tia Dufour/Casa Branca
(.....)
Para aqueles que votaram em Donald Trump de olhos fechados, mas com olhos na Suprema Corte — aqueles que clamavam e defendiam que 2016 seria uma eleição para 40 anos, e não apenas quatro —, o trabalho estava iniciado e a partir dali seria uma questão de tempo até a Corte revisitar o diabólico Roe vs. Wade. A Suprema Corte nos Estados Unidos é sempre um assunto extremamente estratégico para qualquer presidente deles — e deveria ser para nós, brasileiros, também.
Nesta semana, a cruel legalização do aborto — a prática diabólica de ceifar vidas inocentes no ventre de suas mães como “política de saúde pública”, ladainha demoníaca também empurrada aos americanos usando Roe vs. Wade —vai ser enxovalhada garganta abaixo por uma ministra militante no Brasil.
Em Roe vs. Wade, os juízes simplesmente inventaram um direito que não existe, o mesmo que seguirá no Brasil se o Congresso continuar de joelhos a um sistema que alimenta um monstro jurídico com uma ganância sem freios para fazer leis.
Nos Estados Unidos, esse erro não foi lamentável apenas por tirar dos estados o direito e a autonomia para decidir a questão através de suas legislaturas estaduais, mas ceifou a vida de quase SESSENTA E CINCO MILHÕES de bebês nos ventres de suas mães desde os anos 1970.
Para aqueles que taparam o nariz e votaram no malcriado do século exatamente pelas indicações à SCOTUS para a reversão de Roe vs. Wade, os dividendos foram colhidos.
Depois de quase meio século, os eleitores norte-americanos finalmente tiveram seus direitos restaurados sobre a questão do aborto.
Em junho de 2022, a decisão mais desonesta e destrutiva da história dos Estados Unidos finalmente foi derrubada.
A Suprema Corte, com maioria conservadora graças a Donald Trump, anulou Roe vs. Wade e, efetivamente, encerrou o reconhecimento do “direito constitucional” ao aborto, dando aos estados o poder de permitir, limitar ou proibir completamente a prática.
Uma vitória não apenas para aqueles que são contra o aborto, mas para aqueles que têm constituições como o único norte possível em uma nação séria, já que o que também sempre esteve no centro desse debate não era apenas a sagrada proteção à vida humana, defesa importante para um país fundado em preceitos cristãos, mas a manutenção de um dos pilares mais preciosos da República norte-americana: o federalismo e a autonomia dos estados de passar suas próprias leis de acordo com o que a população deseja.
Para milhões de cristãos nos Estados Unidos, o voto em Donald Trump em 2016 tinha um objetivo bem maior que todos nós: a proteção à vida humana. Em uma passagem de uma decisão da Suprema Corte de 1992, no caso Planned Parenthood vs. Casey, o juiz Anthony Kennedy, nomeado por Ronald Reagan, escrevendo para a maioria, disse: “No coração da liberdade está o direito de definir o próprio conceito de existência, de propósito, de universo e do mistério da vida humana. Crenças sobre esses assuntos não podem definir os atributos da personalidade se forem formadas sob coação do Estado”.
Derrubar Roe vs. Wade não encerra a luta para proteger a vida humana desde o útero.
Proteger a vida desde a sua concepção ainda é uma das batalhas mais importantes para os cristãos aqui nos Estados Unidos, principalmente pelo simbolismo que o caso leva para o mundo e, como vimos, com eco também no Brasil.
Reunião do presidente Ronald Reagan com o juiz Anthony Kennedy, no Salão Oval (11/11/1987) | Foto: Domínio Público
É preciso seguir firme na inviolável proteção à vida de inocentes e na defesa de nossos pilares constitucionais.
A vergonhosa e covarde decisão de Rosa Weber de legislar a favor da morte não pode seguir seu caminho
(.....)
Dr. Ives dá uma aula e usa argumentos mais que contundentes para DERRUBAR qualquer TEORIA ABORTISTA. Parabéns pela argumentação
A verdadeira fissura que atravessou a Suprema Corte Americana em 1973 e hoje corta o STF não é entre os chamados progressistas e conservadores, mas entre aqueles que acreditam que os juízes são superlegisladores — o que acontece atualmente com praticamente todos os ministros no Supremo Tribunal Federal.
Ministros que não são nem juízes, com poderes surrupiados para impor sua própria visão sobre a sociedade e legislar à vontade.
