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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

AS NARRATIVAS E O ESSENCIA - Alex Pipkin, PhD

A mídia militante, muitos intelectuais de araque e vários extremistas ideológicos de todas as correntes, estão preocupados se Bolsonaro receberá o prêmio de pacificador mundial, por evitar a 3a. Guerra Mundial;  se Lularápio irá sair às ruas, se houve ou não gesto nazista por parte de um despreparado e equivocado garoto, se vai haver carnaval no país da eterna folia, e se alguns funcionários públicos devem continuar no “fiquem em casa”, enfim, focados em um vasto leque de temáticas “relevantes”

Entretanto, poucos atentam e colocam os holofotes - e pressão - nas iniciativas e nas reformas essenciais para encaminhar o país para a rota efetiva do crescimento econômico e social.

Evidente que não se nota a mesma atenção, o mesmo centro e o clamor necessário para que o Brasil saia do buraco das restrições e da burocracia verde-amarela, ou melhor, “burrocracia” contraproducente e inútil.

A reforma tributária, por exemplo, é essencial para a geração de mais atividade econômica, mais empregos e maior renda para as pessoas, especialmente para os mais carentes.

Não me refiro nem à fundamental redução da escorchante carga de impostos em um primeiro momento, mas à unificação dos vários tributos em um único imposto, tipo IVA (imposto sobre valor agregado), que já traria a simplificação e a redução da enorme burocracia exigida para as empresas, eliminando custos e tornando desnecessária a presença de verdadeiros “exércitos contábeis”. [com o devido respeito ao articulista, registramos nossa posição totalmente contrária ao IVA, imposto único, ou a denominação que derem. Estaremos apenas sendo vítimas de mais uma maldita CPMF ou IPMF.]

Quanto à reforma mais importante de todas, a administrativa - não o arremedo que se noticiou -, não há esforço tampouco vontade política; é mais ou menos como acreditar que o coletivismo irá nos salvar.

O desequilíbrio entre os poderes - econômico e social - genuína vergonha nacional, segue dando seus “passos iluministas”. A maior casta tupiniquim, a da (In)Justiça, prossegue fazendo misérias, com custos astronômicos, privilégios absurdos e imorais, tamanho desproporcional e costumeira lerdeza e ineficiência. O juridiquês segue, cada vez mais, “humanista” e refinado.

O pior é que a classe dos “doutores” tem atravancado a efetivação de políticas para o crescimento, uma vez que esses legislam e materializam a nefasta insegurança jurídica que, por sua vez, afasta investimentos nacionais e internacionais.

Pois nesse país não me surpreende. O elefante passando, e a turma “esperta” centrada nas formigas… faz tempo.

Poucos querem ver o país renovado, querem de fato, ver e sentir “sua turma” bem e poderosa.

As políticas e iniciativas desreguladoras e desburocratizantes, criadoras de empregos, renda e riqueza, ficam para o próximo ano, para o próximo mandatário, para um futuro que nunca chega e, claro, continuam procrastinando e caindo num esquecimento medíocre.

Será que não nos damos conta? É absurdo trocar práticas comprovadamente bem-sucedidas pelo fracassado casuísmo e pelas ideologias extremistas.

Reza a lenda que pode haver “sapo enterrado”, ou melhor, deve existir mesmo é uma “saparada”.

 Alex Pipkin, PhD

 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Pressão por reajuste 5 anos sem aumento? - J. R. Guzzo

Funcionalismo público federal é egoísta e mal agradecido

O movimento que os funcionários públicos federais estão fazendo para obter um aumento salarial em massa, geral e aparentemente igual para todo mundo é mais uma dessas demonstrações perfeitas de porque, na prática, o Brasil é esta desgraça social que não muda nunca, ano após ano. O país não melhora, e nem pode melhorar, se o Estado continua engolindo, para o seu próprio sustento, uma parte cada vez maior de tudo o que a sociedade produz. Já é uma aberração do jeito que está. Agora, estão querendo piorar – as cúpulas sindicalistas do funcionalismo exigem um poder público que vai custar ainda mais caro para o pagador de impostos.
Salário médio na Receita Federal é de R$ 30 mil por mês, mas auditores querem sempre mais. -  Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

O argumento central dos servidores é uma piada: dizem que há cinco anos estão sem um “aumento geral”. E os 200 milhões de brasileiros, ou mais ou menos isso, que não são funcionários públicos – federais ou de qualquer outra espécie? Quando foi que tiveram o último “aumento”? Isso não existe, simplesmente: a população é remunerada por conta das realidades do mercado de trabalho, do mérito individual de cada trabalhador, do valor relativo das ocupações profissionais e assim por diante. O resto é a bolha do Estado.

