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domingo, 14 de fevereiro de 2021
Seu CPF foi vazado? dividas foram contraídas em seu nome? Leia e saiba como ter certeza - UTILIDADE PÚBLICA
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Seu CPF foi vazado
domingo, 22 de dezembro de 2019
Onde está o fim do caso Flávio - Janio de Freitas
Folha de S. Paulo
Indícios para uma investigação levada até o final são numerosas
Se as investigações irão até o fim, é a expectativa de sempre, mas com a
curiosidade diminuída no caso do Bolsa Família particular criado pelos
Bolsonaro. O endereço do fim não é obscuro, mais do que sugerido por
indícios acumulados desde os primeiros sinais do caso. Quase se diria
que as revelações começaram pelo que seria o seu final.
[uma sugestão de um simples escriba aos próceres da imprensa:
- antes de tudo, tenham em conta que a legislação penal brasileira - começando pelo artigo 5º da Lei Maior - estabelece o caráter individual da pena.
Assim, esqueçam a tentação de - resultante do desejo de se livrar do presidente Bolsonaro - envolver o presidente Bolsonaro em crimes 'cometidos' pelo senador Flávio Bolsonaro.
O passo inicial concreto é a polícia e o MP investigarem os indicios - que muitos querem tratar, desde sempre, como provas;
Se os mesmos se consolidarem, justificando uma denúncia, denunciem o senador, sendo aceita a denúncia que ele seja julgado, se condenado (uma condenação implica na existência de provas) que ele cumpra a pena.
MAS, NADA DE ENVOLVER, o pai do então condenado, o processo.
A PENA É INDIVIDUAL, o presidente tem um CPF e cada um dos seus parentes um outro.
Encerro lembrando aspectos dos indicios:
- movimentações atípicas não são necessariamente ilegais e caso provem que as do Queiroz são ilegais é necessário provas que o senador Flávio Bolsonaro teve participação nas ilegalidades;
- um cheque, a título de pagamento de um empréstimo, entre amigos ou parentes, nada prova - quem já não pediu e/ou emprestou dinheiro a parente, amigo ou conhecido?;
- as nomeações, se havidas, precisam ser investigadas e eventuais indícios de ilegalidade investigados, tudo na forma da lei.
- cada INDICIO pode ser refutado, não resistindo ao menor exame imparcial.
E caso algum passe a ser prova, alcança apenas o senador. Estender ao presidente não depende apenas da vontade dos contrários ao presidente - que são também contra o Brasil.]
Logo de saída, um cheque de R$ 24 mil, como restituição parcial de um
empréstimo a quem recebeu R$ 2 milhões na conta, não é explicação
convincente. Tanto mais se o cheque é de um sargento da Polícia Militar
para a mulher de um então deputado, estes já como presidente eleito e
futura primeira-dama. A própria origem do cheque pôs em dúvida a sua
lisura, dada a ligação do emitente com chefes milicianos.
Ao menos nove parentes da segunda mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina
Siqueira Valle, foram funcionários nominais de Flávio Bolsonaro quando
deputado. Todos deixando parte do ganho com o sargento-coletor Fabrício
Queiroz. Alguns, nem moradores do Rio. O interessado nas nomeações desses “laranjas” nunca seria qualquer dos
filhos Bolsonaro, que não conviveram bem com a nova mulher do pai. Com
motivo para as nomeações era o Bolsonaro ligado a Ana Cristina Valle e
sua família. Usou o gabinete do filho. Integrante do esquema de desvios,
portanto, e com autoridade de chefe.
