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domingo, 17 de dezembro de 2017

‘Houve ação planejada com participação da PGR’

Em sua primeira entrevista exclusiva após ser denunciado por corrupção e obstrução da Justiça com base na delação do Grupo J&F, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) negou que tenha cometido crime e disse que foi gravado por Joesley Batista em “uma ação planejada com a participação de membros da Procuradoria-Geral da República”. Após a Operação Patmos, Aécio chegou a ser afastado do mandato, teve prisão preventiva solicitada e ficou em recolhimento domiciliar noturno. Ele admite apenas que cometeu “um erro” ao pedir R$ 2 milhões para o empresário. Leia os principais trechos da entrevista concedida ao Estado

Após um 2017 turbulento, qual é o seu projeto eleitoral para 2018? Está no seu radar voltar à Câmara?
Essa possibilidade não existe. Minha prioridade é responder de forma serena, mas muito firme, a todas essas denúncias que envolveram meu nome. Sou o primeiro a reconhecer que cometi um erro ao aceitar, de alguém que se dizia amigo, uma ajuda para pagar meus advogados. Mas não cometi crime. Quem foi lesado? O Estado foi lesado nisso? Houve alguma contrapartida? Não houve. Eu sei que a forma como isso é divulgado gera na opinião pública um sentimento muito negativo. Tenho 32 anos de mandatos honrados, dignos. Fiz um governo em Minas Gerais que virou referência para o Brasil. Fui candidato à Presidência da República defendendo aquilo que eu acreditava. Sem dúvida, parte dos ataques que eu recebo vem da forma como enfrentei o PT em uma disputa extremamente dura. No processo que culminou com o afastamento da presidente da República tivemos um papel que buscou tirar o Brasil da paralisia. Não tenho do que me arrepender da minha trajetória pessoal.

Mas e o episódio da delação do Grupo J&F…?
Reconheço que errei nesse episódio (sobre a conversa gravada por Joesley Batista), principalmente na forma de me comunicar. Ainda que, em uma conversa privada, com um linguajar pelo qual me penitencio pessoalmente. Mas os fatos vão demonstrando de forma clara que eu fui vítima de uma grande armadilha. Seja nas novas gravações – em especial uma, que parece ter sido omitida inicialmente – na qual minha irmã (Andrea Neves) oferece um apartamento de família e convida ele a visitar. Novos depoimentos mostram de forma clara que houve uma ação planejada com a participação de membros da Procuradoria-Geral da República. Vou dar aqui um dado que ainda não é de conhecimento público.

No dia 24 de março, depois de uma reunião de várias horas na Procuradoria-Geral, aqui em Brasília, com a presença do senhor Joesley Batista, dos seus advogados, do (diretor jurídico da J&F) Francisco de Assis, ele (Joesley) pega um avião e vai a São Paulo para me gravar. Essa gravação foi feita após uma reunião em que o senhor Francisco de Assis afirma em seu depoimento que a gravação foi objeto de conversa dessa reunião na sede da PGR. Há um depoimento do advogado da JBS confirmando essa reunião. É óbvio que se deduz que ele saiu da conversa com procuradores com uma pauta.

Quais membros da PGR? Rodrigo Janot estava presente?
Não tenho informação de que ele estivesse, mas é muito difícil que isso não fosse de conhecimento interno na Procuradoria. Para obter benefícios da delação, ele (Joesley) transformou a oferta da venda de um apartamento em uma grande armadilha. Mas tenho absoluta confiança na Justiça. 

A Polícia Federal filmou, com autorização do Supremo, a entrega de uma mala com R$ 500 mil em espécie para seu primo, Frederico Pacheco, que depois repassou esse dinheiro para um ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Isso depois do diálogo no qual o senhor pediu R$ 2 milhões ao Joesley.