É preciso seguir firme na inviolável proteção à vida de inocentes e na defesa de nossos pilares constitucionais. A vergonhosa e covarde decisão de Rosa Weber de legislar a favor da morte não pode seguir seu caminho. E a ministra, que tanto falou sobre Pearl Harbor, agora tem um dia da infâmia para chamar de seu.
Joseph
Ratzinger teve a trajetória marcada pela renúncia ao posto, atitude que
fez dele o primeiro em 600 anos da Igreja Católica a abdicar do papado
Pope Bento XVI em Veneza, na Itália, em 2011 - Barbara Zanon/Getty Images
Morreu neste sábado, 31, o papa Bento XVI,
aos 95 anos. “É com pesar que informo que o papa emérito Bento XVI
morreu hoje às 9h34 no mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano”, escreveu o
perfil de notícias do Vaticano no Twitter. O corpo de Bento XVI será
velado na Basílica
de São Pedro a partir de segunda-feira, 2. O funeral está marcado para a
manhã de quinta-feira, 5, na Praça São Pedro, presidido pelo papa
Francisco
Lembrado
por sua renúncia em 2013, Bento XVI, o alemão Joseph Ratzinger,vivia
recluso nos últimos anos no mosteiro no interior dos Jardins do
Vaticano.Reportagem de VEJAde junho de 2018 revelou que Bento sofria de Parkinson e já sentia os sinais da doença quando renunciou.
Renúncia No
dia 11 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI apresentou, durante uma
reunião com as Cardeais da Cúria Romana, sua renúncia. O motivo alegado
para deixar o Trono de Pedro era que, aos 85 anos, depois de quase oito
de pontificado, ele já não tinha mais forças para levar adiante o
governo da Igreja.
Eram
principalmente três as razões da amargura de Bento XVI, segundo
concordavam na época os mais argutos vaticanistas da Itália. Em primeiro
lugar, casos de pedofilia afundavam a Igreja na época e colocavam o
pontífice em posição cada vez mais difícil.
O
segundo motivo que embaraça o papa tem a ver com um escândalo de
corrupção envolvendo o Instituto de Obras Religiosas – o banco do
Vaticano. A Justiça italiana abriu uma investigação sobre o IOR e
bloqueou 23 milhões de euros de suas contas, por suspeita de violação
das normas do sistema financeiro contra lavagem de dinheiro.
O
terceiro motivo foi originado pelo roubo de documentos comprometedores
da Santa Sé, no episódio batizado de Vatileaks que veio à tona no início
do ano passado – Paolo Gabriele, que foi mordomo pessoal do papa desde
2006, é acusado de ter vazado as informações para um jornalista
italiano. Os documentos eram, basicamente, cartas de um ex-administrador
da sede da Igreja que informava o papa sobre corruptos que haviam
assinado contratos superfaturados e, desse modo, causado um prejuízo de
milhões de euros às finanças da Santa Sé. Gabriele, apelidado de “O
Corvo”, foi condenado, preso e perdoado por Bento XVI.
O
roubo dos documentos contribuiu para amargurar um papa já cansado de
decepções e intrigas, mas os papéis em nada o maculavam do ponto de
vista moral. O que, de fato, pesou em sua decisão de renunciar foi o
derradeiro relatório da investigação sobre o roubo dos documentos, que
revelou conexões de gente muito próxima a ele com o esquema de lavagem
de dinheiro no IOR.
Papado Nascido
Joseph Ratzinger, sua trajetória pessoal de antes de chegar ao trono de
São Pedro foi cheia de lances surpreendentes, desde sua participação na
II Guerra Mundial (quando foi forçado a se juntar aos nazistas) até
a batalha ideológica da Guerra Fria. Testemunha de alguns dos fatos
mais marcantes do século XX, ele ajudou a moldar a Igreja Católica neste
início de século XXI, ao transformar-se no homem forte do pontificado de João Paulo II.
Seu
poder dentro do Vaticano era tão avassalador que, na ausência de um
papa tão carismático e marcante, foi escolhido para ocupar o posto,
mesmo com a idade avançada. Sua escolha como sucessor de João Paulo II,
em 2005, foi o auge de um longo caminho desde o seminário, a carreira
acadêmica e a entrada na estrutura de poder da Santa Sé.
Quando
Joseph Ratzinger foi escolhido no conclave que o tornou papa, suas
primeiras palavras foram: “Depois do grande papa João Paulo II, os
senhores cardeais elegeram-me, um simples e humilde trabalhador na vinha
do Senhor”.
