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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Dólar sobe 2% e fecha a R$ 3,961 com preocupação com ajuste fiscal e cenário global

Bolsas caem com preocupação em relação ao crescimento da economia mundial; Ibovespa cai 2,65%

Um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manter estável a taxa de juros nos Estados Unidos, as bolsas globais operam em forte queda repercutindo a maior preocupação com o cenário econômico global. No Brasil, a preocupação com o ajuste fiscal e os dados fracos da arrecadação federal intensificaram as perdas. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 2,65% em seu índice Ibovespa, aos 47.264 pontos - na semana o índice subiu 1,86%o. Já o dólar comercial renovou a máxima em 13 anos. A moeda americana terminou o pregão cotada a R$ 3,959 na compra e a R$ 3,961 na venda, alta de 2% ante o real, maior valor desde os R$ 3,99 de 10 de outubro de 2002. Na semana, a divisa acumula uma alta de 2,14%. 
O dólar operou com forte volatilidade nesta sexta-feira. Na mínima, a divisa chegou a atingir R$ 3,864, ainda no período da manhã, mas a pressão compradora ganhou força e a moeda chegou a R$ 3,963 na máxima. A alta no Brasil ocorreu de forma mais acentuada que em outros mercados. O "dollar index", que mede o comportamento de dez moedas frente ao dólar, tem alta de 0,68%, segundo a Bloomberg, no momento do encerramento dos negócios no Brasil. — Com a aversão ao risco no mercado global, cresce a procura pela segurança do dólar. Mas há ainda a preocupação com o pacote fiscal e a arrecadação foi insatisfatória — disse Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora. 

Em agosto, a arrecadação de impostos ficou em R$ 805,8 bilhões, o pior nível para o mês em cinco anos. 

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Segundo Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, a expectativa negativa em relação à aprovação das medidas do ajuste fiscal fazem com que o investidor busque proteção no dólar, já esperando possível novos cortes da nota do Brasil nas demais agências de classificação de risco. Na Fitch, o Brasil ainda está dois níveis acima do nível especulativo e, na Moody’s, um. Na S&P o grau de investimento foi retirado na semana passada.
— As dificuldades em termos do ajuste fiscal pesam e fazem o dólar se fortalecer. O início de um processo, mesmo que sem data para ser definido, da saída da presidente Dilma Rousseff também aumenta a incerteza — afirmou.

Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio, concorda que as negociações do governo para a aprovação das medidas de ajuste fiscal devem continuar a pressionar a moeda.

FED DERRUBA BOLSAS
A decisão do Fed de manter os juros foi motivada pela piora do cenário econômico global. Esse preocupação contribui para elevar a aversão ao risco nesta sexta-feira, afetando os principais índices de ações. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em queda de 3,06%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve desvalorização de 2,56%. Já o FTSE 100, de Londres, recuou 1,34%. Nos Estados Unidos, O Dow Jones recuou 1,74% e o S&P 500 caiu 1,61%.
Há uma preocupação de que o Fed veja algo que não estamos vendo nos dados econômicos. O dados da economia americana estão fortes de uma forma geral. Há uma preocupação de que o Fed pensei que eles não estão fortes o suficiente ou que o Fed pense que a economia internacional, particularmente a situação da China, é muito pior do que nós podemos ver — disse Eric Green, diretor de pesquisa na Penn Capital.


Em meio a esse cenário de maior pessimismo, as ações de maior liquidez do Ibovespa operaram todo o pregão em queda. Os papéis da Petrobras (PNs, sem direito a voto) recuaram 3,30%, a R$ 7,60, e os ordinários (ONs, com direito a voto) 3,98%, a R$ 8,91, seguindo o movimento do petróleo - o barril do tipo Brent tem queda de 3%, a US$ 47,61.

As ações do setor bancário, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa, também registraram quedas. Os papéis preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco tiveram desvalorizações de , respectivamente, 3,93% e 5,43%. No caso do Banco do Brasil, a queda foi de 5,60%. A exceção ficou com os papéis da Vale, que fecharam em alta (1,02% nas PNs e 2,15% nas ONs).  Raphael Figueredo, da Clear Corretora, lembrou que ocorre o vencimento de opções na segunda-feira, ajuda a pressionar ainda mais as cotações.

Fonte: O Globo


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