Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Lenilda dos Santos largou vida como enfermeira para ajudar a pagar a faculdade das filhas no Brasil; ela morreu de fome e sede na travessia da fronteira
A brasileira Lenilda dos Santos, que morreu durante a travessia ilegal entre o México e osEstados Unidos, sabia do perigo de atravessar o deserto, mas decidiu arriscar-se para conseguir uma vida melhor e ajudar a pagar os estudos das filhas. Segundo a família da enfermeira, seu maior erro foi ter confiado demais nos companheiros de viagem.
A mulher de 50 anos foi encontrada morta na última quarta-feira 15 no deserto de Deming, no Novo México. Natural de Vale do Paraíso, em Rondônia, ela tentava entrar ilegalmente em território americano, mas foi abandonada pelo grupo com que atravessava a fronteira e não resistiu à fome e à sede. Lenilda tinha duas filhas, de 24 e 29 anos. “Ela trabalhava como enfermeira, mas preferiu largar tudo e tentar a vida como faxineira nos Estados Unidos”, diz Leci Pereira, irmão da brasileira. “A situação no Brasil estava muito difícil e ela queria terminar de pagar a faculdade das filhas”.
Lenilda iniciou a viagem acompanhada de três amigos de infância e um coiote. Na terça-feira 7, após horas caminhando depois cruzar a fronteira americana, a mulher sentiu-se mal diante do calor e do sol forte e percebeu que não conseguiria mais continuar. O restante do grupo decidiu seguir, mas prometeu voltar para resgatá-la – o que nunca fizeram. Apesar da fraqueza, Lenilda ainda conseguiu usar seu celular para mandar mensagens de áudio aos familiares no Brasil e nos Estados Unidos contando o que havia acontecido. Os parentes imediatamente contataram a polícia fronteiriça americana, que iniciou as buscas. Seu corpo só foi encontrado mais de uma semana depois e identificado por meio dos documentos que ela carregava em uma pochete amarrada ao corpo.
Leci afirma que entrou em contato com os três amigos de Lenilda, que conseguiram chegar bem ao seu destino Estados Unidos, e que eles tentaram se desculpar. “Eles assumiram que erraram e pediram desculpas, mas arrependimento não vai resolver nada”, diz. “Ela sabia do perigo da travessia, mas confiou que os amigos a protegeriam e dariam todo suporte que ela precisasse”.
“Ainda não conseguimos acreditar que eles fizeram isso com ela”, lamenta Leci. "Não se abandona nem um animal, imagina uma pessoa”.
A localização da brasileira foi difícil de ser descoberta,pois ela estava numa região ampla de deserto e vestia uma roupa camuflada. A patrulha americana havia desistido das buscas após cerca de cinco dias, mas voltaram a procurar por Lenilda quando receberam os áudios enviados por ela à família. O corpo passa atualmente por perícia. A família aguarda o resultado dos exames para iniciar o transporte para o Brasil.
Bolsonaro faz escola e até desembargador e enfermeira aderem ao baile funk na pandemia
O
presidente Jair Bolsonarocai
nas pesquisas pelo negacionismo diante da pandemia e do desdém pelas vacinas. A
Procuradoria-Geral da República pede e oSupremo autoriza a
investigaçãodo general da ativa Eduardo Pazuello pela
falta de oxigênio e as mortes em Manaus. O deputado Rodrigo Maiaaproveita
sua última semana na presidência da Câmara para dizer que não há dúvida de que
Pazuello cometeu crime e defender a criação da CPI da Saúde.
[O parágrafo das inverdades: a primeira frase do parágrafo expressa uma mentira e a articulista sabe que a queda do capitão foi motivada por oscilações típicas da pandemia e a maximização da existência do que, na prática, não existe:a vacina do Doria.
Mas a 'mãe' de todas as mentiras, consubstanciada quando quem se furtou a tomar medidas e agora caminha de forma inexorável para o ostracismo, se manifesta favorável a que seja adotado o que se omitiu.]
Falta,
porém, responsabilizar autoridades e cidadãos que negam a pandemia, fazem
campanha contra o isolamento social e a própria vacina, que são as únicas armas
para salvar vidas, conter o vírus, aliviar a pressão sobre o sistema de saúde
e, assim, normalizar a economia e o próprio País. Eles também têm culpa.