Em
pouco menos de oito anos de pontificado, Bento XVI protagonizou
triunfos e fracassos, acumulou tropeços e façanhas, errou e acertou –
como quase todos os outros ocupantes do trono de Pedro. Mesmo sem a
perspectiva histórica necessária para dimensionar sua importância dentro
da extensa lista de pontífices do Vaticano, já é possível dizer que o
legado de Bento XVI deixou pelo menos uma pessoa decepcionada:o cardeal
Joseph Ratzinger, que entrou no conclave de sucessão de João Paulo II
como decano do colégio cardinalício e saiu dele, em 19 de abril de 2005,
como novo chefe da Igreja Católica. Como papa, o alemão foi, em linhas
gerais, o que a maioria já previa: um líder mais discreto e menos
midiático que o antecessor, um defensor ferrenho da doutrina católica,
um protetor da liturgia da Igreja.
Ratzinger
não desejava ser papa. Uma vez escolhido, porém, queria mais do que
apenas confirmar as impressões que todos tinham sobre ele. O alemão
tinha alguns objetivos muito claros. Ao renunciar, em 2013, teve de
sofrer não apenas com o peso dessa controversa decisão, mas também com a
impressão de que não atingiu nenhuma de suas grandes metas – e com a
conclusão inescapável de que deixa inacabado seu extenso trabalho a
serviço da Igreja.
A
própria escolha de seu nome papal, uma referência ao padroeiro da
Europa, já indicava uma de suas intenções mais fortes: a de reforçar as
estruturas da Igreja no continente onde o catolicismo foi construído.
Isso não significava necessariamente arrebanhar novos fiéis e expandir a
presença da Igreja nos países europeus, mas sim solidificar sua posição
e se reaproximar dos seguidores que andavam se desgarrando.
Para
Ratzinger, de nada adiantava sair à caça de novos simpatizantes mundo
afora se a Igreja perdia espaço e relevância em seu próprio berço. As
circunstâncias, no entanto, foram as piores possíveis para que Bento XVI
levasse adiante essa reevangelização. Durante quase todo o papado, a
revelação de mais escândalos de abusos sexuais cometidos por integrantes
da Igreja – na maioria dos casos, em países europeus – foram uma
barreira intransponível para seus planos. O número de fiéis nas
paróquias europeias não aumentou – e a revolta dos seguidores que
restaram, cada vez mais desiludidos por causa da longa lista de
escândalos, só cresceu. Em países como Áustria, Holanda, Noruega,
Bélgica e a própria Alemanha, a terra do papa, a imagem da Igreja
continuou sendo manchada pela revelação dos abusos. A decepção do papa
não se resumia aos escândalos em si, mas também ao fato de ele ter sido o
principal responsável por conduzir a reação da Igreja aos abusos.
Em
2001, João Paulo II entregou à Congregação para a Doutrina da Fé,
comandada por Ratzinger, a responsabilidade de lidar com o assunto. O
cardeal, que sempre sofreu muito com os relatos e testemunhos que teve
de ouvir, estava convicto de que era um imperativo moral agir contra os
pedófilos – ainda que a estrutura da Igreja não facilitasse o processo
de investigação e punição. O assunto marcou profundamente o futuro papa.
“Quanta imundície há na Igreja”, disse, pouco antes do conclave. Ainda
como cardeal, ele tomou medidas inequívocas no sentido de combater o
problema. De acordo com os críticos, entretanto, faltou firmeza ao
alemão, apesar de apelidos como “papa panzer” e “o rottweiler de Deus”.
A
ausência de reformas específicas e eficazes para impedir que pedófilos
entrassem no clero foi uma das principais queixas dos grupos que reúnem
as vítimas de abusos. Esperava-se ainda que Bento XVI conduzisse uma
reorganização da Cúria Romana, que administra a Igreja. Se João Paulo II
não tinha o perfil ideal para reformar a estrutura administrativa do
Vaticano, o alemão, metódico e profundo conhecedor dessa máquina, seria
perfeito para a tarefa. Poucos lembraram, porém, que Bento XVI é
essencialmente um acadêmico – e, portanto, não tem nas relações pessoais
e no carisma seus pontos fortes. Fazer política não era com ele. Diante
da resistência dos integrantes da Cúria, sempre avessos às tentativas
de modernização das engrenagens do Vaticano, o papa foi ficando isolado e
impotente. Ele fracassou em duas tentativas práticas de reduzir a
burocracia interna através da fusão de diferentes departamentos. A
criação de um novo Conselho Pontifício, dedicado à “nova evangelização”,
fez com que a máquina administrativa do Vaticano ficasse ainda maior do
que já era quando seu pontificado começou.
