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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Enfermeira acusada de retirar cateteres de quatro bebês é presa por tentativa de homicídio



Câmera flagrou profissional manipulando equipamentos em incubadoras com recém-nascidos



Uma enfermeira foi presa na manhã da última quarta-feira indiciada por tentativa de homicidio qualificado contra bebês recém-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Real D'Or, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio. Simone Anjos dos Santos, de 41 anos, é acusada de cortar o cateter de quatro bebês em incubadoras - o que levaria à morte das crianças. Ela foi detida em casa, em Santa Cruz.



Mulher está presa acusada de tentar matar bebês - Marcelo Regua / Agência O Globo
 


Simone não falou com a imprensa, mas, em depoimento, nega as acusações. O indiciamento feito pela delegada Juliana Emerique, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vitima (Dcav), é baseado em gravações de câmeras de segurança que mostram a enfermeira manipulando as incubadoras. As gravações mostram Simone manipulando, sem luva, um dos bebês numa incubadora que, segundo a delegada, não era responsabilidade dela. Momentos depois, uma outra profissional de saúde percebe a criança agitada e identifica o cateter rompido.

As investigações começaram depois que o hospital percebeu que quatro cateteres foram rompidos entre 14 e 31 de janeiro. Uma sindicância interna foi instaurada, e Simone foi apontada, por depoimentos e pelas imagens das câmeras de seguranca, como a autora. Ela foi demitida por justa causa. O hospital também notificou a Polícia Civil, que abriu o inquérito.  Após um mês de investigações, a Dcav pediu a prisão preventiva de Simone. O mandado foi expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Rio.




- A nossa intenção foi evitar que ela continuasse praticando o ato. Por isso, pedimos a prisão preventiva - afirmou a delegada.

A motivação do crime ainda não foi esclarecida. A investigação agora vai ouvir as famílias dos bebês para saber se existe alguma relação entre elas ou se as vítimas eram escolhidas de forma aleatória. A polícia não divulgou os nomes dos bebês nem dos pais
A delegacia também vai investigar se há outras vítimas. Em depoimento, Simone afirmou que trabalha como enfermeira há mais de uma década. No último ano, ela trabalhou nesta unidade da rede D'Or. No entanto, ela também deu plantões nos hospitais municipais Albert Schweitzer e Pedro II, além de um hospital privado de Duque de Caxias.
- Vamos notificar esses hospitais para saber se houve casos de cateteres rompidos nos ultimos dois anos. Também estamos abertos a receber denuncias de quem ja trabalhou ou foi atendido por ela - disse a delegada.

A assessoria de comunicação da Rede D'Or afirmou, em nota, "que não houve qualquer dano ou consequência aos pacientes em decorrência do reportado. O hospital possui e segue continuamente rígidos protocolos de segurança, tendo imediatamente e de modo preventivo afastado a profissional em questão e em seguida comunicado a situação alegada às autoridades policiais competentes para a devida averiguação e providências. "

Por meio de nota, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) informou que irá enviar uma equipe ao Hospital Real D'Or para coletar provas. O Coren-RJ ainda afirmou que abrirá um "procedimento de admissibilidade, seguido de processo ético".
LEIA NA ÍNTEGRA A NOTA DO COREN-RJ
"A presidência do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro – COREN-RJ – informa que está apurando, através dos seus setores de Ética e Fiscalização, a ocorrência que aponta uma profissional da enfermagem como tendo, supostamente, praticado atos criminosos contra bebês, em um hospital particular na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os atos, caso se confirmem verdadeiros, contrariam, na sua totalidade, a natureza da profissão por ela abraçada, que é voltada para o exercício da assistência e cuidados à vida humana. Fiscais do Coren-RJ já se dirigem à unidade hospitalar onde teria ocorrido o ato, a fim de realizar a devida apuração e coleta de provas. Após, será aberto procedimento de admissibilidade, seguido de processo ético. A profissional terá garantido o seu direito de defesa e do contraditório".

Em seu perfil no Facebook, Simone aparece em várias fotos sorrindo, com amigos e parentes, entre ele um sobrinho e a filha. Há também muitas publicações de fotos da enfermeira com colegas de trabalho, em plantões de hospitais.

