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sábado, 8 de julho de 2023

A metamorfose de Lira - Augusto Nunes

Revista Oeste

O turista sem pressa de Lisboa vira velocista ao entrar na misteriosa selva tributária



Arthur Lira conversa com o ministro do Supremo, Gilmar Mendes, em jantar do grupo Esfera Brasil, no mês de março | Foto: Jefferson D. Modesto/Divulgação

A agenda do deputado federal Arthur Lira é um desfile de problemas a resolver e nós a desatar. O presidente da Câmara decide quando e como serão votados os incontáveis projetos de lei ou emendas à Constituição e administra as relações do Poder Legislativo com o Judiciário e o Executivo. O chefe político regional jamais afasta da mira os adversários comandados pelo senador Renan Calheiros. 
O homem de negócios mantém sob estreita vigilância tanto o desempenho das empresas que controla em Alagoas quanto o andamento dos processos e inquéritos que o envolvem. Não é pouca coisa, mas não é tudo. Aos 54 anos, ele encontra tempo para demonstrar que no peito de um político durão também bate um coração. Em 22 de junho, ele resolveu que a Câmara merecia uma folga de dez dias, recomendou aos deputados que aproveitassem a derradeira festa junina e embarcou para Portugal em companhia da namorada. Fórum aconteceu na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa | Foto: Divulgação
 
Para avisar que trabalha até quando descansa, Lira comunicou que participaria do seminário promovido anualmente pela instituição de ensino fundada em Brasília pelo ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal. 
Como a discurseira com citações em latim e alemão só começou em 26 de junho, o casal teve três dias inteiros para passear por Lisboa. 
Como o palavrório termina pontualmente às 6 da tarde, seja qual for o tema em debate, celebridades presentes à disputadíssima boca-livre festejaram já na noite de abertura o aniversário de Lira, e capricharam no Parabéns a Você puxado pela namorada do homenageado. 
Nas noites seguintes, sem exibir quaisquer vestígios de pressa, o presidente da Câmara trocou figurinhas em templos da gastronomia com figurões do Executivo e do Judiciário. Juntaram-se numa mesma mesa, por exemplo, o vice-presidente Geraldo Alckmin, ex-carola juramentado convertido em militante socialista, e o ministro do STF André Mendonça, que esqueceu o currículo terrivelmente evangélico em poucos meses de convívio com colegas pouco tementes a Deus.
 
O que terá ouvido Arthur Lira para regressar ao Brasil com a pressa de quem precisa tirar o pai da forca? 
O que terá dito para entrar em julho com a ansiedade de quem vai afastar a mãe do caminho que leva ao penhasco? 
Que acordos terá feito para retomar os trabalhos na Câmara com a afoiteza de quem vê o filho a um passo da areia movediça? 
A metamorfose segue sem explicações: o que aconteceu para que o turista com tempo de sobra reaparecesse em Brasília decidido a aprovar em algumas horas uma das propostas de reforma tributária que dormem no Congresso há muitos anos? 
A menos que o Arthur Lira lisboeta fosse um sósia encarregado de distrair a plateia para que o verdadeiro Arthur Lira pudesse assimilar ensinamentos despejados 24 horas por dia por doutores no assunto, nosso Usain Bolt do Legislativo (a exemplo de 99 em cada cem integrantes do Congresso) entende de selvas tributárias tanto quanto sabe de física quântica.  
Mas avisou, em 3 de julho, que o amontoado de normas — várias delas confusas, algumas impenetráveis — seria votado em regime de urgência. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), discursa antes da aprovação da PEC da reforma tributária, nesta quinta-feira, 6 | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Deputados federais são representantes do povo. Mas voto não é procuração para que o votado faça o que quiser com um sistema tributário que sangra os pagadores de impostos enquanto sustenta a mastodôntica máquina pública
Por que impor ao eleitorado mudanças tão relevantes sem debates no plenário, sem esclarecimentos indispensáveis, sem que os brasileiros que bancam todas as despesas possam descobrir o que ajuda e o que atrapalha? 
Esses cuidados elementares garantiram o apoio da imensa maioria da população, traduzido até em manifestações de rua, à reforma da Previdência. Por que ignorar a fórmula que deu certo? 
Como engolir sem engasgos a liberação por atacado do dinheiro requerido por emendas parlamentares? 
É muita pergunta sem resposta. É muita conversa em voz baixa na Praça dos Três Poderes.