Como explicar uma mala de dinheiro?
Ele ofereceu um empréstimo para eu pagar os advogados dessa forma. Isso obviamente negociado no objetivo da sua delação. Ele disse que ia me emprestar esses recursos das “suas lojinhas”. Recurso privado em dinheiro. Eu aceitei. Foi um erro. Pagaria com a venda de um apartamento. Esse recurso depois foi integralmente devolvido. O Estado não foi lesado. Não há contrapartida. Concordo que as imagens dão a impressão disso, no contexto negativo. Pago um preço altíssimo. 

Como paga hoje sua defesa?
Estou pagando com toda a dificuldade do mundo, vendendo parte do meu patrimônio com ajuda da minha família. Todos esses pagamentos são registrados com origem específica. E muito aquém das expectativas iniciais dos advogados.Após o 2º turno de 2014, o sr. disse que perdeu não para um partido político, mas para uma “organização criminosa”. O argumento do combate aos desvios éticos na política permeou sua defesa do impeachment e a ação para cassar a chapa Dilma-Temer. Depois o sr. foi denunciado por corrupção, citado por delatores e passou a ser alvo de inquéritos no STF. 

Como explicar isso aos eleitores que lhe deram quase 50 milhões de votos naquela eleição?
Dizendo sempre a verdade. Quais são as acusações pelas quais eu respondo hoje? Apoio para campanhas eleitorais, feitos como a lei determinava.

Mas com caixa 2?
Não é caixa 2, mas apoio às campanhas eleitorais feita por empresas. O que houve é que, a partir de um determinado momento, os delatores foram levados a dizer que todos os apoios às campanhas eram tratados como propina. Umas das denúncias do (ex-)procurador-geral (Rodrigo Janot) diz respeito aos recursos doados à campanha do PSDB registrados na Justiça Eleitoral. 

O sr. teve medo de ser preso? Como se sentiu ao ser afastado do mandato e depois ficar em recolhimento domiciliar noturno?
Foi uma injustiça (o pedido de prisão da PGR), mas recebo com serenidade. Eu sei quem eu sou. Não houve crime algum. Fui vítima de ação controlada sem autorização do STF. Uma armação de alguém que estava vendendo a sua alma para ter benefício da delação. Acharam que eu poderia ser uma cereja desse bolo.

E sobre a prisão preventiva da sua irmã, Andrea Neves?
Foi uma coisa extremamente traumática pelo absurdo e pela enorme injustiça. Ela teve 10 minutos com ele (Joesley) na vida. Ofereceu um apartamento da nossa família (para venda), que havia sido oferecido a outras pessoas das nossas relações e isso tudo já está documentado no processo. O outro contato foi telefônico, ela o convidando para conhecer o apartamento. Ponto. Essa foi a participação dela. Mas ela tem astral grande e energia elevada. Está muito bem. Vamos em frente.

O sr. vê abusos da Lava Jato?
Não sou a pessoa mais adequada para fazer esse julgamento. Vai parecer que é minha defesa. ............

MATÉRIA COMPLETA continue lendo em O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Sem medo do ridículo e certo da impunidade, Janot usa evidência de falcatrua como se álibi fosse

Se o STF tiver a coragem de seguir a Constituição — vejam a que ponto chegamos! — são nulas aquelas estrovengas apresentadas como provas. O Inciso LVI do Artigo 5º da Constituição diz claramente que não serão aceitas no processo provas ilícitas

Rodrigo Janot é mesmo um pândego. Nesta quarta-feira, confrontado com reportagem da Folha que evidencia que a Procuradoria Geral da República soube em data muito anterior à admitida por ele próprio que o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves seriam delatados pela turma da JBS, saiu-se com uma cascata fabulosa. E que evidência era essa? Um e-mail que o então procurador Marcelo Miller, que trabalhava diretamente com Janot, como seu braço-direito na investigação, enviou a si mesmo.