São
magistrados, parlamentares, empresários e irresponsáveis em geral, até da área
de saúde, movidos pelo negacionismo, a ideologia irracional, a falta de
respeito e empatia com os quase 220 mil brasileiros mortos. Esse mau exemplo,
que começa com o presidente da República e decanta pelos seguidores da sua
seita, induz jovens, idosos, homens e mulheres a relaxar os cuidados na pior
hora. Tome baile funk nas periferias! E barzinho cheio dos bairros chiques! [é presidente Bolsonaro: o senhor agora é responsável pelos bailes funk nas periferias e por barzinhos cheios nos bairros chiques = a estupidez dos 'inimigos do Brasil = inimigos do Bolsonaro. A falta de argumentos sólidos = ilícitos cometidos pelo presidente Bolsonaro, e claro provados - valem argumentos imaginados.]
Ao
assumir ontem a presidência do Tribunal de Justiça (TJ) de Mato Grosso do Sul,
o desembargador Carlos Eduardo Contar pediu “o fim da esquizofrenia e palhaçada
midiática fúnebre” e propôs que “desprezemos o irresponsável, o covarde e
picareta da ocasião que afirma “fiquem em casa’”. Para Bolsonaro, o cidadão que
se cuida e cuida do outro na pandemia é “maricas”. Para Contar, é
“irresponsável, covarde e picareta”.
O
desembargador não pronunciou uma palavra sobre os escândalos do Judiciário,onde pululam “penduricalhos”, enquanto milhões de brasileiros estão sem
emprego, renda, até comida.Reportagem de Patrik Camporez, do Estadão, informa que ali do
lado, em Mato Grosso, os29 magistrados do TJ
receberam, em média, R$ 262,8 mil em dezembro.
Contar preferiu reclamar das “restrições orçamentárias” e o “exaurimento da
capacidade humana” da corporação.
Pôs-se
a criticar aqueles que creem na ciência, nas entidades de saúde, nas
recomendações médicas como “rebanho indo para o matadouro”. E a atacar “a
histeria coletiva, a mentira global, a exploração política, o louvor ao
morticínio, a inadmissível violação dos direitos e garantias individuais, o
combate leviano e indiscriminado a medicamentos”. A pandemia é uma “mentira
global”?! Quem ele está papagaiando?
Isso
lembra a comemoração de parlamentares bolsonaristas quando o governador do
Amazonas, Wilson Lima, cedeu à
pressão e recuou do lockdown. Mas, depois, não escreveram uma só linha sobre o
resultado macabro: falta de UTI e oxigênio, pacientes morrendo asfixiados e
transportados para outros estados às pressas. Nem o sistema funerário resistiu
ao caos, que está sendo exportado para o Pará e Rondônia.Se o isolamento social
tivesse sido levado a sério pelo presidente e todos os governadores, o Brasil
não precisaria ter afundado tão dramaticamente em mortes e contaminações. [países que já em março de 2020 adotaram o lockdown, hoje são campeões na letalidade por habitantes = a Bélgica tem o maior índice de letalidade por milhão de habitantes - e realizou o primeiro lockdown em março 2020.] E a
dúvida, agora, é quanto às vacinas. A quantidade, a logística, a seriedade e o
exemplo de cima – particularmente de Bolsonaro –, vão definir a luz no fim do
túnel.
Por
isso, dói na alma a enfermeira Nathanna Ceschim, do Espírito Santo, divulgar
vídeos sem máscara no hospital e desdenhando:“Não acredito na vacina (...).
Tomei foi água”. E por que tomou? Para se cuidar, preservar seus pacientes,
pais, avós e amigos e em respeito aos colegas do Brasil inteiro que se arriscam
para salvar vidas? Não. “A intenção era só viajar...” Com presidente,
desembargador, parlamentares e gente assim, é difícil ser otimista.
Presidente do STJ soltou Queiroz, mas negou benefício a milhares
de presos idosos, diabéticos, cardíacos, hipertensos, tuberculosos e sem
um amigo no Planalto
O presidente do Superior Tribunal de Justiça alegou razões humanitárias
para soltar Fabrício Queiroz. Na decisão, João Otávio de Noronha se
revelou um juiz compreensivo com o faz-tudo da família Bolsonaro. Tão
compreensivo que estendeu o benefício à mulher dele, então foragida da
polícia. O habeas corpus para Márcia Aguiar espantou até os colegas do ministro,
por quem o capitão já declarou ter sentido um “amor à primeira vista”. A
senhora não estava no grupo de risco da Covid-19 e mantinha contato
frequente com milicianos. Noronha considerou, no entanto, que sua
presença ao lado do marido era “recomendável para lhe dispensar as
atenções necessárias”.
