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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Tem cheiro (ou mau cheiro) de Bolsonaro no ar

Bolsonaro leva a eleição ainda no primeiro turno e já está liberado para plagiar Zagallo, no 'vão ter que me engolir' e não será apenas por um mandato 

A 49 dias do primeiro turno da próxima eleição presidencial, a pergunta de não sei quantos bilhões de dólares não é mais sobre os candidatos que disputarão o segundo turno – mas sobre qual será o candidato que no segundo turno enfrentará Jair Bolsonaro (PSL).  Desvalorizou-se, pois, o valor da resposta à pergunta original. Salvo um acidente de campanha, que por acidente é difícil de prever e não se pode descartar, Bolsonaro chegará ao segundo turno em 28 de outubro empurrado pelos eleitores já assumidos dele, e pelos enrustidos. [muitos da mídia estão a comer moscas confiando em uma suposta rejeição das mulheres ao Bolsonaro;
não existe rejeição digna de monta o que existe é que a maioria das mulheres prefere deixar seu voto para o momento da 'solidão' da urna - com tal conduta se livram do patrulhamento imbecil e poderão marcar BOLSONARO para um Brasil feliz e milhões de brasileiros felizes.]

Não se despreze esses. Há, sim, um grande número deles que por vergonha ou timidez prefere não revelar que votará no capitão – seja para não ter que oferecer muitas explicações aos cobradores, seja por temer ser mal avaliado nas rodas dos pretensos bem pensantes.  Em 1989 foi assim com parte dos eleitores que empurraram Fernando Collor rampa acima do Palácio do Planalto. Em São Paulo, o deputado Paulo Maluf sempre contou com a ajuda dos eleitores envergonhados de confessar que votariam nele. Contaria outra vez se não estivesse preso.


Pesquisa de intenção de voto costuma ser um retrato do passado como dizem os que são do ramo. Mas a levarem-se em conta as características especiais destas eleições e à resiliência (êpa, perdão!) de Bolsonaro, elas parecem indicar com certa clareza o que está por vir.  Trata-se de saber se será bem-sucedido o plano traçado por Lula no cárcere de Curitiba de pôr seu substituto no segundo turno. Ou se Geraldo Alckmin (PSDB) surpreenderá seus aliados de fé e os que fingem apoiá-lo com um crescimento rápido na reta final da campanha.

Tirar da fila do Serviço de Proteção ao Crédito os brasileiros endividados não bastará a Ciro Gomes (PDT) para garantir-lhe a chance de enfrentar Bolsonaro. Por fragilidade partidária e pessoal, Marina Silva (REDE) está mais para santa do que para presidente dos desvalidos. Por ora, é só. ['santa'? entre os evangélicos não existe 'santa' ou 'santo' e se existisse os candidatos à Santidade teriam que, no mínimo, escolher entre servir a DEUS ou ao demônio;
no meio evangélico até para ser digno a pessoa tem que ter firmeza de caráter, opiniões e posições firmes, coerentes com a doutrina.
Convenhamos,  uma 'evangélica' que apoia o aborto e a maconha,  desde que um plebiscito aprove as duas aberrações, está sem sombra de dúvidas servindo ao demônio.]

Blog do Noblat - Veja
 
 

terça-feira, 24 de julho de 2018

Maluf diz que vai disputar reeleição para impedir 'estelionato'

Deputado está em prisão domiciliar após temporada na Papuda

Em prisão domiciliar após uma temporada de três meses na Papuda, o deputado Paulo Maluf pretende se registrar como candidato à reeleição. É o que ele mesmo informa, por telefone, de sua mansão em São Paulo. Aos 86 anos, o veterano afirma não ter planos de voltar ao Congresso. O objetivo do registro, diz ele, seria impedir que outros políticos usem o seu número. “Tem muita gente querendo usar o 1111 para ludibriar o eleitor. A última coisa que eu permitiria é fazerem estelionato eleitoral com o meu nome”, afirma, em tom de indignação.

