Em sua primeira entrevista exclusiva após ser denunciado por corrupção e
obstrução da Justiça com base na delação do Grupo J&F, o senador
Aécio Neves (PSDB-MG) negou que tenha cometido crime e disse que foi
gravado por Joesley Batista em “uma ação planejada com a participação de
membros da Procuradoria-Geral da República”. Após a Operação Patmos,
Aécio chegou a ser afastado do mandato, teve prisão preventiva
solicitada e ficou em recolhimento domiciliar noturno. Ele admite apenas
que cometeu “um erro” ao pedir R$ 2 milhões para o empresário. Leia os
principais trechos da entrevista concedida ao Estado.
Após um 2017 turbulento, qual é o seu projeto eleitoral para 2018? Está no seu radar voltar à Câmara?
Essa possibilidade não existe. Minha prioridade é responder
de forma serena, mas muito firme, a todas essas denúncias que envolveram
meu nome. Sou o primeiro a reconhecer que cometi um erro ao aceitar, de
alguém que se dizia amigo, uma ajuda para pagar meus advogados. Mas não
cometi crime. Quem foi lesado? O Estado foi lesado nisso? Houve alguma
contrapartida? Não houve. Eu sei que a forma como isso é divulgado gera
na opinião pública um sentimento muito negativo. Tenho 32 anos de
mandatos honrados, dignos. Fiz um governo em Minas Gerais que virou
referência para o Brasil. Fui candidato à Presidência da República
defendendo aquilo que eu acreditava. Sem dúvida, parte dos ataques que
eu recebo vem da forma como enfrentei o PT em uma disputa extremamente
dura. No processo que culminou com o afastamento da presidente da
República tivemos um papel que buscou tirar o Brasil da paralisia. Não
tenho do que me arrepender da minha trajetória pessoal.
Mas e o episódio da delação do Grupo J&F…?
Reconheço que errei nesse episódio (sobre a conversa gravada
por Joesley Batista), principalmente na forma de me comunicar. Ainda
que, em uma conversa privada, com um linguajar pelo qual me penitencio
pessoalmente. Mas os fatos vão demonstrando de forma clara que eu fui
vítima de uma grande armadilha. Seja nas novas gravações – em especial
uma, que parece ter sido omitida inicialmente – na qual minha irmã
(Andrea Neves) oferece um apartamento de família e convida ele a
visitar. Novos depoimentos mostram de forma clara que houve uma ação
planejada com a participação de membros da Procuradoria-Geral da
República. Vou dar aqui um dado que ainda não é de conhecimento público.
No dia 24 de março, depois de uma reunião de várias horas na
Procuradoria-Geral, aqui em Brasília, com a presença do senhor Joesley
Batista, dos seus advogados, do (diretor jurídico da J&F) Francisco
de Assis, ele (Joesley) pega um avião e vai a São Paulo para me gravar.
Essa gravação foi feita após uma reunião em que o senhor Francisco de
Assis afirma em seu depoimento que a gravação foi objeto de conversa
dessa reunião na sede da PGR. Há um depoimento do advogado da JBS
confirmando essa reunião. É óbvio que se deduz que ele saiu da conversa
com procuradores com uma pauta.
Quais membros da PGR? Rodrigo Janot estava presente?
Não tenho informação de que ele estivesse, mas é muito
difícil que isso não fosse de conhecimento interno na Procuradoria. Para
obter benefícios da delação, ele (Joesley) transformou a oferta da
venda de um apartamento em uma grande armadilha. Mas tenho absoluta
confiança na Justiça.
A Polícia Federal filmou, com autorização do
Supremo, a entrega de uma mala com R$ 500 mil em espécie para seu
primo, Frederico Pacheco, que depois repassou esse dinheiro para um
ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Isso depois do diálogo
no qual o senhor pediu R$ 2 milhões ao Joesley.
Como explicar uma mala de dinheiro?
Ele ofereceu um empréstimo para eu pagar os advogados dessa
forma. Isso obviamente negociado no objetivo da sua delação. Ele disse
que ia me emprestar esses recursos das “suas lojinhas”. Recurso privado
em dinheiro. Eu aceitei. Foi um erro. Pagaria com a venda de um
apartamento. Esse recurso depois foi integralmente devolvido. O Estado
não foi lesado. Não há contrapartida. Concordo que as imagens dão a
impressão disso, no contexto negativo. Pago um preço altíssimo.
Como paga hoje sua defesa?
Estou pagando com toda a dificuldade do mundo, vendendo
parte do meu patrimônio com ajuda da minha família. Todos esses
pagamentos são registrados com origem específica. E muito aquém das
expectativas iniciais dos advogados.Após o 2º turno de 2014, o sr. disse que
perdeu não para um partido político, mas para uma “organização
criminosa”. O argumento do combate aos desvios éticos na política
permeou sua defesa do impeachment e a ação para cassar a chapa
Dilma-Temer. Depois o sr. foi denunciado por corrupção, citado por
delatores e passou a ser alvo de inquéritos no STF.
Como explicar isso
aos eleitores que lhe deram quase 50 milhões de votos naquela eleição?
Dizendo sempre a verdade. Quais são as acusações pelas quais
eu respondo hoje? Apoio para campanhas eleitorais, feitos como a lei
determinava.
Mas com caixa 2?
Não é caixa 2, mas apoio às campanhas eleitorais feita por
empresas. O que houve é que, a partir de um determinado momento, os
delatores foram levados a dizer que todos os apoios às campanhas eram
tratados como propina. Umas das denúncias do (ex-)procurador-geral
(Rodrigo Janot) diz respeito aos recursos doados à campanha do PSDB
registrados na Justiça Eleitoral.
O sr. teve medo de ser preso? Como se sentiu ao ser afastado do mandato e depois ficar em recolhimento domiciliar noturno?
Foi uma injustiça (o pedido de prisão da PGR), mas recebo
com serenidade. Eu sei quem eu sou. Não houve crime algum. Fui vítima de
ação controlada sem autorização do STF. Uma armação de alguém que
estava vendendo a sua alma para ter benefício da delação. Acharam que eu
poderia ser uma cereja desse bolo.
E sobre a prisão preventiva da sua irmã, Andrea Neves?
Foi uma coisa extremamente traumática pelo absurdo e pela
enorme injustiça. Ela teve 10 minutos com ele (Joesley) na vida.
Ofereceu um apartamento da nossa família (para venda), que havia sido
oferecido a outras pessoas das nossas relações e isso tudo já está
documentado no processo. O outro contato foi telefônico, ela o
convidando para conhecer o apartamento. Ponto. Essa foi a participação
dela. Mas ela tem astral grande e energia elevada. Está muito bem. Vamos
em frente.
O sr. vê abusos da Lava Jato?
Não sou a pessoa mais adequada para fazer esse julgamento.
Vai parecer que é minha defesa. ............
