SUPREMA IRONIA: Lewandowski o algoz de Dilma - Votação do impeachment no Senado deve durar 20 horas
Presidência de Lewandowski em sessão deve "baixar o tom" de oposição, avalia Agripino
Senadores se reúnem hoje (9) para definir se impeachment de Dilma Rousseff avança na Casa
Apesar da expectativa de uma longa sessão de pronúncia do impeachment
de Dilma Rousseff, com duração total de cerca de 20 horas, o presidente
do DEM, senador Agripino Maia, acredita que a oposição ao governo
Michel Temer adotará um tom menos beligerante hoje (9).
Para
Agripino, senadores do PT e aliados devem apresentar questões de ordem e
procurar esticar ao máximo a sessão, mas tentarão evitar bate-bocas e
acusações de que estão sendo "atropelados" pela maioria. O motivo?
Ninguém vai querer se indispor com o presidente do Supremo, Ricardo
Lewandowski, que comandará a reunião.
Senado deve definir hoje se
transforma a presidente afastada em ré no processo de impeachment.
Aprovação se dá com maioria simples
Em mais uma maratona que poderá durar quase 20 horas, o Senado Federal
vai definir hoje se a presidente afastada, Dilma Rousseff, se
transforma, de fato, em ré no processo de impeachment. Para isso, é
necessária a maioria simples dos votos dos senadores (metade mais um dos
presentes). Aliados de Dilma tentarão “contaminar” a votação com as
recentes denúncias envolvendo o presidente em exercício, Michel Temer.
“São denúncias que, como todas as outras, precisam ser investigadas. Por
enquanto, o que temos é apenas a palavra de um delator. Mas o
presidente Temer já deu demonstrações de que não tem condições de
governar o país”, disse Costa. A estratégia da tropa de choque
dilmista é retardar em pelo menos duas horas e meia o início dos debates
sobre o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), com a
apresentação de questões de ordem.
Para o líder do DEM na Casa,
Ronaldo Caiado (GO), não há por que misturar a votação do impeachment de
Dilma com as denúncias envolvendo Michel Temer. “Se fizermos isso, a
rigor, nem precisaríamos realizar a sessão, bastaria afastar Dilma. O
mesmo Marcelo não disse, na suposta delação, que ela lhe ordenou para
pagar o marqueteiro João Santana?”, questionou o demista.
Para
Caiado, já se passaram mais de 110 dias desde que a Câmara aprovou a
abertura do processo de impeachment contra Dilma. “Estamos há quase 120
dias convivendo com uma situação maluca de termos uma presidente
afastada e um presidente em exercício no mesmo país”, criticou. “Todos
os ritos processuais foram cumpridos, com amplo direito de defesa. Não
há por que afirmar que houve qualquer cerceamento na defesa de Dilma”,
prosseguiu Caiado.
Aliados da petista estão céticos quanto ao
êxito na votação de hoje, sobretudo porque são necessários apenas a
metade mais um dos votos dos presentes para que o relatório seja
aprovado. O receio é que a presidente tenha menos votos do que na rodada
anterior, em maio. Uma das incógnitas é o suplente do senador Walter
Pinheiro (PT-BA), Roberto Muniz (PP-BA). O partido dele compõe a base de
apoio a Temer, embora ele esteja no mandato graças ao petista Rui
Costa, governador da Bahia, que nomeou Pinheiro secretário de Educação.
Fonte: Época
Nenhum comentário:
Postar um comentário