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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Derrotas sucessivas no combate ao mosquito

Emergência internacional contra a microcefalia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não aceita como fato cientificamente comprovado a relação entre a epidemia de zika (uma das doenças provocadas pelo Aedes aegypti) e o preocupante aumento da incidência de microcefalia no Brasil. Dos 462 casos confirmados pelo Ministério da Saúde, na sexta, de crianças nascidas com esse tipo de má-formação do cérebro, comprovou-se que apenas 41 foram consequência da exposição das mães ao vírus espalhado pelo mosquito.

Essa (por enquanto) baixa associação, no entanto, não reflete o que as evidências mais do que sugerem: a primeira semana de fevereiro fechou com o espantoso registro de quase cinco mil notificações de suspeita de vítimas de microcefalia (3.600 ainda permaneciam sob investigação dos organismos de saúde).

A gravidade da situação se mede, entre outros fatores, pela decisão da OMS de, mesmo sem comprovação, ter decretado uma incomum emergência de saúde internacional. O paradigma dessa medida se encontra na dimensão de episódios em que o organismo recorreu à convocação da excepcionalidade. Desde a reformulação do Regulamento Sanitário Internacional, em 2007, o mundo confrontou-se com três grandes ameaças de ordem sanitária: em 2009 (vírus H1N1) e em 2014 (poliovírus selvagem e ebola). O simbolismo da mobilização proposta pelo organismo internacional fala por si: a zika e sua virtualmente provável associação mais grave, a microcefalia, constituem uma ameaça palpável à saúde de boa parte do planeta. E, por descaso e incompetência do poder público do país, o Brasil comparece como indesejável protagonista dessa situação.

As evidências são que, sem uma mobilização internacional que junte ações de colaboração entre os governos e iniciativas no âmbito interno de cada país ameaçado pelo mosquito, o Brasil em especial, o caminho rumo a uma pandemia parece incontornável. Visto pelo ângulo dos números, o quadro é ainda mais assustador. Para além dos casos (zika e microcefalia) já registrados em diversos países, a OMS estima que, deixando-se a situação no curso atual, o vetor contaminará 4 milhões de pessoas nas Américas (1,5 milhão no Brasil). [Enquanto o maldito governo petista planejava se perenizar no poder, conseguiu perenizar além da miséria - retorno as classes D e E da chamada nova classe C, criada por Lula e Dilma, baseada no crédito fácil, a ser pago por pessoas sem renda, exceto as bolsas esmolas - a microcefalia, já que um mais de um terço dos atingidos na América Latina, se localiza em Banânia.]

Isso, sem contar os casos de dengue, variação ainda mais forte de mal transmitido pelo Aedes. Segundo o Ministério da Saúde, a doença atingiu ano passado 1,65 milhão de brasileiros, um recorde desde a primeira grande epidemia, nos anos de 1980. Convém lembrar que ambas, zika e dengue, são manifestações que podem levar à morte. Desde 2015, o número de óbitos atribuídos à zika, cujos registros são mais recentes, se aproxima de 80; já a dengue tem sido bem mais letal: entre 1990 e 2015, a febre hemorrágica e outras complicações dela decorrentes mataram mais de cinco mil pessoas no Brasil — quase 900 somente no ano passado, um recorde.

A decretação de emergência internacional pela OMS reflete a tibieza dos esforços do poder público brasileiro para controlar o mosquito depois de ele ter sido erradicado na década de 50. Mas, uma vez que se trata de situação de fato, em que importa mais agir que lamentar o que até aqui deixou de ser feito, a iniciativa do organismo deve ser vista pelo seu aspecto positivo. Ao recorrer a essa medida extrema, a instituição sinaliza que o problema, ainda que agravado pela leniência de um Estado-membro, passa a ser de todos, o que implica redobrar a mobilização para além dos limites de cada país a fim de conter o Aedes e reduzir os danos provocados pelo vetor.

A sinalização para o Brasil é inequívoca: o país, por meio do poder público, e, também, com a imprescindível colaboração da população, precisa fazer a sua parte nos procedimentos que inibam a reprodução do mosquito. O país precisa mostrar que é capaz de executar mais do que fez até agora. Afinal, está em jogo a vida de milhões de pessoas. [levar o 'poder público' a entender que tem que ser o protagonista no combate ao mosquito Aedes aegypti, é algo impossível.
Foi amplamente divulgada as entrevistas da ainda presidente - realizadas no seu idioma, o 'dilmês' -  em que a mesma intercalava asneiras com bobagens, mas, precariamente, deixou o recado que a responsabilidade é da população.
É a população que tem que reservar tempo para combater o mosquito. O governo tem mais o que fazer - na ótica da microcefalocrata Dilma Rousseff - envidar esforços para que a cérebro baldio não seja expulsa da cadeira presidencial e o apedeuta do seu criador não seja preso.]
Os pontos-chave
1
Por determinação da OMS, as notificações de zika/microcefalia precisam ser
aperfeiçoadas e padronizadas
2
Também por orientação do organismo de saúde, gestantes expostas ao zika devem ser acompanhadas antes e depois do parto
3
Estima-se que uma pandemia de zika atinja até 4 milhões de pessoas nas Américas,
1,5 milhão só no Brasill
4
Em 2015, o Brasil bateu o recorde de vítimas da dengue (1,65 milhão) e de mortes provocadas pela doença (854)

5
O Rio registra em média duas notificações de casos suspeitos de zika por hora,
número que pode estar subestimado



Fonte: Editorial - O Globo



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