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sexta-feira, 30 de junho de 2023

População - O bom e o ruim dos números do Censo - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

PIB

A população do país chegou a 203,1 milhões em 2022, com aumento de 6,5% frente ao censo demográfico anterior, realizado em 2010.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Não é uma boa notícia... é boa, mas não é boa, como diria a ex-presidente Dilma: nossa população não cresceu como esperávamos. Somos 203 milhões de brasileiros, e não 215 milhões. 
O IBGE chegou a projetar que a população havia subido para 213 milhões, mas constataram outra coisa no Censo. 
Mesmo considerando que 4% das residências não atenderam, projetou-se um número de moradores, e chegaram a pouco mais de 203 milhões de habitantes.
 
A notícia boa é que, na última década, crescemos 0,5% ao ano, enquanto na década anterior crescíamos o dobro disso, e lá atrás crescíamos 2%, 3%.  
Quando eu nasci, nós éramos um quinto, 20% do que somos hoje. Crescemos muito e isso demanda serviços públicos de saúde, de educação, de transporte, é um desafio. 
Escola para todo mundo, emprego para todo mundo, renda para todo mundo, alimento para todo mundo. Estamos crescendo menos.
 
Qual é o lado ruim, afinal? Crescer menos é bom. 
Mas a população inativa está crescendo e a população ativa está se estabilizando. 
Isso significa que menos pessoas vão ter de sustentar mais pessoas na Previdência Social
E aí vamos precisar de outra reforma de Previdência, cobrar mais caro. 
Ou então fazer as pessoas se prevenirem já, com seus fundos.

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Vamos ver outros números interessantes
Dos 5.570 municípios, 3.168 cresceram, os outros 2.399 diminuíram. 
Os que mais cresceram estão em Roraima, Santa Catarina e Mato Grosso – e a atividade econômica atraindo gente. 
Por exemplo, no topo da lista, com crescimento de 189%, está o município de Canaã dos Carajás (PA), porque existem duas minas lá da Vale. Já o que mais caiu, perdendo 46% da população, foi Coatiba (BA). 
Eu estou falando do município, não da cidade. 
Está cheio de jornalista que jura que “cidade” e “município” são a mesma coisa, mas não são. É que eles vivem em cidade grande e confundem a cidade, que é a sede do município, é o aglomerado urbano, com o município, que é a área toda, área urbana e área rural. 
Eu sempre digo, brincando, que se cidade fosse o mesmo que município, então a maior cidade do mundo seria Altamira (PA).
 
A cidade mais populosa do Brasil continua sendo São Paulo – é o município mais populoso também, porque em São Paulo cidade e município têm a mesma área. 
São 11,5 milhões de habitantes, mais que o Rio Grande do Sul, que está mais estabilizado – a população caiu em 58% dos municípios gaúchos. 
A capital que mais perdeu população foi Salvador: 258 mil pessoas a menos, ou 10%. 
O Rio de Janeiro perdeu 109 mil pessoas nesses 10, 12 anos. Já Boa Vista (RR) passou de 284 mil habitantes para 413 mil, aumento de 45%. 
 Em 2010, o país tinha 67 milhões de residências, agora tem 90 milhões. De 2010 até hoje, a população cresceu 6,5%, mas o número de residências subiu 34%.
 
Mais imposto nos combustíveis, e tráfico em aeroportos
A partir desta quinta-feira tem mais imposto sobre a gasolina, mais 34 centavos por litro de gasolina e 22 centavos por litro de etanol. 
E, por fim, um alerta para o pessoal que usa aeroportos diferentes de Guarulhos. 
A polícia centraliza muito a investigação de drogas em Guarulhos, mas estão pegando drogas em aeroportos secundários também. 
Apreenderam agora 3 quilos de cocaína no aeroporto de Florianópolis, com uma mulher boliviana que estava indo para a Índia. 
Imaginem se ela é pega num daqueles países que prevê pena de morte por transportar drogas? [seria uma traficante a menos = melhor que uma amais.]

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Agitação e espuma dentro da bolha - Alon Feuerwerker

Análise Política


Esta primeira quase metade de gestão Jair Bolsonaro vem sendo marcada pelo sonho oposicionista de que o governo é uma construção frágil, pronta a desabar pela ação do próximo “fato novo”. Foi assim quando das manifestações em defesa da educação, logo no comecinho do mandato. Mais recentemente, as esperanças da oposição passaram a ser depositadas nos efeitos econômicos e sanitários da pandemia da Covid-19. E de tempos em tempos os olhos brilham quando surge alguma novidade no “Caso Queiroz”.