Se aceito pela Justiça Eleitoral, o registro abriria caminho a uma reeleição quase certa. Em 2014, Maluf chegou a ser barrado pela Lei da Ficha Limpa, mas recebeu 250 mil votos. Depois da eleição, o TSE autorizou sua posse. “Posso registrar o número e cair fora no meio da campanha”, ele desconversa, alegando não ter mais saúde para as viagens semanais a Brasília.

No ano passado, o Supremo condenou o deputado a sete anos e nove meses de prisão por crimes da década de 1990. A Procuradoria afirma que ele superfaturou a construção de uma avenida e escondeu o dinheiro no exterior. A acusação de corrupção prescreveu antes do julgamento.  “Sou absolutamente inocente. Fui condenado por um crime que não cometi”, alega. Em abril, a Corte decidiu, por 6 a 5, que ele não podia mais recorrer em liberdade. “Se cinco ministros votaram na minha inocência, eu sou inocente”, absolve-se.

O Supremo também sentenciou Maluf à perda do mandato, mas a Câmara preferiu apenas afastá-lo. Ele cobra “reciprocidade”. “Se juiz pode cassar deputado, deputado também tem que cassar juiz”, discursa. Fora da prisão há quatro meses, Maluf só pode sair de casa para fazer fisioterapia. Ele diz estar na cadeira de rodas e reclama do tratamento na Papuda. “Fiquei totalmente arrebentado. Lá tem uma médica, a doutora Etelvina, para atender 15 mil. Você morre antes da consulta!”, exagera.

Jair Bolsonaro tem certa razão ao dizer que Geraldo Alckmin “uniu a escória da política” ao fechar negócio com o centrão. O problema é que ele também cortejou o PR, uma das maiores siglas do grupo, e foi rejeitado. Agora o capitão atualiza um velho ditado: quem desdenha quis comprar.


 Bernardo Mello Franco, jornalista


 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Maluf se apresenta à PF e deve seguir para Papuda

O deputado Paulo Maluf (PP-SP), 86, se apresentou à Superintendência da Polícia Federal de São Paulo nesta quarta-feira (20), um dia após o ministro Edson Fachin determinar o início do cumprimento de pena por lavagem de dinheiro. O parlamentar chegou à PF por volta das 9h, acompanhado do advogado Ricardo Tosto. Sem falar com a imprensa, ele deixou sua casa nos Jardins, zona oeste da cidade, pelo portão principal em um carro com vidros pretos, por volta das 8h.

Da PF, ele deve seguir para Brasília, onde, pela decisão, cumprirá prisão na Penitenciária da Papuda. Mas defesa de Maluf afirmou que vai entrar com recurso ainda nesta quarta no Supremo para tentar derrubar a determinação. “É uma decisão absurdamente teratológica, contra toda jurisprudência do Supremo. Acho que é fruto da divisão que o Supremo está vivendo. Vamos tentar uma prisão domiciliar”, disse o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

Em maio, Paulo Maluf foi condenado pela primeira turma do STF a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro.  Ele também foi condenado à perda do mandato e ao pagamento de 248 dias-multa no valor de cinco vezes o salário mínimo vigente à época dos fatos, aumentada em três vezes.  Os ministros decidiram ainda que Maluf deve se afastar da administração de empresas, seja em cargo de direção, integrante de conselho de administração ou de gerência, pelo dobro do tempo da pena de prisão, ou seja, mais de 15 anos.

O deputado recorreu, mas perdeu. Ele tentou novo recurso (“embargos infringentes”), negado por Fachin, que aproveitou para determinar o cumprimento imediato da pena.
Para Fachin, Maluf tenta protelar o início do cumprimento da pena.  “A manifesta inadmissibilidade dos embargos infringentes ora opostos, na esteira da jurisprudência desta Suprema Corte, revela seu caráter meramente protelatório, razão por que não impede o imediato cumprimento da decisão condenatória”, escreveu.  O ministro já havia sido sorteado relator do caso enquanto estava na primeira turma, antes de mudar de colegiado por causa da Lava Jato.

