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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Para nunca mais esquecer - Herança maldita de quase cinco anos de Dilma presidente: recessão; inflação alta e crescente; desemprego de 7,6%; juros altos e crescentes




Herança maldita de quase cinco anos de Dilma presidente: recessão; inflação de quase 10%; taxa de desemprego de 7,6%; juros do cheque especial de 253% ao ano
Hoje, há um ano, Dilma foi reeleita depois da campanha mais suja e agressiva desde a que elegeu Fernando Collor presidente em 1989. Lula foi vítima de Collor. Aécio e Marina, de Dilma.

Candidatos mentem muito para se eleger. Nenhum candidato a presidente depois de Collor mentiu tanto quanto Dilma. O que faz Dilma ser rejeitada como um presidente jamais foi, nem mesmo Collor, não é a crise econômica. É a mentira. As pessoas que votaram nela sentem-se roubadas.  O ruim para Dilma é que ela governará assim até o fim. E pior: sem saber até quando exatamente governará.

Herança maldita de quase cinco anos de Dilma presidente: recessão; inflação de quase 10%; taxa de desemprego de 7,6%; juros do cheque especial de 253% ao ano. A variação negativa do PIB em 3%, estimada para este ano, é o pior resultado desde 1990.  Faz parte da herança maldita a corrupção que reduziu o valor da Petrobras e emporcalhou a imagem do Brasil lá fora.

Por sinal, tão próxima de Lula presidente, Dilma nunca soube do mensalão. Nem desconfiou. Eleita presidente, nunca soube da roubalheira na Petrobras. Nem desconfiou.  Se soube do mensalão e da roubalheira na Petrobras, foi cúmplice nos dois casos. Se não soube foi incompetente.

Debite-se na conta de Lula a escolha de Dilma para sucedê-lo. E na da maioria da nossa gente, o engano cometido.

Mas que sirva de consolo: somente o erro ensina

Fonte: Blog do Noblat – Ricardo Noblat 


segunda-feira, 2 de março de 2015

A tropa obedece



Após o ex-presidente Lula ter posto lenha na fogueira, pedindo que a companheirada não fugisse do embate com a oposição - mesmo que fosse preciso recorrer à briga -, a tropa petista obedeceu. O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro, e atual prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, postou em sua página no Facebook um texto que exprime bem a autoridade de que o comandante Lula ainda goza perante a sua militância.

Em sua página na rede social, Quaquá escreveu: "Contra o fascismo a porrada! Não podemos engolir esses fascistas burguesinhos de merda! Tá na hora da militância e dos petistas responderam (sic) esses fdps que dão propina ao guarda, roubam e fazem caixa dois em suas empresas, sonegam impostos dão uma de falsos moralistas e querem achincalhar um partido e uma militância que melhorou (sic) a vida de milhões de Brasileiros. Vamos pagar com a mesma moeda: agrediu, devolvemos dando porrada!".

A mensagem não podia ser mais clara. Tudo o que o PT tem feito no poder - e que a cada dia vai ficando mais evidente, seja pelos efeitos daninhos na economia, seja pela dissolução da moral e dos bons costumes, de que as investigações da Polícia Federal em torno da Operação Lava Jato são apenas um exemplo -, tudo isso estaria justificado pelo argumento de que o "partido (...) melhorou a vida de milhões de brasileiros". E, dentro dessa estranha ética - que aos companheiros tudo desculpa, independentemente das suas ações e suas omissões -, se a atuação do PT no poder está assim justificada, quem se opõe a esse modo de cuidar da coisa pública é visto como "fascista" e "falso moralista".

Questionado sobre o teor violento da sua mensagem, Quaquá não titubeou: "Sou sociólogo e professor. Nasci na favela. Falo a linguagem do povo. Não estamos defendendo que o PT saia dando socos e porradas sem motivo, mas, se derem o primeiro soco, devemos responder com dois".

É lamentável que Quaquá atribua sua intemperança verbal ao fato de ter nascido numa favela. Muita gente lá nasceu e vive, sempre se comportando com honradez e civilidade. O presidente do PT do Rio revela assim um tremendo preconceito contra os moradores das comunidades carentes, que não adotam a violência como solução para os desafios da vida.

Para Quaquá, o motivo para a briga já existe - a ordem do chefe Lula mandando a tropa sair às ruas. E a ida da militância às ruas já tem data: o próximo dia 13. Algumas centrais sindicais e movimentos sociais pretendem promover naquele dia 13 um ato na Avenida Paulista, com réplicas por todo o País.

