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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Cristóvão Borges, o terror e a crise no MENGÃO alega ser vítima de racismo e pede cotas raciais para manter técnico incompetente

Cristóvão se diz vítima de racismo e de perseguição  -

RMP: Sampaoli pode treinar o Flamengo

[e pede para ser favorecido pelo sistema de cota racial. A meritocracia que se dane.]

Técnico do Flamengo reclama que há menos tolerância com seu trabalho por ser negro 

Em entrevista à ESPN Brasil, na noite de segunda-feira, o técnico do Flamengo, Cristóvão Borges, reclamou que as críticas que vem recebendo da torcida e da imprensa são exageradas e têm, em parte, conotação racista. Para o treinador, há menos tolerância em relação ao seu trabalho pelo fato de ele ser negro. - Venho sofrendo críticas que fogem ao padrão normal e comum que acontece no futebol. Existem ainda críticas exacerbadas, que viraram perseguição. Algumas delas, sim, com conotação racista. Tudo começa com as críticas insistentes, diárias. No conteúdo de umas, com conotação racista. Fui citado até como "Mourinho do Pelourinho" - disse Cristóvão. [o cara não fosse tão burro - os muares que nos perdoem - perceberia que as críticas estão fora do padrão devido a que sua incompetência supera qualquer padrão.
Precisa ser estúpido demais, ignorante, sem noção, para acusar o CLUBE DE REGATAS FLAMENGO de prática de racismo.]
 
O técnico argumentou que "o racismo existe e é camuflado". Mas garantiu que não afeta o resultado de seu trabalho. - O Flamengo é uma grande lente de aumento. E eu enxergo o racista a qualquer distância por conta da grandeza do Flamengo. A tolerância comigo é diferente. Tudo isso não é uma coisa que afete meu trabalho. Eu me preparei para isso. Mas quando passa do ponto e me atinge como cidadão, vou procurar meus direitos. O racismo existe e é camuflado, como têm sido essas críticas. Eu sou um treinador que já fui muito criticado e nunca fui de reclamar com essas críticas. Esse tipo de pessoa, além de se esconder, vai querer usar a torcida do Flamengo. O racista vê o negro e acha que ele deve concordar em tudo. Eu defendo as minhas convicções. Eu sei que para eles eu sou um intruso, um abusado. E eu ainda contesto. Sou assim. Minha posição nunca será de pobre coitado. Vivo bem porque estou trabalhando em um clube maravilhoso. Estou vendo meu trabalho acontecer, porque foi um início difícil. Hoje, já velho, melhora - disse.

RMP: Sampaoli pode treinar o Flamengo

Grupo de beneméritos rubro-negros mantém contato e diz que são boas as chances de técnico campeão da Copa América assumir o time a partir de 2016, informa Renato Maurício Prado. 

Garantem eles que são boas as possibilidades de que o técnico aceite assumir todo o futebol do Flamengo a partir de 2016. Afirmam que o contrato de Sampaoli com a Federação Chilena termina no final de 2015 (e não em 2018, como se tem noticiado) e que há, por parte dele, especial interesse em trabalhar no futebol brasileiro.

Por incrível que pareça, a dificuldade maior tem sido agendar um contato com o presidente Eduardo Bandeira de Mello, que teima em prestigiar Cristóvão e não quer nem ouvir outras propostas.  O interesse do grupo, porém, é tão grande que admite até uma composição em que todos os candidatos se comprometam a aceitá-lo, independentemente de quem vença as eleições do final do ano — Wallim Vasconcellos, segundo grupo, já teria se mostrado favorável à ideia..

Que seria uma contratação espetacular, não há dúvida. Até porque não adianta ter um craque, como Guerrero, em campo, e um perna de pau no comando. Em tempo: o plano, caso aceito, seria demitir Cristóvão e colocar Jayme de Almeida, interinamente, dirigindo o time até o final do ano. Pena que o atual presidente pareça preferir a morte, abraçado ao atual treinador, a dar um passo decisivo, corajoso e importante à frente.

Nova lambança
Enquanto isso, Cristóvão volta a meter os pés pelas mãos, substituindo, no intervalo, o meia Alan Patrick, que jogava bem, contra a Ponte, por mais um volante, Luís Antônio, que não fez rigorosamente nada em campo. O resultado foi o que se viu.