 O Globo

 

Dilma deve sobrar em Minas, Pimentel seu companheiro dos tempos de guerrilha, entrega sua cabeça na bandeja para o MDB

Pimentel aumenta sua oferta para ter o apoio do PMDB à reeleição
A interrupção do processo de impeachment contra o governador Fernando Pimentel (PT) tem a ver com a renovação de uma oferta feita por ele ao deputado Adalclever Lopes, presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e maior cacique do MDB.

Por meio de um advogado amigo dos dois, Pimentel prometeu a Lopes que a vaga de vice-governador em sua chapa e as duas de senador serão do MDB se o partido apoiar sua reeleição. E acrescentou mais um mimo: uma vaga para o MDB de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Quanto a Dilma Rousseff, que transferiu para Minas seu título de eleitora e quer ser candidata ao Senado, Pimentel mandou dizer a Lopes que dará um jeito de convencê-la a desistir da ideia. Dilma poderá, se muito, ser candidata a deputada federal, mas isso ela não quer.  Se candidata a deputada, ela ajudaria a eleger deputados do MDB. E Dilma não perdoa o partido por tê-la despejado da presidência da República. É pegar ou largar para Dilma. A não ser que o MDB prefira se aliar ao PSDB e apoiar a candidatura ao governo de Antônio Anastasia.

Nesse caso, a candidatura de Dilma ao Senado seria mantida. Ela até poderia virar candidata ao governo se o impeachment de Pimentel fosse aprovado, o que parece improvável. Lopes tem o controle da convenção do MDB, mas não dos votos dos 13 deputados estaduais e dos 5 federais.  A maioria dos deputados é a favor da aliança com Pimentel.

Ricardo Noblat - Veja


O golpe dos cursos sobre o ‘golpe’

É um atentado contra o pluralismo que deve pautar as discussões nas universidades 

Algumas universidades passaram a oferecer cursos que questionam a legitimidade do impeachment, em 2016, da então presidente da República, Dilma Rousseff. O assunto segue no noticiário na forma de matérias e artigos de opinião. Recentemente, chamou-me a atenção uma reportagem no site de O Globo (24/4) intitulada UFRJ oferece curso sobre ‘o golpe de 2016 e o futuro da democracia’. UFRJ é a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A matéria traz um bom histórico do assunto. Em resumo, ele começou em fevereiro, quando a Universidade de Brasília (UnB) anunciou a criação de disciplina sobre “o golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. Na sequência, o Ministério da Educação acionou vários órgãos, entre eles a Advocacia-Geral da União e o Ministério Público Federal (MPF), para apurar eventual improbidade administrativa dos responsáveis pela disciplina.  Entendo que tal improbidade estaria na criação de um curso cujo título evidencia proselitismo político, numa universidade pública e com seus recursos. A iniciativa da UnB foi replicada noutras universidades, as estaduais de Campinas (SP) e da Paraíba, e as federais da Bahia, do Amazonas, de Goiás e do Ceará. Estes dois últimos casos também passaram a receber atenção do MPF.

Na UFRJ o curso, com título que repete o da UnB, surgiu no seu Instituto de Economia (IE), na forma de 11 seminários sobre o assunto em dias diferentes, todos ministrados por professores do instituto, exceto um. Pela primeira vez vi um instituto de economia tomando iniciativa semelhante à da UnB, o que me despertou interesse ainda maior, e formei minha opinião. Entendo que o ambiente universitário deve pautar-se pelo pluralismo de opiniões, o que também atua como estímulo à busca do conhecimento. Nada teria contra debates, disciplinas, cursos e programas de seminários sobre o impeachment de Dilma desde que respeitado esse pluralismo. O título de um deles poderia ser, por exemplo, “O impeachment de Dilma foi golpe?”. Esse ponto de interrogação vem sendo omitido, o que é um golpe contra o pluralismo que deve pautar as discussões nas universidades.

“Certezas” desse tipo são comuns em universidades brasileiras, em particular nas públicas e nas ciências humanas. Há professores que ao lecionar pregam suas convicções ideológicas, tratando suas hipóteses como teses. E na pesquisa focam em evidências seletivas que sustentam tais hipóteses, havendo também “evidências” apenas discursivas. Vertente importante dessa pregação é conhecida como marxismo gramsciano. Não tenho espaço para descrevê-la aqui, mas quanto a isso o leitor poderá consultar texto muito esclarecedor de outro articulista desta página, Ricardo Vélez Rodríguez, da Universidade Federal de Juiz de Fora, em www.ecsbdefesa.com.br/fts/MGPFIREP.PDF.