MATÉRIA COMPLETA continue lendo em O Estado de S. Paulo.
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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domingo, 17 de dezembro de 2017
‘Houve ação planejada com participação da PGR’
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segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Prisão apenas temporária de Joesley e Saud evidencia exercício do arbítrio, não da lei
Basta lembrar como atuaram Rodrigo Janot e Edson Fachin em outros casos: o caso mais escandaloso, até agora, é o de Andrea Neves
É uma vergonha! Tantas vezes chamei aqui a atenção dos leitores para o que estava — e, na verdade, ainda está — em curso, não? Então Rodrigo Janot, procurador-geral da
República, pede para Joesley Batista, Ricardo Saud e Marcelo Miller
apenas a prisão temporária? E Edson Fachin ainda livra a cara de Miller?
Vocês se lembram da decretação da prisão
preventiva de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG)? Qual
foi mesmo a acusação? Ah, sim: corrupção passiva — e olhem que ela nem
funcionária pública é… Mas vá lá: tal crime poderia ter sido cometido
mesmo assim. O autor do dito-cujo teria sido o irmão. Janot deveria ter
apontado a contrapartida oferecida por Aécio a Joesley em troca daqueles
R$ 2 milhões. Não apontou.
O procurador-geral pediu a prisão
preventiva de Aécio — sabendo que a Constituição a impedia —, acusando-o
de corrupção passiva e também de obstrução da investigação. Edson
Fachin recusou a medida mais drástica, mas afastou o senador do seu
mandato, decisão também ilegal. Na conversa entre o senador e Joesley,
que foi gravada, não há evidência de crime, como sabe qualquer jurista.
No caso de Andrea, nem mesmo o registro existe. O que se tem é a simples
delação de Joesley. Fachin não quis nem saber. Mandou prender a irmã do senador.
Entenderam o ponto? Janot jamais cansou
de pedir, e Fachin jamais cansou de conceder, prisão preventiva em razão
da simples acusação de um delator. Lembrem-se das conversas de Joesley e
Saud. Há ali a confissão de crimes contra o Estado brasileiro. Eles se
orgulham de manipular as instâncias do Estado brasileiro. Marcelo
Miller, o então braço-direito de Janot, é elemento onipresente da
conversa. Fez parte, segundo a dupla, de toda tramoia. E a armação teria
continuidade, aí envolvendo o Supremo.
E o que pede Janot? Ora, a simples
prisão temporária. Com o que concorda o senhor Fachin, não sem antes dar
uma forcinha para Miller, aquele contra quem ele diz haver “indícios
não indiciários”. E não! Andrea Neves não foi a única a
ter decretada a prisão preventiva com base na simples delação. Outros
casos houve. Resta mais uma vez evidenciado que essa gente pretende usar
as prisões para o exercício de um arbítrio que a lei não lhes garante.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
... Ah, entendi? Janot acaba de fundar o indício não-indiciário; é o indicio que nega a si mesmo.
Há algo mais do que mera confusão aí, segundo os bastidores sórdidos de Brasília. ...
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domingo, 18 de junho de 2017
Acertei tudo, no detalhe! Janot usou a direita xucra para tentar a absolvição histórica do PT
Em quatro textos, todos escritos no dia 13 de fevereiro, cantei a bola do que está em curso. Minha bola de cristal se chama ciência política; meu dom divinatório, estudo. Fui xingado, espezinhado, malhado, grampeado... E a sanha me custou dois empregos. Mas venci!
Sim, eis um post gigantesco. A escrita
“cocô de cabrito” (em bolinhas) ou de pato (em jatinhos) não me
interessa — estilo inaugurado nas redes por Paulo Henrique Amorim.
Escrevo textos para pessoas alfabetizadas, que leem. Vou ter de puxar pela memória. A minha e a de vocês.
Sei bem o que passei a partir do dia 13
de fevereiro, quando acusei a direita xucra de estar fazendo o jogo do
PT e das esquerdas. Fui demonizado, xingado, ofendido. Vagabundos e
vagabundas, disfarçados e disfarçadas de jornalistas, apontavam o dedo:
“Ele não gosta da Lava-Jato! Ele fala mal de Sérgio Moro! Ele é contra a
prisão de bandidos”. Não! O que eu fazia, desde meados do ano passado,
era apontar o esforço de Rodrigo Janot, procurador-geral da República,
para promover uma espécie de absolvição histórica do PT, o que, diga-se,
está em curso. Sentenciei, então, numa coluna da Folha de 17 de fevereiro: “Se todos são mesmo iguais, então Lula é melhor.”
A audiência do programa de rádio que eu
fazia então, “Os Pingos nos Is”, na Jovem Pan, só crescia. Os “Pingos”
não existem mais. Saiu do ar quando era o programa mais ouvido do país.
Melhor a morte do que a decadência. Agora, faço “O É da Coisa”, na
BandNews FM, entre 18h e 19h, para todo o país, e até as 19h20 para São
Paulo. Tenho a impressão de que já lidera no horário, vamos ver. As
visitas a meu blog, que estava hospedado, então, na VEJA, se mantinham
altíssimas. Hoje, ele está, como veem, na página da RedeTV!/UOL. E quase
todos os leitores já sabem disso.
Ah, mas as redes sociais… O bueiro do
capeta resolveu, com seus larápios e seus robôs, me transformar num saco
de pancadas. Era o mais odiado pelas esquerdas, desde sempre, e me
transformei no alvo preferencial da direita “lava-jateira”, que não
percebia o golpe de Rodrigo Janot. Aquilo que, para mim, podia ser quase
tocado de tão presente e evidente era tido como miragem. Longe de
perceberem o jogo perigoso de Janot, alguns grupos decidiram marchar em
favor da operação, acusando uma conspiração que nunca existiu.
Passei a enfrentar patrulha no meu
trabalho, do tipo “barra-pesada” mesmo! Como eu ousava ser crítico da
Lava-Jato? Estaria eu empenhado em defender os tucanos? Como me atrevia a
criticar decisões de Sérgio Moro? “Olhe, eu fui a uma festa, e falaram
mal de você!” Pois é. A minha crítica estava certa. A festa é que era
ruim.
E, como sabem, a perseguição partiu
também de Brasília. Em meio a mais de duas mil gravações, pinçaram um
grampo de uma conversa minha com Andrea Neves. Papo de jornalista com
fonte, como ficou evidente. Mas a divulgação criminosa me custou dois
pedidos de demissão. Não, não fiquei na rua da amargura porque haviam me
sobrado dois empregos: a coluna na Folha e o comentário diário no
RedeTV! News. Com efeito, em 50 minutos, lá me foram duas ocupações: uma
de 12 anos, e outra de três anos e meio. Uma hora depois, eu já estava,
de novo, digamos, quadruplamente empregado. E ainda recebi outras
ofertas muito generosas, pelas quais sou imensamente grato.