 Fonte: O Globo - Blog do Renato Mauricio Prado



Governo aceita agenda proposta por Renan para conter avanço da crise - Resta saber o preço cobrado por Renan e a credibilidade da proposta




Em nova tentativa de superar a crise política, a presidente Dilma Rousseff vai encampar o pacote de propostas apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para reerguer a economia. Para o Palácio do Planalto, a pauta é a chance que o Executivo tem para montar uma “agenda positiva” e tentar desviar o foco das ameaças de impeachment.


O pacote foi repassado nesta segunda-feira (10) por Renan e aliados aos ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Edinho Silva (Comunicação Social) e Eduardo Braga (Minas e Energia). Ao todo, são 27 propostas legislativas divididas em três grandes eixos: a melhoria da proteção social, do equilíbrio fiscal e do ambiente de negócios.


De acordo com senadores da base, a sinalização de apoio às iniciativas ocorreu por parte de Dilma em reunião com líderes partidários do Senado, antes de receber líderes e parlamentares da base aliada para um jantar no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência.


Gleisi ataca ministros políticos do TCU de oportunismo

“Aproveitamos o encontro e a comunicamos das propostas. Ela disse que já havia recebido o material de Michel Temer (vice-presidente e articulador político do governo) e que gostou. Ela até marcou um encontro na quinta-feira para dar continuidade nas conversas”, afirmou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).


O fato de a agenda ter sido sugerida por Renan dá protagonismo ao presidente do Senado num momento em que o governo precisa dele para rejeitar a chamada pauta-bomba” de projetos com aumento de gastos, isolando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Renan também é hoje considerado no Planalto como “fiel da balança” para segurar eventual processo de impeachment de Dilma no Senado. [o inicio do processo de impeachment ocorre exclusivamente na Câmara dos Deputados; após aceitação pela Câmara dos Deputados é que o processo vai para o Senado com a finalidade de julgamento, sendo que todo o processo de julgamento no Senado Federal ocorrerá sobre a presidência do ministro presidente do Supremo.]


O presidente do Senado estava afastado do Planalto desde março, na esteira do seu envolvimento na Operação Lava Jato. Um ministro disse que a agenda apresentada por Renan ajuda o governo a preparar o pós-ajuste. Em mais de uma ocasião, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dirigentes do PT pediram a Dilma que virasse a página do ajuste fiscal e começasse a falar do que virá depois.


Agenda

Entre as medidas apresentadas no pacote de Renan está a aprovação de uma proposta que vincula a política de desonerações da folha de pagamento de empresas ao cumprimento de metas ou de preservação de emprego. Essa foi uma das medidas que mais agradaram ao Planalto. Auxiliares da presidente dizem temer que o projeto feito para rever as desonerações da folha das empresas, última etapa do ajuste fiscal, aumente as demissões.


Os projetos sugeridos também preveem um novo modelo de financiamento do Sistema Público de Saúde (SUS), além da realização de duas reformas tributárias: uma envolvendo o ICMS e outra do PIS/Cofins. “Vamos apreciar todos os pontos do ajuste dentro dessa lógica da agenda”, afirmou Renan.

Fonte: Folha de São Paulo

Dilma pede que Senado seja 'poder moderador' e critica pautas-bomba - SUS vai passar a cobrar pelo atendimento



A presidente Dilma Rousseff reuniu nesta segunda-feira (10), em jantar no Palácio da Alvorada, 21 de seus ministros de Estado e 43 senadores de sua base aliada para pedir que o Senado atue como “poder moderador” diante das chamadas “pautas-bomba”, consideradas por ela medidas “não apenas contra o governo, mas contra o Brasil”. 

Dilma aposta no Senado como “Casa revisora” dos projetos aprovados pela Câmara que aumentam os gastos da União e prejudicam o ajuste fiscal do governo. Segundo a presidente, o Senado precisa funcionar como um “espaço de equilíbrio”, “para se refletir melhor”. “Se isso continuar [a aprovação das pautas-bomba], vai comprometer a economia além desse governo”, disse Dilma. A presidente reconheceu mais uma vez o momento difícil pelo qual passa o país, mas disse acreditar que logo o governo vai superar essa fase. 

Ao lado dos ministros da equipe econômica, Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), Dilma pediu que os senadores impeçam a aprovação final dessas pautas e votem a desoneração da folha de pagamento, última medida do ajuste que ainda precisa ser apreciada pelo Congresso.  Horas antes do jantar, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comprometeu-se a votar a desoneração depois que a Casa apresentou como fatura ao governo um pacote para desburocratizar a economia. 