Segundo o agitador-mor João Pedro Stédile, a pauta já está definida. Para o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), "temos que voltar às ruas no dia 13 de março para dizer que a Petrobrás é nossa e ninguém tasca". Stédile esquece, no entanto, que a Petrobrás não é "deles". A Petrobrás é do povo brasileiro, de todos os brasileiros. E agora, mais do que nunca, é hora de devolver a Petrobrás à sociedade brasileira, acabando com o seu uso político, extinguindo o aparelhamento petista e pondo fim à corrupção que encheu os bolsos de alguns, causando pesados prejuízos a muitos. 

Mas isso não parece tirar o sono de Stédile. [Stédile incorreu em ato falho ao declarar que a Petrobras ‘é nossa’;  o nossa se refere à petralhada que segue o principio ensinado pelo Lula: confundir o público com o privado. A corja petralha é tão desavergonhada que roubou a Petrobras, mediante o PETROLÃO – PT, com tanta avidez que passou a considerar a petrolífera coisa deles.]

É evidente que o País vive momentos difíceis e atravessa uma séria crise política, econômica, social e também moral. Crise esta que é parte da herança maldita que o PT gerou ao longo dos seus anos no poder federal. Como também é evidente, essa crise não se resolverá pelo conflito ou pela violência, como irresponsavelmente propôs Lula aos seus comparsas no Rio de Janeiro, durante o ato em "defesa" da Petrobrás.

A lógica do conflito, que é sempre excludente, expõe uma visão distorcida da política e da vida social. Instigar o conflito social, como vem fazendo Lula e sendo cegamente obedecido por sua tropa, não acaba com a corrupção, não melhora o emprego, não torna o Estado mais eficiente, não contribui com a educação pública. É tática irresponsável de quem almeja governar sem o controle de instituições democráticas e sem o dever de prestar contas à Nação.

Fonte: Editorial O Estado de São Paulo

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A herança maldita de Agnelo

Quatro anos não serão suficiente para o Distrito Federal se recuperar do rombo deixado pela mais desastrosa administração de sua história

Transporte público - uma das heranças do Agnelo 

O Distrito Federal sempre foi referência de bons serviços públicos na comparação com o resto do país. A explicação é evidente: por sediar os três Poderes da República, a capital recebe um gordo auxílio do Fundo Constitucional. Os salários da segurança – e parte dos da saúde e educação – são pagos pela União. O governo local arrecada todos os impostos que, no resto do país, se dividem entre autoridades municipais e estaduais, além de embolsar ao mesmo tempo recursos do Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios. A economia brasiliense, movimentada pelos salários dos servidores públicos, tem uma arrecadação alta e baixos níveis de desemprego. A renda per capita é a maior do país.
 
Mato alto - isto é no centro de Brasília, coração do Plano Piloto, Asa Sul, área dita nobre do DF
Por isso, o recém-empossado governador Rodrigo Rollemberg (PSB) não esperava que, em vez de anunciar o início de programas de governo ou de grandes obras, tivesse de gastar todas as energias do começo de mandato para cortar gastos e cancelar investimentos. Mas é só o que ele tem feito desde que assumiu o cargo, em um esforço para amenizar a profunda crise financeira na qual o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) jogou o Distrito Federal.

Mulher caminha em meio ao mato na região central de Brasília - Cristiano Mariz/VEJA.com

Há três semanas, o governo anunciou um pacote de 21 medidas que incluem aumento de ICMS sobre a gasolina, revisão da tabela do IPTU e o fim da isenção de IPVA para carros zero. O governo promete extinguir 60% dos cargos comissionados, os secretários andarão em carros populares e nenhuma obra de peso será iniciada num horizonte próximo. Antes disso, o governo já havia anunciado um inédito parcelamento dos salários dos servidores. É isso mesmo: na rica capital do país, falta dinheiro para a folha de pagamento. "Não há condição de pagar. Se não parcelarmos, alguém terá que ficar sem receber", justifica o secretário de Fazenda, Leonardo Colombini.

O pacote anunciado por Rollemberg vai devolver 400 milhões de reais aos cofres locais em 2015 e outros 800 milhões de reais em 2016. Ainda é muito pouco para desfazer a herança maldita de Agnelo. A estimativa é de que o rombo ao final de 2015 seja de 5 bilhões de reais.

