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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Fundos de pensão têm rombo de R$ 70,6 bilhões

Participantes estão preocupados com o ritmo de expansão do déficit nos últimos anos, apesar de cifra ter recuado 10% em relação a 2015

Os fundos de pensão fecharam 2016 com rombo de R$ 70,6 bilhões, segundo levantamento da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o xerife do setor. O dado preocupa por causa da rápida expansão do déficit do sistema, que subiu 700% em quatro anos – em 2012, o buraco era de R$ 9 bilhões. O rombo subiu para R$ 21 bilhões em 2013 e para R$ 31 bilhões no ano seguinte. O déficit atingiu seu ápice em 2015, quando somou R$ 77,8 bilhões.

A indústria dos fundos de pensão é composta por 307 entidades, que administram 1.137 planos de benefícios. Juntas, elas detêm quase R$ 800 bilhões em investimentos, que representam 12,6% do PIB nacional. São 7,2 milhões de associados, entre participantes que estão na ativa, dependentes e assistidos.

Um plano de aposentadoria registra déficit quando os ativos não são suficientes para pagar os benefícios previstos até o último participante vivo do plano. A nova regulação não exige o equacionamento de todo o déficit. A norma em vigor permite que planos com população mais jovem tenham mais tempo para administrar os desequilíbrios. Para cobrir o déficit, participantes e patrocinadores precisam injetar mais dinheiro nos planos por meio de contribuições extras.

Fundo de pensão é uma poupança formada por trabalhadores de uma mesma empresa com a finalidade de complementar a aposentadoria. O dinheiro é gerido por um colegiado com representantes indicados pelas empresas e pelos trabalhadores. Os maiores fundos são de empresas estatais, criados há mais tempo.  Dez planos concentram 88% do déficit de todo o sistema. Dos maiores, apenas a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) já informou que fechou 2016 com superávit de R$ 2 bilhões. Os balanços da Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios) ainda não foram divulgados, mas o Estado apurou que o déficit das três fundações somado deve ultrapassar R$ 30 bilhões. Entre participantes que ainda estão trabalhando, dependentes e assistidos, as três têm mais de um milhão de associados. [é muito justa a quebradeira que a má administração lulopetista impôs aos FUNDOS DE PENSÃO;
aliás, JUSTÍSSIMA, devido ao fato de que maior parte dos beneficiários desses fundos são de lulopetistas e que tinham Lula e Dilma como as almas mais competentes desde Adão.
Agora que estão sentindo o tamanho da competência serão mais cuidados na escolha dos seus gurus.
Para a Justiça ser mais completa a quebradeira tem que alcanças a PREVI, por ser público e notório que o Bando do Brasil abrigou milhares e milhares de petistas, que agora são contados as centenas.]

Ápice
O novo diretor-superintendente da Previc, Fábio Coelho, afirma que o “ápice” do déficit do segmento foi verificado em dezembro de 2015, quando bateu na ordem de 9% do total dos ativos. “A tendência é que nos próximos meses tenhamos uma redução maior”, afirma, em sua primeira entrevista exclusiva. Os elementos que devem contribuir para essa reversão, segundo ele, são a inflação mais controlada, a retomada da atividade e o comportamento mais benigno da Bolsa. “Nossa expectativa é que 2017 seja um ano de transição tanto do ponto de vista da mudança da supervisão como também da retomada dos ativos”, diz.

Coelho afirma que grande parte dos rombos registrados nos últimos anos teve origem em “agendas econômicas”: “Ao mesmo tempo em que o passivo aumentou por conta da longevidade e por pressões inflacionárias, tivemos também uma redução dos ativos por conta da recessão econômica e de investimentos não ‘performados.” [o presidente da Previc silencia sobre o fato que os atuais funcionários dos Correios - na ativa e que contribuem para o Postalis na expectativa de no futuro se aposentarem - terão que contribuir com uma parcela extra para pagar os benefícios dos já aposentados. Saiba mais, aqui ou aqui.]

Conselheiros que representam os participantes, porém, afirmam que os prejuízos também foram causados por investimentos que eram considerados apostas nos governos Lula e Dilma, como Sete Brasil, Invepar e Oi. Na visão deles, os governos anteriores pressionaram as entidades a dividir o risco desses projetos e deixaram aos participantes os prejuízos.

