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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

O culto inculto à ignorância e à mentira - Alex, PhD

Eu não quero politizar, mas dá muita pena constatar o que acontece, faz décadas, ou melhor, não acontece no âmbito cultural em nosso país.

Não desejo ser uma espécie de elitista, mas abomino a tal cultura “popular”, quando se refere a algo que claramente tem padrões medíocres e risíveis, mas, uma vez que se originou no seio popular, é classificado por muitos como sendo artefato cultural genuíno, de valor. Como nos falta - isso que tenho 5.7 e procuro avidamente aprender - ensinar aos jovens os esteios na literatura, nas artes, na música, enfim, os grandes clássicos atemporais!

Poucas coisas me comovem tanto quanto ver diariamente nas redes sociais, muitas vezes perdidas entre xingamentos, pessoas com pouca instrução escolar, sadiamente interessadas em aprender com o que leem e expondo ideias próprias, racionais e coerentes. Essas pessoas venceram as dificuldades, aprenderam com a vida e usam a internet como ela deve ser usada. Alguém escreveu e eu assinaria embaixo: com a internet, ser ignorante é uma escolha.

Contra isso lutam os movimentos de justiceiros sociais tentando enquadrar a cultura inspirada nos clássicos como racista, homofóbica, escravista, fascista… dureza.

Outra dificuldade mastodôntica, é ensinar quem irá transmitir os essenciais ensinamentos culturais de valor inquestionável aos jovens.

Lastimo muito pelo Brasil de hoje.

Bolsonaro, evidente que no sentido de estofo cultural, não era nenhuma Brastemp. Aliado a isso, seu trabalho na área da educação foi muito ruim e/ou não conseguiu mover as peças no tabuleiro dos reis e das rainhas progressistas que mandam na educação e no “cultural brasileiro”.

Mas não há nada que não possa ficar pior, e o pior, para a alegria de Murphy, realizou-se: Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”.

Sagrou-se “vitorioso” um semianalfabeto que se orgulha de não ter estudado e de não ler.

A língua portuguesa para esse cidadão, é tão perigosa como um pequeno lago abarrotado de piranhas.

Um analfabeto em história e em tudo que tangencie, com honras - sem dúvida - a alta cultura. Sou preconceituoso sim com um presidente que seguramente ajudou a forjar uma atmosfera cultural que se orgulha da ignorância.

Hoje, na Argentina, esse contumaz comedor de “s”, além de semianalfabeto, um mentiroso inveterado, junto ao seu parceiro na ideologia do fracasso a la Gardel, afirmou que a economia argentina foi “outstanding”, quando na realidade, a inflação quase chegou aos 100%, e a pobreza atingiu quase 40% da população.

O energúmeno afirmou que não só a economia hermano acabou 2022 numa situação privilegiada - ele diria e escreveria “previlegiada” -, mas também a política e o futebol foram bem-sucedidos.

Não, não sou preconceituoso, mas tenho preconceito com um semianalfabeto que quer “o pobre comendo uma picanha e tomando uma cervejinha no final de semana”, quiçá assistindo um show de funk.

Ensino duro de qualidade, eventos culturais de qualidade, fora aqueles dos amigos da seita ideológica rubra, nem pensar. Aliás, com a qualidade, eles correriam o perigo de efetivamente pensar! 
Se não aceitar a conformidade com o baixo nível, se não querer me fazer de idiota é ser preconceituoso, sim eu sou preconceituoso.

Com um semideus - opa, semianalfabeto - no topo, orgulhoso de suas mentiras e de sua ignorância, toda uma nação, tristemente, é encorajada a ser, ainda mais, inculta e idiota.

 Alex Pipkin, PhD


sexta-feira, 29 de março de 2019

Encantador de Burros

Teve pífia repercussão na mídia vinculada à “esquerdopatia” a condenação por danos morais do Promotor de Justiça Cassiano Roberto Conserino, no montante de 60 mil reais, conforme sentença da 3ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, por ter  este publicado no seu perfil do facebook que o ex-Presidente Lula seria um “encantador de burros”.

Com absoluta certeza essa sentença, embora aparentemente  “prestigiando” o ex-Presidente Lula, ao contrário do que seria de se esperar, teve que ser “abafada” no nascedouro  por essa  mesma mídia em virtude do medo que a sua eventual amplificação poderia resultar num “tiro pela culatra”, ou seja, suscitar uma ampla  discussão na opinião pública, que certamente concordaria e até reforçaria a afirmação do promotor condenado. Pessoalmente considero verdadeira a sua afirmação.

E também considero que o juiz errou “redondamente” ao prolatar a sua sentença. O promotor  nem mesmo  insinuou que Lula seria “burro”. “Burros” seriam os que acreditavam nas suas “baboseiras” políticas e votavam nele. Esse foi o sentido dado  a essa expressão pelo promotor no seu perfil do “face”. Lula seria só o “encantador” (de burros), não o “burro” propriamente dito.

Na verdade Lula pode ter todos os defeitos que se possa imaginar numa pessoa.. Mas “burro”, com certeza, ele não é. “Burro” é quem pensa que ele é “burro”. Se ele não fosse um “baita” esperto, jamais teria chegado à condição de um semideus na política, evidentemente para  os seus “burros”. Aristóteles (em “Política”) classificava as formas de governo em  PURAS e  IMPURAS. Dentro das formas PURAS, estariam a MONARQUIA (governo de um só),a  ARISTOCRACIA (governo dos melhores) e a DEMOCRACIA (governo do povo). Nas formas  IMPURAS, que seriam, respectivamente, formas corrompidas de cada uma das formas puras, se situariam a TIRANIA, a OLIGARQUIA e a DEMAGOGIA.