As dimensões do desajuste só ficaram mais claras depois das eleições: o petista teve apenas 20% dos votos e ficou fora até mesmo do segundo turno. As engrenagens do governo pararam quase simultaneamente. O caso mais dramático foi o da saúde. A rede pública chegou a ter 215 itens itens em falta, como medicamentos essenciais, gaze e luvas esterilizadas. Médicos e professores de creches cruzaram os braços. As empresas de ônibus circulavam de forma precária, com interrupções frequentes nos serviços. O mato se alastrou pela cidade, a coleta de lixo chegou a ser suspensa, viaturas ficaram paradas. Tudo isso porque acabou o dinheiro do governo.


Aviso no Hospital Regional de Planaltina em janeiro: paralisia total
Durante a transição, a equipe de Rollemberg constatou que Agnelo elevou salários, distribuiu cargos comissionados e inflou contratos de forma inconsequente, em um último esforço para ganhar popularidade. O novo governador recebeu o governo com 64 000 reais em caixa para gastar.   Não há solução no curto prazo. A nova gestão considera que, se ao fim de 2018 as contas mensais deixarem o vermelho, terá sido uma grande vitória. A prioridade é evitar o colapso total. Alguns dos programas orçados não têm recursos para chegar até maio. 

O descontrole foi tão grande que, no início deste ano, o Ministério Público do Distrito Federal montou uma força-tarefa para mapear os desvios.  Mal começaram a fazer o diagnóstico, os promotores encontraram um cenário perturbador, com pagamentos superfaturados, convênios nebulosos e a existência – acredite – de "contratos verbais. "Apesar do histórico de corrupção nos governos do Distrito Federal, a devassa feita nas contas públicas na última gestão é a mais grave da história", diz o promotor Marcelo Teixeira, um dos integrantes do grupo de trabalho, que começa a apresentar resultados. O Ministério Público já apresentou uma ação de improbidade por causa de um superfaturamento de pelo menos 30 milhões no contrato de reforma do autódromo de Brasília. Sim, meio à penúria, Agnelo fechou um contrato de quase 300 milhões de reais para restaurar o espaço, como parte de um acordo para receber uma prova da Fórmula Indy em março deste ano. Ele também ordenou uma reforma de 1,5 milhões de reais na residência oficial do governo e abriu licitação para adquirir 40 toneladas de carne, incluindo 800 quilos de camarão.

Sem caixa para pagar a dívida de mais de 3 bilhões de reais deixada pelo antecessor, a nova gestão tenta negociar com as empresas que mantêm contrato com o governo. A situação dos serviços públicos deve continuar crítica pelos próximos meses.   Agnelo assumiu o governo após outra crise, a motivada pela queda do então governador José Roberto Arruda. Mas, naquele caso, o problema era de gestão e não de caixa. O governo fechou 2010 no azul. Desde então, o déficit só se acumulou.

Por isso, a nova equipe sabe que é acompanhada por uma sombra: a da intervenção federal. "Nós vivemos nos últimos anos um misto de irresponsabilidade incompetência e corrupção que levou o Distrito Federal a essa situação. A crise financeira é tão grave que coloca em risco a nossa autonomia política", diz Rodrigo Rollemberg. "Essa é uma ameaça real", reforça a secretária de Planejamento, Leany de Sousa.

No caso do Distrito Federal,
o tema é mais sensível porque a autonomia política é recente. Só em 1990 é que os moradores da capital do país passaram a eleger seus próprios governantes. Até então,  não havia assembleia legislativa e os governadores eram nomeados pelo Presidente da República. [naqueles tempos, sem autonomia política e sem deputados, a qualidade de vida no DF era muitas vezes superior a de agora; 

a autonomia política, especialmente a criação da Câmara Distrital, mais conhecida como CASA DO ESPANTO, e cuja sigla CLDF, suscita a tentação de trocar a função da letra L naquela sigla L = Legislativo, para L = primeira letra de uma atividade comum a maioria dos parlamentares daquela Casa.
A Câmara Distrital se destaca por promulgar leis inúteis e que são, em sua maioria, revogadas por inconstitucionalidade.]
Agnelo, que ficou de fora até mesmo do segundo turno na sua tentativa de reeleição, encerrou o governo sem admitir o descontrole nas finanças e dedicou seu último dia de governo à inauguração de um novo centro administrativo vazio, sem energia e internet, depois de atropelar a lei para garantir a concessão de um habite-se às pressas. O prejuízo estimado é de 17 milhões de reais por mês. Foi o último presente do governador antes de embarcar tranquilamente para uma temporada em MiamiNão é por acaso que os promotores locais estudam apresentar uma ação contra o petista por danos morais coletivos à população da capital do país.