Em nota, a defesa de Maluf nega que os recursos tenham como objetivo atrasar o processo. “É evidente que os embargos Infringentes não são protelatórios. É o primeiro recurso e a jurisprudência é absolutamente favorável a interposição deste recurso. Retirar o direito ao acesso ao segundo grau é, com todas as vênias, uma agressão ao direito do cidadão”, afirma Kakay no texto.

CONDENAÇÃO
De acordo com a denúncia, Maluf ocultou dinheiro desviado da construção da avenida Água Espraiada (avenida Roberto Marinho) enquanto era prefeito de São Paulo (1993 a 1996). Para isso, fez remessas ilegais ao exterior usando serviços de doleiros e por meio de offshores na ilha de Jersey. O Ministério Público responsabilizou Maluf por desvios de mais de US$ 172 milhões, mas parte dos crimes já foi prescrita. Fachin considerou apenas desvios na ordem de US$ 15 milhões.  Para a defesa, houve “omissão”, “contradição” e “obscuridade” no julgamento. Os advogados também pedem para juntar novos documentos aos autos.

No entanto, o STF entendeu que Maluf quer “reabrir a discussão da causa, promover reanálise de fatos e provas e atacar” a condenação por meio do recurso. Para Fachin, apesar de apontar “omissão, contradição e obscuridade”, Maluf “não logrou êxito em demonstrar quaisquer desses defeitos”.

OUTRO LADO
Em nota, a defesa de Maluf criticou a decisão de Fachin e afirmou que o deputado decidiu se entregar imediatamente, “tão logo tomou conhecimento da ordem de prisão”, e que hoje se apresentou à PF “sem ter sido intimado formalmente”.
Leia a íntegra do texto assinado pelo advogado Kakay:
*
A defesa do dr. Paulo Maluf esclarece que tão logo o dr. Paulo tomou conhecimento da ordem de prisão por parte do Ministro Fachin decidiu se entregar imediatamente. Quis se dirigir ontem mesmo a noite a PF, ainda que não tivesse ainda nenhum documento formal. Hoje pela manhã se entregou a PF, mesmo sem ter sido intimado formalmente. Expliquei a ele que entraríamos hoje com uma cautelar junto à Presidência do Supremo bem como procuraria o Juiz da Vara de Execução.

A decisão do Ministro Fachin é contrária a toda a jurisprudência do Supremo. E impediu o dr. Paulo de exercer um direito que todo cidadão tem: o do duplo grau de jurisdição! O Supremo entendeu que a prisão pode ocorrer após o segundo grau, decisão que eu pretendo questionar no inicio do ano. No caso do dr. Paulo o segundo grau seria com o julgamento dos embargos infringentes pelo pleno do Supremo. O Ministro Fachin negou a ele o direito, reconhecido em todos os países civilizados do mundo, de ter acesso ao segundo grau. Foi julgado por uma unica vez pela Primeira Turma do Supremo. É evidente que os embargos infringentes não são protelatórios.

É o primeiro recurso e a jurisprudência é absolutamente favorável a interposição deste recurso. Retirar o direito ao acesso ao segundo grau é, com todas as vênias, uma agressão ao direito do cidadão. Por respeito a este direito é que o Supremo sempre aceitou a interposição do recurso de embargos infringentes. A defesa entende que os embargos deveriam ter sido distribuído ao Pleno e analisado de maneira técnica. A decisão monocrática retira do dr. Paulo o direito de ter o segundo grau e retira do plenário do Supremo o direito de dar a palavra final a este processo. Por acreditar no Judiciário a defesa continuará a questionar esta decisão que entende ser teratológica e contraria a jurisprudência da Suprema Corte.