A chamada “agenda Brasil”  foi entregue aos ministros de Dilma com dezenas de itens, entre eles a regulamentação da terceirização; a reforma da lei de licitações e uma lei de responsabilidade fiscal específica para as empresas estatais. Há, ainda, o compromisso de o Palácio do Planalto assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC, no jargão da administração pública) comprometendo-se a não praticar mais pedaladas fiscais daqui por diante. 

Dilma critica ‘vale-tudo’ e diz que é preciso pensar primeiro no Brasil
Os ministros Levy, Barbosa, Eduardo Braga (Minas e Energia) e Edinho Silva (Comunicação Social) receberam das mãos de Renan a agenda, apesar de terem ali diversas propostas polêmicas aos olhos de Dilma e do PT, como a possibilidade de cobrança do Sistema Único de Saúde (SUS) por faixa de renda e a adoção de uma idade mínima na aposentadoria. 

Durante o jantar, Dilma foi questionada sobre a pauta de Renan, mas afirmou ter recebido apenas “um rascunho inicial” das propostas e, segundo relatos de participantes da reunião, não se estendeu nos comentários. O presidente do Senado foi convidado para o jantar com Dilma, mas disse a aliados que não seria de bom tom comparecer a um encontro em que a presidente pediria apoio à base e poderia falar da agenda apresentada por ele. 

Nos bastidores, senadores ressaltaram a ausência de Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, que alegou “problemas pessoais” para não participar do encontro. Os parlamentares elogiaram o cordeiro servido como prato principal, mas reclamaram que não teve sobremesa. “Nem para adoçar o momento. Também entramos na dieta”, brincou um dos presentes em referência ao rigoroso regime de Dilma. 

Descontentamento
Apesar das tratativas, senadores não estavam muito dispostos a enfrentar o ônus de desafogar o governo ao barrar as pautas vindas da Câmara. Parlamentares, inclusive do PT, o partido de Dilma, falavam em cobrar uma reforma ministerial baseada no entendimento com a base na Câmara, hoje o principal foco de rebelião contra o governo no Legislativo. 

Isso porque, argumentavam petistas, o Senado não pode ficar com o ônus de barrar todas as pautas-bomba que forem enviadas pelos deputados. A responsabilidade precisa ser dividida e, para isso, os ministros devem representar e influenciar a base parlamentar. Os senadores do PMDB, por sua vez, não queriam discutir reforma ministerial com a presidente. O partido tem medo de perder pastas que o governo coloca na linha de frente para os cortes, como Aviação Civil, Turismo e Secretaria de Portos, hoje nas mãos do PMDB.

Fonte: Folha de São Paulo 

 

Líder do DEM diz que pauta-bomba fere Constituição

Um dos 16 deputados a votar com o governo na PEC da AGU, o oposicionista Mendonça Filho diz que proposta viola princípios constitucionais. 

Defensor do impeachment, ele afirma que a oposição não pode ser acusada de sabotar o paísNa madrugada da última quinta-feira (6), um dos principais oposicionistas na Câmara, o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), surpreendeu ao votar de acordo os interesses do governo na sessão plenária que aprovou em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 443/2009, um dos itens da chamada “pauta-bomba” patrocinada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com regras sobre aumento de salário para diversas categorias, a matéria significa aumento bilionário de gastos em plena crise econômica. Nesse sentido, o natural seria que um dos cabeças da oposição contrariasse o Executivo na hora do voto. Mas Mendonça não só votou a favor do Planalto como liberou sua bancada para que agisse livremente. Resultado: dos 21 deputados do DEM em exercício, 19 votaram diferentemente do próprio líder (apenas o baiano Cláudio Cajado não votou). Na mesma sessão, só três petistas votaram com o governo e um se absteve; os demais apoiaram a PEC, considerada inviável pelo Planalto.


