É melhor o governo dizer que não cumprirá de novo a
meta deste ano, de 0,5% do PIB de superávit primário, e que nós estamos
no terceiro ano de vermelho nas contas públicas. Quando anunciar os
cortes no Orçamento, as equipes dos ministérios do Planejamento e
Fazenda tentarão valorizar o que estão fazendo, mas o fato é que eles
sabem que o Orçamento e a meta não serão cumpridos.
O governo se preparou para divulgar hoje o dado do corte. A ideia era
deixar vazar algum número e depois anunciar um maior. Faz parte do
ilusionismo governamental. Não deu certo a mágica porque eles se
depararam com um quadro pior do que haviam imaginado. O governo se
surpreende porque não quer encarar a realidade. A situação fiscal é
totalmente anômala, e a soma da recessão com as decisões insanas tomadas
por este governo é explosiva. O país precisa de muito mais ousadia e
senso de urgência do que se tem em Brasília, onde a tendência da equipe
econômica é se acomodar e fazer pequenos ajustes. A dívida pública vai
superar os 80% do PIB em 2018. Isso significa que, ao fim do atual
mandato, a dívida pública terá subido 30 pontos percentuais do PIB no
governo Dilma. Isso é um aumento assustador. Será que ninguém olha
números em Brasília? [o exposto nesse parágrafo confirma o óbvio: Dilma tem que sair do governo - seja por impedimento, deposição, expulsão, escarramento, vale qualquer coisa.
Ficando só piora. Antes cada semana dela no governo a coisa piorava; passou a ser cada dia; agora já está na base de cada hora que ela permaneça na presidência da República o Brasil piora um pouco mais.
Infelizmente, vale aquele ditado: pior que ontem e melhor que amanhã.
Quando chega nessa situação vale tudo para remover o câncer instalado no governo. Não é preciso golpe.
O impeachment demora, a salvação é a INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL. Quem ler com isenção a Constituição Federal ver que é o único remédio disponível que é rápido, legal, constitucional e eficaz.
Permite limpar tudo, zerar total e começar de novo.]
A meta fiscal flexível é uma forma indireta de dizer que o Brasil
terá déficit pelo terceiro ano. Ela só faria sentido se tivesse sido
aplicada antes, para guardar o excesso de arrecadação do passado e
induzir os estados e municípios a caminharem nesta direção. Agora, é
licença para ficar no vermelho, que vai ser copiada obviamente por todas
as instâncias administrativas.
Se uma firma ou uma família tem queda de receita, a solução nunca
poderá ser uma licença para não cumprir os limites de despesas. Até
porque se uma empresa — ou uma família — fizer isso, o preço a pagar
será alto e depois de certo tempo os financiadores desaparecerão. Já o
governo acha que pode fugir dessa regra geral, até porque vai elevar os
impostos e taxas, como tem sido feito na esfera municipal, estadual e,
principalmente, federal, para garantir seus gastos.
O contribuinte está exausto de pagar e de tomar susto a cada nova
guia de imposto que chega para ser pago. E a alta da tributação não
guarda qualquer relação com a qualidade dos serviços que piora a cada
dia. Os administradores públicos foram imprevidentes e não se prepararam
para o período de baixa e agora tentam assaltar o contribuinte para
resolver seus problemas. Os governos estaduais tiveram, como informou o
“Estadão”, 23% de aumento real de receitas em cinco anos. O Rio nadou em
dinheiro com os royalties do petróleo. Agora, atrasa salário de
funcionário público e os estados pedem a cada dia novas flexibilizações
da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não se prepararam para a queda de
receita que de fato está acontecendo este ano.
O Orçamento da União é tão falso que ele depende de que sejam criados
impostos que os contribuintes rejeitam, como a CPMF. Se ela não for
aprovada até maio, haverá frustração de receita com a qual o governo
contou no Orçamento enviado ao Congresso. E há a possibilidade de que
ela sequer seja aprovada.
A presidente Dilma, no Congresso, falou em reforma da Previdência e
disse que era para os próximos governos. Na verdade, o seu governo está
mergulhando numa crise da Previdência cada vez maior. Em setembro do ano
passado, o então ministro do Planejamento Nelson Barbosa fez uma
apresentação projetando aumento do déficit do INSS de R$ 56 bilhões, em
2014, para R$ 88 bilhões, em 2015, e R$ 124 bilhões este ano. Isso,
levando em conta projeção de crescimento de 0,2% no PIB deste ano,
quando se sabe que haverá um recuo que pode chegar a 4%. O déficit da
Previdência dos funcionários públicos está em R$ 65 bilhões.
Com tudo isso, a presidente, sem pressa, entrega para uma comissão,
presidida pelo ministro Miguel Rosseto, a tarefa de propor uma reforma.
A última notícia que saiu é que será proposta, sim, a idade mínima de
aposentadoria, mas para 2026. Tudo se passa como se o Brasil tivesse
muito tempo ainda para resolver esta questão. A idade mínima foi
proposta pelo ex-presidente Fernando Henrique em 1995, mas o que foi
aprovado na Câmara foi totalmente desfigurado e por isso se criou o
fator previdenciário. Isso foi há 20 anos. Agora o governo fala em mais
10 anos. A falta de noção de urgência no governo diante de uma crise é o
que há de mais perigoso.
Fonte: Coluna da Míriam Leitão - *com Alvaro Gribel
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Labirinto fiscal e terceiro ano de vermelho nas contas públicas
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