Além de ser premiada pela fuga, Márcia foi promovida. Numa canetada,
passou de cabeleireira a enfermeira. Agora ela aproveita as tardes para
se bronzear na varanda de casa. Sem o incômodo de vestir trajes de
hospital. Animado com a generosidade de Noronha, o Coletivo de Advocacia em
Direitos Humanos resolveu bater à porta do STJ. O grupo pediu a soltura
de todos os presos provisórios que pertencem ao grupo de risco e não
foram acusados de crimes com violência ou grave ameaça. No pedido, os advogados escreveram que negar o habeas corpus a “presos
em idêntica situação” a Queiroz significaria “violar o direito à
igualdade”. Eles argumentaram que “beneficiar apenas alguns investigados
e réus ricos, amigos de poderosos”, demonstraria “inaceitável
seletividade” da Justiça. Parecia um presságio do que estava por vir.
O ministro Noronha havia preenchido 11 páginas com citações e teses
jurídicas para tirar Queiroz da cadeia. Ao negar o mesmo benefício a
presos anônimos, só precisou de uma página e meia. Ele alegou que o novo pedido não especificava a situação de cada um dos
presos. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal não viu problema nisso ao
conceder habeas corpus coletivo a grávidas e mães de crianças de até 12
anos que estavam em prisão provisória.
Noronha também reclamou que os advogados teriam feito uma “alegação
genérica de que os estabelecimentos prisionais estão em situação
calamitosa”. Foi exatamente o que ele fez ao libertar Queiroz e a
mulher. Sua decisão cita “presídios cheios”, “casas de detenção lotadas”
e “higiene precária”, embora o operador da rachadinha estivesse a salvo
disso tudo em Bangu 8.
O ministro ainda gastou latim (“fumus comissi delicti”, “periculum in
libertatis”) para negar o pedido do coletivo jurídico. Com isso, manteve
na cadeia milhares de idosos, cardíacos, diabéticos, tuberculosos e
hipertensos que não têm um amigo no Planalto.
[qualquer cidadão medianamente informado - os jornalistas possuem informação superior ao nível citado - consideraria uma característica que torna mais grave o estado de Fabrício Queiroz do que o de portadores de qualquer uma das doenças e/ou condições citadas = é portador de dois câncer = cólon e próstata.
É notório, até para analfabetos que o câncer é uma das doenças mais terríveis e que torna seus portadores dignos da piedade humana.
Estranhamente, a matéria não faz menção a ter Queiroz tal moléstia, em grau duplo.
Talvez o desejo intenso, imensurável, de ser Bolsonaro preso, leve algumas pessoas a perderem o rumo quando questionam um amigo do presidente não estar preso.
Aliás, um cidadão que não faltou a nenhuma das audiências para as quais tenha sido intimado, ou mesmo depoimentos em delegacias.
Dirão: Mas, a esposa dele não tem câncer.
Felizmente, graças a Deus, ela não tem câncer.
Também não foi denunciada em nenhum processo, não deixou de atender a nenhuma intimação para a qual tenha sido regularmente convocada..
Qual o motivo de permanecer presa?
Quais razões para ser alvo de mandado de prisão?
Para encerrar: oportuno ter em conta que Queiroz apresenta/oferece periculosidade ZERO, o que não ocorre com grande parte dos que seriam libertados e o pedido coletivo não tivesse tido o destino merecido: lixo.]
A professora Eloísa Machado, da FGV Direito São Paulo, diz que o
contraste entre as duas decisões de Noronha escancara a seletividade da
Justiça. “É um descalabro. Isso põe na lona a credibilidade do ministro.
Ele negou a liminar porque os demais presos não são Queiroz”, resume.
Ela é uma das signatárias dos dois habeas corpus coletivos: o das
grávidas, concedido pelo Supremo, e o dos presos no grupo de risco da
Covid-19, negado pelo STJ. Até sexta-feira, o Ministério da Justiça contava 72 presos mortos pelo
coronavírus no país. Faltava um detento para o sistema carcerário
atingir a marca de dez mil infectados.