Ainda
assim, Bento XVI deixa um legado admirável. Mais do que pelas três
encíclicas, ele notabilizou-se, no que se refere à difusão da fé, pela
trilogia magistral que escreveu sobre a vida de Jesus – o terceiro tomo,
a respeito da infância do Nazareno, ratifica a hipótese de que Ele
nasceu antes do que veio a ser datado como o primeiro ano da era cristã –
e pelas entrevistas que concedeu publicadas em forma de livro. Dono de
uma cultura vasta, que vai muito além da teologia, ele era capaz de ser
didático sobre temas espinhosos.
Vida até o papado Bento
nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, no estado da Baviera,
Alemanha. Seu pai, Joseph Ratzinger, um comissário de polícia alemã,
encontrou a sua esposa por meio de um anúncio no jornal. A mensagem
dizia que policial procurava por uma moça virtuosa para se casar.
Ao
anúncio, respondeu aquela que seria então, a mãe de Ratzinger, a
senhora Maria Peintner. Desse casamento nasceram 3 filhos: Georg, Joseph
e Maria. Joseph e Georg se encaminharam desde muito cedo à vocação
sacerdotal. Maria não se casou e dedicou-se aos cuidados dos pais e,
depois, mais tarde, dos dois irmãos.
Bento
era apaixonado por música clássica. Seu gosto foi influenciado pelos
seus pais que, ainda criança, lhe apresentaram a obra de Wolfgang
Amadeus Mozart. Entre suas brincadeiras preferidas da infância estavam
celebrar missas de faz de conta ao som de Mozart e tocar piano. O
religioso também cultivou um amor especial pelos gatos ao longo de sua
vida. Até seus últimos dias de vida, seus ajudantes e secretários contam
que Bento alimentava e brincava com os felinos que passavam pelo
Mosteiro Mater Ecclesiae.
Joseph
Ratzinger prestou serviço obrigatório no Exército Alemão entre 1943 e
1945. Na época, ele havia acabado de entrar no seminário preparatório,
mas não conseguiu evitar ser convocado pelo nazismo. Desde 1941, quando
fazer parte da Juventude de Hitler se tornou obrigatório, o jovem já
frequentava o grupo. Ele só foi convocado oficialmente, contudo, aos 16
anos, para realizar trabalhos auxiliares ao lado dos soldados. Em 1944,
ele e seus companheiros de seminário foram transferidos para as unidades
regulares do Exército.
Em
entrevistas, Ratzinger contou que viu judeus húngaros sendo levados
para campos de concentração quando sua base era próxima da Hungria. O
papa chegou a ser dispensado, mas acabou convocado novamente e desertou
em abril de 1945. Ele foi capturado por soldados americanos e mantido
prisioneiro de guerra por alguns meses.
Bento
voltou ao seminário na Universidade de Munique em 1945 e foi ordenado
padre em 1951. Se tornou doutor pela mesma instituição e, em 1958,
conquistou sua licenciatura e se tornou professor de dogma e teologia da
Freising College.
Nos
anos seguintes ensinou nas Universidades de Bonn, Muenster, Tübingen e
Regensburg. Em março de 1977 se tornou arcebispo de Munique e Freising
e, três meses depois, foi nomeado cardeal pelo papa Paulo VI.
Em
1981, o papa João Paulo II nomeou Ratzinger prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé. Em 1998, tornou-se vice-reitor do Colégio de
Cardeais e foi eleito reitor em 2002. Ratzinger defendeu e reafirmou a
doutrina católica, incluindo o ensino de temas como controle de
natalidade, homossexualidade e diálogo inter-religioso. Foi eleito o
265º papa pelo conclave de 2005, com 78 anos de idade, após a morte de
João Paulo II.
Em 1971, ganhei uma bolsa para estudar nos USA. Foi um seminário sobre desenvolvimento econômico na Harvard University.
Em um
encontro com um professor, eu propus uma simples pergunta a ele. Qual o
principal fator (citando apenas um), para explicar a diferença do
desenvolvimento americano e o brasileiro, ao longo dos 500 anos de
descobrimento de ambos os países?
O então o mestre sentenciou sem titubear: a justiça!
Explicou ele em poucas palavras:
“A
sociedade só existe e se desenvolve fundamentada em suas leis e em sua
igualitária execução. A justiça é o solo onde se edifica uma nação e sua
cidadania.
Se pétrea, permitirá o soerguimento de grandes nações. Se pantanosa, nada de grande poderá ser construído.