Diante do tema – e insisto, com ponto de interrogação – minha resposta seria não, fundamentada na análise dos fatos que sustentaram o impeachment e na pertinência do processo jurídico então seguido. Como economista, observei muito as questões de finanças públicas envolvidas no caso. Estão muito bem esclarecidas no parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), documento que sustentou a decisão do Senado que afastou Dilma. Anastasia discutiu argumentos pró e contra no processo de que era o relator e o texto pode ser encontrado no Google digitando “impeachment Dilma parecer do senador Anastasia”. A referência que virá em primeiro lugar remete ao site do Senado, que dá acesso ao documento, de 126 páginas. Sua leitura pode servir como terapia para quem fala em golpe.

Em resumo, o parecer conclui pela demissão de Dilma pelas seguintes e justas causas: 
“a) ofensa aos art. 85, VI e art. 167, V da Constituição Federal, e aos art. 10, item 4, e art. 11, item 2 da Lei no 1.079, de 1950 (a chamada Lei do Impeachment, acrescento), pela abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional; e 
b) ofensa aos art. 85, VI e art. 11, item 3 da Lei nº 1.079, de 1950, pela contratação ilegal de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União”.

Essas operações de crédito envolveram várias instituições, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, e ficaram conhecidas como pedaladas fiscais. O parecer contém vários gráficos mostrando que no governo Dilma elas cresceram abruptamente nessas instituições. Da mesma forma caíram em dezembro de 2015, quando expressivo valor delas, R$ 56 bilhões (!), foi quitado pelo Tesouro Nacional, mas só depois de o Tribunal de Contas da União apontar que eram ilegais.

Uma decisão do Senado é sempre política, mas o impeachment seria improvável se Dilma não estivesse na situação vulnerável em que ficou por seus próprios atos. Punida por questões de finanças públicas federais, entrou na história pelo golpe com que prostrou o equilíbrio dessas finanças.  Voltando ao IE da UFRJ, ao buscar seu site no Google, ele é informado seguido da missão desse instituto: “O IE-UFRJ desenvolve atividades de ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão na área de Economia. Seu principal compromisso é apresentar e discutir, de forma aprofundada e crítica, as principais vertentes do pensamento econômico, sempre cultivando a pluralidade de visões e abordagens.” Muito bem!

Quem organizou o citado seminário talvez argumentasse, para justificar a ausência dessa pluralidade, que ele trata do pensamento político. Mas, aberto o site (www.ie.ufrj.br), logo no início é dito com destaque: “Singular porque plural” – sem nenhuma restrição.
Ignoro se o Instituto de Economia já organizou ou pretende realizar outros eventos sobre o assunto, em linha com sua missão pluralista. Se não, estaria em dívida com ela.

O Estado de São Paulo - Roberto Macedo
 

Contos para assustar



Em meio a autores clássicos estrangeiros, brasileiros se destacam com textos sobre loucura, alucinação e canibalismo 

Ler contos de terror escritos pelo americano Edgar Allan Poe ou pelo alemão E. T. A. Hoffmann, dois expoentes da literatura que floresceu entre o século XIX e o início do século XX e especialistas na arte de criar enredos de assombrar, é sempre um prazer — mas um prazer conhecido. É claro que ambos estão entre os 18 autores reunidos na antologia Contos de assombro (Carambaia, 224 págs., R$ 89,90). A lista, no entanto, vai além do cânone. Traz autores pouco ou nada associados aos gêneros pós-góticos do fantástico e sobrenatural, como o russo Ivan Turguêniev, o dramaturgo italiano Luigi Pirandello, a inglesa Virginia Woolf — e até os brasileiros João do Rio e Medeiros e Albuquerque. Torna-se, assim, uma leitura interessante.

O livro, de acordo com o editor Fabiano Curi, foi inspirado nos dois volumes de Ghost stories, publicados pela editora britânica Everyman em sua coleção Library pocket classics series. As coletâneas originais se ativeram aos critérios de seleção expostos no título, com histórias de autores tão insuspeitos como Elizabeth Bowen e Jorge Luis Borges, Eudora Welty e Vladimir Nabokov, Ray Bradbury e Edith Wharton, entre outros. A versão brasileira tem uma ambição maior. Além de tentar se afastar da ideia de gênero ao assumir “assombro” como tema, demonstra como a expansão do fantástico e do sobrenatural no período abrangido foi ampla e atingiu uma grande variedade de idiomas e tradições culturais.

