Mais
uma pessoa dada como desparecida foi encontrada com vida
A
prefeitura de Mariana, em Minas Gerais, informou no início da tarde desta terça-feira que
uma menina de cinco anos foi identificada como a quarta morte em decorrência do
rompimento das barragens de mineração no distrito de Bento Rodrigues. A vítima é Emanuele Vitória Fernandes.
Ainda
segundo a prefeitura uma senhora de 65
anos foi encontrada com vida. Com isso,
o número de desaparecidos agora é de 22 pessoas. Enquanto as buscas em
Bento Rodrigues continuam por tempo indeterminado, a onda de lama avança pelo
leito do Rio Doce em direção ao Espírito Santo. A previsão é de que os rejeitos
da mineração chegassem durante a madrugada de hoje, em Baixo Guandu, a 186 km
de Vitória. Pela manhã, a lama ainda não havia aparecido, mas moradores já
ocupavam uma ponte da cidade, que passa sobre o Rio Doce, movidos pela
curiosidade. Enquanto isso, a Defesa Civil mobilizava carros de apoio ao
abastecimento de água, e 12 escolas permaneciam fechadas.
SECRETARIA
SUSPENDE LICENÇA DA SAMARCO
A
secretaria estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais suspendeu a licença da mineradora Samarco, responsável pela
barragens, para exercer qualquer atividade no município de Mariana.
De acordo
com a secretaria, A Samarco só está
autorizada a desenvolver ações emergenciais na cidade, ou seja, aquelas
voltadas para minimizar o impacto do rompimento das barragens e prevenir novos
danos. Ainda de acordo com o governo, a empresa só poderá retomar as atividades
após a apuração e a adoção de medidas de reparo dos danos provocados pelo
rompimento das barragens.
O
Ministério Público do estado recomendou à Samarco que garanta ao menos um salário mínimo para cada família atingida pelo acidente a partir de
dezembro, informou o promotor Guilherme de Sá Meneghin, na manhã desta
segunda-feira.
Na noite
de domingo, o MP entregou um documento
com cinco providências a serem tomadas pela empresa. Além de uma remuneração básica mensal para cada família, a
instituição pede que seja elaborada uma relação com os
nomes de todas as pessoas afetadas pela tragédia, que sejam identificadas as necessidades dos atingidos, um cronograma para que os desabrigados em hotéis sejam
realocados para moradias e um plano de reparação às
vitimas.
Fonte: O Globo
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