A realidade, porém, é que Bolsonaro por enquanto defende com sucesso a fatia de mercado conquistada por ele em 2018. O Brasil tinha então 147 milhões de eleitores e o candidato do PSL recolheu no primeiro turno 33% desse eleitorado, 49 milhões de votos, tudo em números arredondados. A esta altura você já percebeu. Os fatos vêm e vão, mas o percentual de “ótimo” e “bom” do presidente oscila sempre em torno desse mesmo um terço.

A taxa de aprovação de Bolsonaro só pode ser medida se se pergunta “você aprova ou desaprova?”, e não deve ser confundida com o ótimo+bom. Ela também oscila pouco, em torno de 40%. Interessante notar que essa ordem de grandeza corresponde ao market share do capitão no segundo turno. Aliás é também o patamar da fatia que aposta que o governo será bom ou ótimo ao final do mandato em 2022. Eis por que é furada a tese do “somos 70%”. Serve como propaganda, mas estrategistas políticos que acreditam cegamente na própria propaganda estão a caminho de ter problemas.

Há, é claro, as variações. Uma foi em meados do ano passado, quando o tema das queimadas na Amazônia ganhou visibilidade. Outra, agora mesmo, na decolagem da pandemia. Mas essas oscilações costumam deslocar mais do “regular” para o ruim/péssimo que qualquer outra coisa. E Bolsonaro tem mostrado resiliência. Quando a pressão afrouxa, as curvas de avaliação dele tendem a voltar para o padrão de “um terço, um terço, um terço”.

Sempre supondo que a conjuntura correrá pelos trilhos desse “normal”, fica claro portanto que a base social de sustentação de Jair Bolsonaro é consistente e ampla o suficiente para ele se segurar na cadeira e ser competitivo em 2022. Poderá ser derrotado? Sim, desde que se encontre um candidato capaz de aglutinar todo o restante do eleitorado e que além disso consiga ganhar alguma margem levando para votar uma parte dos que têm insistido no absenteísmo.

Não é simples. Implicaria costurar uma alternativa em que todas as facções do antibolsonarismo estejam contempladas. Como diz o ditado, seria o casamento do jacaré com a cobra d'água. Por enquanto, o que cada facção antibolsonarista vem pedindo às demais é a capitulação incondicional em nome do combate ao adversário comum. Na real, hoje ainda inexiste na oposição um sentimento autêntico de "qualquer um menos Bolsonaro". Aliás, é o contrário.

Outro problema: a cada gesto de distensão do presidente, os ensaios de coalizão são lipoaspirados. E Bolsonaro tem sido hábil (ou tido sorte) na política, como mostrou a votação do Fundeb. Enquanto o novelo não desenrola, vem restando ao antibolsonarismo repetir o antipetismo praticado na maior parte do extenso período do PT no poder. Promover agitação e criar espuma dentro da própria bolha. Não deixa de ser uma maneira de passar o tempo fazendo algo útil. 


[Recomendamos: alguém explica.]

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político



quarta-feira, 29 de julho de 2015

Mais uma razão para Dilma renunciar. Já não governa. É governada pelos fatos.



Dilma vai vetar regra de reajuste da aposentadoria que quebra o país. Está certa, mas vai apanhar
A presidente Dilma Rousseff vai vetar texto aprovado pelo Congresso que reajusta, segundo os critérios de valorização do salário mínimo, todos os vencimentos dos aposentados, mesmo daqueles que recebem acima de um mínimo.  No mérito, ela está certa! Tem de vetar mesmo! Não existe dinheiro pra isso. Leva as contas para o buraco. O diabo é saber por que foi aprovado. E só foi aprovado porque a presidente já não exerce a necessária liderança para estar no comando.

O veto pode ser derrubado no Congresso? Pode! E, por óbvio, a decisão desgasta ainda mais a relação da mandatária com a sua base.

Em momento assim, o ruim se junta ao pior. A voz das ruas tende a ser esta: “Ah, dinheiro pra aposentado não tem, mas pra roubalheira, aí tem”. É claro que as coisas não são tão simples assim, mas o arranjo fecha uma equação na cabeça das pessoas. Aí, meus caros, é popularidade morro abaixo.