Lembro rapidamente: a CPMI da JBS quebrou o sigilo da correspondência eletrônica de Miller. Numa mensagem enviada a si mesmo no dia 9 de março, ele afirma:
que a JBS já estava em processo de delação;
– que Temer seria um dos delatados;
– que Aécio seria outro.
Vamos lá:
– Joesley gravou conversa com Temer no dia 7 de março;
– o procurador-geral afirmou mais de uma vez, inclusive em documento oficial, que as tratativas para a delação só começaram no dia 27 de março;
– Janot disse só então ter tomado ciência da gravação com o presidente;
– se Miller sabia da coisa ao menos desde o dia 9, como acreditar que ele, Janot, não soubesse?;

– como o então procurador tinha ciência de que Aécio seria delatado se a gravação com o senador só foi feita no dia 24 de março?

E o que disse o ex-procurador-geral? Prestem atenção: “[o e-mail] é a prova absoluta de que nós não tínhamos nenhum acerto. Tanto é assim que Miller instruía as pessoas sobre eventuais obstáculos que nós faríamos e como eles deveriam superá-los”.
Falou essa maravilha depois de participar de um evento em Cuiabá. A declaração traz o cinismo de quem tem a certeza da impunidade.
Janot finge ignorar o fato de que, no tal e-mail, Miller, seu auxiliar direto, se refere à JBS como “nós”, e ao MPF como “eles”. A lista dos delatados estava feita, como revela a mensagem, antes que as supostas evidências fossem produzidas.

Na versão da Carochinha que Janot sustentava — em entrevistas e em documentos —, Joesley se apresentou, disse ter as gravações, e só então começaram os entendimentos. Como se vê, trata-se de uma deslavada mentira. Sabe que isso torna a delação sem efeito se o Supremo cumprir aquilo que o próprio tribunal votou.
Mas há mais: se o STF tiver a coragem de seguir a Constituição — vejam a que ponto chegamos! — são nulas aquelas estrovengas apresentadas como provas. O Inciso LVI do Artigo 5º da Constituição diz claramente que não serão aceitas no processo provas ilícitas.
Julgando que fala com tolos, soltou esta: “Ela [a reportagem] me questionou sobre o fato de que este caso só entrou na Procuradoria dia 27 de março, e o email é do dia 9, portanto seria incoerente. Incoerente por quê se quem mandou o e-mail foi o Miller, do computador pessoal dele, como diz a própria reportagem, dirigido ao pessoal da JBS?”

É espantoso! E para quem Miller trabalhava? Em nome de quem atuava? Mais: e a nota emitida pelo próprio Janot, quando se descobriu que Miller instruía também o acordo de leniência, assegurando que o então procurador não participara dos acordos de delação? Como se nota, isso também é falso.
Janot tentou se comportar ainda como ombudsman da reportagem: “O fato de o presidente da República ter praticado mais de um crime, no exercício da Presidência, não é notícia. A notícia é que um dos ‘braços direitos do procurador’ instruiu a JBS a se comportar desta ou daquela maneira. Esta é a coerência de se comparar, como pares, sorveteiros e esquimós. Os dois mexem com gelo”.

O doutor fala como se Miller, à época, não estivesse nos quadros da PGR, servindo-o.
Vamos ver. Se o presidente cometeu crimes, ele, Janot, não provou. Quem os pratica é criminoso, e pode ser tratado assim desde que pego em flagrante, que confesse ou que seja condenado. Temer não se encaixa em nenhum caso. O ex-procurador é menos inteligente do que parece ao abusar da metáfora.  Se Temer é o esquimó, o próprio Janot admite ser o sorveteiro, e a matéria que os uniria seria o “gelo”, os atos criminosos. Janot está nos pedindo que condescendamos com o seu crime porque, afinal, seria menor… Pra começo de conversa, quando o agente do Estado agride a lei para combater o malfeito, está, na verdade, atacando as instituições. Sempre será coisa mais grave.

Mas esperem! Ao agora ex-procurador-geral cabia ter provado o que disse. E não provou. Temer, reitero, não confessou nada. Janot sim!  De resto, que papo é de que a imprensa não noticiou os supostos crimes do presidente? Desde maio, esse é o tema permanente. Janot ainda não está satisfeito com os panegíricos que lhe dedicaram os veículos das Organizações Globo? Ele até conseguiu convencê-los de que está na tal fita gravada por Joesley o que lá não está, não é mesmo? Chega a ser patético que uma mentira seja convertida em linha editorial. É proibido falar ou escrever, naquelas cercanias, que a gravação NÃO TRAZ a anuência de Temer com a compra do silêncio de Eduardo Cunha. E não traz.
Janot sabe que a casa caiu. A menos que o Supremo decida condescender com atos criminosos contra o crime. Delações e supostas provas têm de ser arquivadas no lixo.

