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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

O fim das desculpas esfarrapadas para fazer o L - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Cada dia que passa fica mais difícil a vida de quem fez o L para justificar algo tão estúpido. 
Vamos refrescar a memória e elencar as razões oferecidas: salvar a democracia, combater o "desgoverno" das rachadinhas e recolocar o Brasil no papel de país respeitado pelo mundo. [vale lembrar que foi no apogeu dos fazedores do L, que as rachadinhas no gabinete do Alcolumbre foram conveniente esquecidas.]


A "democracia" salva é aquela do bajulador de ditaduras como Cuba, Venezuela e Nicarágua. O lulismo prega a frente "amplíssima" no Congresso, o que quer dizer negociatas, lembrando quem foi responsável pelo Mensalão ou Petrolão.

Os ministérios técnicos de Bolsonaro deram lugar aos velhos feudos partidários. A "democracia" está salva com inúmeras raposas encalacradas na Justiça e por um presidente que enaltece regimes autoritários. Tudo que resta a essa turma é usar o 8 de janeiro como "prova" de que estavam certos sobre as tais ameaças, mas curiosamente nenhum deles quer uma investigação a fundo sobre as invasões e o vandalismo. Bolsonaro não era golpista, não houve qualquer golpe, eis o fato.

Já questões éticas chegam a produzir gargalhadas. Ficamos os quatro anos de Bolsonaro sem escândalos de corrupção, a ponto da velha imprensa, com ajuda de figuras impolutas como Renan Calheiros e Omar Aziz, ter de produzir falsos escândalos numa CPI circense de compras que sequer ocorreram.

Lula atacava a suposta rachadinha de Flavio Bolsonaro, e agora escolheu para cargo político o petista André Ciciliano, que era o primeiro da lista do Coaf em movimentações suspeitas. 
Isso que é indignação seletiva! 
A movimentação de Flávio era de R$ 1,2 milhão, enquanto a do petista chegava a R$ 50 milhões! 
Os "jornalistas" que só falavam de rachadinha antes parece que esqueceram totalmente o tema...


Já sobre o Brasil resgatar o respeito pelo mundo, como se fosse mesmo um pária com Bolsonaro (batia recordes de exportações, inclusive para a China), vale só dizer que os globalistas como Macron estão muito contentes sim, mas porque Lula representa os seus interesses, não os do Brasil.

E a ida aos Estados Unidos para encontrar Biden foi pura vergonha alheia, com direito a fotos com os mais radicais socialistas do Partido Democrata, gafes de Janja e total desconhecimento da passagem do presidente brasileiro pela mídia local, até porque do encontro não saiu absolutamente nada relevante.

Quem fez o L para
"salvar a democracia, combater malfeitos e recolocar o Brasil como agente de respeito pelo planeta" não tinha qualquer motivo concreto para isso, mas agora, com pouco mais de um mês de desgoverno petista, ficou realmente impossível justificar a besteira com base nesses "argumentos".

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Montando as peças - Merval Pereira

O Globo

Bolsonaro tirou Moro da lista de indicados para o STF e passou a citá-lo como um vice ideal para a chapa de reeleição


O presidente Jair Bolsonaro vai montando seu quebra-cabeças com vista à reeleição presidencial nas respostas sobre as indicações que poderá fazer para o Supremo Tribunal Federal (STF). Já anunciou dois candidatos para as duas vagas, e nenhum deles é o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, a quem a primeira vaga estava prometida. Em novembro de 2020 o ministro Celso de Mello se aposenta compulsoriamente por ter chegado aos 75 anos, e Bolsonaro colocou ontem o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, na disputa, dizendo que ele “é um bom nome para o STF”.



Oliveira trabalha com Bolsonaro há cerca de 10 anos, e é filho de um seu antigo colaborador. O presidente reafirmou que o ministro da Advocacia Geral da União, André Luiz Mendonça, “terrivelmente evangélico”, é um bom nome para a outra vaga no Supremo, que se abrirá no meio de 2021, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.



Com isso, Bolsonaro tirou Moro da lista, e passou a citá-lo como um vice-presidente ideal para a chapa de reeleição em 2022. “Seria imbatível essa chapa”, é o pensamento generalizado entre os principais assessores do presidente no Palácio do Planalto, embora Moro em nenhum momento tenha indicado que gostaria de trocar uma vaga certa no STF pela possibilidade incerta de vir a ser candidato a vice-presidente. Ao mesmo tempo em que especula em voz alta sobre essa escolha, o presidente Bolsonaro vê-se às voltas com outras vertentes de seus auxiliares que querem esvaziar o papel do ministro Sérgio Moro, mais popular que o próprio presidente, e volta e meia apontado como possível candidato ele mesmo.



Surgiu recentemente a proposta de dividir o ministério de Moro em dois, dando a parte de Segurança Pública para o ex-deputado Alberto Fraga, da chamada “bancada da bala”. Bolsonaro demorou alguns dias para desmentir o boato, e só o fez depois que Sérgio Moro deu uma declaração pública de que não acreditava nessa divisão, apontando os avanços alcançados no combate à corrupção e à melhoria da segurança pública.



A queda dos índices de criminalidade é argumento indesmentível sobre a eficiência do novo ministério que ocupa. Além disso, o projeto anticrime está no Palácio do Planalto para sanção do presidente Bolsonaro, e precisará ser retomado mais adiante para voltar a ter a cara que Moro gostaria. Sem a segurança pública, Moro ficaria em um ministério da Justiça esvaziado, pois na atual estrutura ministerial a costura política não é feita lá, e nem Moro seria a pessoa indicada para exercer essa função.