Nesta entrevista ao Congresso em Foco, Mendonça Filho diz que seu voto foi movido por “convicção” pessoal e observância à Constituição. Para o deputado pernambucano, ao menos três preceitos constitucionais foram desrespeitados na votação da PEC 443: o princípio da separação entre os Poderes; a exclusividade da Presidência da República em legislar sobre carreiras do Executivo; e a autonomia de estados e municípios. Além disso, pondera o oposicionista, a situação do país não permite gastos extras. [esse deputado é na verdade aquele tipo de político que está sempre ao lado do governo - é oposição por força das circunstâncias, mas, se for possível, ele vai disputar junto com o Zé Guimarães - o 'capitão cueca' - quem vai lamber mais as botas da soberana.
Ele é deputado eleito pelo DEM - partido da oposição - e certamente seus eleitores votaram nele para fazer oposição ao desgoverno Dilma. Não lhe cabe ficar conferindo, posando de corregedor, para ver se a Constituição está sendo cumprida, de os direitos do Poder Executivo estão sendo preservados, se a autonomia dos estados e municípios está valendo.
Tudo isso é mero pretexto para ver se a Dilma o convida para o seu séquito. 
Felizmente, o voto desse deputado não valeu nada, já que a Dilma perdeu por mais de 400 votos de diferença.
Agora uma pergunta para esse deputado: qual a razão dele não reclamar o aumento que seu salário teve?
Ele diz que o Brasil não aguenta aumento de gastos com a folha - a folha das outras categorias, já que a folha da Câmara, do Senado, da Dilma e trupe, do Supremo foram engordadas e o 'mendoncinha' não piou.]

“Do lado racional, está claro que o Brasil não aguenta [aumento de gastos com a folha]. Tenho o maior respeito pela carreira de procuradores, delegados, etc. e tal, mas é impossível você agregar uma carreira de ministro do Supremo Tribunal Federal até a [carreira] dos delegados estaduais, em uma conjuntura que tem diversidade de realidades locais”, disse o deputado, defensor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Mendonça Filho ressalta que não procede a acusação de que a oposição tem uma conduta de sabotagem ao votar projetos onerosos aos cofres públicos. “A pauta-bomba é do governo.”

De autoria do tucano Bonifácio de Andrada (MG), a proposição vincula a remuneração de servidores da Advocacia-Geral da União (AGU), das carreiras de delegado da Polícia Federal e da Polícia Civil dos estados e do Distrito Federal e dos procuradores municipais a 90,25% do subsídio percebido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para efeito de ilustração, o mais alto salário de um advogado-geral da União, que é de R$ 22.516,94, passaria a ser de R$ 30.471,10, uma vez aplicado aquele percentual sobre o teto do STF (R$ 33.763,00). O impacto anual da PEC, segundo a equipe econômica, é de R$ 2,4 bilhões no orçamento da União, uma conta que o governo não aceita pagar em tempo de ajuste fiscal.

A proposta, que ainda precisa de nova aprovação em segundo turno antes de seguir para o Senado, cria ainda uma espécie de “gatilho salarial” para a AGU, com aplicação automática de reajuste todas as vezes em que houver aumento para os ministros do STF – dispositivo estendido a procuradores municipais de capitais e municípios com mais 500 mil habitantes. A PEC define ainda um escalonamento de reajuste para servidores das demais carreiras, desde que as diferenças entre um e outro padrão salarial não superem 10% ou sejam inferiores a 5% (veja mais na tabela abaixo).
Conheça a tabela de remunerações definida na PEC 443/2009:
Carreira Remuneração atual Remuneração prevista Aumento
AGU Nível inicial:
R$ 17.330,33
Nível final:
R$ 22.516,94
Nível inicial:
R$ 27.499,74
Nível final:
R$ 30.471,10
Nível inicial:
59%
Nível final: 35%
Delegados da Polícia Federal Nível inicial:
R$ 16.830,85
Nível final:
R$ 22.805,00
Nível inicial:
R$ 26.124,75
Nível final:
R$ 30.471,10
Nível inicial:
55%
Nível final:
34%
Delegados da Polícia Civil do DF Nível inicial:
16.830,85
Nível final:
R$ 22.805,00
Nível inicial:
R$ 26.124,75
Nível final:
R$ 30.471,10
Nível inicial:
55%
Nível final:
34%
Fonte: Agência Câmara Notícias

“Eu não quero colaborar para que, estruturalmente, a gente inviabilize o país do ponto de vista econômico”, acrescentou Mendonça, com a ressalva de que o governo Dilma é o único culpado pela situação econômica e pelo descontrole sobre a base aliada. Caso ainda gozasse de “credibilidade”, avalia o deputado, Dilma poderia ter mobilizado sua base de sustentação para retirar a matéria de pauta, inviabilizando sua aprovação. Ele dá como exemplo o que aconteceu no próprio partido de Dilma: dos 63 deputados petistas, 59 votaram contra a orientação do governo.

