Processo contra Lula enfraquece Dilma e deve impactar eleições municipais
Justiça Federal acata pedido do MP e abre ação penal contra o ex-presidente sob a acusação de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Defesa diz que petista "jamais" tentou interferir na Lava-Jato
A decisão da Justiça Federal no Distrito Federal de tornar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva réu por obstrução de Justiça
torna ainda mais difícil a posição do PT e da presidente afastada, Dilma
Rousseff, no processo de impeachment no Senado. A comissão especial
votará, na próxima semana, o relatório do senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG), e o próprio PT admite que a derrota é certa. Com o principal
fiador de Dilma acuado novamente — na quinta-feira, a Polícia Federal
divulgou laudo mostrando que o ex-presidente discutiu pessoalmente as
obras no sítio em Atibaia (SP) —, as chances de vitória da petista na
votação marcada para o fim de agosto tendem a zero.
Não que,
desde a primeira votação no Senado desde 12 de maio, ela tivesse tido
alguma esperança. “A decisão de tornar Lula réu não impacta em nada na
votação do impeachment. As pessoas já estão com suas convicções
formadas”, declarou ao Correio o líder do governo na Casa, Aloysio Nunes
Ferreira (PSDB-SP). O próprio Lula já havia abandonado a tarefa de
buscar votos favoráveis a Dilma, após a exposição fracassada durante a
votação na Câmara. Depois que os senadores aprovaram a abertura do
processo, ele chegou a marcar um jantar na residência do senador Roberto
Requião (PMDB-PR). Tratou exclusivamente do plebiscito para novas
eleições. Mas só reuniu seis parlamentares.
A
pressão da Justiça sobre Lula também abala a imagem do ex-presidente
como cabo eleitoral. No último domingo, ele compareceu à convenção que
homologou a candidatura à reeleição do prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad. Semana que vem ele estará em Fortaleza para apoiar Luizianne
Lins — curiosamente, há 12 anos, quando Lula era presidente da
República, o PT nacional abandonou Luizianne (que acabou sendo eleita)
para ficar ao lado de Inácio Arruda (PCdoB) — e pretende percorrer o
Nordeste para apoiar os candidatos do partido e das legendas aliadas.
Para alguns petistas, as últimas denúncias envolvendo Lula são requentadas. “Isso aconteceu porque ele resolveu lutar pelos próprios direitos na ONU (Organização das Nações Unidas). O Lula tem a casca grossa, a tendência é que surjam novas histórias, à medida que a votação final do impeachment e as eleições municipais se aproximem”, reclamou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). “O que estão fazendo com a democracia é algo muito sério”, completou o senador paraense.
Lula, no entanto, terá muita dificuldade para alavancar a cambaleante candidatura de Fernando Haddad à reeleição em São Paulo. Ele também terá dificuldades em conseguir vitórias políticas nos demais estados do Sul e Sudeste, regiões que aprovam maciçamente o impeachment de Dilma e que concentra as principais lideranças políticas e sociais contra o PT. Por isso, a opção por fazer um amplo giro pelo Nordeste. Na entrevista à TV Estadão, José Eduardo Cardozo disse que o impeachment coloca a democracia do Brasil em xeque. “Independentemente de quem tem preferência pela presidência do governo Dilma ou do (presidente em exercício) Temer, nenhum país cresce onde as instituições permitem que um governo seja colocado para fora sem nenhuma razão para isso”, avaliou.
Esse discurso do golpe, aliado à acusação de destruição dos programas sociais, permeou os discursos de Lula na ampla viagem que fez pelo sertão, agreste, zona da mata e litoral pernambucano. É uma tentativa de manter viva as chances nas eleições de 2018. “Estão querendo arrumar uma condenação em segundo grau para que Lula perca os direitos políticos. Com todos os ataques, ele ainda aparece na frente das pesquisas”, lembrou Paulo Teixeira.
Mas a decisão de ontem abala uma parte do discurso lulista. Ele sempre disse que teve a vida revirada, mas que jamais tinha virado réu. Essa argumentação cai por terra. “Claro que dificulta as negociações políticas e as articulações a partir de agora”, lamentou um cacique petista.
Para alguns petistas, as últimas denúncias envolvendo Lula são requentadas. “Isso aconteceu porque ele resolveu lutar pelos próprios direitos na ONU (Organização das Nações Unidas). O Lula tem a casca grossa, a tendência é que surjam novas histórias, à medida que a votação final do impeachment e as eleições municipais se aproximem”, reclamou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). “O que estão fazendo com a democracia é algo muito sério”, completou o senador paraense.
Lula, no entanto, terá muita dificuldade para alavancar a cambaleante candidatura de Fernando Haddad à reeleição em São Paulo. Ele também terá dificuldades em conseguir vitórias políticas nos demais estados do Sul e Sudeste, regiões que aprovam maciçamente o impeachment de Dilma e que concentra as principais lideranças políticas e sociais contra o PT. Por isso, a opção por fazer um amplo giro pelo Nordeste. Na entrevista à TV Estadão, José Eduardo Cardozo disse que o impeachment coloca a democracia do Brasil em xeque. “Independentemente de quem tem preferência pela presidência do governo Dilma ou do (presidente em exercício) Temer, nenhum país cresce onde as instituições permitem que um governo seja colocado para fora sem nenhuma razão para isso”, avaliou.
Esse discurso do golpe, aliado à acusação de destruição dos programas sociais, permeou os discursos de Lula na ampla viagem que fez pelo sertão, agreste, zona da mata e litoral pernambucano. É uma tentativa de manter viva as chances nas eleições de 2018. “Estão querendo arrumar uma condenação em segundo grau para que Lula perca os direitos políticos. Com todos os ataques, ele ainda aparece na frente das pesquisas”, lembrou Paulo Teixeira.
Mas a decisão de ontem abala uma parte do discurso lulista. Ele sempre disse que teve a vida revirada, mas que jamais tinha virado réu. Essa argumentação cai por terra. “Claro que dificulta as negociações políticas e as articulações a partir de agora”, lamentou um cacique petista.
Cômico, mas aconteceu:
[É notório o pavor que Lula tem do juiz Sérgio Moro, tanto que até pedir a interferência da ONU(pedido inútil, que não será atendido e, se fosse nada mudaria) Lula pediu. Falou em Sérgio Moro e o ex-presidente borra as calças.
O pior é que ele tem pavor de qualquer juiz, o Moro é mais citado mas sua defesa quando o processo foi distribuído em Brasília e foi enviado para o juiz Ricardo Leite, titular da Décima Vara Criminal Federal, a defesa pediu nova distribuição e caiu mais uma vez nas mãos do Juiz da 10ª Vara Federal e agora sem alternativa.
Aliás, teve uma: para não borrar as calças em público, Lula conseguiu alcançar um banheiro.
O pior é que Lula responde outros processos como denunciado - a um passo de virar réu - e a cada processo o risco de borras as calças só aumenta.
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