>> Hilda Machado, uma poeta fora do lugar
Em meio aos estrangeiros, três brasileiros se destacam, com contos de alucinação, loucura e canibalismo. São textos pouco ou nada conhecidos de cada um deles. O flaneur João do Rio, um dos primeiros a transportar para a literatura técnicas jornalistas e vice-versa, comparece com “Pavor”, publicado no jornal O Commercio de São Paulo, em novembro de 1911, e posteriormente inserido na coletânea Rosário da ilusão, de 1921. No conto, um homem chega em casa na alta madrugada, após vagar a esmo pelas ruas “apressado e sem destino”. “Vibravam-lhe os nervos, tinha a boca amarga, o lábio seco. A passeata perdida sob a chuva entristecera-o, enchera-o de uma dor inquieta, de um receio indeciso. E estava ali, querendo dormir, só dormir, senão dormir.” Nesse estado de excitação e em estado de vigília, ele começa a delirar com os sons e barulhos da casa.

Autor da letra do Hino da Proclamação da República, o pernambucano Medeiros e Albuquerque, que se dividiu em sua carreira literária entre o Simbolismo, a narrativa decadentista e o Parnasianismo, assina “O soldado Jacob”, publicado anteriormente numa coletânea intitulada Um homem prático, de 1898. Ambientado no fim de um ano qualquer em Paris, o conto se traveste na crônica de um estudante de medicina que faz uma visita a um hospital psiquiátrico onde está internado há 23 anos o tal Jacob. Veterano da Guerra Franco-Prussiana, o militar sofre com um trauma permanente, o que lhe confere gestos bruscos: “Sentia-se bem, à mais simples inspeção, que o velho tinha diante de si um fantasma qualquer, qualquer, alucinação do seu cérebro demente — e forcejava por afastá-la”.

LEIA MATÉRIA COMPLETA em Época

 

 

Sem foro, juízes de 1º grau e MP passam a ter um poder descomunal; até que comecem a se comer; a Câmara tem de votar PEC do foro já!

Tenha o Supremo ou não a decência de estender a restrição de foro especial às demais funções, o fato é que a Câmara dos Deputados não pode esperar: tem de pautar a Emenda Constitucional já aprovada no Senado que passa o rodo no foro especial, preservando-o apenas para os respectivos presidentes dos Três Poderes e o procurador-geral da República.

Se a mais nobre das atividades da democracia, que é o exercício do Poder Legislativo, pode ficar exposta ao voluntarismo do Ministério Público, titular da ação penal, e dos juízes de primeira instância estaduais e federais caminhando para 19 mil!!! —, então as funções menos nobres também podem. Não é o que grita, afinal, a sede de moralização das ruas?

É claro que isso vai conferir a essas duas categorias, Ministério Público e juízes de primeiro grau, um poder descomunal. E a realidade em curso indica, lamento dizer, que eles não sabem direito como empregá-lo. Não sei se notaram: no mais das vezes, eles querem mesmo é governar. Ocorre que Roberto Barroso e a turma da violação coletiva da Constituição nos empurra para isto: para a virtual paralisia do poder público. E não tardará para que comecem guerras no interior das próprias corporações.

Já afirmei aqui e reitero: há setores importantes do próprio judiciário — o que resta de lucidez em associações de juízes — que começaram a vislumbrar o quadro de bagunça. Como não se tem uma lei decente que puna o abuso de autoridade afinal, disseram que seria contra a Lava Jato —, o país estará entregue a essas duas corporações e suas divisões internas.

Haverá, como já hoje entre Polícia Federal e o próprio MPF, uma disputa por alvos e vítimas.  Nenhum país faz feitiçaria constitucional impunemente.  A coisa é mais grave do que parece. [o  colunista está com a  mais completa razão no que recomenda; mas um pequeno detalhe atrapalha: há uma intervenção federal em curso o que impede a tramitação de qualquer PEC. É aguardar.
Se os 'direitos humanos' continuarem sendo os 'direitos dos manos' no Brasil a Constituição se tornará totalmente pétrea.]