Mais uma razão para ela renunciar. Já não governa. É governada pelos fatos.

Fonte: Blog do  Reinaldo Azevedo




sexta-feira, 24 de julho de 2015

O que é ruim piora

"O que é ruim piora"

Mais da metade dos brasileiros (52,4%) considera “péssimoo governo Dilma. Água morro abaixo, fogo morro acima e a popularidade de Dilma quando despenca ninguém segura. Essa versão gaiata do dito popular ilustra o melancólico beco sem saída em que a presidente da República e, consequentemente, seu governo foram colocados pelo sectarismo ideológico e por uma inacreditável incompetência política. Tudo isso é agravado pela maneira mesquinha como o PT tenta salvar a própria pele, fingindo que não tem nada a ver com “isso tudo que está aí”. A mais recente pesquisa de opinião pública, realizada pela MDA Pesquisa por encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mostra que 70,9% dos brasileiros avaliam negativamente o governo petista (“ruim” para 18,5% e “péssimo” para 52,4%), contra apenas 7,7% que o veem com bons olhos (“bom” para 6,2% e “ótimo” para 1,5%).
No levantamento anterior, feito pelo Ibope no fim de junho, os brasileiros que consideravam o governo ruim ou péssimo somavam 68%, contra 9% dos que o julgavam bom ou ótimo. A comparação entre as duas pesquisas e a sólida tendência ao agravamento da situação econômica do País indicam que ainda há espaço para a avaliação popular de Dilma piorar.
A presidente da República até já admite que a economia enfrenta “dificuldades”, que não se encabula de classificar de “passageiras”. Para ela, os grandes responsáveis por inconveniências como a inflação fora de controle, o aumento do desemprego, a redução do consumo e o desajuste das contas públicas são “a crise internacional” e as condições climáticas desfavoráveis. A crise financeira internacional que eclodiu, em 2008, a partir do estouro da bolha imobiliária dos EUA, teve reflexos negativos no mundo inteiro. Do alto de uma próspera situação econômica e escorado em sólidas reservas, o então governo Lula agiu com competência para minimizar os efeitos da crise sobre o País. E isso ocorreu num momento em que, confiante, a administração petista já ensaiava os primeiros passos para a introdução de uma “nova matriz econômica”. Isso significava, trocado em miúdos, substituir paulatinamente o modelo econômico “liberal” herdado das administrações tucanas pela crescente intervenção estatal na vida econômica.
Com a posse de Dilma em janeiro de 2011, a “nova matriz” chegou com toda a força. Saiu de cena o mercado, entrou o Estado. Era tudo pelo qual a presidente lutara a vida inteira, desde quando colocara a própria vida em risco na tentativa de substituir a ditadura militar por uma ditadura comunista. Como o regime de Cuba, o regime brasileiro que os guerrilheiros queriam seria um governo “popular”.
O que não veio pelas armas aconteceu pelo voto. E Dilma e o PT, acreditando que lideravam um governo “popular”, podiam gastar à vontade. Afinal, um governante identificado com “o povo” não precisa dar bola para a regrinha básica, de que as despesas precisam necessariamente ser cobertas por receitas e a riqueza não cai do céu, mas é produzida pelo trabalho duro da insubstituível iniciativa privada.
A ironia é que, quando percebeu que tinha feito tudo errado, Dilma chamou o “liberal” Joaquim Levy para botar ordem nas contas do governo. E, provavelmente, a partir daí começar tudo de novo. Aparentemente, não terá essa chance. Diante da crise, um eleitorado induzido a acreditar no milagre da geração espontânea da riqueza hoje se revela perplexo e indignado, sendo perfeitamente natural que a popularidade da presidente da República – e de tudo e de todos que ela politicamente representa – esteja em baixa profunda. Como era também previsível que os beneficiários diretos do poder dominante, a começar pelos partidos políticos da outrora “maior base aliada da história”, comecem a abandonar o barco.
Até o habitualmente contido vice-presidente Michel Temer – talvez o aliado de que Dilma Rousseff pode menos se queixar avançou um palmo na direção do óbvio ao admitir, em palestra a empresários e investidores em Nova York, que “daqui para a frente” o seu PMDB estará pensando em “deixar o governo” e apresentar candidatura própria na eleição presidencial de 2018. Alguém duvida?
 
Fonte: Editorial - O Estado de São Paulo