Conheça
histórias de enfermeiros que lutam contra o avanço da pandemia nos
hospitais da cidade. O desabafo é da profissional de saúde Lúcia
Henrique: "É um vírus que nos rouba tudo, até os afetos"
“Todos
nós, colegas de profissão, deixamos diariamente o amor da nossa vida
para cuidar do amor da vida de alguém. Quando um de nós morre, ele deixa
uma marca para a história da enfermagem, pois foi um guerreiro na luta
contra essa doença”. A homenagem feita por Lucas Borges, 25 anos,
enfermeiro do hospital de campanha e da UTI montada na Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante aos colegas de trabalho que
perderam a vida durante a pandemia. Segundo os últimos dados da
Secretaria de Economia, responsável pelo quadro de pessoal, o número de
contágio entre os profissionais da saúde é crescente. Em março, foram
registradas 24 licenças em relação à doença. No mês de abril, elas
passaram para 235 e, em maio, o número mais que dobrou, atingindo 560
licenças relacionadas à covid-19.
Apesar da distância, a família e amigos da enfermeira Wendy a fizeram restabelecer suas forças (foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
Para Lucas, o temor de contaminar alguém que ama é maior do que o temor pela própria vida. “Somos seres humanos, claro, temos medo de morrer, mas posso dizer por todos colegas que tememos mais pela vida de quem amamos”. O enfermeiro que atua em duas UTIs públicas assiste dezenas de pacientes acometidos pela doença, o risco da contaminação é alto e diário.
As centenas de vidas perdidas diariamente surpreendem até
o mais calejado profissional. “Aprendemos a lidar com a morte desde o
primeiro dia de faculdade, mas essa doença nos choca por levar vidas
jovens, pessoas que teriam 40, 50 anos de vida pela frente. Poderia ser
um de nós, um de nossos amigos”, lamenta Lucas. O aprendizado é
“valorizar cada momento, abraços e contato com quem amamos, tudo pode
mudar muito rápido”.
A árdua batalha coloca à prova mente, coração e corpo, por horas a fio.
Dedicando-se ao cuidado dos doentes, a enfermeira Yasmin Melo, 25, tem
jornada dupla e exaustiva. “De manhã, trabalho no atendimento de um
hospital de referência e, à noite, subo a bordo da ambulância e
transporto dezenas de contaminados, fazendo a remoção para um ou outro
hospital”. Desafios O amor à profissão é o
que leva Yasmin a encarar os riscos e voltar para casa cansada com
cerca de 90 horas trabalhadas semanalmente, mas feliz. “Não fazemos pelo
reconhecimento, nem dinheiro. A sensação de ver nos olhos do paciente
que ele confia em mim e no meu cuidado é o que vale todos os esforços,
todo sacrifício de dividir a casa com a minha família sem ter contato
com ninguém”, conta. Os desafios são muitos, um inimigo quase
desconhecido, o grande número de contaminados e a gravidade da doença
foram empurrados para as mãos de Bárbara Jorba, 23, em sua primeira
experiência profissional. “Tenho apenas sete meses de formação e essa
realidade tem sido um desafio diário, pessoal e profissional”.
Bárbara
atua na Unidade Básica de Saúde — UBS 5 de Taguatinga e é residente de
Atenção Básica pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A jovem
profissional encara as adversidades com otimismo. “Penso que posso fazer
a diferença na vida do paciente, também me inspiro nos demais
profissionais que dedicam a vida ao trabalho. Mesmo que custe o convívio
com minha família, pois fico a maior parte do tempo isolada no meu
quarto”, conta a jovem enfermeira.
O medo que inunda os
pensamentos são um martírio enfrentado a cada novo dia de trabalho.
Jéssica Gomes trabalha na UTI Pediátrica do Hospital de Brasília e diz
que até o profissional mais capacitado cai em ciladas da mente. “Às
vezes, ficamos com tanto medo que até anulamos o nosso conhecimento
sobre os meios de contágio. Pode até acontecer a paranoia de ficar
pensando que pode ter se contaminado a cada minuto”, conta.
O medo de ficar doente e de contaminar os familiares fez com que Jéssica optasse por se hospedar em um hotel custeado pelo hospital em que trabalha. “Quem atua com pacientes contaminados teve a opção de ir. Eu fiquei um mês em isolamento neste hotel e só saí de lá quando deixei de atender os pacientes com covid, nos trouxe mais segurança”. Angústia “Um pesadelo, uma sensação de impotência, de ter falhado. Eu me perguntei onde eu errei, onde me contaminei, em qual processo eu falhei. Foram 14 dias longe do meu trabalho, pessoas doentes desamparadas e eu de braços cruzados”. Foi colocando a vida dos outros à frente da sua que Wendy Carvalho, 29, mesmo doente culpou-se por estar longe de seus pacientes da UTI do Hospital Regional de Samambaia.