Blog do Reinaldo Azevedo

 ASSISTA TAMBÉM: PELA ORDEM! Indicação de novo diretor-geral da PF revela o vício da suspeição gratuita

 

sábado, 21 de outubro de 2017

A Justiça piscou - a piscadela da JUstiça foi motivada pelo desrespeito pela Constituição de três ministros do STF


A elite política vence a Lava Jato


A Lava Jato não mete mais medo em Brasília. Os graúdos da política aproveitam recuos do Supremo, acumulam vitórias e retomam território para a impunidade 

Em meio ao burburinho da sessão da Comissão de Constituição e Justiça, na quarta-feira, dia 18, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) defendeu o presidente Michel Temer. Havia horas o colegiado debatia o relatório do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG), que recomendava a rejeição de um pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça. Maluf classificou a denúncia contra Temer como um ato de “terrorismo” contra a economia nacional. “Quem aqui pode levantar a mão e dizer ‘eu estou aqui sentado sem ter pedido recurso para ninguém, minha campanha custou zero’? Todos pediram recursos. Eu pedi e Michel Temer pediu. Mas de acordo com a lei”, disse Maluf, um veterano em ser alvo e reclamar de denúncias. Uma semana antes, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmara sua condenação à prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. Entre outras coisas, Maluf é acusado de movimentar ilegalmente US$ 15 milhões entre 1998 e 2006 em contas no paraíso fiscal de Jersey, uma ilha no Canal da Mancha.
 
A experiência na causa explica a ousadia de Maluf. Tamanha é a rejeição do presidente Michel Temer nas ruas – apenas 3% dos entrevistados da mais recente pesquisa consideram seu governo ótimo ou bom –, que nenhum de seus colegas foi tão longe quanto Maluf, a ponto de defender Temer por aspectos morais, como a “honestidade” ou a “probidade”. [Maluf se vangloria de não precisar fazer campanha política: "Vou cumprir este mandato de deputado federal em 2018, aos 87 anos. Se estiver com boa saúde, não preciso fazer campanha para deputado. É só dizer que sou candidato que estou eleito. Executivo não tem mais". Essa condição o autoriza a defender Temer sem medo de perder votos.] - SABER MAIS, CLIQUE AQUI.

Preferiram atacar a Operação Lava Jato na pessoa do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que encaminhou a denúncia no mês passado. “Quem merece crédito? O pinguço pego no porão de uma distribuidora de bebidas tomando um trago de ‘cana’ com um advogado ou o presidente da República, que contra ele não há nada absolutamente provado?”, disse o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), em referência a um encontro em um bar entre Janot e o advogado Pierpaolo Bottini, defensor do empresário Joesley Batista, da JBS, cuja delação premiada gerou as denúncias contra Temer.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), aguerrido defensor de Temer, alargou os limites institucionais. “Agora vem uma ditadura de procuradores que se associam a bandidos delatores”, disse em sua defesa, para que a comissão rejeitasse a denúncia contra Temer. Enquanto isso, agarrado a um exemplar da Constituição e a uma cópia da denúncia grifada, o relator Bonifácio Andrada – “nosso relator”, segundo o Palácio do Planalto – defendia os “aspectos técnicos” de seu trabalho. Não era necessário. Os acordos por cargos, emendas ao Orçamento e favores eleitorais acertados pelo governo fizeram com que 39 deputados votassem a favor de Temer e só 26 contra.

