Bolsas caem com preocupação em relação ao crescimento da economia mundial; Ibovespa cai 2,65%
Um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manter
estável a taxa de juros nos Estados Unidos, as bolsas globais operam em
forte queda repercutindo a maior preocupação com o cenário econômico
global. No Brasil, a preocupação com o ajuste fiscal e os dados fracos
da arrecadação federal intensificaram as perdas. A Bolsa de Valores de
São Paulo (Bovespa) caiu 2,65% em seu índice Ibovespa, aos 47.264 pontos
- na semana o índice subiu 1,86%o. Já o dólar comercial renovou a
máxima em 13 anos. A moeda americana terminou o pregão cotada a R$ 3,959
na compra e a R$ 3,961 na venda, alta de 2% ante o real, maior valor
desde os R$ 3,99 de 10 de outubro de 2002. Na semana, a divisa acumula
uma alta de 2,14%.
O dólar operou com forte volatilidade nesta sexta-feira. Na mínima, a
divisa chegou a atingir R$ 3,864, ainda no período da manhã, mas a
pressão compradora ganhou força e a moeda chegou a R$ 3,963 na máxima. A
alta no Brasil ocorreu de forma mais acentuada que em outros mercados. O
"dollar index", que mede o comportamento de dez moedas frente ao dólar,
tem alta de 0,68%, segundo a Bloomberg, no momento do encerramento dos
negócios no Brasil. — Com a aversão ao risco no mercado global, cresce a procura pela
segurança do dólar. Mas há ainda a preocupação com o pacote fiscal e a
arrecadação foi insatisfatória — disse Raphael Figueredo, analista da
Clear Corretora.
Em agosto, a arrecadação de impostos ficou em R$ 805,8 bilhões, o pior nível para o mês em cinco anos.
Segundo Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, a
expectativa negativa em relação à aprovação das medidas do ajuste fiscal
fazem com que o investidor busque proteção no dólar, já esperando
possível novos cortes da nota do Brasil nas demais agências de
classificação de risco. Na Fitch, o Brasil ainda está dois níveis acima
do nível especulativo e, na Moody’s, um. Na S&P o grau de
investimento foi retirado na semana passada.
— As dificuldades em termos do ajuste fiscal pesam e fazem o dólar se fortalecer. O início de um processo, mesmo que sem data para ser definido, da saída da presidente Dilma Rousseff também aumenta a incerteza — afirmou.
Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio, concorda que as negociações do governo para a aprovação das medidas de ajuste fiscal devem continuar a pressionar a moeda.
FED DERRUBA BOLSAS
A decisão do Fed de manter os juros foi motivada pela piora do cenário econômico global. Esse preocupação contribui para elevar a aversão ao risco nesta sexta-feira, afetando os principais índices de ações. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em queda de 3,06%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve desvalorização de 2,56%. Já o FTSE 100, de Londres, recuou 1,34%. Nos Estados Unidos, O Dow Jones recuou 1,74% e o S&P 500 caiu 1,61%.
— Há uma preocupação de que o Fed veja algo que não estamos vendo nos dados econômicos. O dados da economia americana estão fortes de uma forma geral. Há uma preocupação de que o Fed pensei que eles não estão fortes o suficiente ou que o Fed pense que a economia internacional, particularmente a situação da China, é muito pior do que nós podemos ver — disse Eric Green, diretor de pesquisa na Penn Capital.
Em meio a esse cenário de maior pessimismo, as ações de maior
liquidez do Ibovespa operaram todo o pregão em queda. Os papéis da
Petrobras (PNs, sem direito a voto) recuaram 3,30%, a R$ 7,60, e os
ordinários (ONs, com direito a voto) 3,98%, a R$ 8,91, seguindo o
movimento do petróleo - o barril do tipo Brent tem queda de 3%, a US$
47,61.
As ações do setor bancário, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa, também registraram quedas. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco tiveram desvalorizações de , respectivamente, 3,93% e 5,43%. No caso do Banco do Brasil, a queda foi de 5,60%. A exceção ficou com os papéis da Vale, que fecharam em alta (1,02% nas PNs e 2,15% nas ONs). Raphael Figueredo, da Clear Corretora, lembrou que ocorre o vencimento de opções na segunda-feira, ajuda a pressionar ainda mais as cotações.
Fonte: O Globo
Em agosto, a arrecadação de impostos ficou em R$ 805,8 bilhões, o pior nível para o mês em cinco anos.
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— As dificuldades em termos do ajuste fiscal pesam e fazem o dólar se fortalecer. O início de um processo, mesmo que sem data para ser definido, da saída da presidente Dilma Rousseff também aumenta a incerteza — afirmou.
Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio, concorda que as negociações do governo para a aprovação das medidas de ajuste fiscal devem continuar a pressionar a moeda.
FED DERRUBA BOLSAS
A decisão do Fed de manter os juros foi motivada pela piora do cenário econômico global. Esse preocupação contribui para elevar a aversão ao risco nesta sexta-feira, afetando os principais índices de ações. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em queda de 3,06%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve desvalorização de 2,56%. Já o FTSE 100, de Londres, recuou 1,34%. Nos Estados Unidos, O Dow Jones recuou 1,74% e o S&P 500 caiu 1,61%.
— Há uma preocupação de que o Fed veja algo que não estamos vendo nos dados econômicos. O dados da economia americana estão fortes de uma forma geral. Há uma preocupação de que o Fed pensei que eles não estão fortes o suficiente ou que o Fed pense que a economia internacional, particularmente a situação da China, é muito pior do que nós podemos ver — disse Eric Green, diretor de pesquisa na Penn Capital.
As ações do setor bancário, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa, também registraram quedas. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco tiveram desvalorizações de , respectivamente, 3,93% e 5,43%. No caso do Banco do Brasil, a queda foi de 5,60%. A exceção ficou com os papéis da Vale, que fecharam em alta (1,02% nas PNs e 2,15% nas ONs). Raphael Figueredo, da Clear Corretora, lembrou que ocorre o vencimento de opções na segunda-feira, ajuda a pressionar ainda mais as cotações.
Fonte: O Globo
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