Apesar da distância, a família e amigos de Wendy a fizeram restabelecer suas forças. “Fiquei isolada, mas perto de todos pelas ligações e vídeos. Sem eles, seria impossível sair bem dessa. Tenho aprendido que a família é o nosso bem mais precioso, aprendi que nós, da saúde, não somos heróis, somos humanos e temos fragilidade e precisamos ser cuidados, além de cuidar”, diz a enfermeira.
Um diagnóstico positivo também mexeu com Lúcia Henrique, 49, enfermeira da Emergência Pediátrica do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). “Recentemente, fui acometida pelo vírus e isto me impediu de trabalhar por alguns dias, e hoje, mais do que tudo, quero continuar nesse campo de batalha, pois tenho fé que, em breve, teremos vacinas disponíveis para combater este vírus que tanto nos assusta”, acredita.
A ansiedade por uma resposta é o que tem
tirado a paz da enfermeira Talita Freitas, 22, afastada do seu posto na
UBS 3 de Samambaia após sentir sintomas da doença. “A gente volta todos
os dias para casa sem saber se trouxe o vírus junto. Senti alguns
sintomas e fui afastada até que saiam os resultados. É complicado não
ter certeza sobre nada”, conta.
A solidão é a pior parte na luta
de quem se contamina, Talita diz encontrar afago na companhia do esposo,
mas sente falta da família. “Se eu tivesse doente com qualquer outra
coisa, teria os cuidados da minha mãe e o apoio da família. Eu chego a
me emocionar pelo isolamento e solidão a qual esse vírus nos coloca”,
lamenta a profissional.
DepoimentosAs dolorosas experiências
vivenciadas pela equipe de saúde, no intento de salvar o paciente, marca
a história e o coração destes bravos profissionais. Eles relembraram
episódios que mexeram com suas crenças e emoções.
Wendy Carvalho“Um
paciente que atendemos como cardíaco ficou grave, passou por
reabordagens e hemodiálise. Após muita luta e cuidado, recebeu alta,
estava bem, finalmente. A família ficou muito feliz e nós, também. Dias
depois a alta, recebemos a notícia que ele tinha ido a óbito por covid,
foi muito frustrante.” Lucas Borges“Recentemente,
tivemos um paciente de 28 anos, internado 49 dias, dos quais 29,
intubado. Ele passou por todo tipo de procedimento, até traqueostomia,
sintomas muito agravados. Ele, agora, está em casa, bem e recuperado.
Marcou toda a equipe da UPA e a mim, deixou marcas de felicidade. Ali é
onde vemos o reflexo do nosso esforço, é o que nos dá gás para continuar
adiante salvando vidas.” Talita Freitas“Pacientes
nos marcam sempre, mas lembro de uma paciente grávida que a mãe e
padrasto estavam sendo transferidos em estado grave. Ela fez o teste e
deu positivo, começou a chorar e eu, junto. Lembro-me da expressão do
rosto e olhar daquela grávida preocupada com seu bebê. Eu sequer pude
dar um abraço, o apoio emocional que ela tanto precisava naquele
momento.”
Yasmin Melo“Estávamos removendo um paciente
intubado. No meio do caminho, ele acordou da sedação. Normalmente, as
pessoas tentam de todas as formas se livrar desses acessos, ele não.
Permaneceu tranquilo até ser atendido no hospital de destino. Fiz
questão de conversar para mantê-lo calmo e, mesmo mal, ele respondia
fazendo um joia com a mão. Senti nos olhos dele de que ele estava
confiando em nós e na sua melhora.” Lúcia Henrique“Um
garotinho de 7 anos foi conduzido ao isolamento por suspeita da doença.
Após ficar sob os cuidados da equipe, ele me perguntou, ‘tia, eu vou
morrer de covid?’. Confesso que meu coração reagiu com taquicardia e os
olhos marejaram. ‘Não, você nasceu para vencer’, foi o que respondi.