Tenho muito apreço pelos posts que
inauguraram o meu confronto com a direita xucra lava-jateira, que hoje,
como se sabe, tem um herói: Joesley Batista! Rodrigo Janot, este patriota sem igual,
jogou lama da reputação de praticamente todas as lideranças políticas
para fazer de Joesley Batista o nosso herói sem nenhum caráter.
Aos posts! Pena eu não ter usado meus
dons premonitórios para ganhar na mega-sena, né? Mas me ocorre agora
que, para ganhar, e é preciso jogar, rsss.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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quarta-feira, 14 de junho de 2017
Defesa de Aécio deu tiro no pé
Ao pedir para deixar a Lava-Jato, defesa de Aécio deu tiro no pé
Senado afastado agora é julgado pela primeira turma, que costuma manter pedidos de prisão
A estratégia da defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de
pedir para tirar do ministro Edson Fachin a relatoria do inquérito que
responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta ligação espúria
com a JBS foi um tiro no pé. Antes, o caso era considerado do âmbito da
Lava-Jato e, por isso, analisado pela Segunda Turma da corte, que tem
tendência maior de libertar presos. Agora, o inquérito está na Primeira
Turma, que tem outra inclinação. A mudança de endereço do processo
causou o primeiro revés ao parlamentar, quando manteve a irmã dele, Andréa Neves, presa.
Semana que vem, é o próprio Aécio que estará na mira, quando o
colegiado analisará o recurso da Procuradoria-Geral da República
insistindo na prisão do tucano.
Quando o inquérito chegou ao STF, Aécio e Andrea eram
investigados junto com o presidente Michel Temer. A defesa do
parlamentar queria separar as condutas – e conseguiu. Com isso, o caso
saiu das mãos de Fachin, que é da Segunda Turma. Um sorteio definiu
Marco Aurélio Mello, da Primeira Turma, o novo relator. Cada um dos
colegiados é integrado por cinco ministros. A presidente, Cármen Lúcia,
não participa desses julgamentos.
Ao discutir prisões, a Segunda Turma costuma ter interpretação “garantista”, na linguagem jurídica. Recentemente, com os votos de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, o colegiado mandou libertar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no mensalão e na Lava-Jato. Dias antes, a Primeira Turma tinha determinado a prisão do goleiro Bruno Fernandes, condenado pelo assassinato de Eliza Samúdio, com quem tem um filho. Marco Aurélio havia libertado o réu, mas a Primeira Turma revogou o benefício.
Ao discutir prisões, a Segunda Turma costuma ter interpretação “garantista”, na linguagem jurídica. Recentemente, com os votos de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, o colegiado mandou libertar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no mensalão e na Lava-Jato. Dias antes, a Primeira Turma tinha determinado a prisão do goleiro Bruno Fernandes, condenado pelo assassinato de Eliza Samúdio, com quem tem um filho. Marco Aurélio havia libertado o réu, mas a Primeira Turma revogou o benefício.
Embora tenha posição conhecida contra a prisão de
investigados antes da condenação, Marco Aurélio decidiu levar o recurso
de Andrea para a análise dos colegas – que, na maioria, têm uma visão
rígida do processo penal, especialmente em relação a crimes do colarinho
branco. Eles mantiveram a prisão da irmã do senador por considerar
graves as condutas atribuídas a ela. [destaque-se que o motivo considerado não existe no Código de Processo Penal, que é a legislação adequada para definir os fundamentos para decretação de uma prisão preventiva;
o motivo invocado existe apenas na interpretação dos ministros que o invocaram.]
Marco Aurélio também vai levar ao plenário da Primeira Turma
o pedido de prisão de contra Aécio. O caso é diferente, já que, segundo
as investigações, Andrea era responsável por negociar diretamente
repasse de dinheiro com a JBS para beneficiar o irmão. Quando era
relator, Fachin decidiu prender Andrea, mas deixou Aécio livre – embora
tendo afastado o senador do mandato. [a penalidade de afastamento de um parlamentar do seu mandato INEXISTE na legislação brasileira, sendo fruto apenas do entendimento do ministro que a determina sua aplicação - entendimento sem origem ou fundamento.] Agora, caberá à Primeira Turma
decidir se toma ou não uma decisão mais dura que a de Fachin.
No julgamento do recurso de Andrea, dois dos três ministros que votaram pela manutenção da prisão consideraram graves os fatos investigados até agora. Luís Roberto Barroso disse que há “provas abundantes e contundentes” e que os diálogos gravados revelam a habitualidade criminosa com a qual Andrea operava em nome do irmão. Rosa disse que há indícios mínimos de materialidade. Fux não se adiantou sobre o caso concreto. Disse apenas que considerava mais prudente manter Andrea presa enquanto as investigações estão em curso. O fato de manter Andrea presa, no entanto, não significa que a decisão será estendida ao irmão dela. Mesmo porque, se a Primeira Turma determinar a prisão de Aécio, a decisão precisa ser referendada pelo Senado. [será que precisa? se três SUPREMOS ministros decidirem pela prisão de Aécio - sem atender ao determinado na Constituição - quem vai questionar os autores da ilegal decisão?]
o motivo invocado existe apenas na interpretação dos ministros que o invocaram.]
No julgamento do recurso de Andrea, dois dos três ministros que votaram pela manutenção da prisão consideraram graves os fatos investigados até agora. Luís Roberto Barroso disse que há “provas abundantes e contundentes” e que os diálogos gravados revelam a habitualidade criminosa com a qual Andrea operava em nome do irmão. Rosa disse que há indícios mínimos de materialidade. Fux não se adiantou sobre o caso concreto. Disse apenas que considerava mais prudente manter Andrea presa enquanto as investigações estão em curso. O fato de manter Andrea presa, no entanto, não significa que a decisão será estendida ao irmão dela. Mesmo porque, se a Primeira Turma determinar a prisão de Aécio, a decisão precisa ser referendada pelo Senado. [será que precisa? se três SUPREMOS ministros decidirem pela prisão de Aécio - sem atender ao determinado na Constituição - quem vai questionar os autores da ilegal decisão?]
Fonte: O Globo
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terça-feira, 13 de junho de 2017
Fux, o informal, Rosa, a sem-noção, e Barroso, advogado de terrorista, mantém Andrea presa
Primeira turma mantém preventiva de irmã de Aécio Neves. Decisão é uma clara afronta ao Artigo 312 do Código de Processo Penal e caracteriza pena antecipada
Por três votos a dois, a Primeira Turma
do Supremo manteve a prisão preventiva de Andrea Neves. Votaram contra o
relator, Marco Aurélio, que disse as coisas certas a respeito, e
Alexandre de Moraes. Decidiram que ela tem de ficar presa os ministros
Rosa Weber, Roberto Barroso e Luiz Fux. O que acho da decisão? Absurda e
covarde! Atende mais ao alarido do que aos fatos. Soltar a irmã do
senador pareceria falta de dureza com os tucanos.