Neste 6 de julho, o ministro Gilmar Mendes presenteou Lira com a suspensão de investigações que acrescentavam alguns vincos ao rosto do aniversariante na festiva noitada em Lisboa

Se essa suspeitíssima velocidade for reprisada no Senado, o Congresso conseguirá o aparentemente impossível: superar o recorde estabelecido em 1961 para impedir que o caminho da normalidade democrática fosse obstruído pela renúncia do presidente da República. Sete meses depois da posse, Jânio Quadros resolveu cair fora do Palácio do Planalto, em 25 de agosto
Como o vice-presidente João Goulart estava na China em missão oficial, o gabinete vago foi ocupado interinamente pelo deputado paulista Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara. 
Também inesperadamente, o general Odylio Denys, o almirante Sílvio Heck e o brigadeiro Grün Moss comunicaram que as Forças Armadas não admitiriam a substituição de Jânio por Jango. 
Imediatamente, o governador gaúcho Leonel Brizola entrincheirou-se no Palácio Piratini e, com o apoio das tropas aquarteladas no Rio Grande do Sul, exigiu que fosse respeitado o processo sucessório determinado pela Constituição.

Uma semana depois de voltarem do Gilmarpalooza em Lisboa, o anfitrião do evento suspende a investigação do keynote speaker.

Por @aguirretalento 👇https://t.co/fRRg6p7o4z— Malu Gaspar (@malugaspar) July 6, 2023


O general Ernesto Geisel convenceu a trinca no poder de que uma encrenca daquele tamanho requeria interlocutores de fina linhagem. Era coisa para um Tancredo Neves. Autorizado a falar em nome das Forças Armadas, Geisel telefonou para o casarão em São João del-Rei onde o velho domador de tempestades convalescia desde outubro do ano anterior da derrota na disputa do governo de Minas Gerais.  
Examinava com carinho a ideia de encerrar a carreira política quando aceitou a missão, proposta por Geisel, que tornaria a depositá-lo no olho do furacão: costurar um acordo com Jango. Treze dias depois da renúncia, o Brasil livrou-se da insônia com a entrada em vigor do delicado arranjo esculpido por Tancredo, aceito pelas partes antagônicas e aprovado pelo Congresso. Jango assumiu a Presidência da República, mas com poderes reduzidos pela adoção do regime parlamentarista.

 

Tancredo Neves | Foto: Wikimedia Commons

A escolha do nome do primeiro-ministro foi feita sem disputas, debates ou dúvidas. Só podia ser Tancredo Neves.
Ele ficaria pouco tempo no cargo e, em 1963, um plebiscito restabeleceria o presidencialismo à brasileira que apressou a queda de Jango. Mas a sensatez do conciliador vocacional afastou, em agosto de 1961, o fantasma da guerra civil. Um acordo entre contrários tem de basear-se em princípios e exige concessões recíprocas, ensinava Tancredo. Passados 62 anos, o país é assombrado por acertos sussurrados nas catacumbas de Brasília, ditados por interesses que ignoram princípios e por coincidências perturbadoras. Neste 6 de julho, por exemplo, o ministro Gilmar Mendes presenteou Arthur Lira com a suspensão de investigações que acrescentavam alguns vincos ao rosto do aniversariante na festiva noitada em Lisboa.

A linha que separa a relação amistosa da amizade íntima não pode ser cruzada por jornalistas e suas fontes de informação. 
Nem por chefes de distintos poderes da República. 
Sempre que isso acontece, o convívio harmonioso vira ligação incestuosa. Tancredo Neves, que sempre soube disso, morreu sem saber que reuniões da elite política ficariam parecidas com forrós no clube dos cafajestes. Melhor para o sábio mineiro.


Leia também “Amorim é o passarinho de Lula”

 

 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

O terrorismo do novo feminismo - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

O caminho natural para os rapazes corretos, que seria conversar com as moças, flertar, trocar telefones, tomar um café e quem sabe encontrar uma namorada e seguir em um relacionamento saudável e maduro, tornou-se uma tarefa impossível


Ilustração: Shutterstock

College life. A expressão, muito usada pelos norte-americanos, se refere à vida universitária nos Estados Unidos que engloba estudos acadêmicos, discussões intelectuais, festas, eventos e a vida esportiva, para quem é atleta e para os alunos que apoiam os times universitários. As competições entre universidades nos Estados Unidos, aliás, é a grande razão pela qual eles são uma potência olímpica e esportiva. As universidades são a principal fonte que alimenta as ligas profissionais americanas, como NBA, NFL etc.Campeonato de Atletismo Indoor da Divisão I da Associação Atlética Universitária Nacional (NCAA, na sigla em inglês), em 2013 | Foto: Wikimedia Commons


A intensa vida universitária nos Estados Unidos
, além de marcante na vida de todo jovem americano, pode trazer encontros que acabam em relacionamentos duradouros e muitos casamentos. É ali, afinal, que a maturidade intelectual acaba florescendo de maneira mais estável, e os pares se encontram em muitas salas de aula ou eventos. Mas isso mudou. E muito.