Blog do Reinaldo Azevedo

Da Folha.


sábado, 21 de outubro de 2017

A Justiça piscou - a piscadela da JUstiça foi motivada pelo desrespeito pela Constituição de três ministros do STF


A elite política vence a Lava Jato


A Lava Jato não mete mais medo em Brasília. Os graúdos da política aproveitam recuos do Supremo, acumulam vitórias e retomam território para a impunidade 

Em meio ao burburinho da sessão da Comissão de Constituição e Justiça, na quarta-feira, dia 18, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) defendeu o presidente Michel Temer. Havia horas o colegiado debatia o relatório do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG), que recomendava a rejeição de um pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça. Maluf classificou a denúncia contra Temer como um ato de “terrorismo” contra a economia nacional. “Quem aqui pode levantar a mão e dizer ‘eu estou aqui sentado sem ter pedido recurso para ninguém, minha campanha custou zero’? Todos pediram recursos. Eu pedi e Michel Temer pediu. Mas de acordo com a lei”, disse Maluf, um veterano em ser alvo e reclamar de denúncias. Uma semana antes, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmara sua condenação à prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. Entre outras coisas, Maluf é acusado de movimentar ilegalmente US$ 15 milhões entre 1998 e 2006 em contas no paraíso fiscal de Jersey, uma ilha no Canal da Mancha.
 
A experiência na causa explica a ousadia de Maluf. Tamanha é a rejeição do presidente Michel Temer nas ruas – apenas 3% dos entrevistados da mais recente pesquisa consideram seu governo ótimo ou bom –, que nenhum de seus colegas foi tão longe quanto Maluf, a ponto de defender Temer por aspectos morais, como a “honestidade” ou a “probidade”. [Maluf se vangloria de não precisar fazer campanha política: "Vou cumprir este mandato de deputado federal em 2018, aos 87 anos. Se estiver com boa saúde, não preciso fazer campanha para deputado. É só dizer que sou candidato que estou eleito. Executivo não tem mais". Essa condição o autoriza a defender Temer sem medo de perder votos.] - SABER MAIS, CLIQUE AQUI.

Preferiram atacar a Operação Lava Jato na pessoa do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que encaminhou a denúncia no mês passado. “Quem merece crédito? O pinguço pego no porão de uma distribuidora de bebidas tomando um trago de ‘cana’ com um advogado ou o presidente da República, que contra ele não há nada absolutamente provado?”, disse o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), em referência a um encontro em um bar entre Janot e o advogado Pierpaolo Bottini, defensor do empresário Joesley Batista, da JBS, cuja delação premiada gerou as denúncias contra Temer.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), aguerrido defensor de Temer, alargou os limites institucionais. “Agora vem uma ditadura de procuradores que se associam a bandidos delatores”, disse em sua defesa, para que a comissão rejeitasse a denúncia contra Temer. Enquanto isso, agarrado a um exemplar da Constituição e a uma cópia da denúncia grifada, o relator Bonifácio Andrada – “nosso relator”, segundo o Palácio do Planalto – defendia os “aspectos técnicos” de seu trabalho. Não era necessário. Os acordos por cargos, emendas ao Orçamento e favores eleitorais acertados pelo governo fizeram com que 39 deputados votassem a favor de Temer e só 26 contra.

O resultado era esperado. A dança dos discursos é que merece atenção. Os parlamentares que defenderam Temer e o ajudarão a escapar definitivamente da investigação na votação no plenário da Câmara, prevista para esta semana, não têm mais medo de desancar a Operação Lava Jato em público. Aqueles que até pouco tempo atrás repetiam com dores agudas no estômago frases comoA Operação Lava Jato tem de ser preservada” hoje podem falar abertamente o que pensam da investigação contra a corrupção. A certeza em torno disso é corroborada pela salvação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente afastado do PSDB um dia antes.

