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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Ex-futuro ministro do STF, Flávio Dino me bloqueou no Twitter. O que faço agora? Socorro!

Vozes - Polzonoff

"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Crônica do block anunciado


Fláio Dino
Flávio Dino pensando: “Quer saber? Acho que vou bloquear aquele tal de Polzonoff”.| Foto: Lula Marques/ Agência Brasil


Era um dia como outro qualquer, exceto pela temperatura aqui no primeiro planalto paranaense: 33 insalubres graus. Apesar do calor, da pressão baixa e da fome, confesso que estava todo saltitante, alegre e contente (mas de um jeito muito másculo!). Foi então que consultei o relógio e vi que estava atrasado para ela: a crônica diária. Que é sempre um prazer, menos quando tenho que falar de Flávio Dino – como era e é o caso de hoje.

É que eu não sei se você viu, mas quem é que eu tô querendo enganar?, é claro que você, assinante da Gazeta do Povo bem-informado que é, viu: funcionários do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, comandado por ninguém menos do que Flávio Dino, se reuniram nas suntuosas instalações da repartição com a esposa de um traficante divertidamente alcunhado Tio Patinhas – até hoje meu personagem preferido nos gibis da Disney (nos desenhos animados continua sendo o Pateta). O casal, de acordo com a polícia e a concorrência, é ligado ao Comando Vermelho.

Oquei, disse para mim mesmo, enrolando um pano gelado no pescoço, me recostando na cadeira e fazendo aquela cara séria do idiota que se identifica como inteligente. Mais ou menos como a foto do sujeito que escreve neste espaço. O texto saiu fácil. Pelo menos os primeiro parágrafos. Comecei contando a história, floreando aqui e ali, abusando dos neologismos e fazendo aquelas firulas que agradam a uns e desagradam a outros tantos. Depois, acrescentei umas piadinhas de altíssimo nível (de colesterol) à forma física do ministro e da dona Luciene Barbosa Farias. Ali pelo meio do texto, porém, mudei de tom e falei de narcoestado e que tudo é absurdo & inaceitável e citei Guilherme Boulos e André Janones e.

Estava já no penúltimo parágrafo, aquele que antecede a fatídica conclusão de que vivemos num Walking Dead de velhos zumbis comunistas, quando achei por bem consultar o que o ministro Flávio Dino estava dizendo sobre o caso da mulher do traficante habitué do MJ. É que de vez em quando ainda me lembro de que sou um jornalista sério – ou coisa parecida. Ao entrar no Twitter para pegar uma declaração da otoridade máuxima da segurança pública brasileira, porém, descobri que Flávio Dino tinha me bloqueado no Twitter. O sino da igreja tocou. Dezoito horas em ponto.
Galvão? Diga, Tino

Sim, Flávio Dino me bloqueou no Twitter. E, com esse gesto autoritário, além de inútil, me impediu sumariamente de ter acesso direto à sua sabedoria jurídica, sua esperteza política e até seu senso de humor, digamos, sui generis. Na condição de cidadão, me impediu de conhecer as incríveis realizações de seu trabalho frente à pasta. Se ele tivesse alguma, claro. Na condição de jornalista, atravancou meu acesso, ainda que distante, a uma autoridade do governo federal que não ajudei a eleger (tá louco?!), mas cujo governo eu deveria fiscalizar ou analisar. E na condição de palhaço bissexto, calou meu riso. ÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!

Depois de chorar como uma criança que perde seu elefantinho de pelúcia, liguei para minha mulher. Que odeia ser interrompida no meio do expediente. “Você não vai acreditar no que me aconteceu!”, disse. Ela, acostumada aos meus exageros, não deu a menor bola. Porque gosto de brincar com o perigo e a fim de aumentar o suspense, fiquei em silêncio. Ao ouvir perigosas bufadas do outro lado da linha, no entanto, achei melhor desembuchar. “O Flávio Dino me bloqueou”, anunciei com pompa.

“Como assim, meu amor?”, perguntou minha mulher com voz de calma falsa. Eu sabia que, na verdade, ela estava querendo me dizer que a partir de agora é melhor eu dormir com uma malinha pronta, para o caso de [BATE NA MADEIRA]. “Me bloqueando, oras bolas! No Twitter”, respondi. Será que fui grosseiro com ela? Tadinha. Não merece. Melhor pedir desculpas, levar para jantar, fazer massagem nos pés e tal.