O Estado brasileiro saqueia sistematicamente os recursos de todo o país; na verdade, saqueia uma porção cada vez maior da riqueza nacional, numa espiral que não para nunca de crescer. É impossível, numa situação dessas, não haver concentração maciça de renda. É impossível não haver a produção constante de miséria, desigualdade e doenças sociais.

Como ser diferente, num país que arrecadou acima de R$ 1,5 trilhão de impostos em 2021 isso mesmo, trilhão – e não tem dinheiro para nada? O Brasil não tem dinheiro para nada porque gasta o grosso disso tudo consigo mesmo, com sua folha de pagamento, suas aposentadorias, seus benefícios, suas despesas de funcionamento.
O mais extraordinário, nessa aberração, é que existe uma situação de injustiça extrema dentro da injustiça geral.  A maioria dos funcionários públicos, na verdade, ganha mal; o dinheiro de verdade vai para a casta de mandarins que ocupa os cargos mais altos — as lideranças do movimento estão “entregando os cargos” que ocupam; não entregam os empregos, é claro – ou seja, é pura conversa.

No presente movimento por salários maiores, por exemplo, um dos setores mais ativos é o dos auditores da Receita Federal. Só que o salário médio de um auditor da Receita é de R$ 30 mil por mês. Como justificar a urgência de aumento para o setor num país em que o salário mínimo é de R$ 1,2 mil?

Não se discute a competência profissional dos auditores, nem a sua dedicação ao trabalho, nem a importância do que fazem para a sociedade. O fato é que ganham R$ 30 mil por mês.                    Cabe aumento para esse nível de remuneração num país miserável como o Brasil, em que as crianças vão descalças para a escola e os hospitais públicos não têm dinheiro para comprar um rolo de esparadrapo? Da mesma maneira, que sentido pode fazer a exigência dos auditores de trabalho, que querem ganhar um “bônus variável de eficiência”? Eficiência? Qual? Onde? Como? É demente.

Nem se fale, aqui, do Judiciário, onde é comum magistrados arrancarem R$ 100 mil por mês do pagador de impostos, ou mais. Mesmo ficando fora dessa área de delírio, as exigências de aumento salarial por parte dos funcionários mais altos significam injustiça social direto na veia, ao transferir renda de todos – e transferir mais ainda do que já transfere – para o bolso da minoria.

Não se trata apenas dos altos salários para os servidores que estão no topo da árvore
. Todos eles, além do contracheque mensal, têm benefícios com os quais o brasileiro comum não pode nem sonhar: estabilidade no emprego, aposentadoria com salário integral, aumentos por tempo de serviço, plano médico, benefícios de todos os tipos.

Falar de “recuperação salarial” ou de “correção de injustiças”, nessas condições, é puro humor negro.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

O problema se chama Bolsonaro - J. R. Guzzo

 Revista Oeste
 

É possível que o presidente tenha mais voto que os adversários — e os seus inimigos políticos já decidiram que ele não pode ganhar   

Eis aí: o governo Bolsonaro acaba de completar três anos e começa a entrar na sua reta final. Tanto se fala desse governo, mas tanto, que até parece, às vezes, que o Brasil nunca teve outro. Mas teve, com toda a certeza, e vai ter outros ainda — o próximo, por sinal, já daqui a um ano, com as eleições presidenciais de 2022. Está nisso, a propósito, o começo, o meio e o fim de toda a discussão política do Brasil neste momento. Falam, falam, falam, mas a questão é essa; não adianta fingir que não é. Quem vai ganhar o raio da eleição? Jair Bolsonaro vai continuar presidente por mais quatro anos, até 2026?

