Preocupação do Planalto é com alta reprovação mostrada na última pesquisa Datafolha
[o apoio popular a remoção da Dilma é importante, mas, a queda de sua popularidade, a rejeição à Dilma, ao Lula e a petralhada, é também de grande importância.]
Tanto o Palácio do Planalto quanto a oposição avaliaram que o número
menor de manifestantes nas ruas neste domingo, comparado a 15 de março,
não significou uma mudança no cenário de insatisfação com a presidente
Dilma Rousseff. Apesar de aliviados com a menor adesão, integrantes do
governo admitiram que não há motivo para comemorar. A preocupação maior é
com a alta reprovação do governo mostrada na pesquisa Datafolha.
Líderes da oposição lembraram que, mesmo com menos gente nas ruas, o
sentimento de indignação da população com o governo continua muito alto. — O Datafolha mostra que não há mudança de humor em relação
ao governo. O fato de as manifestações estarem menores não é sinal de
que a crise passou — afirmou um assessor do Planalto.
A pesquisa mostra que 60% dos brasileiros acham o governo
ruim ou péssimo, e 63% apoiam a abertura do processo de impeachment de
Dilma.
SEM REUNIÃO DE AVALIAÇÃO, NEM COLETIVA
Diferentemente do que aconteceu em 15 de março, quando dois milhões de pessoas foram às ruas, de acordo com a PM, neste domingo o Palácio do Planalto tentou tratar com naturalidade as manifestações. Desta vez, Dilma não convocou ministros para reunião de avaliação nem houve entrevista coletiva de ministros, o que em 15 de março deu margem a um panelaço pelo país. A presidente, que chegou do Panamá na madrugada de domingo, monitorou os protestos do Palácio da Alvorada e falou com ministros pelo telefone.
Para alguns integrantes da oposição, a redução do número de participantes pode estar relacionada com a proximidade dos dois atos e ao fato de ter sido realizado após a Semana Santa, o que prejudicou a mobilização. Para o líder do DEM da Câmara, Mendonça Filho, o sentimento contra o governo continua muito forte: — O sentimento não mudou, a indignação permanece, e desta vez o movimento se espalhou por cidades menores. A impopularidade dela está estacionada em patamar absurdo, com a rejeição batendo 60%. Isso se agrava porque são apenas cem dias de governo. Um governo pode até perder a popularidade, isso até se recupera, mas ela e o PT perderam a credibilidade.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, também afirmou
que a diminuição do número de manifestantes não reflete a redução da
desaprovação ao governo Dilma. -
— Essa leitura de que foi menos gente é uma leitura muito pobre. Os que não foram às ruas ontem não passaram a apoiar o governo. E, para mim, a volta dos manifestantes às ruas é um recado claro de que a oposição precisa encontrar um canal de diálogo com essa insatisfação, com esse movimento todo — disse o líder tucano.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), estava em Belo Horizonte e optou por não participar do movimento de rua. Segundo sua assessoria, o tucano entende que esse é um movimento espontâneo e não tem que ser partidário, mesma postura adotada em 15 de março. Para Aécio, sua participação poderia dar um tom de partidarização do ato, o que não é conveniente. Em nota que assinou como presidente do PSDB, Aécio mostrou seu apoio e solidariedade ao movimento. Na nota, Aécio afirmou que as famílias brasileiras sentem os efeitos da crise econômica sobre os principais setores produtivos do país, e Dilma se mantém imobilizada, tentando terceirizar “responsabilidades intransferíveis”.
“Além da crise ética e moral, o governo do PT impõe à sociedade a pior equação: recessão com inflação alta, juros altos e corte de investimentos nas áreas essenciais da Educação e da Saúde”, diz um trecho da nota.
Continuar lendo............................. em O Globo
SEM REUNIÃO DE AVALIAÇÃO, NEM COLETIVA
Diferentemente do que aconteceu em 15 de março, quando dois milhões de pessoas foram às ruas, de acordo com a PM, neste domingo o Palácio do Planalto tentou tratar com naturalidade as manifestações. Desta vez, Dilma não convocou ministros para reunião de avaliação nem houve entrevista coletiva de ministros, o que em 15 de março deu margem a um panelaço pelo país. A presidente, que chegou do Panamá na madrugada de domingo, monitorou os protestos do Palácio da Alvorada e falou com ministros pelo telefone.
Para alguns integrantes da oposição, a redução do número de participantes pode estar relacionada com a proximidade dos dois atos e ao fato de ter sido realizado após a Semana Santa, o que prejudicou a mobilização. Para o líder do DEM da Câmara, Mendonça Filho, o sentimento contra o governo continua muito forte: — O sentimento não mudou, a indignação permanece, e desta vez o movimento se espalhou por cidades menores. A impopularidade dela está estacionada em patamar absurdo, com a rejeição batendo 60%. Isso se agrava porque são apenas cem dias de governo. Um governo pode até perder a popularidade, isso até se recupera, mas ela e o PT perderam a credibilidade.
— Essa leitura de que foi menos gente é uma leitura muito pobre. Os que não foram às ruas ontem não passaram a apoiar o governo. E, para mim, a volta dos manifestantes às ruas é um recado claro de que a oposição precisa encontrar um canal de diálogo com essa insatisfação, com esse movimento todo — disse o líder tucano.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), estava em Belo Horizonte e optou por não participar do movimento de rua. Segundo sua assessoria, o tucano entende que esse é um movimento espontâneo e não tem que ser partidário, mesma postura adotada em 15 de março. Para Aécio, sua participação poderia dar um tom de partidarização do ato, o que não é conveniente. Em nota que assinou como presidente do PSDB, Aécio mostrou seu apoio e solidariedade ao movimento. Na nota, Aécio afirmou que as famílias brasileiras sentem os efeitos da crise econômica sobre os principais setores produtivos do país, e Dilma se mantém imobilizada, tentando terceirizar “responsabilidades intransferíveis”.
“Além da crise ética e moral, o governo do PT impõe à sociedade a pior equação: recessão com inflação alta, juros altos e corte de investimentos nas áreas essenciais da Educação e da Saúde”, diz um trecho da nota.
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