A simples possibilidade de Alberto Fraga assumir a segurança pública, porém, já é uma indicação de que qualquer mudança seria para radicalizar a atuação do governo. Assim como acontece com o ministro da Economia Paulo Guedes, embora continuem sendo superministros, os dois já tiveram que se adaptar à presidência imperial de Bolsonaro, e engoliram muitos sapos.



Se a crise econômica for mesmo sendo superada, e o crescimento se confirmar nos próximos anos, o perigo é que ocorra com Bolsonaro o mesmo que aconteceu com Lula. O ministro da Fazenda Antonio Palocci tendo que deixar o governo ainda no primeiro mandato, por conta de denúncias de negociatas com seus amigos da República de Ribeirão Preto, foi substituído por Guido Mantega, que começou a mudar a política econômica, tornando-a mais ao gosto de Lula e do PT. Bolsonaro, que nunca foi um liberal, pode ser tentado a colocar no lugar de seus superministros pessoas ligadas a ele, com o mesmo pensamento. Mas isso só acontecerá se recuperar a popularidade perdida, o que depende paradoxalmente do desempenho dos dois.



As indicações dos candidatos às vagas do Supremo mostram essa tendência de valorizar a proximidade pessoal e a supremacia dos valores conservadores, inclusive religiosos. O ministro Moro já deu uma indireta ao declarar que a religião não diz muito da pessoa escolhida para o STF. 
[o ministro Moro errou feio, quando disse tal indireta:
- a religião é importante em qualquer aspecto, incluindo na política.
Para o Brasil, em que assassinos cruéis estão na espreita de uma oportunidade para retirar de seres humanos inocentes e indefesos (ainda abrigados no ambiente em que deveriam contar com total segurança = a barriga da mãe) o mais sagrado dos direitos: DIREITO à VIDA.

Sabemos que alguns dos supremos ministros se julgam deuses - e de deuses em minúsculas nunca passarão - e que na primeira oportunidade votarão a favor do aborto e estão com pressa, visto que não são eternos como só DEUS e a alma do ser humano é.] 

Se não lhe for oferecida a primeira vaga ano que vem, Moro terá que se manter no cargo até o meio de 2021, para ver para onde o vento sopra. Para isso terá que conservar a popularidade atual, que o torna um ministro quase indemissível e um companheiro de chapa desejável.


Merval Pereira, jornalista - O Globo

domingo, 10 de abril de 2016

"Negociata no cartão"


Houve um tempo em que se fazia política com base no chamado “fio do bigode”. 

Composições eram construídas em torno de interesses comuns e seladas a partir da confiança e de compromissos verbais. Havia negociação, ganha-ganha e, desde que o mundo é mundo, corrupção. Mas existia também uma espécie de código de honra e a palavra dos políticos ainda tinha crédito na praça. Hoje, a regra é a venalidade e crédito passou a ser apenas uma modalidade de pagamento em um amplo mercado de votos. 

Diante da ameaça do processo de impeachment, por exemplo, as forças governistas assumiram abertamente a posição de compradoras. Instalaram um balcão em um hotel brasiliense e fazem ofertas generosas (em cargos e verbas oficiais) a quem se propuser a emprestar sua voz (ou seu silêncio) a Dilma na votação do plenário da Câmara. A inovação do processo é a forma de pagamento: como numa compra à vista com cartão, o governo quer levar a mercadoria no ato e pagar apenas um mês depois. Foi a própria presidente Dilma quem avisou. Mudanças no ministério e nomeações de apoiadores só após a votação.

Dilma, evidentemente, não quer correr riscos com eventuais traidores. Como sabe com quem está lidando, não aceita tratos no fio do bigode. Para ela, a regra é a desconfiança. O que pode lhe custar caro é o fato de ter dito o que disse em meio ao processo de negociações. Nesse clima, é de se compreender que muitos dos interlocutores de sua tropa de choque se julguem também no direito de desconfiar da intenção do governo de, uma vez ganhando a parada, pagar a conta assumida antes da votação. Dilma e o PT têm histórico de inadimplência política – sobretudo com o eleitor, a quem venderam uma candidatura ilusória e entregaram uma gestão incompetente e desvinculada de seus compromissos de campanha. 

Ao trazer Lula de volta para o círculo governamental, Dilma procurou emprestar dele um pouco da credibilidade que um dia ele exibiu ao fazer acordos políticos. Ocorre que os fios da barba do ex-presidente também já não valem o que já valeram no passado. Assim, tem muita gente do lado vendedor que prefere receber antes e entregar depois.

Eis um dilema típico das negociatas. A desconfiança é a mola da traição, o ovo da serpente que envenena relações nas organizações criminosas. Pode ter o mesmo efeito no ambiente meramente “comercial” do comitê de salvação de Dilma. Até porque, pelos cálculos de políticos experientes, os prepostos da presidente, com sua generosidade nas ofertas de compra de aliados, estão promovendo uma espécie de pedalada política. Mesmo após ter criado mais três mil cargos de confiança apenas esse ano (isso depois do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ter prometido reduzi-los em nome da austeridade fiscal), tem ficado claro a muitos que alguns postos já foram negociados com diversos interlocutores e que, com isso, o limite de “crédito” do cartão que Dilma emprestou a Lula já estourou há algum tempo.  

 Fonte: Isto É - Luiz Fernando Sá, diretor de mídias digitais e projetos