Existem regras para a prisão preventiva,
estabelecidas no Artigo 312 do Código de Processo Penal. Ela deve ser
decretada quando a liberdade do acusado implicar:
– risco à ordem pública (pessoa está cometendo ou prestes a cometer novos crimes os mais variados);
– risco à ordem econômica (idem para crimes na área econômica);
– ameaça à instrução criminal (pôr prova em risco e intimidar testemunhas);
– risco de descumprimento da lei penal (risco de fuga).
– risco à ordem pública (pessoa está cometendo ou prestes a cometer novos crimes os mais variados);
– risco à ordem econômica (idem para crimes na área econômica);
– ameaça à instrução criminal (pôr prova em risco e intimidar testemunhas);
– risco de descumprimento da lei penal (risco de fuga).
Andrea não se encaixa em nenhum desses
quatro casos. Mais: tem bons antecedentes criminais. Assim, como disse
Marco Aurélio, a preventiva é antecipação de pena. Ah, mas não para Luiz Fux, que confessou
ontem, numa palestra a empresários (e conta que foi aplaudido), que não
dá muita bola para aspectos formais de um processo. Ah, mas não para Roberto Barroso, o
advogado do terrorista italiano Cesare Battisti, um assassino em seu
país, que Barroso e seus amigos de esquerda transformaram em herói no
Brasil. Alias, o doutor confessou no livro “O Novo Constitucionalismo
Brasileiro” que nada entendia de direito penal. Quando o bandido
italiano foi solto, ele perguntou a jornalistas o que deveria fazer com a
alvará de soltura.
Ainda bem que eu não estava perto. Ou teria respondido. E Rosa, como é notório, ainda não
entendeu por que está lá. Sua sabatina no Senado foi uma das coisas mais
constrangedoras e humilhantes de que tenho memória na vida pública. No
intervalo, ela chegou a pensar em desistir. A então oposição amaciou a
sabatina, e ela seguiu adiante.
Pois é… Nessas matérias, não dá pra amaciar.
Andrea está preventivamente presa; é
acusada de corrupção passiva na modalidade concurso de pessoas — já que
não é funcionária pública. Na denúncia que oferece contra Aécio Neves,
Rodrigo Janot não conseguiu nem mesmo evidenciar que ele cometeu
corrupção passiva, já que não aponta a contrapartida. No momento em que começam a ficar
patentes os abusos da Lava-Jato, Rosa, Barroso e Fux resolvem mandar a
lei às favas. É uma vergonha!
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
[hoje é o dia do salvo engano, vamos a mais um: salvo engano existe um dispositivo legal - parece que na Constituição, que determina que pessoas identificadas civilmente NÃO ESTÃO OBRIGADAS a identificação criminal e Andrea Neves, como bem mostram as fotos abaixo, foi devidamente identificada e teve as fotos divulgadas sem restrições.
Até pode ser aceitável, para fins de atualização do cadastro do prisioneiro - se tratando de prisioneiro devidamente julgado e condenado, com pena definitiva e não apenas sendo submetido a ANTECIPAÇÃO DE PENA - que se proceda uma identificação completa no presídio e as informações resultantes fiquem devidamente arquivadas no prontuário do preso - sem divulgação na imprensa.]
Andrea Neves (Polícia Federal/Reprodução/Revista VEJA)
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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Cesare Battisti,
pena antecipada
STF mantém prisão de irmã de Aécio Neves
Andrea Neves foi presa em 18 de maio na Operação Patmos por ordem do ministro Edson Fachin
Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira pedido para
revogar a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã do senador afastado
Aécio Neves, e rejeitou colocar a jornalista em liberdade. A defesa da irmã do parlamentar alegava
que a situação dela havia mudado desde o último dia 18, quando foi
deflagrada a Operação Patmos, resultado das revelações da delação
premiada do empresário Joesley Batista, dono da JBS. No julgamento,
porém, o pedido de revogação da prisão foi duramente criticado pela
subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques, que declarou
que, caso Andrea fosse libertada, “devia se abrir as portas da cadeia e
soltar todo mundo”.
Andrea foi denunciada por corrupção
passiva, por ter pedido 2 milhões de reais a Joesley, mas, segundo a
defesa, não foram atribuídas a ela imputações de quadrilha, organização
criminosa, associação para o crime, lavagem de dinheiro ou obstrução da
investigação, crimes que eventualmente poderiam justificar a prisão
preventiva.
De acordo com o advogado da jornalista, a situação de Andrea
se assemelha ao caso da irmã do doleiro Lúcio Funaro, Roberta Funaro,
que recebeu o benefício da prisão domiciliar. “A gravidade concreta da conduta de
pedir 2 milhões de reais ao empresário justifica a prisão”, disse
Cláudia Sampaio Marques, que desqualificou a argumentação da defesa. “A
Operação Lava Jato desvelou um quadro extremamente grave de corrupção
(…) que mina as bases do Estado democrático de direito, que quebrou a
confiança que a população brasileira tem nos seus políticos, que criou
um clima de desesperança, de descrédito no Estado e nos seus
governantes”, atacou a subprocuradora-geral na sessão da Primeira Turma.
“Ela, como intermediária de seu irmão
político e senador, foi pleitear dinheiro e sabendo que estava lidando
com o primeiro ou segundo maior doador de seu irmão. Fala-se de 60
milhões de reais dados pela JBS à campanha de Aécio Neves. E dentro
desse quadro ela fala em mais 2 milhões de reais para pagar um advogado.
Dizer que isso não tem gravidade para decretar a prisão preventiva?
Acho que devia se abrir as portas da cadeia e soltar todo mundo”,
continuou. [salvo improvável engano, o art. 312 do Código de Processo Penal estabelece os requisitos que devem ser atendidos para fundamentar a decretação de uma prisão preventiva.
E entre os requisitos lá elencados não consta algo que permita que o entendimento de um subprocurador-geral da República seja razão para decretação de prisão preventiva.
Decretar a prisão preventiva com base no 'JULGAMENTO' ou PRÉ-JULGAMENTO' de um membro do Ministério Público é invadir competência do Poder Judiciário, Poder que detém competência para julgar - pelo menos até que se revogue o artigo 312 do CPP.] As sucessivas denúncias de corrupção reveladas pela Operação
Lava Jato levaram Cláudia Sampaio a comparar os casos de hoje ao
escândalo do mensalão. “Lembro que na época do mensalão se falava em 1
milhão. Hoje se fala em milhões, em bilhões. E dizer que isso não tem
gravidade concreta para justificar uma preventiva?”, protestou.