Meu filho acabou de se formar em economia em Stanford e, infelizmente, para a sua geração a experiência do college life foi bem diferente. Houve uma pandemia, claro, e encontros com outras pessoas e professores se limitaram, por um ano, a frias janelinhas virtuais na tela do computador. Mas não foi apenas o vírus e a histeria trazida com ele que marcaram uma experiência diferente para os jovens dessa geração. Mesmo antes da pandemia, meu filho e seus amigos já relatavam uma aura diferente na vida social no campus. Rapazes bem-educados e respeitosos, eles tiveram dificuldades em entender o tom que é imposto hoje pelo atual movimento feminista global para cortejar, sempre de maneira respeitosa, uma moça. E optaram, na grande maioria das vezes, pelo silêncio e pela falta de ação.

O caminho natural para os rapazes corretos, que seria conversar com as moças, flertar, trocar telefones, tomar um café, trocar ideias e quem sabe encontrar uma namorada e seguir em um relacionamento saudável e maduro, foi tarefa impossível. Os jovens de hoje estão em pânico com as novas regras feministas. E não apenas em pânico, mas perdidos. Eles não sabem o que está na lista dos cancelamentos e da destruição de reputações. O respeito às mulheres, que sempre foi passado de geração em geração aos homens de bem, hoje não é mais válido. 

Há uma lista interminável do que pode e do que não pode ser feito ou dito, e nem sempre essa lista é conhecida pelos rapazes — ela muda de acordo com a lua, as estrelas, os “gatilhos”, o que a Madonna disse na TV e o que o movimento Me Too pregou na semana passada. Escuto constantemente dos rapazes: “Não sabemos se podemos elogiar o cabelo, ou se podemos falar que ela é bonita, ou se podemos mandar alguma mensagem chamando para um café sem que haja uma armadilha do outro lado que nos levará a uma acusação de assédio”. 
Então eles entram em uma bolha e só dão algum passo em direção a alguma moça se estiverem absolutamente certos de que não cairão em ciladas armadas para que elas marquem pontos com a turma feminista. Mesmo assim, a tática nessa guerra, não há outra expressão para a realidade, consiste em sempre estar com amigos por perto para que haja testemunhas e sempre tirar prints das mensagens que ELAS mandam para que qualquer um possa se defender de falsas acusações no futuro. Sim, é muito triste ver como os rapazes estão perdidos com o novo “empoderamento” feminino que vai acabar isolando as mulheres.Foto: Shutterstock
 
Mas essa triste constatação do que o novo feminismo está fazendo com os homens não é uma exclusividade da vida universitária. Recentemente, durante o lançamento de seu novo filme, o ator britânico Henry Cavill foi questionado novamente sobre uma entrevista que concedeu à revista GQ Australia, em 2018. Na ocasião, ele disse que não flertava mais por medo de ser acusado de assédio: “Algumas coisas têm de mudar [em relação a certas condutas masculinas], absolutamente. Mas é também importante manter as coisas boas, que eram qualidades no passado, e se livrar das coisas ruins”. E acrescentou: “Há algo maravilhoso em um homem indo atrás de uma mulher. Eu acho que uma mulher deveria ser cortejada, mas acho que eu sou tradicional por pensar assim. É muito difícil fazer isso se há certas regras em vigor. Porque é assim: ‘Bem, eu não quero levantar e ir falar com ela, porque eu serei chamado de estuprador, assediador ou algo assim’. Então você fica, tipo: ‘Esquece, eu vou chamar uma ex-namorada em vez disso e voltar para um relacionamento que nunca funcionou de verdade’. Mas pelo menos é mais seguro do que me jogar nas chamas de um incêndio, porque sou alguém que está sendo observado pelo público e, se eu flertar com alguém, quem sabe o que pode acontecer?”.

É claro que a declaração do ator gerou a terceira guerra mundial cibernética. O movimento Me Too ficou ofendidíssimo, e a turba jacobina veio correndo pelo pescoço de Cavill. A verdade incomoda. Fato. E Henry fez aquilo que Jordan Peterson sempre nos aconselha a NÃO fazer — pedir desculpa por um crime que você não cometeu a uma turba sedenta de sangue. Após as críticas, o ator soltou um comunicado oficial de “esclarecimento”: “Vendo a reação ao artigo [da GQ Australia], em particular sobre meus sentimentos ao flertar e sobre o movimento #MeToo, eu quero me desculpar por qualquer confusão e má interpretação que isso tenha criado. Ser insensível não era a minha intenção. Eu quero esclarecer e confirmar que eu sempre mantive e sempre manterei o máximo respeito pelas mulheres, não importa se a relação for de amizade, profissional ou romântica. Nunca quis desrespeitar ninguém, de maneira alguma. Essa experiência me ensinou uma valiosa lição sobre contexto e liberdades editoriais”, finalizou.

