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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Situação desumana e perigosa faz MP pedir interdição do IML de Luziânia
Vistoria
do Ministério Público de Goiás constatou desde corpos em decomposição
do lado de fora do prédio até tratamento inadequado de restos mortais.
Situação desumana e perigosa deixa população exposta
MP pede interdição de IML
As más condições do Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia (GO) e a
insistência em não melhorar o atendimento e as instalações do prédio
levaram o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) a tomar uma
medida drástica: pedir na Justiça a interdição do serviço e fechamento
da unidade que atende quase 900 mil pessoas que vivem nos 10 municípios
goianos localizados no Entorno Sul do Distrito Federal, sob pena de o
próprio governador de Goiás, Marconi Perillo, pagar multa em caso de
descumprimento. A ação foi protocolada na última quinta-feira e pode ser
aceita ou não pela Justiça.
Vistoria feita pelo órgão mostrou
cenas desumanas:corpos em decomposição alocados dentro de urnas
abandonadas do lado de fora do prédio e cercadas por moscas; veículos
antigos como criadouros de baratas; geladeiras e materiais em desuso
largados a céu aberto. Além disso, segundo o MPGO, o local não tem
documentação básica para o funcionamento, como alvará sanitário, licença
ambiental, regularidade técnica emitida pelo Corpo de Bombeiros e Plano
de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde.
Do
lado de fora do IML, urnas em desuso ainda servem para acondicionar os
corpos: instituição atende quase 900 mil pessoas, inclusive para exames
de corpo de delito
O promotor responsável pela ação, Julimar
Alexandro da Silva, conta que teve dificuldade de acesso ao prédio para
fazer a vistoria. Todas as vezes que marcava a visita, a direção do IML
arrumava uma desculpa para desmarcar. Por isso, a saída foi a presença
surpresa, momento em que as imagens anexadas na ação foram realizadas.
“Há mais de uma década, o IML de Luziânia é um problema e o MPGO tenta
resolver a questão amigavelmente e extrajudicial. Mas nada é feito.
Chegamos ao limite”, afirma.
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