Dilma teme Cunha porque
ela “não tem gerência” sobre Janot. Ah não, é?
Presidente da Câmara já ameaçou acelerar impeachment caso PGR peça seu afastamento
Dilma teme o que chama de “imprevisibilidade” nas ações de Eduardo Cunha, segundo a Folha. Cunha, como mostrei aqui, já fez chegar ao Palácio do Planalto recados de que, caso Rodrigo Janot peça seu afastamento da presidência da Câmara, ele vai deferir o pedido de impeachment contra Dilma.
Presidente da Câmara já ameaçou acelerar impeachment caso PGR peça seu afastamento
Dilma teme o que chama de “imprevisibilidade” nas ações de Eduardo Cunha, segundo a Folha. Cunha, como mostrei aqui, já fez chegar ao Palácio do Planalto recados de que, caso Rodrigo Janot peça seu afastamento da presidência da Câmara, ele vai deferir o pedido de impeachment contra Dilma.
Diz o
jornal: “O governo acredita que a
situação ‘está mais calma’, porém, ‘imprevisível’, até porque, argumenta Dilma,
ela ‘não tem gerência’ sobre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.”
Ah não, é? Sei. O procurador, segundo a Folha,
reúne indícios para provar que Cunha utilizou o cargo para atrapalhar a
Operação Lava Jato, que investiga o petrolão do qual ele teria sido
beneficiário. Caso
consiga comprovar a tese de
interferência nas investigações, a Procuradoria deve pedir o afastamento
de Cunha do cargo. “No Planalto, a ordem é monitorar os movimentos de Cunha
e recorrer ao STF caso ele autorize a abertura de um processo de impeachment
contra Dilma.”
Dilma, na verdade, quer é que Janot colabore tanto quanto Teori Zavascki, do STF, que poderá
estender em 30 dias o prazo para Cunha
apresentar sua defesa das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro,
o que só tornaria possível uma denúncia contra ele em 2016.
Quanto
mais tempo todos ganharem, melhor para Dilma. Os opositores que contavam com a
denúncia contra Cunha ainda neste ano para tentar substituí-lo por alguém capaz de acelerar o impeachment agora teriam de contar
apenas com o PGR.
Mas eles,
certamente, “não tem gerência” sobre
Rodrigo Janot.
Fonte: Felipe
Moura Brasil ⎯
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