Fonte: Revista Época


sábado, 13 de maio de 2017

A Lava Jato é o atestado de óbito do PT - ENTREVISTA - ROBERTO JEFFERSON

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, foi próximo do ex-presidente Lula até 2006. Onze anos e um mensalão depois, ele aposta que o petista não voltará à Presidência e que, “se voltar, voltará para o ódio”. Em 2005, Jefferson teve seu mandato cassado na Câmara por quebra de decoro parlamentar, ao mentir a seus pares em CPI. Depois, foi condenado a sete anos de prisão pela Justiça por crimes no mensalão, o esquema de corrupção do governo Lula que o petebista denunciou. Em entrevista à ISTOÉ, ele faz uma análise do atual cenário político em meio aos embaraços da Lava Jato. 
 
Jefferson diz não acreditar que a classe política faça um “acordão” para impedir a continuidade da operação, embora entenda que isso interessa ao PT. Afinal, a Lava Jato é “o atestado de óbito” do partido. Com o fim da inelegibilidade, ele pretende concorrer no ano que vem ao cargo de deputado federal novamente.

Há um temor que a classe política, de uma maneira geral, esteja se unindo em torno de um entendimento de que seria melhor para todos os partidos o arrefecimento da Lava Jato. O senhor acredita que isso pode ser feito?
Não pode ser feito. A sociedade não aceita. Uma gravíssima crise vai se instalar se tentarem impedir o avanço das investigações e das sentenças. É um grave equívoco. O PT está com suas lideranças envolvidas e a gente até entende que eles queiram tentar esvaziar a operação. Porque a Lava Jato é um atestado de óbito para todo o discurso que o PT praticou durante a sua existência. Mas não creio que o PSDB queira fazer parte de um grupo que vai conspirar contra a Lava Jato. O PTB não ficará a favor disso. O meu partido não vai apoiar qualquer tentativa de se esvaziar a Lava Jato. Entendo que o juiz Sergio Moro vem agindo com muito bom senso. Não é juiz de ficar se promovendo na imprensa, ele fala através de despachos e sentenças. Quem gera muitas tensões são os procuradores, que são mais novos, com as entrevistas que dão, mas o juiz tem sido muito equilibrado.
Quando o ministro Gilmar Mendes, do STF, chamou os procuradores da Lava Jato de ‘os meninos de Curitiba’ o povo não aceitou

O senhor acha que essas tensões causadas pelos procuradores podem atrapalhar a Lava Jato?
Acho que eles não deviam falar. Justiça não se manifesta de público. Quem faz isso é político. Cabe a eles cumprir essa missão, que é difícil, dura, árdua. Destruir reputações, prender pessoas, chefe de família, dona de casa, esposa de político, não é uma coisa simples, não tem que alardear isso para a mídia. Quando isso acontece, é uma coisa que faz parte de uma profissão. No passado, o carrasco aparecia mascarado na hora de botar a forca ou decepar a cabeça de alguém. Todo mundo sabia que tinha um carrasco, mas ele não queria mostrar a identidade. Hoje, todo mundo quer exibir a forca, a corda e a espada? Não deve fazer isso. Faz em silêncio, quieto.

A reação do ministro Gilmar Mendes foi contundente ao criticar uma eventual tentativa de pressão por parte dos procuradores da Lava Jato, que anteciparam uma denúncia contra José Dirceu para tentar evitar que ele fosse solto pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal.
Eu ouvi comentários negativos dos dois lados. Os procuradores terem feito isso no dia do julgamento, nitidamente foi uma tentativa de inibir uma decisão do Supremo. E o discurso do ministro de Gilmar Mendes, que os chamou de “meninos de Curitiba”, o povo não aceitou.

Por que os ânimos estão tão acirrados? Cada um usa as cartas que têm para defender a sua causa?
Penso que com a crise moral, você tem pessoas que querem ocupar espaços que não são delas e que não estão sendo supridos pelas que deveriam ocupar esse espaço. Então, o Judiciário está avançando sobre o Legislativo. Ora tenta avançar sobre o Executivo. Às vezes, o Executivo tenta avançar sobre o Legislativo. Ficou uma coisa sem regra, muito louca. Todo mundo querendo cumprir o próprio papel e quer também avocar o papel alheio.