Mais tarde, o geógrafo e historiador grego  POLÍBIO (203 a.C-120 a.C) substituiu a “demagogia” preconizada por  Aristóteles, pela OCLOCRACIA, que seria a corrupção da “democracia” ,com uma série  de outros vícios somados à "demagogia”.Na visão de Políbio, a maior degeneração do SISTEMA ELEITORAL da democracia  estaria na ausência de virtudes democráticas, despolitização e ignorância  dos eleitores, sempre em proveito dos patifes que se infiltram na política para enganar o povo e só buscar o próprio interesse.
 
Segundo essa ótica, o Brasil estaria vivendo na democracia ou na oclocracia?
A “democracia” do Brasil de hoje tem muita a ver com a da Grécia Antiga do Séc. 5 a.C, que foi o período mais brilhante da civilização helênica, com as guerras vitoriosas contra os persas e as riquezas e terras conquistadas. Mas a superabundância da riqueza acarretou a CORRUPÇÃO DOS COSTUMES, o abalo das tradições morais e religiosas, e o surto da ambição e do oportunismo.

É nesse ambiente social  degenerado que surgiram os SOFISTAS, antigos mestres de música ,que se tornaram “professores” populares  de filosofia. Eram “homens venais e sem convicções,ávidos de riqueza e de glória que, nessa época de crise para o pensamento grego exploram, em benefício da própria vaidade e cupidez, o estado de espírito criado pelas especulações filosóficas e condições sociais  do tempo”. Os sofistas serviam-se das armas da razão para destruir a própria razão, e sobre as ruinas da verdade, erigir o próprio interesse em norma suprema de ação. Com essa “metodologia” procuravam convencer e corromper a juventude.

Dentre os sofistas merecem destaque  especial  Protágoras (480 a.c-411 a.C),para o qual “o homem é a medida de todas as coisas”, e Górgias(480 a.C-378 a.C), autor de “Do não ser”, onde garante  que “nada existe”. Para combater os males causados pela Escola Sofista, surge SÓCRATES  (469 a.C-399 a.C),com o objetivo de instruir a mocidade  e libertá-la da influência perniciosa sofista.

Mas Sócrates foi acusado pelos seus inimigos de corromper a mocidade. Foi condenado à morte e executado. Teve que beber “cicuta. O “crime” de Sócrates foi jamais ter abdicado de falar a verdade. Na Grécia sofista, falar a verdade era o maior dos crimes, mais grave que matar, estuprar ou roubar.

Portanto o motivo da  condenação do promotor Cassiano certamente teve muita  semelhança com a  condenação de Sócrates:” escrever a verdade”.

 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
 
 

quarta-feira, 20 de março de 2019

A Lei de Toffoli não vai escapar da lata de lixo da História

Os brasileiros vão aprendendo que uma toga não transforma ninguém em semideus, nem confere aos ministros do Supremo o dom da infalibilidade

“Decisão do Supremo não se discute, cumpre-se”, dizia não faz tanto assim o deputado Ulysses Guimarães (e repetiam todos os políticos). Os tempos mudaram. No século passado, o time da toga era formado por dois ou três craques do mundo jurídico e nenhum dos que completavam o grupo pisava na bola ou a despachava para o pau de escanteio depois de recebê-la a um metro do gol. Hoje, gracas às performances coletivas da cúpula do Poder Judiciário, a frase cunhada por Ulysses só é recitada pelos muito ingênuos, pelos muito cínicos ou por beneficiários de decisões absurdas, insustentáveis e inverossímeis.

Os brasileiros vão aprendendo que, como nos demais Poderes da República, também os juízes do Supremo têm seus salários (além dos privilégios, penduricalhos e bandos de assessores) bancados pelos pagadores de impostos. A gente comum vai descobrindo que os ministros do Supremo Tribunal Federal são funcionários públicos. Que uma toga não transforma ninguém em semideus, nem confere a quem a veste o dom da infalibilidade. Assim, decisões do STF — que, aliás, frequentemente dividem ao meio a própria Corte — devem ser cumpridas, mas os cidadãos têm o direito de discuti-las, criticá-las e mesmo contestar-lhes a legitimidade.  De costas para tais obviedades, o ministro Dias Toffoli resolveu proibir os brasileiros de enxergar os erros, caprichos, abusos e outros filhotes da insolência e da arrogância epidêmicas que há muitos anos vêm corroendo a credibilidade e o respeito que o tribunal mereceu no passado. Se esse aleijão entrasse em vigor, ninguém poderia fazer denúncias ou acusações envolvendo ministros do Supremo. Pergunta o Brasil decente: a restrição também valeria para quem se dispusesse a revelar, em delações premiadas, bandidagens praticadas por algum dos 11 ministros? E se Paulo Preto, por exemplo, decidisse contar o que fizeram seus padrinhos acampados em tribunais superiores?



Por essas e outras, a Lei de Toffoli terá o mesmo destino reservado pelo Brasil democrático a tantas leis da mordaça articuladas por liberticidas de carteirinha: a lata de lixo da História.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Nome aos Bois

O desenlace está próximo.

É hora de unificar o discurso.

A presidanta é MARMOTA.

O bêbado é MOLUSCO.

De língua presa, chama o parlamento de empalamento, o tribunal de surubremo e as pessoas que não são debochadas de zelite.

Dizem que o molusquinho tomou chuva de pedra d'água numa ilha chique.

O margarina tomou vaia no hospital de luxo. Mandaram-no tomar os serviços no susto.

O semideus da capa preta foi pego fazendo mutreta de carrão apreendido e depois se disse arrependido.

Chega ao planalto o refrão: Feliz foi Adão que não teve sogra nem caminhão.

Pode ser que cheguem tropas de parachoques contra os manifestantes, mas nada será como dantes no quartel de abrantes, nem nos outros.

Por: Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador - Blog Alerta Total