‘Segundo Sol’: associação processa Globo por falta de negros em trama
Depois de uma saraivada de críticas e uma campanha na internet contra a inexpressiva participação de negros na nova novela da Rede Globo, Segundo Sol, que estreou no dia 14 de maio, uma ação judicial cobra mudanças no elenco do folhetim para que reproduza a divisão étnica presente na Bahia, palco da trama e onde 76% da população é autodeclarada preta ou parda.A iniciativa é da União de Negros pela Igualdade (Unegro), entidade com trinta anos de ativismo contra a discriminação racial. “A novela tem tudo da Bahia, menos os negros. Vamos ver até quando a Globo vai querer sustentar uma Bahia branca”, desafia a socióloga Ângela Guimarães, presidente da entidade. Filiada ao PCdoB, ela também é chefe de gabinete na Secretaria do Trabalho do estado.
Não é a primeira medida de caráter oficial contra a produção. O Ministério Público do Trabalho também havia enviado uma recomendação para que a novela respeitasse a diversidade racial de Salvador, onde a história é ambientada. Em mea-culpa, a Globo admitiu “representatividade menor do que gostaria”. Sobre a ação movida pela Unegro, a emissora disse que ainda não foi notificada.
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Qual o resultado esperado?
Queremos a incorporação da real proporcionalidade da população negra do estado no elenco da novela. Nós queremos 80% de negros. Esse é o nosso vetor da mobilização. Quando for no Sul do país, a gente aceita ser 12%, 15%, 20%. Mas, sendo na Bahia, em Salvador, onde cada poro da cidade respira a herança africana, desejamos ser 80%, que é quanto nós somos aqui.
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