O resultado era esperado. A dança dos discursos é que merece atenção. Os parlamentares que defenderam Temer e o ajudarão a escapar definitivamente da investigação na votação no plenário da Câmara, prevista para esta semana, não têm mais medo de desancar a Operação Lava Jato em público. Aqueles que até pouco tempo atrás repetiam com dores agudas no estômago frases comoA Operação Lava Jato tem de ser preservada” hoje podem falar abertamente o que pensam da investigação contra a corrupção. A certeza em torno disso é corroborada pela salvação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente afastado do PSDB um dia antes.

Fonte: Revista Época


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

PF: Aécio ligou para Gilmar no dia em que o ministro tomou decisão favorável ao tucano



Relatório da Polícia Federal diz que senador ligou 46 vezes por WhatsApp em dois meses

[quando a conversa entre Dilma e o investigado Lula foi divulgada - aquela conversa sobre blindar Lula com o cargo de ministro -  fizeram o maior barulho, alegando que  a divulgação era ilegal por envolver autoridade com foro privilegiado (mesmo sendo o interlocutor dessa autoridade um investigado o interlocutor, Dilma, tinha na ocasião foro privilegiado.
Agora a PF divulga conversa do senador Aécio Neves com um ministro do Supremo - muito provavelmente as ligações de Aécio foram monitoradas com autorização do STF, mas, conversas dele com um ministro do Supremo, detentor de foro privilegiado, podem ser divulgadas?]

Relatório da Polícia Federal apontou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ligou para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes 46 vezes por meio de aplicativo WhatsApp entre o dia 16 de março e 13 de maio deste ano. Desse total, 22 chamadas foram completadas. Gilmar é o relator de quatro inquéritos que investigam Aécio Neves e que tramitam no Supremo. No período em que foram feitas as ligações, as investigações já estavam sob a responsabilidade do ministro. Duas delas foram abertas em maio do ano passado. As outras duas foram autorizadas em março deste ano. 


O GLOBO procurou a defesa do senador e o ministro, mas ainda não teve resposta. Em nota enviada ao "Buzzfeed", que revelou o conteúdo do relatório nesta quinta-feira, o advogado de Aécio, Alberto Zacharias Toron, declarou que o senador mantém relações formais e que as conversas foram sobre a reforma política.

[salvo melhor juízo, no momento em que a análise de celulares apreendidos com Aécio mostraram conversar com ministro do STF, não podiam ser divulgadas.]
As ligações não foram interceptadas pela PF, mas identificadas a partir da análise de celulares apreendidos com Aécio Neves na operação Patmos, fase da Lava-Jato realizada no dia 18 de maio e que teve o senador mineiro como alvo.

No dia em que Gilmar acatou o pedido da defesa de Aécio, o senador tentou ligar três vezes para o ministro e somente na quarta tentativa conseguiu contato. Os registros indicam que conversa teve duração de 24 segundos e foi realizada às 13h01. No mesmo dia, o tucano voltou ligar para Gilmar Mendes, às 20h59, mas não conseguiu contato.


No dia seguinte, 26 de abril, quando a decisão do ministro do Supremo foi tornada pública, Aécio voltou a ligar para Gilmar. Ao todo, foram cinco ligações pelo WhatsApp, em quatro delas o senador conseguiu falar com o ministro. Segundo o relatório, as ligações somam 6 minutos e 57 segundos.

Não é a primeira vez que a PF identifica ligações entre Aécio e Gilmar. Uma ligação do senador grampeada pela PF registrou uma conversa com o ministro do STF no dia 26 de abril. O telefonema foi feito direto para o celular de Gilmar, em uma linha que pertence ao Supremo. Aécio diz que o ministro poderia ajudar na votação do projeto de abuso de autoridade no Senado, falando com o senador paraense Flexa Ribeiro. Gilmar diz que fará a ligação. — Você sabe um telefonema que você poderia dar que me ajudaria na condução lá. Não sei como é sua relação com ele, mas ponderando. Enfim, ao final dizendo que me acompanhe lá, que era importante. Era o Flexa, viu? — diz Aécio.
— O Flexa. Tá bom, eu falo com ele — responde o ministro.

Fonte: O Globo