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terça-feira, 9 de agosto de 2016

SUPREMA IRONIA: Lewandowski o algoz de Dilma - Votação do impeachment no Senado deve durar 20 horas


Presidência de Lewandowski em sessão deve "baixar o tom" de oposição, avalia Agripino


Senadores se reúnem hoje (9) para definir se impeachment de Dilma Rousseff avança na Casa 

Apesar da expectativa de uma longa sessão de pronúncia do impeachment de Dilma Rousseff, com duração total de cerca de 20 horas, o presidente do DEM, senador Agripino Maia, acredita que a oposição ao governo Michel Temer adotará um tom menos beligerante hoje (9). 

Para Agripino, senadores do PT e aliados devem apresentar questões de ordem e procurar esticar ao máximo a sessão, mas tentarão evitar bate-bocas e acusações de que estão sendo "atropelados" pela maioria. O motivo? Ninguém vai querer se indispor com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que comandará a reunião.

Senado deve definir hoje se transforma a presidente afastada em ré no processo de impeachment. Aprovação se dá com maioria simples

Em mais uma maratona que poderá durar quase 20 horas, o Senado Federal vai definir hoje se a presidente afastada, Dilma Rousseff, se transforma, de fato, em ré no processo de impeachment. Para isso, é necessária a maioria simples dos votos dos senadores (metade mais um dos presentes). Aliados de Dilma tentarão “contaminar” a votação com as recentes denúncias envolvendo o presidente em exercício, Michel Temer.

“São denúncias que, como todas as outras, precisam ser investigadas. Por enquanto, o que temos é apenas a palavra de um delator. Mas o presidente Temer já deu demonstrações de que não tem condições de governar o país”, disse  Costa. A estratégia da tropa de choque dilmista é retardar em pelo menos duas horas e meia o início dos debates sobre o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), com a apresentação de questões de ordem.

Para o líder do DEM na Casa, Ronaldo Caiado (GO), não há por que misturar a votação do impeachment de Dilma com as denúncias envolvendo Michel Temer. “Se fizermos isso, a rigor, nem precisaríamos realizar a sessão, bastaria afastar Dilma. O mesmo Marcelo não disse, na suposta delação, que ela lhe ordenou para pagar o marqueteiro João Santana?”, questionou o demista.

Para Caiado, já se passaram mais de 110 dias desde que a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment contra Dilma. “Estamos há quase 120 dias convivendo com uma situação maluca de termos uma presidente afastada e um presidente em exercício no mesmo país”, criticou. “Todos os ritos processuais foram cumpridos, com amplo direito de defesa. Não há por que afirmar que houve qualquer cerceamento na defesa de Dilma”, prosseguiu Caiado.

Aliados da petista estão céticos quanto ao êxito na votação de hoje, sobretudo porque são necessários apenas a metade mais um dos votos dos presentes para que o relatório seja aprovado. O receio é que a presidente tenha menos votos do que na rodada anterior, em maio. Uma das incógnitas é o suplente do senador Walter Pinheiro (PT-BA), Roberto Muniz (PP-BA). O partido dele compõe a base de apoio a Temer, embora ele esteja no mandato graças ao petista Rui Costa, governador da Bahia, que nomeou Pinheiro secretário de Educação.

Fonte: Época

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