Ou seja, o belo ator precisou se desculpar por falar que a grama é verde e o céu é azul. Cavill foi devorado pelo mostro de cabelo azul que foi criado pelo estúpido movimento Me Too, e a virulência à qual sua entrevista foi submetida — e trazida à superfície até hoje — só mostra o correto ponto do ator. Os homens estão com medo, pânico, das mulheres. Não importa o que façam, eles estarão sempre errados e pela simples razão de que há em curso uma guerra contra eles.Henry Cavill | Foto: Shutterstock

Esse tal “empoderamento” feminino, muito além do devido respeito às mulheres, vem trazendo consequências graves ao sexo feminino, não apenas no campo emocional, mas também no profissional. Em Wall Street, o coração financeiro da nação mais próspera do mundo, os homens passaram a evitar mulheres para fugir de acusações de assédio infundadas
Em uma pesquisa da Bloomberg, 30 executivos responderam sobre seu comportamento profissional em relação às mulheres, e o resultado é amedrontador — jantar sozinho, mesmo sendo um jantar profissional, com mulheres? Nem pensar. Muito menos ficar no mesmo andar do hotel. 
Os homens estão evitando até sentar ao lado delas nos voos. Os executivos de Wall Street estão assustados com o “efeito Me Too” e as denúncias infundadas de assédio sexual. 
Assustados com a lista, muitas vezes invisível, do que pode e do que não pode ser dito ou feito, os homens estão escolhendo o excesso de zelo — e a distância — e se guiando pelo pensamento “e se ela entender algo da forma errada? Melhor eu nem estar perto”.

Em um ambiente majoritariamente masculino, e com enorme potencial de crescimento para as mulheres, até aquelas corretas e REAIS, que querem distância do movimento feminista que se cala diante das atrocidades cometidas contra as mulheres no Afeganistão, por exemplo, acabam sendo marginalizadas e entrando no “pacote da segurança” masculina.

E, como parece não haver um caminho seguro para os homens, muitos são acusados de discriminação. Mas, diante do “novo normal”, eles ainda preferem essa rota do que o assassinato completo de reputação por “assédio sexual”.  
Um dos executivos de Wall Street ouvidos para a pesquisa da Bloomberg diz que se mantém num canto oposto aos das mulheres em elevadores, e outro executivo estabeleceu a idade mínima de 35 anos para as mulheres com quem ele janta durante viagens profissionais. 
Aterrorizados, eles também admitem que as mulheres acabam excluídas de ocasiões como happy hours, ajudando a criar um novo tipo de “clube dos meninos” entre funcionários de grandes corporações financeiras. Todos nós sabemos que o tal clube sempre existiu, mas havia sido deixado para trás diante do reconhecimento da capacidade intelectual e profissional das mulheres em ambientes outrora inóspitos para o sexo feminino.

E, vejam vocês, o comportamento narrado pelo meu filho e seus amigos no ambiente universitário também é compartilhado por homens formados, mais velhos e experientes. Um dos entrevistados relata que prefere a segurança exagerada e adota atitudes como ter sempre uma terceira pessoa junto nos encontros, ou manter a porta aberta enquanto conversa com uma mulher.A Bolsa de Valores de Nova York, na Wall Street, em 25 de junho de 2016 | Foto: Shutterstock

Parabéns, feministas. Vocês estão conseguindo isolar as mulheres. E, o pior, jogar na vala do comportamento comum atitudes machistas e abusivas, que devem ter todo o nosso desprezo, como se fossem a regra — e não a exceção. 
Dessa maneira, esse movimento tosco que também se cala quando homens resolvem competir em esportes femininos, tira toda a atenção necessária às reais vítimas de abusos sexuais.
 
Esse ambiente histérico — e estéril — criado por movimentos hipócritas e pelo politicamente correto, um ambiente onde o flerte saudável e o cortejo são demonizados e que impede relações verdadeiras e humanas trará exatamente o oposto ao que o movimento alega defender. 
No final, as mulheres se sentirão sozinhas e desvalorizadas. 
Esse ambiente de hipersensibilidade, em que qualquer aproximação masculina pode ser considerada assédio, está inibindo em escalas globais a naturalidade de sentimentos humanos genuínos e fundamentais para a sobrevivência das sociedades fortes — compostas da união das forças distintas de homens e mulheres.
 