O presidente Jair Bolsonaro | Foto: Anderson Riedel/PR

 O presidente Jair Bolsonaro | Foto: Anderson Riedel/PR

Em condições normais de temperatura e pressão, uma eleição a mais não deveria ser dificuldade nenhuma. Afinal, é assim que o país vem escolhendo os seus presidentes, com eleições livres e diretas, desde 1989 — quando chegou à conclusão de que o homem certo para o cargo era Fernando Collor. Mas as condições de temperatura e pressão não são normais neste momento; na verdade, são tudo, menos normais. O motivo dessa desordem é um só
uma parte do mundo político do Brasil, justamente a parte que faz mais barulho, não aceita, simplesmente não aceita a ideia de que Bolsonaro possa ser reeleito.
E a democracia? É o diabo. Democracia tem esse grande inconveniente: ganha quem tiver mais voto. É possível que Bolsonaro, se for mesmo candidato, tenha mais voto que os adversários — e os seus inimigos políticos já decidiram que ele não pode ganhar. Como é que fica, então? Ainda não está claro como vão resolver essa charada.

Bolsonaro não é visto por seus inimigos como um competidor, mas como um mal que não pode ser permitido

Bolsonaro deveria ganhar ou perder de acordo com os resultados concretos que o seu governo conseguiu durante os três anos que acaba de completar no Palácio do Planalto. Nada mais simples, não é mesmo? De duas uma. Ou o governo foi bom ou o governo foi ruim, na opinião dos brasileiros que vão votar em outubro de 2022; também é possível que não tenha sido nem uma coisa nem outra. Muito bem. Se os eleitores acharam que Bolsonaro fez um bom governo, eles vão votar nele outra vez; se acharam que fez um mau governo, vão votar nos adversários. Se não acharem bom nem ruim, a decisão vai depender do grau de entusiasmo que os outros candidatos conseguirem despertar na população. É assim que deveria ser, se houvesse de fato uma democracia no Brasil; mas não é assim que está sendo. Bolsonaro não é visto por seus inimigos como um competidor, numa disputa que será decidida pelo povo. É visto como um mal que não pode ser permitido. “O país não aguenta” – esse é argumento final que se usa contra ele. A Constituição não diz nada a respeito dissose o país aguenta ou não aguenta. Mas a frase virou um salmo das Santas Escrituras da esquerda, do “centro liberal” e das suas vizinhanças.

Temos, no momento, os mais extremados esforços para combater os “atos antidemocráticos”, banir do noticiário e das redes sociais as “notícias falsas” que agradam ao governo e expulsar da vida política, até com a prisão, elementos tidos como um perigo para as “instituições”. Temos, mesmo, um inquérito ilegal no Supremo Tribunal Federal para tratar desses assuntos todos ilegal, mas em pleno funcionamento. O pior atentado que está sendo cometido nesse momento contra a democracia, porém, é visto como a coisa mais normal do mundo; é a negação dos direitos políticos e civis do presidente da República, a quem se nega a possibilidade de reeleger-se para o cargo, ou mesmo de ficar onde está até o final do seu mandato. “Não dá para aguentar até as eleições” — é o que se diz, todo santo dia, na mídia, nas classes intelectuais e nessa elite de Terceiro Mundo, a la brasileira, que vai dos empreiteiros de obras públicas aos banqueiros infelizes com o governo
É, como se demonstra através dos fatos, ato “antidemocrático” direto na veia. 
Mas é contra Bolsonaro, e se é contra Bolsonaro vale tudo.
 
O fato é que a sociedade tem diante de si, de hoje a outubro do ano que vem, toda a oportunidade para julgar, concretamente, o que Bolsonaro fez em seus primeiros três anos — e, com base nisso, decidir se ele deve ficar mais quatro anos ou ir embora para casa.  
É possível, examinando os fatos e dando a todo brasileiro a oportunidade de expressar os seus sentimentos através do voto, considerar que Bolsonaro foi um presidente bom, um presidente razoável, um presidente ruim, um presidente péssimo, o pior presidente da história e assim por diante. 
Só não se pode negar que ele é o presidente escolhido pela maioria dos eleitores brasileiros em 2018 — mais exatamente, 58 milhões de pessoas.  
Não se pode negar, da mesma maneira, o direito dos eleitores de elegerem, em 2022 ou em qualquer eleição futura, quem melhor entendam para a Presidência da República.