Há uma crise entre os três poderes no Brasil?
Está um Deus nos acuda. As autoridades estão muito acuadas, os nomes estão muito desgastados, aí acontece isso: todo mundo se lança, todo mundo quer governar, todos querem influir decisivamente no processo legislativo, na decisão executiva ou judicial. Claramente, há uma crise. Por isso, o próximo presidente da República precisa ter esse papel conciliador, colocar os limites que precisam ser lembrados a cada um, mas com habilidade. Alguém que seja realmente um pacificador.

O presidente Michel Temer não poderá assumir esse papel de pacificador?
Ele é contestado o tempo todo, com uns dizendo que “é golpe, é golpe”. A partir do momento que ele estabiliza a economia, e permite a retomada do crescimento e a queda do desemprego, ele aumenta o prestígio dele e poderá, então, dialogar. Essa divisão é muito difícil. Quebra muito a autoridade da pessoa. É que ele é um cara sensato, equilibrado. Imagine se ele começasse a responder: “Vocês quebraram o Brasil!”. Mas ele é calmo, tranquilo, recatado, vai levando.

O que achou da decisão da segunda turma do STF que mandou soltar o ex-ministro José Dirceu, que estava preso preventivamente?
Tecnicamente correta, mas moralmente insustentável. Porque o povo não aceita, não dá para aceitar. Mesmo porque tem mais de 30 anos de condenação. E legalmente ela pode ser questionada também, porque ele tem como influir ainda no processo, na formação de prova. Tem muito personagem ligado a ele. Você veja, o diretório do PT faz uma moção de apoio. A primeira coisa que ele faz é uma carta atacando o juiz Moro, os procuradores, dizendo para dar uma guinada à esquerda. Quer dizer, conclamando à luta. Ele pode gerar muito conflito e até ofender a ordem social do País. Respeito a decisão do Supremo, mas entendo que foi muito equivocada.

O ex-presidente Lula conseguiu enfrentar o mensalão, reelegeu-se, emplacou a sucessora duas vezes. É réu em cinco ações e segue favorito nas pesquisas. Como avalia a imagem dele hoje?

Naquela faixa de 20% do eleitorado de esquerda, ele é inocente. E tem uma outra parcela, os mais politizados, que acham que ele é o Robin Hood, quando rouba do rico para dar para o pobre. Tem esse mito. Mas não vejo chance de ele voltar. Ele não será presidente do Brasil outra vez. Ele perde no voto, a rejeição é muito grande. Ele virou um político comum, igual aos outros.

O senhor acha que ele se tornou um “rouba, mas faz”, como ficou conhecido o deputado Paulo Maluf?
Eu não vou dizer que ele é igual ao Maluf. Eu não quero brigar com o Maluf. Não vou ofender o Maluf, tenho respeito por ele. Mas quando ele está no aeroporto do Ceará e o pessoal diz “Lula, ladrão, teu lugar é na prisão”, aí você já vê. Ele diz que no Nordeste é imbatível, então a gente começa a perceber que lá também está perdendo muito do respeito que conquistou. [O Maluf pode até ter cometido alguns deslizes no trato da coisa pública; mas, até hoje, NADA foi provado - a pressão contra Maluf é baseada no maldito 'politicamente correto', se tornou moda, um ato necessário,  acusar Maluf;
mas, em hipótese, vamos considerar que Maluf seja ladrão e que o POVO por incontáveis vezes o elegeu e com isso lhe permitiu exercer atividades de ladrão;
aí ficamos diante do inevitável: já que o boquirroto do Lula e o Maluf são ladrões - Maluf, em hipótese - e roubaram, pelo menos o MALUF, hipoteticamernte sendo Maluf um ladrão, tem sua culpa minorada com o famoso ROUBA, MAS FAZ;
já o filho de Satã, Lula da Silva, ROUBA MAS NÃO FAZ, ROUBA MAS É INCOMPETENTE, ferrou com o Brasil (ele iniciou o processo de desmonte do Brasil, do crédito sem salário e do salário sem emprego e que no governo Dilma estourou de vez e  fod ... com Brasil) além de tudo é um covarde, tanto que seu depoimento ao juiz Sérgio Moro mais pareceu um libelo contra sua falecida esposa Marisa Letícia.]