Presa preventivamente no dia 18 de maio
em Belo Horizonte, a jornalista pediu 40 milhões de reais ao empresário
Joesley Batista, delator da Operação Lava Jato. A justificativa dada por
Andrea, disse o delator Joesley, era de que o dinheiro era o valor que
deveria ser pago pelo apartamento da mãe, no Rio de Janeiro. A transação para o futuro repasse de
dinheiro envolveu também Aécio, que, conforme depoimentos da delação do
dono da JBS, teria afirmado que, no caso de emplacar Aldemir Bendine na
presidência da companhia Vale, o próprio Bendine “resolveria o problema
dos 40 milhões pedidos por Andrea Neves”. Na última sexta-feira, o juiz
Sergio Moro autorizou a abertura de inquérito contra Bendine em
Curitiba.
Nos depoimentos de delação premiada,
Joesley Batista também relata que a jornalista Andrea Neves disse a
Joesley que uma operação de simulação de pagamento de honorários
advocatícios para justificar um repasse de 2 milhões de reais “daria
errado”, mas a irmã do senador disse que “precisava era mascarar e dar
de legalidade ao que fizeram em 2014 para a campanha”. Ao final, ficou
acertado que o valor seria pago em quatro parcelas.
O ministro Luis Roberto Barroso, em voto
que abriu a divergência para manter Andrea Neves presa, disse que o
ministro Edson Fachin, que decretou a prisão em maio, alegou que ela
participava de “atividade delituosa múltipla com atividade que se
prolonga no tempo” e invocou que a prisão foi decretada com base no
receio de continuidade delitiva e na gravidade dos fatos. Para Barroso,
há fortes indícios de solicitação e receptação de valores indevidos. Ele
lembrou que há acusações, “em meio à maior operação de corrupção
realizada no país”, de que Aécio Neves atuava para obstruir a Justiça.
“Depois do mensalão, depois de três anos de Operação Lava Jato, o modus operandi
continuava da mesma forma, como se nada tivesse acontecido e como se o
risco de ser alcançado pela Justiça inexistisse”, afirmou Barroso.
“Ao menos por ora não é o caso de
reverter a prisão preventiva. O panorama delitivo no que tange a ela
ainda não está estabilizado”, disse Rosa Weber, segundo voto pela
manutenção da prisão de Andrea Neves.
A favor da liberdade –
Em seu voto, o relator Marco Aurélio Mello disse que, para manter a
prisão, seria preciso haver um “dado concreto e individualizado para
justificar a custódia”. “Fora isso é a suposição do excepcional e do
extravagante, que não justifica a preventiva”, disse ele. Para o
relator, seria “indevido” supor que Andrea Neves, em razão de seu grau
de parentesco com Aécio Neves, poderia influenciar as investigações. “Se
o senador Aécio Neves, autor principal, segundo o Ministério Público,
está solto, não seria lógico supor que uma partícipe seria a causadora
de possível obstrução de Justiça”, completou o ministro Alexandre de
Moraes, também favorável à soltura de Andrea.
Fonte: Revista VEJA
Marcadores:
Andrea Neves,
artigo 312 do Código de Processo Penal,
ministro Alexandre de Moraes e Marco Aurélio,
ministro Edson Fachin,
prisão
terça-feira, 6 de junho de 2017
Um pouco sobre Andrea Neves que se encontra em prisão preventiva há quase 20 dias, por SUSPEITA de ter pedido dinheiro a Joesley Batista
Neta de Tancredo e irmã de Aécio, Andrea Neves ganhou fama no caso Riocentro
Ela socorreu capitão do Exército. Nos anos 80, a jornalista e principal assessora do irmão, agora presa em Minas no âmbito da Lava-Jato, ajudou a fundar o PT no Rio
[existe um ditado que diz que a JUSTIÇA DIVINA tarda mas não falha e que explica o castigo que Andrea Neves recebe agora - prisão preventiva por suspeita de ter pedido dinheiro a Joesley Batista e como sabemos a prisão preventiva no Brasil tem um pouco de perpétua, tendo em conta que uma das principais características da perpétua é que não se sabe quando termina e algumas preventivas no Brasil também não é sabido o término.
A prisão de Andrea - tudo indica não merecida - é a punição tardia, mas, merecida, por um crime que ela cometeu há mais de 20 anos = ajudou a fundar o PT no Rio e viajou a Cuba para prestar homenagens ao tirano Fidel...]
Principal assessora do senador afastado Aécio Neves, presidente licenciado do PSDB, a jornalista Andrea Neves foi, na juventude, personagem de um dos episódios mais marcantes do final do regime militar no Brasil (1964-1985). Na noite de 30 de abril de 1981, mais de dez mil pessoas assistiam ao show "1º de Maio" em homenagem ao Dia do Trabalho e em protesto contra a ditadura, no Riocentro, no bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, quando uma bomba explodiu dentro de um Puma no estacionamento.A explosão no carro, de placa fria, matou o sargento do Exército Guilherme Pereira do Rosário, que estava no banco do carona, e feriu gravemente o capitão Wilson Luís Chaves Machado, socorrido por Andrea Neves, que iria participar do evento com o namorado.
Na ocasião, a neta do então senador Tancredo Neves (PP-MG) não sabia que se tratava de um oficial do Exército ligado a grupos de extrema direita interessados em frear o projeto de abertura política no ocaso da ditadura militar, conduzido pelo presidente-general João Figueiredo. Andrea Neves, que tinha 22 anos, ajudou a levar o capitão Wilson Machado para o hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Diante da falta de iniciativa das pessoas que estavam no estacionamento do Riocentro após a explosão - não havia ambulância -, e vendo Wilson Machado ferido, Andrea contou, segundo reportagem do GLOBO em 1981, que decidiu levá-lo em seu próprio carro, um Passat branco, junto com o namorado, ao hospital na Barra. Na ocasião, a iniciativa da neta foi eleogiada por Tancredo Neves.
Braço direito de Aécio, gravado no âmbito da Lava-Jato pedindo propina de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, dono do Grupo JBS, Andrea é formada pela PUC-Rio no início dos anos 80. Ela morou na cidade desde o início da década de 1970 até 1982, quando ambos, Aécio e Andrea, voltaram para Minas Gerais para trabalhar na campanha que elegeu o avô governador do estado.
Andrea surgiu na vida política militando no movimento estudantil de esquerda e ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio. Antes de fazer campanha do avô e do irmão, pediu votos para o ex-deputado do PT fluminense José Eudes e viajou a Cuba, onde se encontrou com Fidel Castro, em 1985, em reunião contra a dívida externa organizada pelo PCB. José Eudes, por sinal, acabaria sendo expulso do PT por discordar da direção nacional do partido ao votar em Tancredo no Colégio Eleitoral, em 1985, que o elegeu presidente da República.