É claro que o consentimento é o ponto central de qualquer relação correta entre um homem e uma mulher. No entanto, a paralisia que está sendo criada na aproximação NATURAL humana é e será sempre nociva para as mulheres e para todos nós. O politicamente correto já extrapolou todas as esferas do racional e ceifará de maneira permanente a sensatez, alimentando uma cultura destrutiva de desconfiança e paralisia. 
Há ainda os néscios que querem pregar a ideia bizarra de que homens são “mulheres com defeito”, e de que basta “castrá-los”, fazê-los pedir desculpas pelos pecados de todos os homens na Terra, no passado, no presente e no futuro, para que sejam dóceis, obedientes e respeitadores.

Quando qualquer coisa é comparada a estupro e abuso sexual, não estamos curando a sociedade, mas infectando relacionamentos com o veneno da desconfiança

A quebra de confiança entre os sexos é o legado trágico do vazio movimento feminista moderno, ou pelo menos a tentativa avassaladora de silenciar dissidentes que não rezam a cartilha hipócrita das feministas. A campanha do novo feminismo assumido pelo movimento Me Too assumiu um fervor inédito, que se alimenta da crescente acusação de que a masculinidade é vil, tóxica e inerentemente predatória.  

O medo dos homens é legitimado, pois qualquer acusação é tratada como fato, e os homens são vistos como “o inimigo”, um desvio incorporado que deve ser remodelado na imagem de uma mulher. Sua sexualidade é assumida como naturalmente brutal, uma ameaça a ser controlada e reduzida para que o homem individual seja considerado “seguro”.Ilustração: Shutterstock

Embora a disposição das mulheres para responsabilizar os homens por reais comportamentos sexuais criminosos deva ser aplaudida, a abordagem de terra arrasada que estamos vendo hoje é destrutiva — ela mina a confiança saudável e o mais grave: a própria segurança de todas nós. 
Quando qualquer coisa é comparada a estupro e abuso sexual, não estamos curando a sociedade, mas infectando relacionamentos com o veneno da desconfiança. 
Seja no local de trabalho, em um restaurante, uma igreja, seja em casa, a interação entre um homem e uma mulher é única e primordial para todos os outros relacionamentos. 
Quando uma quebra de confiança acontece, quando o medo do outro sexo se generaliza, a sociedade simplesmente não consegue prosperar.
 
Tudo o que envolve a dinâmica sexual saudável é essencial para o relacionamento entre homens e mulheres. Para que a confiança floresça, essa realidade não pode ser negada e deve ser tratada com respeito, cuidado e honestidade, e não simplesmente apagada da vida moderna. Não pode haver abuso nessa relação, e uma parte da polaridade — seja ela masculina ou feminina — não pode ser rotulada como tóxica, brutal ou maligna, inclusive como foi feito no passado por certas religiões totalitárias em relação à sexualidade feminina. 
Uma vez que esse rótulo fica impregnado, a desconfiança é gerada em detrimento de todos. 
Se as mulheres acreditam que todos os homens são perigosos, não pode haver confiança entre os sexos.
 
Os homens não vão se tornar eunucos, mudar e se comportar como o sexo oposto, abandonando sua masculinidade natural, só porque algumas mulheres querem que tenhamos medo dela.  
Isso é impossível, essa é a identidade e a natureza dos homens, e ela não pode ser expurgada sem destruir quem eles são como indivíduos livres, como homens e protetores. Sim, protetores. 
Por causa dessa masculinidade de homens bons e fortes, o mundo é um lugar mais seguro e livre para todos nós.


Leia também “Deixem as crianças em paz”

 

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste

 

 

domingo, 2 de julho de 2023

Suspeito de sequestrar e estuprar menina de 12 anos chora e diz: 'Ainda não fiz nada com ela' - O Globo

Daniel Moraes Bittar, de 42 anos, foi preso em flagrante no entorno do Distrito Federal; policiais encontraram aparelho de tortura, clorofórmio e pornografia na casa do investigado

Daniel Moraes Bittar foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal

Daniel Moraes Bittar foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal Reprodução/Redes Sociais

Preso por suspeita de sequestro e estupro de uma adolescente de 12 anos no entorno do Distrito Federal, Daniel Moraes Bittar chorou diante da câmera do celular de um policial, nesta quarta-feira. [com certeza irá chora bem mais, quando for disciplinado por colegas de cela - é apenas questão de tempo alguém 'esquecer' a cela aberta.]  

O vídeo foi feito no momento em que os agentes capturavam o analista de TI, de 42 anos, em flagrante. 

Na ocasião, o investigado admite que a criança estava em seu apartamento. Câmeras de segurança registraram quando ele entrou no imóvel carregando a vítima dentro de uma mala.

Policial: — A menina está na sua casa?

Bittar: — É.