O único dinheiro que existe no governo é dinheiro que vem diretamente do seu bolso

É esse o risco que os adversários de Bolsonaro, ou os que falam mais alto entre eles, não querem correr. 
Mais quatro anos com esse homem, além dos quatro originais, é algo que uma parte do Brasil não admite; todo o seu astral, no conjunto, é definitivamente incompatível com ele. Eis aí o centro do problema; se são mundos incompatíveis, não dá para haver convívio entre os dois. 
A mídia, por exemplo — a sua alma, o seu mundo mental e os seus interesses têm uma espécie de intolerância química, ou genética, a Bolsonaro. São Leste e Oeste, como diria o poema de Kipling, e nunca irão se encontrar. Não ajuda em absolutamente nada, é claro — ao contrário, é uma dificuldade fatal —, que há três anos inteiros a imprensa não receba dinheiro federal em verbas de publicidade
Nada de Banco do Brasil, Caixa Econômica, Petrobras e outros ídolos da esquerda brasileira; nem um tostão em anúncios. Detalhe? É difícil que seja. Essas verbas somam centenas de milhões de reais, quando adicionadas de um ano para outro; fazem diferença, sim, senhor.
 
Apublicidade oficialé hoje, foi ontem e sempre será um escândalo; por isso faz tanto sucesso no mundo oficial deste país. 
Trata-se de transferência direta de renda do pagador de impostos para o bolso dos donos dos veículos de comunicação. 
Pagador de impostos, sim — você mesmo e todo mundo que você conhece. [além dos três anos a pão e água, com a certeza que não falta um ano e sim cinco anos, a mídia militante treme de pavor com as redes sociais, os blogs e vlogs - antes, nos saudosos tempos da mídia impressa e/ou televisiva, o narrado em um jornal da TV ou no inicio do dia por um jornal impresso, não podia ser desmentido.
Agora tudo mudou. A TV, o rádio ou a internet controlada pela  mídia militante afirma (narra) uma versão  e minutos depois uma transcrição do narrado, é apresentada nas redes sociais, nos blogs, confrontando, expondo,  com adequada, fundamentada  e incontestável análise a má fé da narrativa.
Por isso, vale tudo para sufocar os blogs, as redes sociais e assemelhados.]
Não existe dinheiro “do Banco do Brasil”, nem “da Petrobrás”; empresa estatal não tem dinheiro. O único dinheiro que existe no governo é dinheiro que vem diretamente do seu bolso. 
 
Como dito acima, são montanhas a pagar e a receber; não é possível sumir com uma fortuna dessas e os prejudicados não sentirem nada. Mais: esses prejudicados sabem perfeitamente que se Bolsonaro for reeleito vai continuar sendo assim; ao mesmo tempo, sabem igualmente bem que se os adversários ganharem a festa vai recomeçar na hora. Olhe um pouco para os governadores de Estado; estão pagando os olhos da cara aos órgãos de imprensa, na forma de verbas de publicidade, e é exatamente isso que a mídia espera do próximo governo federal. Não pode, portanto, ser Bolsonaro de novo.  
Se não for ele, todo esse desespero de ataques que se vê hoje na mídia vai desaparecer na hora; 
em vez disso, vai haver a mesma compreensão e apoio que a imprensa dá hoje aos governos estaduais. (A propósito: a revista Oeste não aceita nenhum tipo de publicidade paga pelo governo. Nenhum tipo, e de nenhum governo — federal, estadual ou municipal, diretamente ou através de empresas estatais.)
 
Há também a abstinência que inferniza a vida dos grandes agentes da corrupção nacional; é um problema dramático, para eles, estar há três anos sem ver dinheiro do Erário. 
É obvio que sempre que houver uma repartição pública haverá gente tentando roubar; a diferença é se o governo aceita (estimula?) ou não aceita o roubo. É obvio, também, que dinheiro pequeno sempre rola aqui e ali; mas essa gente toda, claro, está interessada em dinheiro grande. 
 
Nessa área está dando tudo errado. No último episódio que veio a público — um contrato de R$ 600 milhões entre o Banco do Nordeste e uma ONG, que já vinha de anos — a diretoria inteira do banco foi demitida assim que o presidente manifestou a sua estranheza com a história. Por que tanto dinheiro assim com uma “ONG”?  
No Brasil de sempre uma história dessas acabaria com o Banco do Nordeste fazendo uma nova licitação, de 1 bi e 200; iriam dobrar a aposta. Como é possível achar, diante dessas novidades, que milhares de “agentes políticos” estejam felizes? Não estão. Estão odiando. Quem quer perder 600 milhões?