A isso se seguiu um breve e divertido entrevero em que ela me aconselhou enfaticamente a NUNCA MAIS ESCREVA NADA SOBRE ESSE CARA, VIU! SENÃO VOCÊ VAI SE VER COMIGO!. Ao que respondi pedindo calma, muita calma nesta hora, e dizendo que, no fundo, estava emocionado com o block. Afinal eu, um mero cronista de província, estava sendo bloqueado não só por uma autoridade federal do primeiro escalão. Não só por um ministro de Estado. Não só por um comunista linha-dura. Não. Eu estava sendo bloqueado por um futuro ministro do Supremo Tribunal Federal. Olha só que honra!

Se bem que, depois dessas visitinhas da dona Luciene Barbosa Farias ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública, já tem gente dizendo por aí e corre que eu sei certo zunzum de que a compra da poltrona extra large de Dino no STF terá de ser adiada indefinidamente. Enquanto isso... Galvão? Diga, Tino. Bruno Dantas no aquecimento.


Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Convulsão social - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Cenas lamentáveis. Vandalismo, destruição, caos social. O clima no Brasil está tenso. Detesto dizer isso, mas eu previ o que está acontecendo. Basta ver meus vários textos e comentários. Disse repetidas vezes que a corda estava sendo esticada demais, que o sistema estava dobrando a aposta a cada semana, e que isso acabaria levando a uma convulsão social, quiçá uma guerra civil.

Nunca foi desejo, mas sim análise. Não há pacificação possível com um ambiente persecutório e cada vez mais autoritário, que enfia goela abaixo do povo um corrupto e depois trata como terrorista qualquer um que ouse questionar. O sistema podre não compreendeu o fenômeno ainda, e basta ver como responsabilizam Bolsonaro pelos atos - ele que está perto do Pateta na Disney, calado.

É o mecanismo de incentivos! O sistema, na figura de Alexandre de Moraes e em conchavo com a velha imprensa, resolveu tratar até gente como eu como "terrorista perigoso". Tive contas bancárias congeladas, passaporte cancelado, contas censuradas nas redes sociais e fui intimado pela Polícia Federal.

Pergunta honesta:
se tratam assim alguém que sempre foi crítico da violência, qual a mensagem que mandam para o povo em geral? Se eu, que clamo pelo respeito à Constituição, sou tratado como bandido, então por que o povo permaneceria confiante em nossas instituições, nas tais quatro linhas?

Tudo é muito triste e preocupante. O caldo entornou, e os vândalos deram munição para os tiranos, que vão intensificar a perseguição e o autoritarismo. Alexandre de Moraes já se sente confortável no papel até de afastar governador eleito. O que sobrou de nossa democracia?  Dá para se sentir seguro com esse STF que trata como marginais jornalistas que emitem opiniões?

O sujeito que defecou na mesa do ministro precisa ser punido, claro. Mas há consenso aqui. O que preocupa é o silêncio diante do ministro que faz o que faz na Constituição faz tempo, impunemente. Rodrigo Pacheco é responsável por esse caos, ao sentar em cima de vários pedidos embasados de impeachment.

Monark comentou
: "A culpa disso que está acontecendo é do STF. Lembra do 'perdeu mane' os caras esfregaram na cara de milhões de brasileiros que eles tão cagando pro povo. O resultado está aí, caos social". Concordo com isso e venho alertando há meses para o perigo.

Dito isso, a direita jamais pode compactuar com os métodos esquerdistas. Se os nobres fins justificam quaisquer meios, então já perdemos e nos tornamos parecidos com eles. Nunca apoiei vandalismo e não pretendo mudar agora. A hipocrisia da esquerda radical, aliás, salta aos olhos. Ver alguém como Boulos bancando o pacifista é de lascar! O mitomaníaco Lula afirmar que nunca aconteceu nada parecido no país é um escárnio, quando lembramos do que os black blocs esquerdistas fizeram há alguns anos, ou a turma do próprio Boulos lançando coquetéis Molotov na Fiesp.

