Déficit
cresceu 9,5% no primeiro semestre. Três maiores entidades em 2014, Previ (Banco do
Brasil), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras) foram
responsáveis por 61,5% do prejuízo do ano passado
Nem a
recuperação da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) no primeiro
semestre de 2016 evitou que o déficit acumulado dos
fundos de pensão crescesse no período. Dados da Associação Brasileira
das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) mostram que o rombo
chegou a R$ 84
bilhões. O prejuízo cresceu 9,5% em relação
ao resultado da mesma época de 2015, quando a necessidade de
financiamento chegou a R$ 76,7 bilhões. O levantamento ainda apontou que
pelo menos 93 fundações estavam no vermelho nos seis primeiros meses do ano.
Somente
em junho, a bolsa registrou alta de 6,3% e no primeiro semestre acumulou valorização
de 18,86%. Entretanto,
o que se viu no período foi uma posição mais conservadora dos gestores de
fundos de pensão. Diante dos prejuízos, as entidades fechadas de previdência
complementar aumentaram de 70,7% para 72% o total de ativos aplicados em renda
fixa. Com isso, a participação em renda variável encolheu de 18,5% para 17,7%.
Atualmente, as fundações possuem um patrimônio de R$ 763 bilhões, que
corresponde a 12,8% do Produto Interno Bruto (PIB).
Boa parte do déficit dos fundos de pensão se concentra nas três maiores entidades fechadas de previdência complementar. A Previ, dos empregados do Banco do Brasil, amargou, no ano passado, prejuízo de R$ 16,1 bilhões. A Funcef, da Caixa Econômica Federal, de R$ 8 bilhões. E a Petros, da Petrobras, teve um resultado negativo de R$ 23,1 bilhões. Somente nos três casos, o rombo chegou a R$ 47,2 bilhões, o equivalente a 61,5% do deficit acumulado pelo setor em 2015. Como nem todas as entidades publicam mensalmente a evolução dos resultados não é possível saber como está esse percentual.
Boa parte do déficit dos fundos de pensão se concentra nas três maiores entidades fechadas de previdência complementar. A Previ, dos empregados do Banco do Brasil, amargou, no ano passado, prejuízo de R$ 16,1 bilhões. A Funcef, da Caixa Econômica Federal, de R$ 8 bilhões. E a Petros, da Petrobras, teve um resultado negativo de R$ 23,1 bilhões. Somente nos três casos, o rombo chegou a R$ 47,2 bilhões, o equivalente a 61,5% do deficit acumulado pelo setor em 2015. Como nem todas as entidades publicam mensalmente a evolução dos resultados não é possível saber como está esse percentual.
O
presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, explicou que o déficit das entidades, no período, pode ser explicado pela rentabilidade inferior à necessária para as
fundações baterem as metas. Segundo ele, nos planos de benefícios definidos
— em que os participantes sabem o valor
do seguro que receberão no momento da aposentadoria — o rendimento médio
foi de 8,28%, abaixo dos 8,44% atingidos, em média, por todos os fundos de
pensão.
O executivo lembrou também que o número de entidades superavitárias cresceu no período. Passou de 127, em dezembro, para 129, em junho. Além disso, o saldo positivo acumulado por esse grupo passou de R$ 13,9 bilhões para R$ 16,8 bilhões, alta de 20,8%. “Estamos vindo de três ou quatro anos ruins e esperamos voltar a bater a meta atuarial”, disse Pena Neto.
O executivo lembrou também que o número de entidades superavitárias cresceu no período. Passou de 127, em dezembro, para 129, em junho. Além disso, o saldo positivo acumulado por esse grupo passou de R$ 13,9 bilhões para R$ 16,8 bilhões, alta de 20,8%. “Estamos vindo de três ou quatro anos ruins e esperamos voltar a bater a meta atuarial”, disse Pena Neto.
Fonte: CB
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