Há o problema, enfim, de que o Brasil de Bolsonaro vai exatamente na contramão do mundo totalitário, coletivista e politicamente correto que cresce solto por aí afora o mundo em que a fada da Cinderela é negro e gay, ou em que os cientistas são proibidos de discutir o “aquecimento global” ou os efeitos da “cloroquina”. 

Bolsonaro não apenas é o presidente deste Brasil que não gosta da eliminação das diferenças de sexo entre crianças, acredita em Deus e defende a família; é, certo ou errado, o grande símbolo de todos esses valores, convicções e crenças.

É difícil que apareçam, nisso tudo, possibilidades reais de entendimento e tolerância.

Leia também “Retrato de um Brasil que não existe”

J. R.  Guzzo, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Mourão diz que governo sofre “pressão” e “preconceito” por ser de direita

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta 3ª feira (31.ago.2021) que o governo é alvo de pressão” e de “preconceito por ser de direita. Mourão foi questionado sobre o impacto na imagem do Brasil no exterior por causa de sua política ambiental. “Existe uma pressão sobre o Brasil, uma política de pressão, a pressão que é exercida politicamente por ser o nosso governo um governo de direita. E sempre tem aquele preconceito contra governo de direita, né?“, disse em conversa com jornalistas na saída da vice-presidência.

Segundo Mourão, o Brasil também sofre uma “pressão econômica por conta da capacidade do agronegócio. O vice-presidente afirma que é o setor da economia que “mais investiu em ciência e tecnologia ao longo dos últimos 45 anos, e, consequentemente, deu um salto de qualidade“.Além disso, reafirmou que o país também é pressionado por conta da pauta ambiental. “E tem a própria questão ambiental e aí tem grupos que são mais radicais, outros que são menos. Faz parte do processo“, disse.

Mais cedo, os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Joaquim Leite (Meio Ambiente) apresentaram, em declaração à imprensa, ações para reforço da fiscalização ambiental. De acordo com Mourão, as atividades apresentadas são as previstas no plano 2021/2022, apresentado em fevereiro, do Conselho Nacional da Amazônia, colegiado do qual é presidente. “A gente montou plano, os executantes agora eles apresentaram como que eles vão executar“, afirmou. Mourão não participou do anúncio dos ministros, mas disse estarmuito satisfeito porque finalmente a coisa está andando“.

MSN - Poder 360

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Bolsonaro diz que vai 'diminuir a pressão' após derrota do voto impresso, mas volta a atacar ministros do STF - O Globo

Presidente afirmou que Fux agiu com 'corporativismo' ao defender Barroso e Moraes

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que irá "diminuir a pressão" na defesa do voto impresso, mas manteve acusações sem provas de fraudes na eleições e seguiu atacando integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma proposta sobre impressão do voto foi rejeitada na Câmara na terça-feira. 

— Por que alguns parlamentares resolveram votar contra o voto impresso, baseado no que? Se nós estamos oferecendo mais uma maneira de garantirmos a lisura por ocasião das eleições. Isso aí a gente não pode deixar de falar. Lógico que vou diminuir a pressão da minha parte, vou diminuir a pressão, sim, porque tem muita coisa a fazer pelo Brasil, mas não podemos esquecer — disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan Maringá.

Bolsonaro voltou a criticar a atuação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e falou que o presidente do STF, Luis Fux, agiu com "corporativismo" ao defender Barroso e o ministro Alexandre de Moraes de ataques de Bolsonaro. Em pronunciamento na semana passada, Fux afirmou que "quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro".

É lamentável o que o ministro Barroso está fazendo. O próprio ministro do Supremo Tribunal Federal, presidente Fux, na sua nota, falou “mexeu com um, mexeu com todos”. Não é assim. Se um militar faz uma coisa errada, eu sou militar, o que nós fazemos? A gente investiga. Se tiver responsabilidade, vai pagar o preço, altíssimo. Não pode ter corporativismo nessas questões.

Política - O Globo


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Arquibancada

Oposição a Bolsonaro é gritaria de arquibancada, que xinga o juiz, mas não muda o placar do jogo





Os adversários do presidente Jair Bolsonaro estão fazendo tudo o que podem para garantir sua reeleição em 2022, caso ele seja mesmo candidato e caso haja mesmo eleição – coisa que em condições normais de temperatura e pressão parece muito difícil de se evitar, pelo menos segundo o panorama visto de hoje. O tempo passa, o mundo gira, as sociedades são agredidas por uma calamidade sanitária sem paralelo na memória recente e as forças que deveriam ser a oposição deste governo continuam cometendo todos os erros necessários para conseguir o que pode haver de pior na atividade política – ficar do lado que perde. Começaram a errar logo nos primeiros dias de governo. De lá para cá, vêm dobrando a aposta a cada 24 horas. 