Renata Barreto apontou para a farsa: "E ainda somos obrigados a ouvir de gente que tem Marighella como herói e/ou participou de assaltos a banco e luta armada nos anos 1960, que quem depreda patrimônio público e age de forma violenta é terrorista. Mas ué?"

Não é porque a esquerda é cínica, porém, que a direita pode seguir na mesma linha. Renata lamenta a falta de estratégia: "Já temos o nosso Capitólio e a repressão em resposta aos atos de hoje será grande. Servirá como o pretexto perfeito para perseguir, silenciar e bloquear o máximo possível da direita. Acabou".

Quem alega que a esquerda também tem seus black blocs, militantes do MTST, vândalos em geral, ignora que a esquerda tem um salvo-conduto para tudo isso, enquanto a direita será implacavelmente perseguida, calada e destruída. O mundo não é justo. E é preciso ter estratégia! O que essa gente queria alcançar com tais atos? Sei que muitos falam de infiltrados, e há vídeos que compravam sua presença. Mas uma turba ensandecida vai descambar para a violência inevitavelmente. É a psicologia das massas, é da natureza humana.

Por ser residente americano há anos, vi de perto o 6 de janeiro e suas consequências. Por isso mesmo condenei desde sempre a repetição dos atos de uma invasão como aquela ao Capitólio. Agora os brasileiros vão entender os motivos. Era tudo que a esquerda autoritária queria. E as instituições no Brasil são bem mais frágeis. Deram ao sistema munição para que a ditadura acelere seu ritmo. Salve-se quem puder!


Rodrigo Constantino,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Disney autodestrutiva encontra uma nova maneira (mais permanente) de aterrorizar crianças - Roger L. Simon

Lembra da Rainha Má no clássico animado da Disney “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937)? “Espelho, espelho, na parede...” e tudo mais. Ela era bem assustadora.

Mas não tão assustador quanto o que a Disney está fazendo hoje.

É difícil conceber o quão distorcido e imoral o Disney Studios – onde uma vez trabalhei em dois longas-metragens – se tornou, mas vou deixar o estimado Chris Rufo do City Journal explicar o que aconteceu em uma das reuniões da empresa, apelidada de “Reimagine Tomorrow Conversation Series”.


 

“Em uma apresentação em destaque na reunião, a produtora executiva Latoya Raveneau expôs a ideologia da Disney em termos contundentes. 
Ela disse que sua equipe estava implementando uma “agenda gay nada secreta” e regularmente “adicionando queerness” à programação infantil. 
Outro palestrante, o coordenador de produção Allen Martsch, disse que sua equipe criou um 'rastreador' para garantir que eles estejam criando 'personagens trans canônicos, personagens assexuais canônicos e personagens bissexuais canônicos' suficientes. Muitos, muitos, muitos personagens LGBTQIA em nossas histórias e reafirmou a promessa da empresa de tornar pelo menos 50% de seus personagens na tela minorias sexuais e raciais”.

Ah, bom. E para que você não pense que os parques temáticos serão poupados, termos obscuros e discriminatórios como “senhoras”, “cavalheiros”, “meninos” e “meninas” devem ser eliminados em favor de excursões familiares a Anaheim e Orlando “mágicas e memoráveis para todos”, evidentemente incluindo transexuais de 4 anos.

Pode-se imaginar – “reimagine o amanhã”, em seu jargão que a procissão noturna de Mickey, Minnie e Pateta, e outros, que tradicionalmente terminavam uma noite na Disneylândia, agora se assemelhará à Parada do Orgulho Gay anual em West Hollywood ou mesmo a Fulton Street Fair, que é o destaque da “Leather Pride Week” de São Francisco.

O que está acontecendo aqui – além da destruição da civilização ocidental como a conhecíamos, fermentada por uma quantidade bastante significativa de abuso infantil doentio?

Bem, parte disso é evidentemente raiva contra o novo projeto de lei de direitos dos pais na educação, do governador da Flórida Ron DeSantis, que é chamado de “Lei Anti-Gay” pelo coral morto na mídia convencional (até vi isso em uma manchete da AP supostamente neutra) , embora as palavras “gay” ou “homossexual” não sejam mencionadas nem uma vez no projeto cuja intenção óbvia é que as crianças só aprendam sobre sexualidade de qualquer tipo num modo apropriado à idade.