Em 2003, Andrea ocupou um importante posto na campanha eleitoral do irmão ao governo do estado, o de coordenadora de comunicação. Eleito, Aécio a nomeou para a chefia do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), uma associação civil ligada ao governo que desenvolve projetos sociais em parceria com a iniciativa privada. Desde então, dividiu-se entre a entidade e a chefia do Grupo Técnico de Comunicação do Governo, conselho que cuidava da imagem do governador, das secretarias, empresas e demais órgãos oficiais.
Discreta, de voz mansa, porém firme, Andrea cuidava da imagem de gestor de Aécio, blindando o irmão das acusações feitas pelos seus críticos, durante as duas administrações em que foi governador de Minas. Conforme reportagem publicada no GLOBO no dia 8 de novembro de 2009, Andrea foi criticada pelo Sindicato dos Jornalistas por tentar interferir no noticiário dos jornais do estado, o que ela nega. No Palácio da Liberdade e no PSDB, ela era tida como uma figura onipresente, que aconselhava e costurava acordos políticos nos bastidores, além de influenciar na escolha de dirigentes do partido em Minas. Outra missão era assessorar o irmão na formulação de políticas públicas.
Andrea Neves teve sua prisão preventiva decretada, cumprindo mandado de prisão expedido pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela foi presa pela Polícia Federal no dia 18 de maio de 2017, em sua casa num condomínio de alto padrão em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, dentro da Operação Patmos deflagrada a partir da delação do dono do Grupo JBS, revelada pelo colunista Lauro Jardim, do GLOBO. Andrea teria sido a responsável pela primeira abordagem ao empresário Joesley Batista, por telefone e via WhatsApp. A jornalista é suspeita de ter tratado com ele a entrega dos R$ 2 milhões a Aécio. A polícia divulgou foto de Andrea já fichada e usando uniforme de presidiária - ela foi levada para a penitenciária feminina Estevão Pinto, na capital mineira.
Fonte: O Globo
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sexta-feira, 26 de maio de 2017
A responsabilidade do juiz
A inviolabilidade do sigilo da fonte é mais do que uma garantia do jornalismo, é sustentáculo da democracia
Engajadas em uma cruzada contra o sistema político-partidário, tomado como um mal em si, algumas autoridades do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal (PF) e do Poder Judiciário parecem consumidas por um deturpado senso de missão de purificação nacional que serve – aos olhos delas – como um salvo-conduto para transitar na contramão da lei, como se a ordem jurídica fosse um mero obstáculo a ser transposto em nome de seus impolutos desígnios. Só isso – ou razões que cabe tão somente àquelas autoridades esclarecer – para explicar o aviltante ataque contra o jornalista Reinaldo Azevedo que mais não fazia que exercer sua profissão.
Em abril deste ano, a PF interceptou – com a autorização do ministro Edson Fachin, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) – grande número de ligações telefônicas no âmbito do inquérito envolvendo a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Uma das conversas interceptadas se deu entre Andrea Neves – irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e uma das investigadas no referido inquérito – e o jornalista Reinaldo Azevedo, da Folha de S.Paulo, da Veja e da rádio Jovem Pan.
Embora a conversa entre o jornalista e uma de suas fontes não fizesse menção a qualquer atividade que pudesse sugerir a prática de um crime, constou de um lote de mais de 2 mil gravações entregues pelo STF à imprensa após o ministro Fachin decretar o fim do sigilo do inquérito da JBS. O texto não foi expurgado, como manda a lei que seja feito com todos os diálogos que não digam respeito à coisa investigada. Sua divulgação faz parte de uma “indústria de vazamentos” que se instalou no País e que só interessa às autoridades que a viabilizam ou a seus protegidos. Se as autoridades decidissem resguardar de fato o sigilo do qual são guardiãs, essa indústria já teria falido.
O criminoso vazamento da conversa havida entre Andrea Neves e o jornalista Reinaldo Azevedo configura um flagrante descumprimento da Lei n.º 9.296/1996, que regulamenta as interceptações telefônicas. Seu artigo 9 é taxativo. Não bastasse isso, há o inciso XIV do artigo 5.º da Carta Magna, que resguarda, no caso dos jornalistas, o sigilo da fonte.
Pela lei, a PF deve encaminhar ao Poder Judiciário todo o conteúdo das interceptações autorizadas pela Justiça. É dever do juiz da instrução – no caso, o ministro Edson Fachin, do STF – triar aquelas que são pertinentes à investigação, descartando as que não são. Em nota, a PF informou que “o referido diálogo não foi lançado em qualquer dos autos circunstanciados produzidos no âmbito da mencionada ação cautelar, uma vez que referidas conversas não diziam respeito ao objeto da investigação”. Da mesma forma, a Procuradoria-Geral da República (PGR) veio a público dizer que “não anexou, não divulgou, não transcreveu, não utilizou como fundamento de nenhum pedido, nem juntou o referido diálogo aos autos da Ação Cautelar 4.316, na qual Andrea Neves figura como investigada”.
Ora, a ser verdade o que dizem tanto a PF quanto a PGR, resta saber como a conversa foi parar no lote divulgado para a imprensa pelo ministro Fachin. É dele que a sociedade deve exigir um pronto esclarecimento. O ministro, afinal, deveria estar preparado para fazer a precisa distinção entre uma prova e uma sórdida bisbilhotice. E, por favor, não se venha novamente com a desculpa esfarrapada de que os juízes estão vergados sob o enorme peso dos processos a julgar e não podem fazer tudo. Tudo, nesse caso, é apenas o que a lei manda. E se não podem fazer isso, não podem ser juízes.
A inviolabilidade do sigilo da fonte é mais do que uma garantia do exercício do jornalismo, é um sustentáculo da própria democracia, assegurado pela Constituição. Toda a sociedade perde com o ataque ao jornalista Reinaldo Azevedo. O País não pode transigir com uma ameaça tão grave ao livre exercício do jornalismo de opinião, menos ainda quando a ameaça parte das instituições que têm por obrigação defender um direito como esse. De vazamento em vazamento, corroem-se os alicerces da República.
Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo
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quinta-feira, 25 de maio de 2017
Crises em série
Em momentos como os que estamos vivendo, em que a legitimidade do
presidente da República é posta em questionamento, equívocos,
provocações e tentativas de colocar mais lenha na fogueira são comuns. Vários
exemplos se sucedem nos últimos dias, o mais alarmante a convocação das
Forças Armadas para garantir a lei e a ordem pública, em vez da Força
Nacional, como pediu o presidente da Câmara Rodrigo Maia. O ministro da
Defesa explicou depois que a Força Nacional não tinha contingente
suficiente para manter a ordem.
Mas, mesmo essa medida do presidente da República, que mais parece ter sido tomada como uma demonstração de que ainda está no comando da situação, não justifica a reação radicalizada da oposição, especialmente do PT e movimentos sociais a ele ligados, que quiseram transformá-la na decretação de Estado de Sítio ou de Emergência, situações nas quais há suspensão de direitos. A GLO, como é referida nos meios militares, é uma operação conduzida pelas Forças Armadas de forma episódica, em que os militares agem em uma área restrita e por tempo determinado. Esse tipo de operação é permitida quando “agentes de perturbação da ordem” colocam em risco a integridade da população e o funcionamento das instituições.