O resultado concreto deste esforço continuado para cravar sempre nas alternativas políticas erradas, entre todas as que são disponíveis, é que Bolsonaro tem hoje os melhores índices de aprovação que já conseguiu em seu governo. Deveria cair, com as desgraças que são anunciadas todos os dias, mas está subindo. Acaba de chegar aos 37%, cinco pontos acima do que tinha no fim de junho – números que, na aritmética das pesquisas de opinião, nenhum político quer que os inimigos tenham. A covid-19, desde o início, foi a grande esperança da confederação anti-Bolsonaro; tinham certeza, ali, que seria uma grande ideia jogar a culpa da epidemia nas costas do presidente. Hoje, 105 mil mortos depois, constata-se que aconteceu o contrário do que imaginavam. 

Churchill costumava dizer que não existe sensação melhor nesta vida do que atirarem em você e errarem o alvo – e é assim, possivelmente, que os inimigos de Bolsonaro estão fazendo com que ele se sinta. Atiram de todos os lados, sem parar, e não acertam uma. A aposta no vírus foi talvez a pior de todas as que já fizeram – uma ideia bichada desde o começo, porque fica difícil fazer o público entender que o governo federal tenha culpa numa tragédia que foi administrada com exclusividade pelos governadores e prefeitos, por decisão do Supremo Tribunal Federal. Acharam, a oposição e os 11 ministros, que tinham feito um lance de gênio; na prática, tudo o que conseguiram foi um gol contra. Tem sido assim, faça sol ou faça chuva, o tempo todo. 


Por algum motivo que até agora continua obscuro, os adversários vêm insistindo em atacar Bolsonaro por culpas que o homem não tem, em vez de ir atrás das culpas que ele realmente poderia ter – coisa que é muito mais difícil, dá um trabalho danado e não se resolve com manchetes na mídia ou caras de espanto no telejornal do horário nobre. O presidente, nessa balada, é acusado de ser contra os negros, as mulheres, os índios, os gays, os quilombolas, os povos árabes, os estudantes, os professores, a ciência e a quarentena. Dizem que ele incentiva a destruição da Amazônia, prega o ódio entre as pessoas e prejudica as exportações de frango. É condenado por não fazer política e por fazer política. A última acusação que lhe fizeram é a de praticar genocídio. 

A grande dificuldade nisso tudo é que os inimigos do governo não apresentaram, até agora, nenhum fato objetivo, coerente e indiscutível para convencer o cidadão de que algum dos delitos mencionados acima foi realmente cometido. Qual deles? Quando? Como? Onde? [nos tempos atuais, a força da mídia  - quase totalmente contra o capitão - não será capaz de impor sua versão.
As mídias sociais, ainda que pequenas, são em grande número e o trabalho de formiguinha que desenvolvem disseminando a verdade é extremamente eficaz.
Ocorreram casos de fake news, poucos mas que foram maximizados em importância e quantidade pelos que são contra a verdade, mas os veículos que transmitem a verdade são mais numerosos e mais presente.
De tudo que até agora foi descoberto pelo 'inquérito do fim do mundo' é que os que perseguem os militantes bolsonaristas - que em sua maioria agem de forma honesta, respeitando as leis - é que tem muitos poderosos interessados em sufocar a verdade.] Agir desse jeito não é fazer oposição – atividade que exige a apresentação de propostas concretas de governo, a demonstração de que essas ideias são melhores que as do adversário e a presença de um candidato capaz de conseguir pelo menos 70 milhões de votos em 2022. Sem isso é só gritaria de arquibancada, que xinga o juiz, mas não muda o placar do jogo.