Passados
quase 50 anos deste aprendizado, a explicação continua cristalina e
sólida como um diamante. Sem lei e justiça, não haverá uma grande nação.
Do
pântano florescerão os "direitos adquiridos", a impunidade para os
poderosos. Daí se multiplicarão as ervas daninhas da corrupção, que por
sua vez sugarão a seiva vital que deveria alimentar todas as folhas que
compõem a sociedade.
Como resultado se abrirá o abismo da desigualdade. Este abismo gerará violência e tensão social.
Neste
ambiente de pura selvageria, os mais fortes esmagarão os mais fracos. O
resultado final: o pântano se tornará praticamente inabitável. As
riquezas fugirão sob as barbas gosmentas da justiça paquiderme, para
outras nações.
Os mais
capazes renunciarão a cidadania em busca de terras onde a justiça
garanta o mínimo desejado: que a lei seja igual para todos.
Este é o
fato presente e a verdade inegável do pântano chamado Brasil! Minha
geração foi se esgotando na idiota discussão entre esquerda e direita.
E ainda continua imbecilizada na disputa entre "nós e eles", criada pelo inculto Lula e o séquito lulista.
Não
enxergaram um palmo na frente do nariz da essência da democracia. Foram
comprados com pixulecos, carros, sítios e apartamentos.
Não sei quantos jovens lerão este texto e terão capacidade de interpretar e aprofundar a discussão.
Aos meus quase 70 anos, faço o que está ao meu pequeno alcance.”
O presidente Bolsonaro tem uma maneira muito peculiar de manifestar sua indignação com eventuais malfeitos de seus assessores. A depender do protagonista do erro, ele releva, passa a mão na cabeça ou, no caso contrário, pune exemplarmente com demissões sumárias e achincalhe público. Basta, na primeira situação, que a figura integre a patota dos alinhados a seus preceitos para receber o perdão magnânimo do chefe. É amigo, familiar ou reza pela cartilha ideológica do “Mito”? Pode tudo. Do contrário, o destino é a execração implacável. Os últimos dias foram pródigos em exemplos nos dois extremos da reação bolsonarista. O secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, foi inapelavelmente varrido do posto,destituído pelo mandatário em pessoa, após usar um avião da FAB para o seu périplo a Davos e à Índia em missões oficiais. O gasto, deveras desnecessário, foi o suficiente para provocar a ira do mandatário, que não perdoou o deslize e botou Santini a correr. A assessoria do ministério soltou uma nota lembrando que a solicitação do avião seguiu padrões previstos na legislação. Ou seja: embora inoportuno, o uso da aeronave não contrariou regras. Bolsonaro, de todo modo, viu na ocasião uma excelente oportunidade para tentar demonstrar que exige disciplina espartana, coibindo abusos. Ok, tudo certo, valeu a performance.
[a impressão primeira é a de que se um ministro pode, outro ministro - ainda que na condição de interino - também possa. Legalmente, a viagem do Santini tem suporte legal. Ocorre que cargos em comissão, funções de confiança e todas similares, são regidas por um forte componente político. Na ocasião em que Salles foi à África, não ocorreu viagens semelhantes, em condições menos onerosas, o que por assim dizer, causou menos impacto o desperdício de recursos públicos e se tratava do titular. Já o Santini além de ser um interino, viajou na mesma época e pela mesma motivação que vários ministros (titulares) fizeram o mesmo trajeto do demitido em aviões de carreira. Qualquer ocupante de cargo, demissível 'ad nutum', deve estar sempre atendo as implicações advindas da sua conduta. Não é o ideal, mas, é o natural.]
Pena que seu metro de castigo varie conforme o freguês. Senão, vejamos: o que dizer, dentre tantos outros episódios, do mesmíssimo uso de aeronave oficial da FAB, desta feita solicitada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para uma viagem, sozinho, à África, onde iria participar de um seminário? Salles fez isso. Ele pode? Torrou perto de R$ 800 mil na logística de transporte. Santini, que estava como titular interino da pasta da Casa Civil e se fez acompanhar de três outros auxiliares, não? Qual o critério? Ou o tal rigor e austeridade nas despesas serve de procedimento apenas para alguns? Salles foi mantido e Santini despachado pela mesma infração, digamos. Fica claro que o marketing autopromocional tentado por Bolsonaro escolhe hora, local e coadjuvante para o espetáculo. O conceito de imoral só é sacado pelo presidente quando lhe convém. E segue a ópera bufa.