Policial: — Fazendo o que na sua casa?

Bittar: Ela está só lá, eu ainda não fiz nada com ela.

Policial: — E o que você iria fazer com ela?

Bittar: — Eu não sei, eu estava conversando só. Por enquanto eu só conversei.

Analista de TI é preso por sequestrar e estuprar menina de 12 anos no DF

Encontrada pela polícia no apartamento de um analista de TI, na região da Asa Norte, em Brasília, a adolescente de 12 anos caminhava para a escola quando foi abordada por duas pessoas em um carro preto, por volta das 12h30 da última quarta-feira. O homem, identificado como Daniel Moraes Bittar, de 42 anos, e sua cúmplice, Geisy Souza, de 22, agarram a menina e a colocaram no veículo. Após a notificação de desaparecimento e investigações da polícia, os dois foram presos, e a menina libertada. 

Em 2016, Bittar publicou outra mensagem contra o crime que ele próprio cometeu: "homens contra a cultura do estupro". Publicações em apoio à causa LGBTQIA+ e à campanha do presidente Lula também, podem ser encontradas no seu perfil. 

Depois de ser colocada à força no carro dirigido por Daniel, no Jardim Ingá, em Luziânia, no estado de Goiás, a adolescente diz ter sido levada para uma mata. Segundo a vítima, Geisy colocou um pano com produto químico clorofórmio, de acordo com a polícia em seu rosto, para dopá-la antes de ser levada até a casa do suspeito, onde chegou desacordada, dentro de uma mala e com os pés algemados. Gesiely de Sousa Vieira, conhecida como Geisy, é mãe de dois filhos. Segundo a polícia, ela foi cúmplice do crime e ajudou Bittar a raptar a criança de 12 anos, a dopando com clorofórmio. Segundo a PCDF, Bittar costumava enviar dinheiro a ela, em troca de fotos nuas.

A polícia foi notificada do desaparecimento da adolescente no início da tarde de quarta-feira, e chegou até o apartamento do criminoso por volta das 23h30 do mesmo dia. O trabalho de investigação começou com o deslocamento de agentes para o local onde ela foi vista pela última vez, próximo à escola onde estuda, com a informação de que ela teria entrado no tal “carro preto”.

, os policiais descobriram, por meio de testemunhas, que um casal teria agarrado a adolescente e a colocado no veículo. Os investigadores solicitaram, então, imagens de câmeras de segurança das redondezas. Nas gravações, conseguiram identificar a numeração da placa do carro. Assim, chegaram à identidade do proprietário e, posteriormente, ao endereço dele.

A menina foi localizada por policiais do Grupo Tático Operacional do 3º Batalhão em cima da cama de Daniel, ainda com os pés algemados, e apresentava várias escoriações pelo corpo. Aos agentes, ela contou que ele usou uma faca para rendê-la. 


Além de Daniel, a mulher apontada como cúmplice do crime também foi presa por agentes da Polícia Militar de Goiás, em Luziânia, nesta quinta-feira. Além disso, máquinas de choque, câmeras, objetos sexuais e material pornográfico estão entre os itens apreendidos pela polícia no apartamento do analista de TI.
Uma estufa usada para produção de maconha e um galão com clorofórmio também foram encontrados no imóvel.


'Sugar daddy'
O analista de TI Daniel Moraes Bittar, de 42 anos, preso por sequestrar e estuprar uma adolescente de 12 anos no Distrito Federal, mantinha relação de “sugar daddy” com Geisy Souza, apontada como sua cúmplice no crime e presa nesta quinta-feira

Na relação, ele ofereceria dinheiro em troca de encontros com ela. Nesta sexta-feira, a prisão em flagrante dos dois foi convertida em preventiva.

A mulher detida por suspeita de ser cúmplice de Daniel disse à polícia que foi coagida a ajudar o homem. Identificada nas redes sociais como Geisy Souza, de 22 anos, foi presa no Entorno do Distrito Federal e foi levada para a 2ª DP, em Brasília.— Ela diz que também foi ameaçada, que também foi vítima, mas totalmente infundadas as alegações dela. Se fosse vítima, no momento que foi liberada, deveria ter entrado em contato com a polícia informando que outra pessoa era mantida refém — disse o tenente coronel Arantes, da Polícia Militar de Goiás, que participou da operação.

A identidade da suspeita foi confirmada ao GLOBO por fontes envolvidas nas investigações. Ainda segundo as autoridades, Geisy Souza e Daniel Bittar se conheciam há dois anos. Nas redes sociais, ela se descreve como blogueira e anuncia uma conta em um site de conteúdos adultos. A mulher não tem passagens policiais.