J.R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 22 de março de 2018

Raquel Dodge pede ao STF que rejeite habeas corpus de Lula: 'É incabível'

Julgamento é decisivo para o futuro do ex-presidente; se o pedido da defesa for rejeitado, ele ficará muito próximo da prisão, que pode ocorrer na próxima semana

Neste momento, ministros estão em intervalo

 Pressão de todos os lados

Decisiva para o julgamento de hoje, a ministra Rosa Weber está sendo pressionada, nas redes sociais e por mensagens, por ambos os lados. Nomeada para o STF por Dilma Rousseff, ela foi citada em tweets da presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR). A petista lembra que, pessoalmente, a ministra é contrária à prisão em segunda instância – apesar de ter votado, nas últimas vezes, acompanhando o atual entendimento do Supremo.
Por outro lado, o Vem Pra Rua forneceu aos seus seguidores o telefone do gabinete e e-mails de contato da ministra.

Gleisi Hoffmann @gleisi

A ministra Rosa Weber tem se posicionado contra a prisão em segunda instância. Foi assim no HC 126.292 em fevereiro de 2016. Nas ADCs 43 e 44 em outubro de 2016 e julgados posteriores, o último deles em 07 de fevereiro de 2018 (RE 696.533 - 1ª Turma). Guiou-se pela Constituição

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quinta-feira um habeas corpus preventivo apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se aceitar o pedido, o STF impedirá que Lula seja preso até se esgotarem todos os recursos do processo. Se recusar, aproxima o ex-presidente da prisão, tendo em vista o julgamento dos embargos de declaração no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), previstos para segunda-feira. 

 TV Justiça - Ao Vivo
O julgamento tende a ser tenso, já que a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, preferiu pautar o caso específico do petista e não as ações que pedem a discussão geral sobre a prisão após a condenação em segunda instância. A expectativa principal está em torno do voto da ministra Rosa Weber: contrária à prisão provisória, ela tem seguido o atual entendimento do STF, de permitir, em julgamentos como o de hoje. O primeiro a falar foi o advogado de Lula, José Roberto Batochio, seguido pela procuradora-geral Raquel Dodge e, na sequência, os votos dos ministros.

 VEJA


quarta-feira, 21 de março de 2018

O 'SUPREMO' ministro do STF que quer o condenado Lula livre, faça o necessário para mantê-lo solto e enfrente a fúria das ruas

Com medo de enfrentar a fúria das ruas

Por que a pressão sobre Cármen Lúcia 

Às escondidas, ministros do Supremo Tribunal Federal sopram para jornalistas que a ministra Cármen Lúcia, coitada, está ficando isolada ao se recusar a pôr em discussão pela quarta vez em dois anos o poder de a 2ª instância da Justiça mandar prender quem por ela for condenado.

E lamentam que, assim, Cármen acabe se desgastando entre seus próprios colegas, deixando-os numa tremenda saia justa. Consideram que a postura dela compromete a boa imagem do tribunal, além de prejudicar os interesses de milhares de presos que a ele pedem socorro.

Ora, ora, ora…
Nada impede que qualquer um dos ministros levante uma questão de ordem e proponha a discussão do que Cármen não quer. Nada impede que leve um recurso à mesa, o que a obrigaria a examiná-lo. Enfim, há meios e modos de contrariar a ministra.

E por que nenhum o fez até agora?
Medo. Medo de se expor. Medo de ser execrado aqui fora como o que possa ter sido o estopim para que o tribunal suspendesse a prisão em segunda instância, beneficiando Lula, às vésperas de ser preso, e os demais presos por corrupção.
Daí a pressão para que Cármen assuma tal papel. Ela não assumirá.

[Ministra Cármen não ceda a pressões espúrias, venham de onde vierem.
A Senhora vai continua podendo andar nas ruas de cabeça erguida, sem segurança além da habitual, embarcar em aviões, ir a um shopping.
Se em algum local em que a Senhora esteja presente houver alguma manifestação será de apoio, de aplausos, honrando sua coragem.]

Blog do Noblat - VEJA

 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Brasil faz panelaço contra o partido dos escândalos e a presidente mais impopular da história

Os 71% da população que rejeitam a presidente protestaram.

Partido dos Trabalhadores apresentou um programa de televisão que só conversa com os 8% de brasileiros que aprovam o governo Dilma Rousseff.

 Dilma diz que sabe suportar pressão - deixa de ser 'sem noção' que ao povo interessa uma presidente que saiba governar, o que você não sabe
 
O dia que começou com a notícia de que a presidente Dilma Rousseff é a mais impopular da história, segundo pesquisa Datafolha, que o dólar rompeu a barreira de 3,50 reais e os partidos aliados do governo começaram a desembarcar da base, o programa do Partido dos Trabalhadores na televisão foi recebido por um sonoro panelaço nas ruas do Brasil. Também houve buzinaços de quem estava preso no trânsito nas cidades metropolitanas.