Sem acordo
Durante as votações da última semana, o líder do DEM chegou a apresentar emenda que contraria seu discurso de preocupação com as contas públicas. Mendonça apresentou sugestão à PEC 443 incluindo os cargos de auditor-fiscal da Receita Federal e do Trabalho, além da função de perito criminal federal, entre os contemplados com o reajuste definido na proposta. O texto do deputado, que promoveria ainda mais gastos para o governo, foi rejeitado porque obteve apenas 247 votos a favor (e 203 contra), quando 308 é o mínimo de adesões necessário para sua aprovação.

Segundo Mendonça, seja qual for o destino da PEC, cabe ao governo impedir a votação da proposta – tarefa que deve ser facilitada com a nova postura governista do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem se comprometido a frear as retaliações legislativas de Eduardo Cunha. Mas, se depender do líder oposicionista, não haverá acordo com o Executivo em nome do ajuste ou da governabilidade de Dilma. “Até porque pacto pressupõe pauta, agenda, e nem agenda o governo tem. Acho que a melhor saída seria a presidente facilitar as coisas e renunciar”, sentencia.

Mendonça avisa ainda que, caso o Tribunal de Contas da União (TCU) reprove as contas do governo, em decisão que deve ser anunciada nas próximas semanas, ele encaminhará voto ratificando o parecer da corte e subscreverá um eventual processo de impeachment na Câmara. “Acho que a melhor saída seria a presidente facilitar as coisas e renunciar, se ela não tem comando, não tem liderança, e estabeleceu-se uma crise política que envolve a falta de credibilidade de uma presidente que prometeu algo na campanha e muitas coisas descumpriu já no terceiro dia [de segundo mandato]”, avisou o deputado, garantindo presença nas manifestações do próximo domingo (16).

Fonte: Congresso em Foco

 

Collor lembra a Dilma que também foi eleito - vencendo o sapo barbudo do Lula



'A senhora foi legitimamente eleita, mas eu também fui', diz Collor a Dilma

Em meio à crise política que traga seu governo, a presidente Dilma Rousseff teve de ouvir um misto de conselho e desabafo do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que renunciou ao mandato de presidente em 1992 para escapar do impeachment.  “A senhora foi legitimamente eleita, mas eu também fui”, disse Collor a Dilma diante de outros líderes partidários, na reunião que antecedeu ao jantar no Palácio da Alvorada.

Em tom queixoso, Collor criticou várias vezes o que chamou de “judicialização da política” e à “instabilidade das instituições”, provocada, segundo ele, pela condução da Operação Lava Jato, na qual é investigado.  Collor teve bens, como carros de luxo, apreendidos em ação da Polícia Federal determinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem dirigiu um palavrão na tribuna do Senado na semana passada.

Diante da presidente, o senador alagoano arriscou que a maior crise que o país enfrenta não é a econômica, e sim política.

Em conversas reservadas com colegas do Senado, Collor tem dito que Dilma deveria consultá-lo sobre o processo de impeachment que enfrentou em 1992. Ele acha que não “cuidou” da política, e isso levou a que perdesse a condição de se sustentar no poder.

Fonte: UOL/Notícias

 


Não há mais governo

Novas delações premiadas complicarão o cenário. Prováveis acusados buscam mecanismos para garantir o foro privilegiado

O projeto criminoso de poder está com os dias contados. Deixa como legado escândalos e mais escândalos de corrupção, uma estrutura de Estado minada pela presença de milhares de funcionários-militantes, obras superfaturadas (e inacabadas) e um país paralisado. Sem esquecer que produziram a mais grave crise econômica do último quarto de século.  Ao longo de 12 anos, conseguiram organizar um aparato de proteção nunca visto na nossa história. Quiseram transformar as mais altas Cortes de justiça em braços do partido. 

Os meios de comunicação de massa foram sufocados pela propaganda oficial. Os bancos e as empresas estatais foram convertidos em correias de transmissão dos marginais do poder, como bem definiu, em um dos votos da Ação Penal 470, o ministro Celso de Mello. Não houve nenhum setor da sociedade sem que a presença do projeto criminoso de poder estivesse presente. Pelo medo, poder e omissão de muitos (empresários, jornalistas, políticos, intelectuais, entre outros), conseguiram impor a ferro e fogo sua política.

