Combustível é destinado a garantir o fluxo de abastecimento das Forças Armadas
Militares
das Forças Armadas chegaram à Reduc, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,
onde alguns caminhoneiros protestam nesta sexta-feira. Por volta das 15h, um
comboio com carros e motocicletas chegou pela Rodovia Washington Luís. Às 17h,
os militares escoltaram caminhões de combustível que saíram da refinaria para
garantir o fluxo de abastecimento das Forças Armadas. — Pediram
só pra dar um tempinho, mas já me liberaram para seguir viagem — disse um
motorista de um caminhão que estava transportando pequena quantidade de massas.
Forças
Armadas estão estacionadas dentro do pátio da Reduc - Marcelo Theobald /
Agência O Globo - [PE - Polícia do Exército - sempre pronta para qualquer missão]
A Polícia
Militar confirmou, durante esta manhã, que dois caminhões de combustível saíram
escoltados da Reduc. Ainda de acordo com os militares, eles foram abastecer
quartéis de Mesquita, Campo Grande e unidades da PM no Estácio e em Sulacap. O
protesto é acompanhado por por policiais rodoviários federais e policiais
militares, além de muitos curiosos. Douglas Ramos, de 28 anos, veio cavalgando
do Bairro Pilar, em Caxias, na Baixada Fluminense, para observar o protesto. — Acho
justo o movimento deles. Tem mesmo de protestar para conseguir algo — disse
Douglas, enquanto cavalgada com a égua Iara, de oito anos.
Em nota,
o Gabinete de intervenção federal pontuou que, desde o início da greve,
"monitora os impactos" para o estado. O planejamento do gabinete
prevê a atuação das forças seguranças estaduais e, caso necessário, das forças
federais. Ainda em nota, o interventor federal, General Walter Braga Netto,
reforça que todas as providências necessárias estão sendo tomadas. — Minha
principal preocupação é com a população, para que não haja desabastecimento —
diz o interventor no texto, que volta a destacar a normalidade de combustível
nas instituições policiais e no curso das operações previstas.
Muita
gente também está aproveitando o protesto para tentar ganhar um dinheiro extra.
Um motorista de ônibus, que está de folga e pediu para não ser identificado,
está vendendo salgados e guaranás na beira da Washington Luís. Leonardo
Ribeiro, de 32 anos, também aproveita a ocasião. Durante a noite ele trabalha
como motorista de aplicativo. Já de dia, se torna vendedor de quentinhas. A
iguaria é vendida a R$ 12. — Já
trabalho na região com quentinhas há 3 anos. Esperava que com o protesto fosse
vender muito mais . Porém, não posso reclamar. Já vendi 40. Só sobraram duas.
Uma equipe do GLOBO constatou, no fim desta manhã, que os motoristas são obrigados a parar no acostamento, onde os manifestantes permanecem, e podem fica impedidos de trafegar por mais de uma hora. Duas viaturas da Policia Rodoviária Federal (PRF)acompanhavam os caminhoneiros, mas não impediram a ação enquanto a reportagem estava presente. Procurada, a PRF ainda não retornou. No início da tarde, os caminhoneiros liberaram a pista para a passagem de veículos e soltaram fogos. Além disso, agitaram uma bandeira durante o protesto.
O Globo
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