É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta
Vivemos
um suspense histórico, uma situação de trágicos conflitos
descentralizados no mundo todo, principalmente no Oriente Médio. Como
isso começou? Alguma coisa ou alguém deflagrou este tempo. Na minha
opinião, foi o George W. Bush, nossa besta do apocalipse. Ele
é culpado por tudo que acontece no mundo atual e ninguém fala nele.
Bush está pintando quadros em sua fazenda do Texas, enquanto o mundo que
ele armou se destroça.
Finalmente, depois de 13
anos dessa vergonha, a Comissão de Crimes de Guerra de Kuala Lumpur, na
Malásia, julgou e condenou Bush e Cheney por crimes de guerra. Isso. Claro que não há quem prenda o nefasto elemento. Mas, já é um consolo. Tudo começou com a absurda invasão do Iraque em 2003. A
invasão do Iraque foi um erro tão grave quanto, digamos, atacar o
México por causa do bombardeio a Pearl Harbor em 1941. Aconselhado por
seu vice-papai Dick Cheney — um dos piores ratos da América —, Bush
mentiu que o Iraque tinha “armas de destruição em massa”.
A
partir daí, Bush continuou a construir nosso futuro apavorante. Ele não
era um Hitler nem um Mussolini, com seus dogmas psicóticos. Ele era a
estupidez destrutiva, com trapalhadas trágicas que não tinham a
obstinação sangrenta de loucos, mas a desorientação porra-louca de um
bêbado boçal. A partir daí o mundo entrou numa
ciranda de horrores. Eu estava lá nos Estados Unidos e vi. Parece
loucura, mas tudo começou quando Bill Clinton teve um caso com Monica
Lewinsky, aquela estagiária gorda de Washington. Monica fez-lhe um
boquete na cozinha da Casa Branca, entre pizzas, enquanto a Hillary
dormia. Ela denunciou-o e Clinton, encurralado, mentiu na TV, declarando
que nunca tivera relações sexuais com Monica. Mas ela guardara um
vestido marcado por esperma do presidente, cujo DNA provava sua atuação.
Vexame total para Clinton e quase um impeachment.
Aí,
o Al Gore, candidato democrata contra o Bush, ficou com medo de
defender o Clinton na campanha, para não ser considerado cúmplice de
adultério até por sua esposa. Gore medrou. E Bush foi eleito. Foi nessa época que a direita republicana mais degenerada começou a se articular. Bush foi o pior presidente americano de todos os tempos, uma espécie de Forrest Gump no poder, ignorante e alcoólatra.
Até
que um dia, para seu azar e sorte, o Osama Bin Laden derrubou as torres
gêmeas no evento mais espantoso do século 21 (até agora...) e deflorou
os Estados Unidos, nunca atacados dentro de casa. Não me esqueço da cara
do Bush quando lhe contaram no ouvido a tragédia, enquanto ele dava uma
palestra para meninos de um colégio. A cara do Bush foi de gesso,
paralisada, sem uma rala emoção, sob o olhar das criancinhas em volta. A
partir daí, a América quis vingança. Bush virou o “presidente de
guerra” comandando a paranoia americana. Bush veio para acabar com todas
as conquistas liberais dos anos 60. Só faltava um pretexto; Osama
deu-o.
Aí, Bush e Dick Cheney, seu vice,
derrubaram o Saddam Hussein, um ditador sunita escroto, mas que servia
ao menos para segurar o Oriente Médio com sua intrincada geopolítica
fanática e religiosa. [aqui o Jabor acerta; e os que quiserem ler, uma obra escrita com vários anos de antecipação, nos tempos do Bush pai, terão oportunidade de entender as razões que tornavam conveniente a permanência de Saddam Hussein comandando o Iraque, o que levou a 'coalizão' a não invadir o Iraque, depondo Saddam durante a Guerra do Golfo.
A obra magistral, de Frederic Forsyth, O PUNHO DE DEUS, antecipa e explica tudo.]
No Oriente, o ódio ancestral contra os USA cresceu
como nunca. Isso fortaleceu não só a Al Qaeda como seus filhotes e os
homens-bomba floresceram como papoulas, iniciando a série de atentados
em Espanha, Inglaterra, Índia, Bali, Boston, Paris e outros que vieram e
virão. Errando sempre, Bush cumpriu todos os desejos de Osama, como um
lugar-tenente burro. Essa invasão absurda estimulou o terrorismo. Osama
morreu, mas sua obra foi bem-sucedida. Bush legitimou-o para sempre.
Amigos, esta é a verdade brutal: a gênese do Estado Islâmico está na
invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
A América
jogou dois trilhões de dólares no Iraque para uma guerra sem vitórias,
porque os inimigos eram e são invisíveis. Mataram milhares de americanos
jovens e arrasaram um país que hoje já é dominado pelo Estado Islâmico,
perto do qual a Al Qaeda é uma ONG beneficente. Somou-se a essa
(perdão...) cagada a crise econômica de 2008, provocada pela
desregulação total das finanças de Wall Street por Bush, precedido
erradamente por Clinton.
E por essas linhas tortas, surgiu o Trump, essa ameaça à humanidade. Como? Eu chego lá...
A
globalização da economia e da política — inevitável com a mutação do
capitalismo — trouxe uma obrigatória convivência com o “incontrolável”,
trouxe o fim de certezas, trouxe uma relativização de valores morais,
sexuais, políticos, insuportáveis para a grande massa da estupidez
americana endêmica. A paranoia da América não podia suportar tanta
democracia. O fim das certezas enlouqueceu o absolutismo fundamentalista
cristão.
Depois começou a era que chamávamos de
Primavera Árabe — ridícula ilusão do Ocidente de que os árabes estavam
obcecados pela democracia dos Estados Unidos... Rs rs rs...
Obama conseguiu então matar o Osama e foi reeleito. [o que possibilitou mais quatro anos de destruição dos valores morais, sexuais e que agora, com as bênçãos de DEUS, Trump corrigirá.]
Mas,
a morte de Osama no Paquistão indispôs mais ainda o Oriente Médio
contra nós e fragilizou a liderança dos Estados Unidos como potência.
Daí, tudo andou para trás: Irã, Egito, Líbia, guerra da Síria contra seu
povo, apoiada claro, pela China e, oba!, pela Rússia da KGB. E hoje
estamos nessa briga de foice em quarto escuro, estamos na véspera de
novos horrores que não param de acontecer, agora com a terceirização do
terror, com o EI oferecendo franquias para os lobos solitários do
Ocidente.
Se não tivessem invadido o Iraque, o
mundo seria outro. Mas o “se” não existe na História. Foi o que foi. A
história é intempestiva e ilógica e as tentativas de dominá-la em geral
dão em totalitarismo e ditaduras. A pior estrada foi tomada, como um fim
de porre do texano fraco e incompetente. É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta. Mas, afinal, pergunta o leitor, que que o Trump tem a ver com isso?
É
simples; ele nasceu da boca de Monica Lewinsky, em 1997, durante aquele
devastador “boquete” que mudou o mundo. E que pode destruí-lo, um dia. [não devemos olvidar que a senhora Hillary foi responsável quando aceitou ser alcoviteira do próprio marido.]
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