Foi o que aconteceu ontem em Brasília, quando, a pretexto de protestar contra as reformas e pedir a saída do presidente Temer, o vandalismo tomou conta de partes da cidade, com prédios públicos sendo depredados e até incendiados, e motoristas foram atacados a pedradas nas principais vias da capital. Em várias ocasiões essa operação foi feita em comunidades dominadas pelo tráfico no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com a greve da Polícia Militar. Na reunião da ONU sobre meio ambiente, a Rio + 20, em 2012; na Copa das Confederações da FIFA e na visita do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013; na Copa do Mundo 2014 e nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Portanto, não se justifica a tentativa oposicionista de criar uma crise institucional além da que já vivemos, e não são aceitáveis ações de vândalos para atingir resultados políticos numa democracia.
Curioso é que essa fúria oposicionista mostra-se artificial, uma busca de criar uma crise política maior do que já temos, pois o Comandante do Exército, General Vilas Boas, revelou recentemente em entrevista às páginas amarelas da Veja que, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma houve consultas informais ao Exército sobre a decretação de Estado de Emergência. A manobra foi denunciada na época pelo senador Ronaldo Caiado, e o governo recebeu o recado de que o Exército não aceitaria participar dessa manobra. Outra clara provocação foi a Polícia Federal intimar por telefone para prestar depoimento o presidente Michel Temer, no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal.
Um equívoco que teve conseqüências graves foi a divulgação de diversos áudios de diálogos de pessoas que estavam sendo investigadas sobre temas que nada tinham a ver com os processos em que são acusadas. Uma delas provocou um dano colateral grave na liberdade de expressão, ao atingir o jornalista Reinaldo Azevedo. Sua conversa com Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, revelou críticas pessoais sobre uma reportagem da revista Veja, onde trabalhava, o que acabou inviabilizando sua permanência na revista. As explicações da Polícia Federal e do Ministério Público são no sentido de que houve um erro na divulgação indiscriminada das conversas, mas há a desconfiança de que o jornalista teria sido vítima de uma vingança, pois vinha criticando diversos aspectos da atuação do Ministério Público na Operação Lava-Jato.
Se confirmada, essa atitude é uma grave agressão à liberdade de informação que não pode ser tolerada numa democracia.
Fonte: Merval Pereira - O Globo
Mas, mesmo essa medida do presidente da República, que mais parece ter sido tomada como uma demonstração de que ainda está no comando da situação, não justifica a reação radicalizada da oposição, especialmente do PT e movimentos sociais a ele ligados, que quiseram transformá-la na decretação de Estado de Sítio ou de Emergência, situações nas quais há suspensão de direitos. A GLO, como é referida nos meios militares, é uma operação conduzida pelas Forças Armadas de forma episódica, em que os militares agem em uma área restrita e por tempo determinado. Esse tipo de operação é permitida quando “agentes de perturbação da ordem” colocam em risco a integridade da população e o funcionamento das instituições.
Foi o que aconteceu ontem em Brasília, quando, a pretexto de protestar contra as reformas e pedir a saída do presidente Temer, o vandalismo tomou conta de partes da cidade, com prédios públicos sendo depredados e até incendiados, e motoristas foram atacados a pedradas nas principais vias da capital. Em várias ocasiões essa operação foi feita em comunidades dominadas pelo tráfico no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com a greve da Polícia Militar. Na reunião da ONU sobre meio ambiente, a Rio + 20, em 2012; na Copa das Confederações da FIFA e na visita do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013; na Copa do Mundo 2014 e nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Portanto, não se justifica a tentativa oposicionista de criar uma crise institucional além da que já vivemos, e não são aceitáveis ações de vândalos para atingir resultados políticos numa democracia.
Curioso é que essa fúria oposicionista mostra-se artificial, uma busca de criar uma crise política maior do que já temos, pois o Comandante do Exército, General Vilas Boas, revelou recentemente em entrevista às páginas amarelas da Veja que, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma houve consultas informais ao Exército sobre a decretação de Estado de Emergência. A manobra foi denunciada na época pelo senador Ronaldo Caiado, e o governo recebeu o recado de que o Exército não aceitaria participar dessa manobra. Outra clara provocação foi a Polícia Federal intimar por telefone para prestar depoimento o presidente Michel Temer, no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal.
Um equívoco que teve conseqüências graves foi a divulgação de diversos áudios de diálogos de pessoas que estavam sendo investigadas sobre temas que nada tinham a ver com os processos em que são acusadas. Uma delas provocou um dano colateral grave na liberdade de expressão, ao atingir o jornalista Reinaldo Azevedo. Sua conversa com Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, revelou críticas pessoais sobre uma reportagem da revista Veja, onde trabalhava, o que acabou inviabilizando sua permanência na revista. As explicações da Polícia Federal e do Ministério Público são no sentido de que houve um erro na divulgação indiscriminada das conversas, mas há a desconfiança de que o jornalista teria sido vítima de uma vingança, pois vinha criticando diversos aspectos da atuação do Ministério Público na Operação Lava-Jato.
Se confirmada, essa atitude é uma grave agressão à liberdade de informação que não pode ser tolerada numa democracia.
Fonte: Merval Pereira - O Globo
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quarta-feira, 24 de maio de 2017
MEU ÚLTIMO POST NA VEJA
PF divulga trechos de conversa minha com Andrea Neves, uma das minhas fontes, em que faço críticas a uma reportagem da VEJA. Pedi demissão. Direção aceitou
Reinaldo Azevedo
[Nota dos editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL
Sempre divulgamos POSTs do Reinaldo Azevedo e sempre contamos com a compreensão dele e da VEJA, compreensão que agradecemos, - ou talvez, pelo 'elevado' número de leitores que o Prontidão Total possui, sequer tomaram conhecimento.
De qualquer forma, jamais deixaríamos de publicar o seu ÚLTIMO POST em VEJA - fruto de uma situação criada por uma retaliação vil ao ilustre jornalista e a prestigiada VEJA - e encerramos esta lembrando que alguns dos que insistem em manter o Blog Prontidão Total, entre os quais me incluo como um dos mais antigos, são leitores de VEJA desde os idos de 68, ano que teve o seu final honrado por uma tomada de posição firme do GOVERNO MILITAR com a edição do Ato Institucional nº 5.
A propósito, naquela época, em que já lia VEJA o este escriba ainda não tinha completado 18 anos.
VOTOS DE SUCESSO ao REINALDO AZEVEDO e também à Revista VEJA e que mantenha a postura que adota há quase 50 anos - no inicio era de centro, mas um centro que pendia exageradamente para a esquerda.
