O próprio presidente da República disse, em
entrevista a "O Estado de S. Paulo", que aceita uma versão minimalista
da reforma da Previdência. Está aberta, assim, a temporada de reduções
no projeto.
Michel Temer chamou de “atualização”. Ou seja, começa a abandonar a
palavra “reforma”. O presidente jogou a toalha, praticamente. Isso
enfraquece o projeto. Vai tocar a reforma para dizer que fez. A senha
foi dada. Os grupos de interesse pressionarão para que nada mude. Temer
saiu enfraquecido da votação da denúncia, na semana passada. Ele está
vulnerável a esse tipo de pressão.
A própria proposta da idade mínima, mesmo se for mantida, terá uma
aplicação lenta. A regra começa com 54 anos e só chegará aos 65 para
homens e 62 para mulheres após uma prolongada transição. Se aprovada
dessa forma, seria uma reforma pra inglês ver.
Quem está certo é o presidente da Câmara dos Deputados, que delimitou
a discussão. Ele diz que o único ponto de discordância é a regra de
transição para quem entrou no setor público antes de 2003, quando Lula
fez a reforma para novos servidores. E Maia diz que é preciso votar o
projeto em setembro. Mas Temer agora avisou que aceita a versão reduzida
do projeto.
Fonte: Blog da Miriam Leitão - O Globo
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