Fonte: Revista Veja 

Clique e veja mais fotos da favela que Agnelo transformou o Distrito Federal
 


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Tempestade perfeita

Do ponto de vista meramente eleitoreiro e pessoal, o PSDB pode dizer que ter sido derrotado foi uma sorte, pois estaria sendo acusado pelo PT na oposição de tomar medidas impopulares que não seriam necessárias. Era isso o que a candidata vitoriosa, Dilma Rousseff, dizia na campanha eleitoral, e certamente essa postura otimista teve muito a ver com sua vitória apertada, além, é claro, de todas as demais atitudes antiéticas que sua campanha adotou no ataque direto aos adversários mais fortes, tanto o do PSDB quanto Marina Silva no primeiro turno.

Do ponto de vista do país, o que estamos vendo é um governo tendo que tomar medidas dramáticas para tentar consertar os erros que ele mesmo cometeu no primeiro mandato, e perdido entre as disputas políticas internas. A "herança maldita" que o PT tanto apontou contra o governo de Fernando Henrique Cardoso que o antecedeu nem de longe se compara à herança que Dilma deixou para ela mesma, levando o país a uma quadra de economia débil que ameaça repetir-se neste segundo mandato.

A tempestade perfeita que os "pessimistas" previam está acontecendo nos primeiros 20 dias do segundo mandato, o que significa que o país que ela governou por quatro anos está em estado de calamidade. Desde o fechamento das urnas, o cidadão brasileiro já recebeu uma série aumentos de impostos, taxas, juros e tarifas que ela negava que fossem necessários, além do desemprego que já é uma ameaça real.

E, mais espantoso, parte do PT já se coloca contra as medidas que vêm sendo adotadas pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, usando o economista Luiz Gonzaga Belluzzo como porta-voz da contestação ao "neoliberalismo" que teria tomado conta do governo Dilma, que teria abdicado de seu poder sem necessidade.  O apagão que atingiu ontem 9 estados e o Distrito Federal, nessa visão, seria apenas um acidente sem prenunciar maiores problemas, muito menos um racionamento de energia. Usam o mesmo artifício banal que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que finge negar que em seu estado há racionamento, falando da mesma "restrição hídrica" culpada pelo governo do apagão. O novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que vive com um sorriso nervoso nos lábios, foi capaz de duas frases memoráveis sobre o mesmo assunto nos dias que antecederam o grande apagão.

" Temos energia, ela apenas está mais cara",
garantiu. E depois prometeu que o aumento para o consumidor "não chegará a 40%", como se isso fosse uma boa notícia. A Caixa Econômica Federal subiu os juros do financiamento imobiliário, e ainda foi apanhada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) usando o mesmo artifício que a Petrobras utilizou para não fazer licitações: usava empresas de papel para simular negócios.

O Banco Central não parece disposto a parar de subir os juros, o que começou a fazer na primeira semana depois do segundo turno, apesar da economia estagnada, provavelmente com crescimento negativo já este ano. Depois de restringir o seguro-desemprego, pensões e abono salarial, o ministro Joaquim Levy anunciou ontem novas medidas fiscais, criando um problema para a Petrobras com o aumento da Cide, que recai sobre o preço da gasolina.

Para que a alta não chegue às bombas, a estatal terá que deixar de aumentar o preço, ficando mais uma vez sem recuperar o prejuízo por questões políticas. Todos os aumentos de impostos anunciados ontem darão ao governo um gás no faturamento, mas implicarão o aumento da inflação. E o ministro da Fazenda, que está indo para o Fórum Econômico Mundial em Davos na Suíça tentar convencer os investidores de que está colocando o país nos trilhos, é o grande alvo não apenas do PT como também da oposição, que não está disposta a dar-lhe crédito, mesmo sabendo que está no caminho certo, dentro das circunstâncias.

O PT acha que o caminho está errado
, e o PSDB acha que faria melhor e com mais efeito, pois os investidores não precisariam ser convencidos já que as medidas fariam parte de um programa mais amplo e coerente.  E a presidente Dilma continua fazendo política barata, trocando a terceira posse de Evo Morales pelos investidores de Davos, e tentando criar um fato político com a condenação de um traficante brasileiro na Indonésia.


Fonte: Merval Pereira - O Globo