Podemos acrescentar que, enquanto isso, a educação em nosso país, em geral, é execrável. Nossos filhos podem estar sendo alimentados à força com alguma versão “woke” da sexualidade, mas com certeza não estão aprendendo muito sobre leitura e matemática. Escolas em todos os lugares estão desistindo dos SATs. Eles também podem. Os testes já foram simplificados e reajustados significativamente cerca de 20 anos atrás, quando a pontuação média, que deveria ser de 500, caiu para 400.

Quanto à Disney, é importante lembrar que esta não é apenas uma coleção pontual de "wokes" aproveitando seu mínimo poder em uma reunião secreta (cujo conteúdo só é conhecido por causa de um vazamento, obviamente por medo de que seja descoberto e as pessoas parem de frequentar suas ofertas).

A Walt Disney Co. é, ao lado da Comcast, a maior empresa de entretenimento e comunicação do mundo. Eles possuem não apenas Walt Disney Studios, mas também Walt Disney Animation Studios, Pixar, Marvel Studios, Lucasfilm, 20th Century Studios, 20th Century Animation e Searchlight Pictures.

Além disso, da Wikipedia:

“As outras principais unidades de negócios da Disney incluem divisões em televisão, transmissão, mídia de streaming, resorts de parques temáticos, produtos de consumo, publicações e operações internacionais. Por meio desses vários segmentos, a Disney é proprietária e opera a rede de transmissão ABC; redes de televisão a cabo como Disney Channel, ESPN, Freeform, FX e National Geographic; divisões de publicação, merchandising, música e teatro; serviços de streaming direto ao consumidor, como Disney+, Star+, ESPN+, Hulu e Hotstar; e Disney Parks, Experiences and Products, um grupo de 14 parques temáticos, hotéis resort e linhas de cruzeiro em todo o mundo”.

Portanto, essa conversa na “Reimagine Tomorrow Conversation Series” tem ramificações para praticamente todos os cidadãos do planeta Terra, mais cedo ou mais tarde.Só podemos esperar que seu conteúdo seja amplamente divulgado porque a maioria dos pais, podemos supor, ficaria chocada. A menos que a empresa seja verdadeiramente autodestrutiva, ela terá que parar.

Também nos perguntamos o que Xi Jinping pensa de tudo isso, se ele pensa, neste momento. (Existem Disneylândias em Xangai e Hong Kong.) Ele provavelmente já está rindo de toda essa bobagem acordada, assim como, sem dúvida, Vladimir Putin. Se alguma vez houve um sinal de fraqueza americana, é isso.

E, finalmente, nos perguntamos o que o velho Walt pensaria. Ele tinha seus problemas, como sabemos. Mas ele era criativo e original, muito mais criativo do que esses idiotas acordados. Eles não poderiam produzir um filme no nível de “Branca de Neve e os Sete Anões” ou, por falar nisso, escrever uma música tão otimista e bonita quanto “When You Wish Upon a Star” para salvar o que você sabe.

Na verdade, o que eles estão fazendo, o estrago que estão causando, pode ser motivado pela inveja daquela incrível arte de Hollywood e Disney que era.

As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.

*         Publicado em Epoch Times em 1º de abril de 2022 Atualizado: 3 de abril de 2022

Transcrito do site:  Conservadores e Liberais - puggina.org

Roger L. Simon é um romancista premiado, roteirista indicado ao Oscar, cofundador da PJMedia e agora editor-geral do Epoch Times. Seus livros mais recentes são “The GOAT” (ficção) e “I Know Best: How Moral Narcissism Is Destroying Our Republic, If It Hasn’t already” (não-ficção). Ele pode ser encontrado no GETTR e Parler @rogerlsimon.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

“Cadeia verde-amarela” e outras notas de Carlos Brickmann


Todos os governadores eleitos do Rio nos últimos 20 anos foram presos. Dois ex-governadores de São Paulo foram delatados. Ninguém se salva?


A Rádio Bandeirantes, potência maior do rádio paulista, montou uma rede nacional de emissoras afiliadas, que retransmitiam sua excelente programação de esportes. Era a Cadeia Verde-Amarela Norte-Sul do Brasil. Com a TV nos estádios, permitindo que rádios menores transmitissem o jogo a partir das imagens, dissolveu-se a Cadeia Verde-Amarela.