Mais constrangedor que a evidente distorção de sentenças nos casos relatados é a aparente conivência dele com acusações ainda mais graves pesando sobre outros de seus auxiliares mais próximos. Mantidos nos cargos mesmo debaixo de investigações, essas figuras ferem o decoro, envolvem-se em laranjais ou atuam em flagrante conflito de interesses, dando show de desprezo no trato da coisa pública. O exemplo do secretário da Secom, Fábio Wajngarten, que cuida da comunicação do governo, salta aos olhos. Ele vem, descaradamente à luz do dia, orientando verbas publicitárias para os veículos que são também clientes de uma empresa privada na qual figura como sócio, enquanto impõe aos que chama de “não convertidos” o corte de recursos oficiais. A escolha dos benfejados com as verbas é pessoal do secretário, assim como a daqueles que são riscados da lista, contrariando critérios técnicos, à revelia da lei que normatiza a destinação desse dinheiro.
Wajngarten, que exige alinhamento e apoio dos contemplados, comporta-se como soberano, distribuindo ducados, em aberta demonstração de descaso por eventuais punições. O Ministério Público Federal acaba de fazer um pedido de abertura de inquérito criminal para apurar as práticas de corrupção passiva, peculato e suspeitas de favorecimento nesse rateio. A devassa subiu de nível. O crime está em discussão. Seria conveniente ouvir também os veículos alvos da retaliação do secretário por posições editoriais contrárias a que ele exige. Wajngarten terá ainda de prestar esclarecimentos a Comissão de Ética Pública da Presidência. Mas apesar de todas essas evidentes contravenções do secretário, Bolsonaro não vê nada demais e saiu-se com uma pérola de acobertamento: “se for ilegal, a gente vê lá na frente”.
Igual atitude o capitão reserva para o também apadrinhado titular do Turismo, ministro Marcelo Álvaro Antônio, envolvido em esquemas de candidaturas laranjas e alvo de diligências da Polícia Federal e do Ministério Público, acusado de desvio de verbas e organização criminosa. Em qualquer lugar do mundo, e mesmo aqui (em tempos passados e gestões menos descaradas), alguém com essa ficha corrida seria prontamente destituído. Afastado até concluído o julgamento. Na tropa de choque bolsonarista, não. Salles segue conduzindo a pasta e o destino do turismo brasileiro, como se nada tivesse acontecido, sob o beneplácito do Planalto. A lista de potenciais demitidos, por estarem enquadrados em tramoias semelhantes, é enorme. Mas como cupinchas do mandatário, eles ganham sobrevida e seguem por lá. O poder central convive, no momento, sem o menor sinal de desconforto, com meia dúzia de ministros investigados (um deles condenado) e outra penca de secretários e auxiliares na mesma condição. E Bolsonaro não encasqueta com nenhum deles. Por que será?
O risco de ser contaminado por esses cambalachos é grande. De uma maneira ou de outra, a prática de dois pesos, duas medidas foi definitivamente incorporada pelo presidente, demonstrando o quão flácida é a escala de valores e princípios do chefe da Nação. Dias atrás, o titular do BNDES, Gustavo Montezano, disse que não foi encontrada nenhuma irregularidade,que nada existe na chamada caixa preta do Banco, contrariando as assertivas de Bolsonaro nesse sentido. Foram gastos R$ 48 milhões numa auditoria, o que por si só é um escândalo, custando mais do dobro do inicialmente contratado — aumento, aliás, praticado já na gestão de Messias, vale registrar — para nada ser encontrado. [a primeira parcela do valor reajustado da auditoria ocorreu em outubro 2018 - só se cobra uma valor reajustado, especialmente para mais, com a aquiescência do devedor - ou ampla fundamentação legal que derrube elementos de contestação em eventual demanda judicial.
E em outubro de 2018, o presidente da República não era JAIR BOLSONARO - o calendário não mente, nem erra, é conhecida uma única exceção: recibos firmados por um suposto locador de um apartamento do condenado Lula, que foram firmado com data de 31 de junho e 31 de novembro. Montezano ao declarar a inexistência de nenhuma irregularidade, certamente se baseou no resultado da auditoria. O esperado, natural em tal situação é que o próprio Montezano tivesse e/ou tenha interesse em que havendo erros, em gestão anterior a sua, os mesmo sejam devidamente expostos. ] A pendenga também pesa no colo de Bolsonaro que busca ser intolerante com desmandos. Há de se perguntar: E agora, presidente, Montezano também vai para a forca?