Integra da matéria -  Brasil - O Globo

 

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Homem que ganhou prêmio de US$ 10 milhões na loteria é condenado à prisão perpétua

Um homem da Carolina do Norte que ganhou um prêmio de loteria de US$ 10 milhões em 2017 foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional pelo assassinato de sua namorada em 2020.

Cinco anos depois do prêmio de US$ 10 milhões ele foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua namorada com um tiro na cabeça Reprodução/Pixabay
 Cinco anos depois do prêmio de US$ 10 milhões ele foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua namorada com um tiro na cabeça Reprodução/Pixabay

Michael Todd Hill, 54, foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, depois que um júri o considerou culpado de assassinato em primeiro grau pela morte de Keonna Graham. 

Graham foi dada como desaparecida em 20 de julho de 2020. Mais tarde, ela foi encontrada morta em um hotel com um ferimento de bala na parte de trás da cabeça.

Em um comunicado à imprensa, os promotores disseram que as imagens de vigilância do hotel mostraram que Hill era a única pessoa na sala com Graham. Eles disseram que Hill mais tarde confessou ter atirado em Graham depois que ela estava mandando mensagens de texto para outros homens enquanto estava no hotel.

 IstoÉ - Dinheiro

 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

PRIMEIRAS IMPRESSÕES - Percival Puggina

Quando li que o presidente retrocedera em seus arroubos, olhei ao redor e as pessoas estavam com cara de ponto de interrogação. Era como se uma explicação precisasse cair do céu, arremessada por algum anjo nacional bem informado sobre os desígnios do Altíssimo. O anjo não apareceu.

Primeiras impressões são as que se tem de uma namorada, como condição para iniciar o namoro. Em quase tudo mais, são insuficientes para formar opinião. Por isso, não invejo o trabalho dos palpiteiros da comunicação social que saem a opinar e a emitir juízo tão logo uma notícia bate à porta. Prefiro esperar que o cenário se complete.

Sobre o transcorrido na cena brasileira nos meses contados desde a eleição de 2018 eu tenho minha opinião perfeitamente consolidada: a vitória de Bolsonaro causou animosidades e inconformidades cósmicas. Raios e trovões passaram a desabar por obra das correntes políticas que habitualmente assassinam reputações, tentam derrubar quem senta em cadeiras que pretenderam ocupar, abusam do poder quando o têm em mãos, tentam silenciar a divergência e amordaçar a mídia (isto para ficar com apenas alguns aspectos mais relevantes dessas práticas tão antigas quanto atuais).

Em desfavor de Bolsonaro pesam complicadores sérios. 
Ele foi eleito com discurso que atraiu conservadores e liberais. 
Esta ampla corrente de opinião atravessou décadas na condição de omissa e ausente da política nacional, segregada no ambiente intelectual, relegada às redes sociais e cotidianamente fustigada pelo viés “progressista” que domina a mídia, a cultura e a educação em nosso país.
 
De repente, por iniciativa pessoal de um deputado que resolveu enfrentar sozinho a eleição, conservadores e liberais colheram (devo dizer colhemos, porque me incluo entre estes) uma vitória que não foi plantada. Não há entre nós nenhum trabalho político consistente para difusão de princípios e valores de que o Brasil tanto necessita. Nossa representação parlamentar é casual e minguada. Em compensação, no viés oposto, somam-se décadas de ação persistente, de aparelhamento da máquina pública, controle da maior parte da mídia formal e a firme atividade política desempenhada pelo STF, onde sete dos onze ministros foram indicados pelo PT.

A sequência do filme é bem conhecida. A corda esticou em gravíssimo conflito institucional graças aos dois exóticos inquéritos instaurados no Supremo. O documento do presidente foi ou não um ato de grandeza? Por enquanto só sei o que eu faria se fosse ele, ante a evidência de que os outros dois poderes lixaram-se para a voz das ruas. 

Cuidaria do povo, em seu abandono por instituições que só pensam em si mesmas. E confiaria minha esperança ao Senhor da História, a quem dirijo minhas orações nesta noite de 9 de setembro.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Lula revela-se o opositor dos sonhos de Bolsonaro- Blog do Josias



Com um inimigo como Lula, Bolsonaro não precisa de amigos. Tomado pelas palavras, o astro petista parece decidido a repetir em 2022 o papel de cabo eleitoral do capitão. Ao discursar no aniversário de 40 anos do PT, Lula mirou no seu desafeto. Mas acertou na sua criatura: Dilma Rousseff. "A pessoa que me pede autocrítica é porque não tem crítica a fazer para mim", declarou Lula a alturas tantas. Para ele, quem deve fazer uma boa autoanálise são os responsáveis por mazelas como os "12 milhões de desempregados". Ou a "matança da nossa juventude na periferia." Chama-se Dilma Rousseff a grande responsável pelo super-desemprego. Foi graças à economia pedalante e criativa do governo empregocida de madame que o Brasil meteu-se na maior recessão de sua história. 