Mas o mundo gira. Hoje, a Cadeia Verde-Amarela Norte-Sul do Brasil está de volta, com autoridades sendo presas em todo o país. O esporte é o mesmo de antes: atuar em estádios, receber boladas, montar boas jogadas e sempre seguir a máxima de um grande técnico, Gentil Cardoso: “Quem pede recebe”. Alguns deram o azar de fazer o que não deviam na hora em que o juiz estava olhando, e a torcida, irritada, exigiu o cartão.
Resultado: todos os governadores eleitos do Rio nos últimos 20 anos foram presos. Um, Sérgio Cabral, está condenado a mais de cem anos. Os dois Garotinhos, Anthony e Rosinha, passaram pela cadeia, mas foram logo soltos. E Pezão foi o primeiro dos quatro a ser preso ainda no exercício do mandato. Perto de Cabral, Pezão é argent de pôche, dinheiro de pinga: falam em mesada de R$ 150 mil, mais 13º, eventualmente algo a mais, mas nada que se compare, ao menos por enquanto, ao anel de R$ 800 mil que Cabral recebeu como propina de um empreiteiro para dar à esposa.
Dois ex-governadores de São Paulo foram delatados. Ninguém se salva?

A hora das vaias
Atenção: o que se discute no Supremo é uma questão constitucional, não partidária, se o presidente da República tem ou não o direito de conceder indulto a presos que se enquadrem em certas normas. Este colunista, do alto de sua ignorância em Direito, acha que, seguidas as normas legais (sem mexer no que está escrito), indultar é direito do presidente. Siga-se a lei.  Se o STF mexer nas normas, interferirá em outro poder. Indulto não é jabuticaba, existe mundo afora. Quando o presidente Nixon renunciou, seu vice Gerald Ford o perdoou, livrando-o de processos. Sem promessa de perdão, renunciaria? Ou lutaria na Justiça, tumultuando a vida do país?

É sério, mas não é
O Governo paulista destinou no Orçamento à Linha 18 do Metrô um total de R$ 40,00 (sim, quarenta reais). A Linha 18 terá 15 km de trilhos, com 13 estações, e deve ligar as sete cidades do Grande ABC, uma das regiões mais importantes do Estado, à capital. Aliás, já deveria estar em funcionamento, porque a inauguração era prevista para 2018, A obra está parada há quatro anos ─ mas, com R$ 40 para gastar no ano, como andar? Esta verba só tem uma vantagem: não sobra espaço para nada errado.

Erramos 1
Esta coluna se equivocou ao noticiar a empresa na qual Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, está trabalhando em São Paulo: a firma é a CSN, do empresário Benjamin Steinbruch. Perillo se mudou para São Paulo depois de ser derrotado na eleição para senador.

Erramos 2
Nos anos mais duros da ditadura militar, o Painel da Folha de S. Paulo chamou o ministro Júlio de Sá Bierrenbach, do Superior Tribunal Militar, de “almirante de esquerda”. Erro, claro: Bierrenbach era almirante de esquadra, a mais alta patente da Marinha. Houve a reclamação, a habitual chuva de protestos, e no dia seguinte o Painel publicou algo como “houve um erro na referência à patente” do almirante Bierrenbach. “O correto é almirante de esquerda”. Não é que esta coluna cometeu o mesmo tipo de erro? Ao publicar esclarecimentos sobre vida e obra do ex-ministro Roberto Campos, errou o nome de quem gentilmente nos corrigiu. O nome correto do professor e diplomata é Paulo Roberto de Almeida.

Nosso herói
Mickey Mouse completa 90 anos: em 1928, estreou no desenho animado Steamboat Willie, em que trabalha num navio e tem como inimigo João Bafodeonça. Mickey fez sucesso no cinema, nos quadrinhos, na área de entretenimento ─ os parques da Disney o têm, ao lado de Pateta, como o grande chamariz de turistas. Mickey e seus companheiros de Disney são também grandes exemplos internacionais. No Brasil, por exemplo, velhos ratos estão sempre próximos do poder. Nem dão bola para os Patetas e, graças ao jeitinho brasileiro, ficaram muito amigos de João Bafodeonça e dos Irmãos Metralha, hoje seus companheiros em tantas aventuras. Essas mudanças no perfil dos personagens lhes fizeram bem: nossos ratos, mesmo não sendo atrações turísticas, ganham muito mais que o Mickey.