O protesto intensificou-se quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva surgiu afirmando que "nosso pior momento ainda é melhor do que o melhor momento deles". Na sequência, houve o ápice do barulho: Dilma apareceu repetindo o discurso de que "estamos em uma travessia" e terminou sua fala dizendo que "sabe suportar pressões".

Pelo menos dez estados registram panelaço durante programa do PT na televisão

Protesto foi ouvido no Rio, São Paulo, Minas, Recife, Goiás, Bahia, Brasília, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul; houve convocação em massa nas redes sociais

Veiculado na noite desta quinta-feira, o programa partidário do PT que mostrou a presidente Dilma Rousseff dizendo que "sabe suportar pressões e injustiças" —, foi alvo de protestos em todo o país. Apesar de o fim da inserção, que durou 10 minutos, ironizar os panelaços, moradores de diversas cidades brasileiras bateram panelas ao mesmo tempo em que o comercial do partido era exibido na TV. 
 Logo no início do programa, já se ouvia um forte panelaço em Copacabana e Botafogo, bairros da Zona Sul do Rio. Também na Zona Sul, o barulho foi forte na Gávea, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico e Ipanema. No Humaitá, panelaço e buzinaços, com mais intensidade no momento da aparição da presidente Dilma, além de gritos contra a petista. Também há protestos no Centro da cidade, na Lapa, Bairro de Fátima e no Rio Comprido. O panelaço também chegou à Zona Norte do Rio. No Méier, na Tijuca, e no Engenho de Dentro. No Grajaú, protestos e gritos de “Fora, Dilma”. Também houve panelaço em Niterói.

O protesto também foi forte em São Paulo, onde foram registrados panelaço em bairros como Pinheiros, Jardins, Pompéia, Itaim Bibi, além de Santa Cecília e Higienópolis. Em alguns bairros as pessoas também fazem buzinaço e fazem piscar as luzes de casas e apartamentos.

Em Curitiba, o protesto foi registrado em vários pontos da cidade. Além de moradores batendo panela, também foram registrados gritos de "Fora Dilma" e "Fora PT".  Em Porto Alegre, houve registro de panelaço em vários bairros. Também houve protesto nas cidades gaúchas de Santa Maria, na zona central do estado, e em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana.

Nas redes sociais, páginas críticas ao governo Dilma chamaram internautas a protestar de forma barulhenta no momento da exibição do programa petista na televisão. “Vamos tirar as panelas da gaveta e espancá-las espontaneamente em alto e bom som”, diz a descrição de um dos eventos no Facebook.

Com a prisão do ex-ministro José Dirceu na última segunda-feira, o PT já esperava novos panelaços durante a veiculação da propaganda. A presidente foi alvo de um panelaço em março, ao usar o pronunciamento pelo Dia Internacional da Mulher para pedir “paciência e compreensão” da população. Depois dessa reação, ela desistiu de discursar na televisão no Dia do Trabalho. Dirceu não foi mencionado no programa.

A inserção do PT ironizou os panelaços: — Nos últimos tempos, começaram a dar uma nova utilidade às panelas. A gente não tem nada contra isso. Só queremos lembrar que fomos o partido que mais encheu a panela dos brasileiros. Se tem gente que se encheu de nós, paciência, estamos disposto a ouvir, corrigir, melhorar. Mas com as panelas, vamos continuar fazendo o que a gente mais sabe: encher de comida e esperança. Esse é panelaço que gostamos de fazer pelo Brasil — afirmou o ator José de Abreu, que conduziu o programa.

DATAFOLHA: GOVERNO DILMA TEM 71% DE REPROVAÇÃO
No momento em que o Planalto faz apelos à sociedade, à oposição e ao Congresso e o governo se vê às voltas de uma crise política onde até a base aliada ameaça abandonar o barco, uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra que a presidente Dilma Rousseff tem 71% de reprovação, superando assim as piores taxas registradas pelo ex-presidente Fernando Collor no cargo às vésperas de sofrer processo de impeachment, em 1992.

Fonte: O Globo e Veja