No estágio atual do caso, o escândalo só tem olhos para Flávio e suas
(ir)responsabilidades. A propósito: até agora, bom trabalho do
Ministério Público do Rio e do Judiciário estadual. Seu relatório é
minucioso, rico em fatos apurados, extenso a ponto de cansar. Por ora,
no entanto, contribui para o fabricado esquecimento de feitos alheios. É
o que se passa, por exemplo, com uma contratada do gabinete de Jair
Bolsonaro na Câmara, a senhora que não passou de vendedora de suco de
açaí, vizinha em Angra dos Reis do pescador, deputado e depois
presidente antiambientalista. Sem envolvimento dos filhos, era o chefe
operando em pessoa com recursos desviados, no mesmo esquema que
beneficiou seu velho amigo
Os indícios para uma investigação levada até o fim, no Bolsa Família
ativado pelos Bolsonaros, são numerosas. Mas nem assim levam a
esclarecimentos que não deveriam ser difíceis, mas parecem sê-lo. Ou,
pior, por serem dados como aceitáveis os fatos que fazem o escândalo. Sabe-se que o bolsonarismo militar, com predomínio do Exército, aprova a
exploração econômica da Amazônia, a reconsideração das reservas
indígenas — duas teses que integram as diretrizes do Exército há quase 50
anos—, apoiam a militarização das escolas, a mudança dos financiamentos
culturais, e por aí. [cada item aprovado pelo Exército é amplamente justificado; ficando apenas em um:
qual a razão, a motivação, para a imensidão das reservas concedidas aos indígenas ?
como 12 índios podem explorar 50.000 hectares?
A demarcação de imensas áreas como reservas indígenas tem um único objetivo: dificultar ao máximo que áreas cuja exploração é viável - tanto no aspecto ambiental quanto no econômico - sejam liberadas para exploração.
Devemos ser ambientalistas, mas, sem exageros, sem prejudicar o atendimento às necessidades economicas do Brasil e do povo brasileiro.] Além disso, a presença de duas centenas de
militares em cargos governamentais associa o governo e o Exército. A
associação não se dá com a ciência, a cultura, a redução da desigualdade
em que o Brasil foi declarado “caso mundial mais grave”, o
desenvolvimento industrial, alguma coisa grandiosa como país.
Reformados ou da ativa, os militares que integram esse governo fazem
parte de um esquema de poder. Não participam, aí, dos ramais acusados ou
suspeitos de ações, passadas ou não, como desvio de verbas públicas,
nomeação e exploração de funcionários fantasmas, conexão com segmentos
do crime, e outras.
Mas são parte do conjunto. Ainda que à margem dos fatos escandalosos,
integram sem ressalvas, e até com elogios, o mesmo esquema de poder sob
denúncias e suspeitas. O que lembra parte das palavras com que o general
Eduardo Villas Bôas, quando comandante do Exército, pressionou o
Supremo para bloquear a candidatura de Lula: “(...) resta perguntar às
instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das
gerações futuras (...)”.
Jânio de Freitas, jornalista - Folha de S. Paulo
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sexta-feira, 17 de maio de 2019
Quebra de sigilos ressuscita a ‘conexão Michelle’
Em cinco meses aconteceram tantas coisas em torno de Flávio Bolsonaro e
do seu ex-faz-tudo Fabrício Queiroz que algumas delas parecem esquecidas. Em
dezembro do ano passado, pouco antes de assumir o trono, Jair Bolsonaro disse
que os R$ 24 mil encontrados na conta de sua mulher Michelle eram parte do
pagamento de um empréstimo de R$ 40 mil que ele fizera a Queiroz. E ficou por
isso mesmo. [o ônus da prova cabe a quem acusa. O acusado ao apresentar sua defesa não precisa provar o não fato.]
Nessa época, Bolsonaro já sabia o que seu filho Zero Um e o sumido
Queiroz haviam feito nos verões passados. Entretanto, inebriado pela atmosfera
festiva que antecedeu sua posse, o capitão despejou diante das câmeras um
enredo inverossímil. No mundo das pessoas normais, empréstimos são registrados
em contratos de mútuo ou notas promissórias.
No universo de Bolsonaro e
Queiroz, não há documentos. Na versão de Bolsonaro, os pagamentos de Queiroz
foram parar na conta de sua mulher porque ele não dispunha de tempo para ir ao
banco. Faltou
explicar por que Queiroz não fez uma transferência bancária —DOC ou TED— em
nome do amigo-credor. Faltou esclarecer por que Bolsonaro, que era deputado
federal, não destacou um de seus inúmeros assessores para ficar na fila do
banco. Bolsonaro disse não ter registrado o hipotético empréstimo no Imposto de
Renda. "Se errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o
fisco", disse há cinco meses.
