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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Aposta nas Forças Armadas não deu certo e Temer precisou ceder mais [Forças Armadas só são eficientes para uso interno se houver disposição de usá-las; demonstração, blefe, não funcionam.]




Análise: Aposta nas Forças Armadas não deu certo e Temer precisou ceder mais

Aliados recomendaram fazer acordo para acabar de vez com a greve dos caminhoneiros 
[Forças Armadas bem equipadas, bem armadas, devidamente treinadas são excelentes elemento dissuasório - especialmente entre nações, quando havendo guerra, podem exercer  as atividades para as quais são especialmente treinadas;

para ações de polícia, o componente dissuasivo é muito reduzido, especialmente se todas as ações do 'Comandante Supremo' deixam claro que é apenas um blefe, uma atitude de alguém que está desorientado e que jamais ordenará o uso eficiente das tropas.]


O presidente Michel Temer contava com a força da ação das Forças Armadas, mas ao longo deste domingo foi convencido pelos aliados políticos a ceder e a fazer um acordo que acabasse de vez com a paralisação dos caminhoneiros, que já dura sete dias e provocou um colapso no país. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), participou diretamente das conversas. Ele esteve com Temer e no final do dia ainda recebeu os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e do Planejamento, Esteves Colnago. Na prática, Temer acabou cedendo à proposta do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que incluiu a proposta de zerar a PIS/Cofins do óleo diesel no projeto de reoneração da folha salarial, que foi ao Senado, e criou um impasse. — Assina logo um acordo com validade imediata e encerra essa greve — comentou um dos conselheiros de Temer. 

Temer cedeu porque sua estratégia de apostar na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) não deu o resultado esperado. Os caminhoneiros continuaram parados. O presidente chamou inclusive o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles para negociar. Após o anúncio, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comemorou o entendimento. — Espero que os caminhoneiros voltem a trabalhar a partir de amanhã — disse Maia, que também entrou em contado com a equipe econômica. 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), ajudou a negociar o acordo. Ele reuniu Guaria e Colnago e propôs a edição de Medidas Provisórias para o acordo ter efeito imediato.O objetivo da negociação era a redução do preço do diesel — disse ele.
Mas uma vez, a equipe econômica terá que buscar de onde tirar os recursos para tapar o rombo no Orçamento. O governo reduziu em R$ 0,46 o litro do óleo diesel, equivalente a 0,41 do PIS/Cofins e R$ 0,045 da Cide. [o risco é que acabe sobrando para os consumidores da gasolina - não custa nada adicionar (seja na marra ou seja disfarçando de empréstimo compulsório - para não ser pago como não o foi o estabelecido no governo Sarney) os 0,41 do PIS/Cofins ao que já é cobrado na gasolina.
O mais desagradável é que até demos algum crédito ao governo Temer; mas, agora com esse vai e volta o descrédito é total.
Mas, apesar de todos os inconvenientes do governo Temer, o Brasil precisa que ele permaneça até 1º Janeiro 2019.
O pior que pode acontecer para o Brasil e os brasileiros é que conforme a Constituição se Temer sair assume o Maia, aí será o desastre dos desastres.]


O Globo
 

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