Em resposta à defesa do petista, juiz disse que preferiu adotar uma medida ‘menos gravosa’: a condução coercitiva
Moro diz que tinha elementos para prender Lula em março
Em resposta aos advogados do ex-presidente Lula, o juiz Sérgio Moro não só rebateu a afirmação de que deveria se colocar em suspeição nas investigações
como disse que havia elementos suficientes para decretar a prisão
temporária do petista em março, mas optou por uma medida "menos
gravosa": a condução coercitiva. Defensores de Lula criticaram
interceptação telefônica obtida, segundo eles, de forma "ilegal" e usada
de maneira "parcial".
"Rigorosamente, a interceptação revelou uma série de diálogos do
ex-presidente nos quais há indicação, em cognição sumária, de sua
intenção de obstruir as investigações, como no exemplo citado, o que por
si só poderia justificar, por ocasião da busca e apreensão, a prisão
temporária dele, tendo sido optado, porém, pela medida menos gravosa da
condução coercitiva", afirmou o juiz em seu despacho.
No documento de 15 páginas protocolado nesta sexta-feira, Moro
afirmou que não vai abrir mão do caso e que "falta seriedade" à
argumentação dos advogados de Lula.
“Não há nenhum fato objetivo que justifique a presente exceção, tratando-se apenas de veículo impróprio para a irresignação da defesa do excipiente (Lula) contra as decisões do presente julgador e, em alguns tópicos, é até mesmo bem menos do que isso.
Além do argumento de que Moro ordenou medidas de maneira "ilegal" e "parcial", os advogados do petista afirmam que o juiz seria suspeito pois teria levantado ilegalmente o sigilo sobre diálogos interceptados. Eles dizem ainda que o Moro teria prejulgado Lula ao prestar informações ao Supremo Tribunal Federal e seria suspeito porque ter relacionamento com a imprensa. “Falta seriedade à argumentação da defesa”, afirma o juiz Os advogados de Lula chegam a afirmar que o juiz tomou medidas contra Moro por conta de razões política-eleitorais. O juiz rebate:
“Trata-se aqui de afirmação falsa. Este julgador jamais participou de
evento político. Nenhum dos eventos citados, organizados principalmente
por órgãos da imprensa, constitui evento político”
Ontem, os advogados voltaram a atacar Moro “O juiz Sergio Moro recusou-se a reconhecer que perdeu a imparcialidade para julgar o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apresentou sua defesa para futuro julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região. A defesa apresentada por Moro, todavia, apenas deixou ainda mais evidente a sua parcialidade em relação a Lula, pois a peça: (a) acusa; (b) nega, de forma inconsistente, as arbitrariedades praticadas; (c) faz indevidos juízos de valor; e, ainda, (d) distorce e ignora fatos relevantes."
“Ao deixar de reconhecer que perdeu a imparcialidade para julgar Lula, diante de tão relevantes fatos, o juiz Moro comete inequívoco atentado contra a Constituição Federal e, ainda, contra os Tratados Internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir, que asseguram a figura de um juiz imparcial e de um julgamento justo. Os advogados de Lula tomarão todas as providências necessárias para que seu cliente não seja submetido a novas arbitrariedades”, afirma a nota assinada por Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira. [esse Roberto Teixeira que se cuide - qualquer hora ele entra em audiência para defender Lula e sai preso.]
Fonte: O Globo
“Não há nenhum fato objetivo que justifique a presente exceção, tratando-se apenas de veículo impróprio para a irresignação da defesa do excipiente (Lula) contra as decisões do presente julgador e, em alguns tópicos, é até mesmo bem menos do que isso.
Além do argumento de que Moro ordenou medidas de maneira "ilegal" e "parcial", os advogados do petista afirmam que o juiz seria suspeito pois teria levantado ilegalmente o sigilo sobre diálogos interceptados. Eles dizem ainda que o Moro teria prejulgado Lula ao prestar informações ao Supremo Tribunal Federal e seria suspeito porque ter relacionamento com a imprensa. “Falta seriedade à argumentação da defesa”, afirma o juiz Os advogados de Lula chegam a afirmar que o juiz tomou medidas contra Moro por conta de razões política-eleitorais. O juiz rebate:
Ontem, os advogados voltaram a atacar Moro “O juiz Sergio Moro recusou-se a reconhecer que perdeu a imparcialidade para julgar o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apresentou sua defesa para futuro julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região. A defesa apresentada por Moro, todavia, apenas deixou ainda mais evidente a sua parcialidade em relação a Lula, pois a peça: (a) acusa; (b) nega, de forma inconsistente, as arbitrariedades praticadas; (c) faz indevidos juízos de valor; e, ainda, (d) distorce e ignora fatos relevantes."
“Ao deixar de reconhecer que perdeu a imparcialidade para julgar Lula, diante de tão relevantes fatos, o juiz Moro comete inequívoco atentado contra a Constituição Federal e, ainda, contra os Tratados Internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir, que asseguram a figura de um juiz imparcial e de um julgamento justo. Os advogados de Lula tomarão todas as providências necessárias para que seu cliente não seja submetido a novas arbitrariedades”, afirma a nota assinada por Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira. [esse Roberto Teixeira que se cuide - qualquer hora ele entra em audiência para defender Lula e sai preso.]
Fonte: O Globo
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