Até hoje não se sabe se a situação fiscal do presidente foi
regularizada. Agora, a Justiça quebrou os sigilos bancários de meio mundo,
inclusive de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz. Em tese, os R$ 40 mil que
Bolsonaro diz ter emprestado e os pagamentos fracionados que que Queiroz teria
feito deveriam aparecer nos extratos. Do contrário, o capitão terá de sustentar
em público a tese de que socorreu o amigo da forma mais primitiva,
repassando-lhe dinheiro vivo. Bolsonaro diz que a investigação contra o filho
visa atingi-lo. "Não vão me pegar", apressa-se em dizer. Falta
explicar se não vão pegar por que não há malfeito ou por que foi bem escondido.
A dúvida não dignifica o presidente. [provado que há malfeito o presidente terá que arcar com as consequências;
sendo recorrente: o acusado não tem que provar o não fato.]
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quinta-feira, 2 de abril de 2015
Petrobras fecha empréstimo de US$ 3,5 bilhões com banco chinês (altamente suspeito, tudo feito em sigilo, sem informar garantias, taxas, etc.)
Operação foi concluída um dia após a estatal anunciar a venda de ativos na área de exploração e produção na Argentina
A Petrobras informou nesta quarta-feira ter assinado um contrato de
financiamento com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de
US$ 3,5 bilhões. A operação foi concluída um dia após a companhia ter
anunciado a venda de ativos na área de exploração e produção de petróleo
na Argentina por US$ 101 milhões.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o contrato de
financiamento assinado nesta quarta-feira na China é o primeiro de um
acordo de cooperação que será implementado ao longo de 2015 e 2016. A
operação foi fechada durante visita do diretor financeiro, Ivan
Monteiro, à China. A estatal explica que o contrato de financiamento foi assinado pela a
Petrobras Global Trading BV (PGT), subsidiária da Petrobras. Segundo a
Petrobras, “as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas
cooperações no futuro próximo.”
Segundo um analista que prefere não ser identificado, o fato de o financiamento ter sido assinado pela Petrobras Global Trading (PGT), uma subsidiária da estatal no exterior, indica que deve ter sido negociado o fornecimento de petróleo. — Não tenho dúvida de que a China pode estar considerando esse momento de fragilidade como uma oportunidade para melhorar o relacionamento deles com a Petrobras e o país e garantir o recebimento do petróleo no futuro — disse um analista.
A companhia afirma ainda que o contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com a China, para quem a estatal exporta petróleo, “fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois países”. A Petrobras não informou as condições e taxas do financiamento chinês, nem se está atrelado à compra de equipamentos na China.
Em maio de 2009, a estatal e o CDB fecharam empréstimo de US$ 10
bilhões, com prazo de dez anos. Os recursos seriam utilizados para
financiar o plano de investimento da estatal brasileira e incluía a
compra de bens de capital e serviços de empresas chinesas. Esse mesmo
contrato previa o incremento das exportações de petróleo para a Unipec
Asia, subsidiária da Sinopec.
Segundo Pedro Galdi, da consultoria Independent Research, o contrato com a China não resolve os problemas da Petrobras, mas foi a oportunidade encontrada para melhorar seu caixa. — Não resolve o problema, mas é um colírio. Ajuda porque ela precisa captar recursos para alongar a dívida. Por outro lado, é uma estratégia da China para garantir a antecipação do fornecimento futuro de petróleo — disse Galdi.
Segundo um analista que prefere não ser identificado, o fato de o financiamento ter sido assinado pela Petrobras Global Trading (PGT), uma subsidiária da estatal no exterior, indica que deve ter sido negociado o fornecimento de petróleo. — Não tenho dúvida de que a China pode estar considerando esse momento de fragilidade como uma oportunidade para melhorar o relacionamento deles com a Petrobras e o país e garantir o recebimento do petróleo no futuro — disse um analista.
A companhia afirma ainda que o contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com a China, para quem a estatal exporta petróleo, “fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois países”. A Petrobras não informou as condições e taxas do financiamento chinês, nem se está atrelado à compra de equipamentos na China.
Segundo Pedro Galdi, da consultoria Independent Research, o contrato com a China não resolve os problemas da Petrobras, mas foi a oportunidade encontrada para melhorar seu caixa. — Não resolve o problema, mas é um colírio. Ajuda porque ela precisa captar recursos para alongar a dívida. Por outro lado, é uma estratégia da China para garantir a antecipação do fornecimento futuro de petróleo — disse Galdi.
Fonte: O Globo
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