As pesquisas, que apontam Lula em segundo turno em qualquer cenário, animaram não só o ex-presidente, como também a militância.
Isso é recall. Eu já não gosto de recall porque eu só vejo isso para trocar peça de automóvel que veio com defeito de fábrica. Lula tem recall e recall, para mim, no Lula é um gravíssimo defeito. Eu aposto com você que vão trocar as peças dele e que ele não volta para a Presidência da República.

O senhor acha que o Lula vai ser preso?
Não agora. Deve ir sendo condenado nos processos. Especialmente com essa robusta declaração que fez o (ex-diretor da Petrobras) Renato Duque contra ele, mostrando que Lula tentou prejudicar as investigações.Impedir a persecução penal, o esclarecimento do crime, é um negócio terrível. Está envolvido, ordenando e tentou impedir que justiça se fizesse. Olha, nem o Lula, que acha que é semi-Deus, consegue sair de cinco inquéritos, não há a menor condição. Preso ele será, mas não sei se agora. Vejo que o Moro está agindo com muita cautela. É um jogo de xadrez. Já jogaram no chão os peões, aí colocaram os bispos no chão, depois os cavalos, as torres. Derrubaram a rainha e o rei está em xeque. Não está em xeque-mate, mas xeque ao rei. Agora é continuar apurando. Esclarecendo esses processos, não tem jeito mais para o Lula, não.

O que espera da eleição presidencial de 2018? Será o ano de um aventureiro?
Aventureiro eu não digo. Quem se lança tem que ter passado, biografia, bom nome, quem não for assim não vai ter condições. Você vai ter gente de fora da política, vai ter governadores e prefeitos bem provados, empresários de grande nome. Nas Forças Armadas pode vir um grande nome militar. [deputado Jair Bolsonaro:  tem biografia, tem passado, tem moral, é honesto, competente e possui coragem para fazer TODAS AS MUDANÇAS que salvarão o Brasil e consolidarão nossa PÁTRIA entre as OITO MAIORES LIDERANÇAS no MUNDO.] 
 
Na área de esportes também, o Bernardinho (ex-técnico de vôlei) é um nome disputadíssimo no Rio. Tenho ouvido que há um apelo para que o general Augusto Heleno dispute a eleição presidencial no Brasil. Vamos ter nomes qualificados.

Temer é sensato, equilibrado. Se estabilizar a economia, poderá liderar a pacificação nacional


E qual sua avaliação sobre o João Doria?
Eu acho que é cedo para ele. Tem que esperar um pouco mais. Não mostrou ainda a que veio. Ele joga bem, tem um grupo de imagem em torno dele, é um cara que tem liderança, vigor, atitude. Mas ele é um pouco duro demais nas colocações. Estamos precisando de um perfil conciliador e ele é um rompedor. Ele é de meter o peito, de brigar. Vamos precisar de um político honesto como ele é, bom administrador, mas que seja um conciliador, para o país não ficar dividido.

O senhor acha que tem uma disposição das pessoas em se conciliar?
Você vai ver que quem fizer o discurso de ódio na eleição vai perder. O povo quer paz, quer viver em paz. O povo quer isso? Paulada, facada, sangue? Precisamos de um Maduro aqui? A Venezuela caiu de Maduro.

Lula, se voltar, já falou em regulação da imprensa…
O Lula, se vier, vem para o ódio. Não virá para o amor. Acabou o Lulinha paz e amor. O discurso do Dirceu já deu o tom dizendo “vamos dar uma guinada à esquerda”. Isso é ódio. Não tem regime de esquerda que não se funda no ódio, na luta de classes e no derramamento de sangue.