A propósito: hoje, 24 de MAIO, é dia da Gloriosa INFANTARIA do Exército Brasileiro - os 'pés de poeira'.
Cézar Henriquez.]
Andrea Neves, Aécio Neves e perto de uma centena de outros políticos são minhas fontes.
Trechos de duas conversas que mantive
com Andrea, que estava grampeada, foram tornados públicos. Numa delas,
faço uma crítica a uma reportagem da VEJA e afirmo que Rodrigo Janot é
pré-candidato ao governo de Minas e que estava apurando essa informação.
Em outro, falamos dos poetas Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga
Peixoto.
Fiz o que deveria fazer: pedi demissão —
na verdade, mantenho um contrato com a VEJA e pedi o rompimento, com o
que concordou a direção da revista.
Abaixo, segue a resposta que enviei ao BuzzFeed, que vai fazer ou já fez uma reportagem a respeito. Volto para encerrar. Mesmo!
Comecemos pelas consequências.
Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;
3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;
4: como Andrea e Aécio são minhas
fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois,
pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;
5: mas me ocorreu em seguida: “se
estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso
com um jornalista que é crítico ao trabalho da patota?”;
6: em qualquer democracia do
mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria
considerada um escândalo. Por aqui, não;
7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes;
8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;
9: bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo;
10: o que se tem aí caracteriza um
estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo
agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;
11: e também há uma agressão a uma
das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo
cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos
pilares do jornalismo.
Encerro
No próximo 24 de junho, meu blog completa 12 anos. Todo esse tempo, na VEJA. Foram muitos os enfrentamentos e me orgulho de todos eles. E também sou grato à revista por esses anos.
No próximo 24 de junho, meu blog completa 12 anos. Todo esse tempo, na VEJA. Foram muitos os enfrentamentos e me orgulho de todos eles. E também sou grato à revista por esses anos.
Nesse tempo, sob a direção de Eurípedes Alcântara ou de André Petry, sempre escrevi o que quis. Nunca houve interferência.
O saldo é extremamente positivo. A luta continua.
Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA
sábado, 20 de maio de 2017
Prisão de Andrea Neves não faz sentido até agora; é só mandonismo
A Lava Jato e suas derivações prestam um serviço ao país ao elucidar casos de corrupção. Mas suas virtudes, aos poucos, vão se perdendo
Se a punição aplicada ao senador Aécio
Neves (PSDB-MG), com o que se tem até agora, é um exotismo, a que atinge
Andrea Neves, sua irmã, é ainda mais especiosa. Por que foi decretada
sua prisão preventiva?
“Ah, porque foi ela quem primeiro entrou
em contato com Joesley Batista para pedir os R$ 2 milhões”. Mas isso é
razão suficiente para decretar a prisão de alguém? É claro que não!
Andrea, parece-me, só está presa para servir de exemplo. É uma forma de
dizer: “Ninguém está imune à ação dos superpoderosos”.
Nem preciso entrar no mérito da coisa. A
questão é de natureza técnica e segue na forma de interrogações. Andrea
ameaça a ordem pública ou econômica, vale dizer: está demonstrado que
pratica crimes ou está na iminência de? Quais? Se estivesse solta, a
instrução criminal estaria em perigo, com a possibilidade de alteração
de provas ou ameaça a testemunhas? Ora, fosse por isso, será que haveria
algo que ela pudesse fazer que Aécio não possa? Se em liberdade,
haveria o risco de não se cumprir a lei penal — leia-se: fuga? Parece
que ela tinha uma passagem comprada para Londres. Convenham: medidas
cautelares poderiam ter sido aplicadas em lugar da preventiva.
Escrevo com o que se sabe até agora. Se
as contribuições da JBS à campanha de Aécio foram ou não propina, isso
se vai ver no curso do processo. Uma coisa é certa: pedir dinheiro, por
si, não caracteriza crime. Se, no entanto, um agente público vende
facilidades para obter a grana, aí se tem corrupção passiva.
“Ah, mas a turma da JBS diz que o
senador ajudava o grupo, que apoiava as suas demandas”. Ora, que se
investigue! Estou sugerindo o contrário?
Parece que a prisão de Andrea tem mesmo o
propósito de espezinhar, de humilhar, de baixar as resistências para
que o “inimigo” se ajoelhe. E também virou palco para ressentidos.
Assistam ao vídeo (LINK ) , que retrata o
momento em que Andrea chega ao IML para fazer exame de corpo de delito.
Volto em seguida.
Retomo
Tudo é vergonhoso. Há indagações estúpidas. Uma delas: “Andrea, por que você foi presa?” Quem não entende o absurdo da pergunta não merece a resposta. A outra: “Fale alguma coisa em sua defesa…” Ora, claro, ela vai se defender diante de uma tropa de repórteres hostis… Santo Deus!
Tudo é vergonhoso. Há indagações estúpidas. Uma delas: “Andrea, por que você foi presa?” Quem não entende o absurdo da pergunta não merece a resposta. A outra: “Fale alguma coisa em sua defesa…” Ora, claro, ela vai se defender diante de uma tropa de repórteres hostis… Santo Deus!
E finalmente o ressentimento explode.
Uma jornalista grita: “Essa pauta é boa?” Um homem acrescenta: “Gostou
da pauta, Andrea?” A mulher repete a baixaria. A irmã de Aécio tinha a
fama, ao tempo em que ele era governador, de ligar para as redações para
reclamar do trabalho de jornalistas. As acusações, claro!, partiam dos
setores petistas.
Verdade ou mentira o que se dizia sobre
Andrea, isso não é comportamento aceitável a jornalista e cinegrafistas.
Fossem meus subordinados, iriam todos para a rua por falta de
profissionalismo. E querem o argumento irrespondível a
demonstrar quão inaceitável é esse comportamento rancoroso? Pois não! E
se essas pessoas fossem médicas? Hostilizariam os doentes dos quais
discordassem ideologicamente ou que fossem acusados de algum delito?
Criem vergonha na cara! E um marmanjo
ainda comemora: “Obrigado, gente! Vocês são maravilhosos!” Bate palma!
Alguém ainda grita: “Uhuuu”
Encerro
Oh, sim! A Lava Jato e suas derivações prestam um serviço ao país ao elucidar casos escabrosos de corrupção. Mas suas virtudes, aos poucos, vão se perdendo em meio a atos atrabiliários, autoritários, ilegais.
Oh, sim! A Lava Jato e suas derivações prestam um serviço ao país ao elucidar casos escabrosos de corrupção. Mas suas virtudes, aos poucos, vão se perdendo em meio a atos atrabiliários, autoritários, ilegais.
Os curiosos procurem no blog, caso não
saibam, o que escrevi a cada vez que um petista foi assediado
agressivamente na rua ou em restaurante. A civilidade pode conviver com
várias bandeiras partidárias.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA
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