Aberje
O arresto e penhora de bens da Aberje, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, foram suspensos: a Aberje está pagando a dívida trabalhista que havia motivado o processo. Tudo em ordem.

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann
 

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Lá fora



Na crítica da ONU não está embutida uma crítica ao sistema judicial brasileiro e seu açodamento em condenar Lula e afastá-lo das eleições? 

[a crítica não é da ONU - e sim de um comitêzinho de 'especialistas' com um único objetivo: repercussão política.

Sugerimos a leitura do brilhante artigo de Carlos Alberto Sardenberg - FAKE ONU, que desmonta a farsa do tal comitê de 'especialistas'. 

A ONU antes de permitir que seu nome seja utilizado em manifestações de grupelho de esquerdistas, deveria impor sua autoridade - caso possua - em situações em que direitos humanos estão sendo violados.

Jamais aceitar interferir, ou deixar que outros órgãos o façam em seu nome, por o Brasil manter na cadeia um criminoso condenado a mais de doze anos de cadeia.]

O que eles vão pensar da gente lá fora nunca foi uma preocupação da ditadura militar. Esta só providenciou para que o “lá fora” permanecesse lá fora. O que saía na imprensa mundial sobre os desmandos da ditadura brasileira não chegava à imprensa brasileira, censurada durante 20 anos. Aos militares só interessava o que os americanos pensavam da gente, já que os Estados Unidos tinham sido cúmplices do golpe de 64 (dizem que uma frota americana estava pronta para intervir no Brasil, caso a “revolução” fosse derrotada) e formado técnicos em tortura e anti-insurreição para governos militares em toda a América Latina, na famigerada Escola das Américas. [quanto ao aqui chamado 'ditadura militar' lembro  que no inicio do ano tentaram uma outra FAKE NEWS acusando o general Ernesto Geisel de ter determinado que terroristas fossem abatidos.
A tal FAKE NEWS , que envolvia um tal Matias Spektor, não colou e agora tentam outra, também fadada ao fracasso.]
 
Quando Jimmy Carter, então presidente dos Estados Unidos, visitou o Brasil em 1977, teria sugerido ao Geisel que a ditadura maneirasse. Se Carter influenciou mesmo a “abertura” lenta e gradual que começou com Geisel, não se sabe. Mas o suave democrata Carter (que ainda está vivo e mora na mesma casa modesta que construiu antes de se eleger presidente) sinalizava, na sua política externa, que a atitude do governo americano mudara, já não era a favor dos bandidos — ou tão abertamente a favor. A nova política de Carter foi considerada ingênua e não vingou. Acabou em quatro anos. [uma das vantagens do pensamento americano é que o que não presta dura no máximo quatro anos;
diferente do Brasil em que uma coisa como Lula consegue ser reeleita, indica um 'poste' e este poste é também reeleito - apesar de antes de concluir o mandato ter sido acionado o botão da caixa de descarga, expelindo o poste.] Quem substituiu Carter na Presidência foi Ronald Reagan, um pateta de outro tipo. Um anti-Carter republicano. A Escola das Américas voltou reforçada.

O tal relatório (diretriz, sugestão, opinião, pedido, ordem ou como quer que se chame) do Comitê pelos Direitos Humanos da ONU diz que o direito à liberdade do Lula enquanto sua condenação não for irreversível e o seu direito de concorrer nas próximas eleições estão — nessa visão de lá fora — lhe sendo sonegados. Há muitas questões na fila para serem discutidas nesse caso. Um julgamento da ONU se sobrepõe a qualquer legislação brasileira? Na crítica da ONU não está embutida uma crítica ao sistema judicial brasileiro e seu açodamento em condenar Lula e afastá-lo das eleições? Ou a visão lá fora é uma visão mal informada? De qualquer maneira, lá fora tá pegando mal. [o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e não tem a menor importância o que a corja esquerdista pense ou deixe de pensar sobre NOSSOS assuntos internos.]