Temos de vencer a cada dia de trabalho para dar sempre o melhor aos
nossos pequeninos.” Jéssica Gomes“Uma
paciente em remissão do câncer que voltou para ser atendida com covid
me marcou, pois o seu otimismo era contagiante. Ela fazia questão de nos
deixar bem, pois sabia que nossa rotina é estressante e exaustiva.
Assim, a gente lembra de que cuidamos e que podemos ser cuidados.”
MErika Manhatys* - Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira
Mulher morre após ter atendimento negado em Samambaia, diz família
Patricia Elen
Macedo de Souza, 33 anos, foi levada pela mãe e o irmão ao Hospital
Regional de Samambaia na manhã de quinta-feira (6/12) após sofrer três
convulsões, mas foi barrada na porta da unidade de saúde. Ela morreu no
caminho a uma UPA da região administrativa
Família aponta negligência e omissão do Hospital Regional de Samambaia. Secretaria de Saúde lamentou ocorrido.
[a notícia abaixo é apenas mais uma
das dezenas que mostram que o Brasília, capital da República, ESTÁ SEM
GOVERNO.
Rollemberg, que alguns desavisados ainda
consideram que está governando e ainda chamam de governador,
"renunciou", só que não comunicou a ninguém;
ele resolveu, por vingança contra a
população de Brasília, abandonar a prática de todo e qualquer ato de governo,
não renunciou mas não está nem aí.
A vingança dele é contra todo o povo
de Brasília, quando ele deveria se vingar apenas dos eleitores que, por
completa falta de noção, votaram nele, o levaram ao segundo turno,
deixando-o com a esperança de mais quatro anos para fingir que governava e
fazer uma porção de besteiras.
- a matéria abaixo mostra o CAOS em
que está a 'saúde pública' - ou a falta de - em Brasília;
- a Segurança Pública inexiste
- Samambaia, Ceilândia, Paranoá, Plano Piloto (408 Norte - antes dos
DESgoverno Agnulo e Rollemberg era considerada área nobre) e outras localidades
do Plano Piloto e cidades satélites, não são mais palco de assaltos e sim
de ARRASTÕES - até a PM é desacatada - o DF mostra todo dia;
- a educação pública está CAÓTICA - a
INSEGURANÇA é total - alunos trocam tapas, alunas brigam rolando no chão, e
nada é feito - não tem POLÍCIA e isto ocorre é em Ceilândia, Samambaia, Guará
e, pasmem, LAGO NORTE - também antes dos dois DESgovernos era considerada área
nobre;
Os órgãos públicos funcionam se e
quando querem - hoje mesmo a Secretaria de Fazenda simplesmente decretou
horário especial e o atendimento que já é mínimo (das 12:30h as 18:30) passou
para 9 as 12 - este horário também vale para o próximo dia 14 e na maior cara
de pau colocaram o aviso desse horário abusivo em uma placa da SEF/DF, posto de
Ceilândia.
Além da quase totalidade das
Delegacias da Polícia Civil funcionarem em horário comercial, de segunda a
sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h, nos finais de semana o efetivo da
Polícia Militar é reduzido em 50% - inclusive o número de viaturas.
Rollemberg esqueça a bronca que tem
com o seu vice-governador e entregue o cargo para ele - talvez ele aceite
administrar por alguns dias o resto.
Para mostrar o absurdo publicamos a
notícia de duas fontes.
Uma mulher de 33 anos morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de
Samambaia Sul, no Distrito Federal, 40 minutos depois de ter o
atendimento negado no Hospital Regional de Samambaia (HRSAM). Segundo a
família, Patrícia Elen foi levada ao hospital às 8h30 e morreu às 9h10. A mãe de Patrícia, Edna Jussara Macedo, acusa o hospital de negligência
e omissão. A Secretaria de Saúde do DF lamentou o ocorrido.
De acordo com a família, uma funcionária que estava no setor de
acolhimento do hospital rejeitou a paciente "antes mesmo de qualquer
avaliação". Edna disse ao G1 que a filha teve um
princípio de parada cardiorrespiratória e já havia convulsionado
diversas vezes antes de ser levada para o hospital.
Segundo ela, ao ligar para o Samu, logo que a filha começou a passar
mal, os atendentes avaliaram a situação por telefone e orientaram que
Patrícia ela fosse levada imediatamente para a unidade de saúde mais
próxima. A família decidiu ir para o Hospital Regional de Samambaia."Chegamos no hospital por volta das 8h30 e a enfermeira falou para
levarmos minha filha para a Upa", contou Edna. “Não precisa nem entrar,
aqui ela não fica”,teria dito a servidora do hospital público.