Deve ser recordado que, ao terminar seu segundo mandato, Lula era avaliado positivamente pela ampla maioria dos brasileiros. Diziam que seria candidato a secretário-geral da ONU ou a presidência do Banco Mundial. Tudo graças a sua sensibilidade social, aos êxitos econômicos e à preocupação com os mais pobres. Hoje, sabemos que no mesmo período o petrolão alcançou seu ápice e bilhões de reais foram roubados do Tesouro, no maior desvio de recursos públicos da história da humanidade. Os que denunciavam a pilhagem do Estado eram considerados enragés. Não foi nada fácil remar contra a corrente e enfrentar a violência governamental e de seus asseclas. Como em outros momentos da nossa história, já está chegando o dia de o passado ser reescrito. Muitos dos que se locupletaram vão se travestir em adversários ferrenhos do lulismo. Haja hipocrisia.

Vivemos a crise mais profunda dos últimos 60 anos. Em 1954, tudo acabou sendo resolvido em menos de três semanas, entre o atentado da Rua Tonelero (5 de agosto) e o suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto). [24 de agosto ainda não chegou; assim, ainda é possível que a crise vá embora até aquela data.] No ano seguinte, em novembro, o país teve três presidentes, mas a crise foi logo solucionada. Em 1961, a renúncia de Jânio Quadrosque quase arrastou o Brasil a uma guerra civil foi solucionada em duas semanas, com a posse de João Goulart, a 7 de setembro. Três anos depois, o mesmo se repetiu, e a 11 de abril, com a eleição de Castelo Branco pelo Congresso Nacional, foi resolvido o impasse político. Em 1992, o momento de crise mais profunda ficou restrito a três meses, entre julho a setembro, quando a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor.

A crise atual é mais complexa e mais longa. No tempo poderia ter uma data: a vitória de Eduardo Cunha, a 1º de fevereiro. A candidatura Arlindo Chinaglia empurrou Cunha para os braços da oposição — até então muito fragilizada, mesmo após o excelente resultado obtido no segundo turno por Aécio Neves. As revelações diárias sobre a extensão do petrolão ampliaram a crise, pois estabeleceu conexão entre o escândalo, as lideranças históricas do partido e o financiamento eleitoral, inclusive da campanha presidencial de 2014, em que propina virou doação legal.

As novas delações premiadas vão complicar ainda mais o cenário. Prováveis acusados estão, preventivamente, buscando mecanismos para garantir o foro privilegiado, temendo serem presos. E a instalação das CPIs do BNDES e dos fundos de pensão vão ter de devassar as relações do projeto criminoso de poder com a burguesia petista, aquela do capital alheio, do nosso capital, entenda-se.

O aprofundamento da crise econômica com dados que tinham sido escondidos pelo governo, especialmente durante a última campanha eleitoral —, a divisão da base política congressual — inclusive de partidos que tem presença no governo, como a PDT e PTB —, as sucessivas derrotas em votações no Congresso relacionadas ao ajuste fiscal, a impopularidade recorde de Dilma, o desespero do PT, e o esfarelamento da liderança de Lula sinalizam claramente que não há mais governo. O que é bom e ruim. Ruim, pois este projeto de poder fará de tudo para permanecer saqueando o Estado; bom, porque os brasileiros romperam o feitiço de mais de uma década e, finalmente, entenderam o mal representado pelo lulismo.


Na última quinta-feira, era esperado que o PT reconhecesse os erros e apontasse para alguma proposta de negociação, de diálogo com a oposição. E mais, que buscasse apoio dos 71% de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo. Não o fez. Satanizou a oposição. Associou 1964 a 2015. Tachou a oposição de golpista. Ironizou os protestos. Conservou a política do conflito, do nós contra eles. Isso quando estão isolados e sem nenhuma perspectiva, mesmo a curto prazo, de que poderão reconstruir sua base política.

A gravidade do momento e o autismo governamental obrigaram as oposições a se mexer. A necessidade de encontrar uma rápida saída constitucional para a crise é evidente. A sociedade civil pressiona. As manifestações do próximo dia 16 vão elevar a temperatura política. Quanto mais tempo permanecer o impasse, pior para o Brasil. Se 2015 já está perdido, corremos o sério risco de perdermos 2016 e 2017.

É inegável que Lula e o PT já estão de mudança para o museu da história brasileira. Mais precisamente para a ala dos horrores — que é vasta. Será necessário reservar um espaço considerável. Afinal, nunca na nossa história um projeto político foi tão nefasto como o do lulismo.

Por: Marco Antonio Villa é historiador