E qual seu diagnóstico político hoje, neste confuso cenário?
Temos que aprovar as reformas com urgência.
 
Fonte: ISTO É - Débora Bergamasco
 
 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

A negação da humanidade feminina



Quando o deputado Jair Bolsonaro fala “Eu só não a estupro porque você não merece”, e não é cassado, fica fácil entender onde a cultura do estupro encontra terreno fértil

A notícia sobre a adolescente de 16 anos que foi estuprada por 33 homens parecia ser internacional. Mais uma vítima de um estupro coletivo na Índia. Mas aconteceu no Brasil. Na Índia, a revolta e a repercussão mundial forçaram o governo a mudar as leis e a enfrentar a cultura do machismo.

Aqui no Brasil existem a Lei Maria da Penha, as delegacias da mulher e programas de proteção às vítimas. Mas a cultura do machismo não muda através de leis. Muda quando os homens tiverem a consciência inequívoca da importância da mulher, não apenas como mães, irmãs, tias, filhas, amigas e esposas, (o que já é muito!), mas como a outra metade que faz de nós a Humanidade.

A negação dessa Humanidade é o que explica que 33 homens se revezem no estupro de uma menina de 16 anos. A cultura do machismo floresce nas entrelinhas do cotidiano: seja em um comercial na TV, numa piada entre amigos, no trânsito ou num programa de auditório. Em países como Nova Zelândia ou Suécia, a equidade, principalmente de gênero, é uma política de Estado.

São também governos laicos, que não pautam suas políticas pela religião. Governam para cidadãos, não para fiéis. O Brasil é um Estado laico com um Congresso Nacional controlado por bancadas ; e hoje a evangélica é a mais influente. Diversidade, na Casa do Povo, hoje é pecado. Quando o deputado Jair Bolsonaro fala para Maria do Rosário “Eu só não a estupro porque você não merece”, e não é cassado, fica fácil entender onde a cultura do estupro encontra terreno fértil. [é notória para os nossos dois leitores – ‘ninguém’ e ‘todo mundo’ - a posição do Blog Prontidão Total contra o estupro.
Defendemos penas severas para os estupradores. Mas, consideramos uma atitude tipicamente da esquerda tentar atribuir a uma frase do deputado Jair Bolsonaro (que esperamos em breve tenha 80% das intenções de voto para presidente da República) a existência de uma suposta cultura do estupro;   
Também é fora de propósito, mentira mesmo, atribuir tal cultura a uma predominância  de evangélicos no Congresso Nacional. Graças a tal presença é que os gays ainda não impuseram a maldita ‘iedologia de gênero’, os ‘banheiros públicos unissex’ e outras aberrações.
Graças à presença dos evangélicos que o aborto ainda continua crime no Brasil. Nesta hora, felizmente, os católicos se alinham aos evangélicos e ajudam a combater essas pragas.]

Quando o mesmo deputado dedica seu voto no impeachment ao torturador da Dilma, o sádico Ustra, é preciso lembrar que o estupro era uma das formas de tortura do regime militar. [curiosamente criticam Bolsonaro por ter dedicado seu voto ao coronel USTRA, um HERÓI NACIONAL, mas,  aplaudem os que ao votarem elogiaram porcos comunistas,  com destaque para o famigerado Carlos Marighella e o desertor e traidor Lamarca.] 

Apesar dos absurdos que fala, conta com 8% das intenções de voto para a Presidência da República. Ele não está sozinho nas suas convicções. E tem a pérola do deputado Paulo Maluf: “Se está com desejo sexual, estupra, mas não mata...”  Não bastasse o estupro ser uma cultura, é também uma política. Que o crime cometido contra esta adolescente seja um marco criminal no país, e que cada vez que os homens se olhem no espelho, vejam também uma mulher.

Fonte: Daniel Souza - Blog do Noblat