Casos de fraude e má gestão motivaram a criação de uma CPI na Câmara dos Deputados para apurar irregularidades dos fundos ligados às estatais. O relatório final apontou prejuízos de R$ 6,6 bilhões causados por má gestão, fraudes e ingerência política nos quatro maiores fundos de pensão das estatais. Abastecida de informações da própria Previc, a Polícia Federal já deflagrou duas fases da Operação Greenfield, que investiga supostos desvios nessas fundações.  “A fotografia do nosso sistema continua sendo favorável. Esses são casos fora da curva, casos de polícia, que precisam ser investigados e punidos”, afirma Luís Ricardo Marcondes Martins, presidente da associação que representa o setor (Abrapp): “Um sistema que paga R$ 42 bilhões de benefícios por ano não admite amadorismos”.

Fonte: O Estado de S. Paulo


 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, tem rombo de cerca de R$ 3 bilhões em 2016

Para tentar conter as perdas, diretoria pode se desfazer de algumas participações relevantes em empresas, como os investimentos na Vale
 A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, vai fechar pelo quinto ano consecutivo com déficit em seu balanço. A estimativa, segundo algumas fontes próximas ao fundo, é de que o ano de 2016 tenha registrado perdas ao redor de R$ 3 bilhões, o que elevaria o déficit acumulado, desde 2012, para cerca de R$ 18 bilhões. Para tentar conter as perdas, a diretoria já discute a possibilidade de se desfazer de algumas participações relevantes em empresas, como os investimentos na Vale, na usina hidrelétrica de Belo Monte e também na Odebrecht Utilities, que pertence à Odebrecht Ambiental. [vender o que tem e que se destina a completar aposentadorias no futuro, não parecer ser uma boa solução.
Melhor é adotar a solução do POSTALIS - fundo de pensão dos Correios - que aumento a contribuição dos empregados, até mesmo dos aposentados.
Perde alguns anéis mas garante os dedos.
Resta saber se a turma da Caixa Econômica - que disputa cabeça a cabeça com o Bando do Brasil o título de pior atendimento - vai aceitar cobrir o prejuízo do Funcef. Folgados como são, vão pressionar para que o Governo  = CONTRIBUINTE = banque a conta. 
Aliás, a situação do PREVI - fundo de pensão do BB - também está mal das pernas.]

 Em entrevista, o presidente da Funcef, Carlos Vieira, disse não ser ainda possível falar sobre o desempenho de 2016, pelo fato de o balancete de dezembro não ter sido fechado. Segundo ele, em julho o fundo registrava déficit de R$ 3 bilhões, mas, em função da valorização da Bolsa de Valores nos últimos meses do ano, é possível que esse déficit tenha ficado menor.

Mas, se ganhou na Bolsa, a Funcef também teve de reconhecer algumas perdas, como o investimento de quase R$ 300 milhões na Desenvix, que é dona do estaleiro Ecovix, que entrou em recuperação judicial, e os investimentos no grupo Bolognesi, no setor de energia.

Sobre as possíveis vendas de ativos, principalmente a da participação na Vale, Vieira é cauteloso. Afirma que nenhuma decisão foi tomada e ressalta o caráter sigiloso de algumas transações. A possibilidade da venda da participação na Vale, no entanto, passou a ser discutida em função de um evento previsto para este ano: a renegociação do acordo de acionistas da Valepar, a holding que controla a empresa.

Segundo algumas fontes, a partir dessa renegociação, é possível abrir caminho para que a Funcef tome a decisão de sair do investimento, e o fundo já teria até contratado assessores para verificar potenciais compradores. Em 2015, o valor da Funcef investido na Vale era de R$ 4,5 bilhões. Dois anos antes, o ativo valia quase R$ 8 bilhões.  A Valepar, da qual fazem parte Bradespar, Mitsui, BNDESPar e Litel, é dona de 32,7% da Vale. A Litel, formada por fundos de pensão, tem 49% da Valepar. A Funcef, por sua vez, tem uma fatia de 12,8% da Litel.

Contribuições
As perdas com a Vale contribuíram significativamente para o déficit da Funcef, que hoje está sendo coberto por novas contribuições de funcionários e aposentados da Caixa, e também do próprio banco. [sendo a Caixa uma autarquia, óbvio que o que está sendo coberto pelo próprio banco é a mesma coisa que Tesouro Nacional = CONTRIBUINTE.] 