“Eles trataram ela como se fosse um cachorro morto.”
Edna e o irmão de Patrícia, que estava no carro, se dirigiram à UPA, a
menos de 15 minutos do hospital. No caminho, a mãe – que estava
dirigindo – disse que percebeu que a filha não reagia mais aos estímulos
do irmão. "Olhei pra trás e vi que ela não estava respirando". Patrícia foi recebida pela equipe médica da Upa que durante 20 minutos tentou reanimar a paciente. Mas não foi possível.
“Me disseram que ela ficou sem respirar por 10 minutos, que se tivessem atendido ela no hospital talvez ela tivesse sobrevivido”
Hospital lamenta
Em nota ao G1,
a direção do hospital "lamentou o ocorrido", e disse que não há
registro da passagem de Patrícia pela emergência. O hospital explicou
que, pela manhã, havia dois médicos de plantão. Segundo o Samu, a família foi orientada por telefone porque não havia ambulância para ir até a casa da família.
Filha órfã e viúvo
A recepcionista Patrícia Elen deixa uma filha de quatro anos e um
casamento de mais de sete anos. O viúvo, Rogério da Silva, não se
conforma com a maneira com que a esposa foi negligenciada enquanto
buscava por socorro na rede pública.
"Somos tratados como um animal, como se fosse um objeto que não presta mais."
O corpo de Patrícia foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para que seja investigada a causa da morte.
Mulher morre após ter atendimento negado em Samambaia, diz família
Patricia Elen
Macedo de Souza, 33 anos, foi levada pela mãe e o irmão ao Hospital
Regional de Samambaia na manhã de quinta-feira (6/12) após sofrer três
convulsões, mas foi barrada na porta da unidade de saúde. Ela morreu no
caminho a uma UPA da região administrativa
Uma mulher de 33 anos de idade morreu, na manhã de quinta-feira
(6/12), em Samambaia, após passar mal e não conseguir pronto atendimento
na rede pública de saúde do Distrito Federal. A vítima, identificada
como Patricia Elen Macedo de Souza, não resistiu a cinco convulsões e
uma parada cardiorrespiratória.Familiares da mulher pediram socorro ao
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a levaram ao Hospital
Regional de Samambaia (HRSam), no entanto, alegam que não tiveram o
amparo de nenhum dos dois serviços.
(...)
"Na manhã de ontem [quinta-feira], a minha irmã teve a primeira
convulsão. Eu estava em casa com ela e tentei ajudar de alguma maneira,
mas não sabia o que fazer. Liguei para o Samu, mas o atendente não
acreditava quando eu falava que ela estava passando mal. Nem mesmo o
médico quis ajudar. Ele simplesmente disse que não poderia deslocar uma
ambulância até a nossa casa e pediu que eu levasse a minha irmã de carro
ao hospital mais próximo", relatou Samuel.
Neste momento, Samuel ligou para a mãe, que estava trabalhando. Ela
voltou para casa às pressas, e os três seguiram em direção ao HRSam.
"No trajeto, a Patricia teve mais duas convulsões. Quando chegamos ao
hospital, rapidamente um segurança nos trouxe uma cadeira de rodas, mas
uma enfermeira da unidade recusou atender a minha irmã. Ela nem olhou
para a Patricia para entender o que estava acontecendo. Mesmo com minha
mãe gritando de desespero, a enfermeira apenas disse que não teria como
atendê-la porque o hospital estava cheio e não havia médicos disponíveis
naquela hora."
A enfermeira sugeriu que
Patricia fosse levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia
Sul. "Carreguei minha irmã nos braços de volta para o carro e seguimos
direto para a UPA. A Patricia teve mais duas convulsões, e, na última,
ela parou de respirar. Já não demonstrava nenhum tipo de reação. Ela
morreu antes mesmo de chegarmos lá", lamentou o irmão.
A
equipe médica que recebeu Patricia tentou reanimá-la, mas sem sucesso.
"Os médicos de lá fizeram de tudo, mas já era tarde demais. Eles nos
disseram que se a Patricia fosse atendida 10 minutos antes, não teria
morrido. Estou decepcionado. Ela morreu nos meus braços, sem que eu
conseguisse fazer nada.”