Os brasileiros já conheciam o caos. Sob Dilma, foram apresentados ao pântano.
Assim como o desemprego, que se recupera lenta e penosamente, os índices de mortes violentas são declinantes no país. Começaram a cair sob Michel Temer, depois que Dilma foi deposta. Hoje, a queda bate em 22%. O mérito é mais dos Estados do que de Brasília. Mas Lula ajeita a bola para Bolsonaro chutar. Lula instou sua tropa a ganhar o asfalto. "Se não formos para a rua lutar e resistir, estaremos perdidos", afirmou, antes de atirar contra seus pés barro. "Acusam todos de corrupção e enfiam na nossa cara esse governo que enfiaram agora. Esse é um desafio para nós. Como organizamos os movimentos sindicais de novo?".

Nem todos carregam a pecha de corrupto, só os que se lambuzaram. Contra Lula, correm no Judiciário uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove processos. Adornam sua biografia duas condenações em segunda instância —uma delas já ratificada na terceira instância. Infelizmente, a cadeia não ensinou nada ao orador. No trecho em que declarou "enfiam na nossa cara esse governo que enfiaram agora", Lula injetou um ardil de gramática e um erro de história. Se aplicasse corretamente a gramática, Lula teria evitado o sujeito oculto. Diria algo assim: "O eleitorado enfia Bolsonaro na nossa cara."

Eis o erro de história: Lula deixa de mencionar sua contribuição à ascensão de Bolsonaro. Transformou o PT numa máquina coletora de fundos, levou estatais como a Petrobras ao balcão, avalizou a nomeação de gatunos... E vendeu como supergerente uma sucessora inepta. Com tudo isso, Lula conseguiu transformar o antipetismo na maior força eleitoral da sucessão de 2018. Forte o bastante para impulsionar o voo de um obscuro deputado do baixíssimo clero para o Planalto. O pronunciamento de Lula reforçou a sensação de que o PT, 40, enfrenta um processo de envelhecimento precoce. Nem Lula, famoso pela intuição política, consegue enxergar a realidade. Diz ter um "tesão de 20 anos". Mas, exibe a vista cansada ao pregar a ocupação das ruas e a reorganização do aparato sindical.

Desde 2014, quando explodiu a Lava Jato, Lula promete "percorrer o Brasil". Renovou a promessa ao deixar a cadeia. Mas não foi. Fala para plateias companheiras, em ambientes domesticados. Sem verbas públicas, o "exército do Stédile" sumiu. Sem imposto sindical, a máquina de agitação da CUT enferrujou. Lula ainda não notou. Mas tornou-se o opositor dos sonhos de Bolsonaro. Está sujo demais para criticar os mal lavados que rodeiam o capitão -do filho com a biografia rachadinha aos ministros encrencados com a lei. Com as digitais gravadas nos grandes problemas nacionais —a ruína econômica e a roubalheira—, Lula já não consegue fazer pose de solução.

Restou a Lula apenas a raiva. O diabo é que, com tantos problemas por resolver, é improvável que na sucessão de 2022 o brasileiro se anime a enviar à Presidência um poste indicado por Lula para passar quatro anos falando mal de Bolsonaro. A língua do capitão produz crises em série, conspirando contra o governo do dono. Mas para sorte de Bolsonaro a única novidade no PT é a namorada de Lula, 72, a socióloga Rosângela Silva. Chamada na intimidade de Janja, ela nasceu na mesma época em que o PT veio à luz, há 40 anos. "Eu consegui a proeza de, preso, arrumar uma namorada", costuma jactar-se Lula. A cadeia não inspirou uma autocrítica. Mas não foi de todo inútil.

[quando o multicondenado petista foi beneficiado com a liberdade provisória, decidimos evitar menção ao seu nome ou a suas atividades.
Só que esperávamos pouca movimentação do presidiário, em liberdade temporária, e fomos surpreendidos: o cara sumiu, nada se escreve sobre ele, nada de caravana, e levou o 'mst' junto.
Aí, hoje, decidimos sujar os olhos de nossos dois leitores - postar alguma coisa sobre o naufrágio, o desastre, do petista e do pt = perda total.

Sugerimos ler: Aos40, PT sente as dores de uma velhice precoce.]



 

Aos 40, PT sente as dores de uma velhice precoce... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2020/02/08/aos-40-pt-sente-as-dores-de-uma-velhice-precoce.htm?cmpid=copiaecola


Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista - UOL/Folha