 O déficit do fundo, segundo Vieira, é apenas atuarial, o que significa que não houve perdas financeiras, apenas não se conseguiu alcançar as metas estabelecidas – algo como inflação mais 5,5% ao ano. De qualquer forma, é um valor que precisa ser recomposto para evitar rombos futuros.  A venda de ativos é uma saída para gerar superávit e fazer com que esses equacionamentos fiquem menos pesados no bolso dos 136 mil beneficiários.

Além da Vale, a intenção é vender a participação em Belo Monte, por meio da empresa Norte Energia. Em 2015, essa participação valia cerca de R$ 600 milhões. O investimento total da Funcef foi de R$ 1 bilhão. No ano passado, uma nova chamada de capital, de cerca de R$ 130 milhões, foi feita, mas a Funcef ainda discute se fará esse aporte.  Outra possibilidade é vender a fatia de 20% na Odebrecht Utilities, que pertence à Odebrecht Ambiental e foi vendida à canadense Brookfield, que pode ter de fazer oferta também pelas participações minoritárias. Procurada, a Brookfield não quis comentar o assunto.

Déficit
Os participantes dos planos de previdência da Funcef já tiveram de elevar suas contribuições para o fundo para cobrir os rombos acumulados nos últimos anos. Desde maio do ano passado, os participantes – funcionários da Caixa e aposentados – passaram a ter descontados em seus contracheques 2,78% a mais nas contribuições mensais para cobrir o rombo relativo a 2014.

A partir deste ano, para cobrir o déficit registrado em 2015, essa contribuição extra vai chegar a 10,68% ao mês. O rombo relativo a 2016, se precisar ser coberto com aumento das contribuições, só será visto nos contracheques a partir do ano que vem. Pelas regras dos fundos de pensão, a patrocinadora – nesse caso, a Caixa – precisa aumentar seus aportes na mesma proporção.

Fonte: O Estado de S. Paulo 

 


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Em seis meses, fundos de pensão registram um rombo de R$ 84 bilhões

Déficit cresceu 9,5% no primeiro semestre. Três maiores entidades em 2014,  Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras) foram responsáveis por 61,5% do prejuízo do ano passado

Nem a recuperação da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) no primeiro semestre de 2016 evitou que o déficit acumulado dos fundos de pensão crescesse no período. Dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) mostram que o rombo chegou a R$ 84 bilhões. O prejuízo cresceu 9,5% em relação ao resultado da mesma época de 2015, quando a necessidade de financiamento chegou a R$ 76,7 bilhões. O levantamento ainda apontou que pelo menos 93 fundações estavam no vermelho nos seis primeiros meses do ano.

Somente em junho, a bolsa registrou alta de 6,3% e no primeiro semestre acumulou valorização de 18,86%. Entretanto, o que se viu no período foi uma posição mais conservadora dos gestores de fundos de pensão. Diante dos prejuízos, as entidades fechadas de previdência complementar aumentaram de 70,7% para 72% o total de ativos aplicados em renda fixa. Com isso, a participação em renda variável encolheu de 18,5% para 17,7%. Atualmente, as fundações possuem um patrimônio de R$ 763 bilhões, que corresponde a 12,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

Boa parte do déficit dos fundos de pensão se concentra nas três maiores entidades fechadas de previdência complementar. A Previ, dos empregados do Banco do Brasil, amargou, no ano passado, prejuízo de R$ 16,1 bilhões. A Funcef, da Caixa Econômica Federal, de R$ 8 bilhões. E a Petros, da Petrobras, teve um resultado negativo de R$ 23,1 bilhões. Somente nos três casos, o rombo chegou a R$ 47,2 bilhões, o equivalente a 61,5% do deficit acumulado pelo setor em 2015. Como nem todas as entidades publicam mensalmente a evolução dos resultados não é possível saber como está esse percentual.
O presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, explicou que o déficit das entidades, no período, pode ser explicado pela rentabilidade inferior à necessária para as fundações baterem as metas. Segundo ele, nos planos de benefícios definidos — em que os participantes sabem o valor do seguro que receberão no momento da aposentadoria — o rendimento médio foi de 8,28%, abaixo dos 8,44% atingidos, em média, por todos os fundos de pensão.

O executivo lembrou também que o número de entidades superavitárias cresceu no período. Passou de 127, em dezembro, para 129, em junho. Além disso, o saldo positivo acumulado por esse grupo passou de R$ 13,9 bilhões para R$ 16,8 bilhões, alta de 20,8%. “Estamos vindo de três ou quatro anos ruins e esperamos voltar a bater a meta atuarial”, disse Pena Neto.

 
Fonte: CB