Motoristas pedem diesel a R$ 2,50 e criticam Temer
[Líder dos caminhoneiros denuncia em entrevista coletiva que existe infiltrados no movimento dos caminhoneiros e atribui tal infiltração a partidos políticos.
A presença dos infiltrados = agitadores - busca a derrubada do governo.
Mais que óbvio que parte do movimento saiu do controle das lideranças dos caminhoneiros e dos patrões (seus cúmplices no locaute e certamente os infiltrados são membros da corja lulopetista que busca estabelecer o CAOS no Brasil.
Não conseguirão.]
Apesar
das propostas anunciadas na noite de domingo pelo governo federal,
caminhoneiros continuam parados em algumas rodovias do país. O GLOBO conversou
com motoristas que não desistiram da mobilização para tentar explicar por que
eles não aceitam as três medidas sugeridas pelo governo de Michel Temer:
- redução do preço do litro do diesel em R$ 0,46;
- garantia de que o desconto
chegará às bombas de combustível;
- suspensão da cobrança do pedágio do eixo
suspenso.
Na
rodovia Regis Bittencourt, em Embu das Artes, principal ponto de mobilização da
Grande São Paulo, os caminhoneiros dizem que a proposta feita domingo não é
suficiente. Eles afirmam que não seguem nenhuma confederação ou sindicato. A
cada hora, propõem novas demandas, [a apresentação de sucessivas exigências, buscando sempre uma razão para permanecer no movimento paredista é prova indiscutível da ação de agitadores = corja lulopetista, esquerdistas e comunistas, que buscam estabelecer o caso e tentar derrubar o governo.] que vão de mais desconto no preço do diesel
e mais tempo de previsibilidade para o valor à renúncia de Temer, passando por
intervenção militar. Apesar disso, não há nenhuma cobrança concreta ao governo.
Muitos
motoristas admitem que não deixam a estrada também porque seus patrões não
mandam e que se as empresas ameaçassem cortar salário, por exemplo, largariam o
protesto. Parte dos
motoristas é influenciada por informações que recebem pelo whatsapp, que dizem,
entre outras coisas, "se ficarmos na estrada até meia-noite, o Temer
Iniciar sessão
cai" ou "pode haver um referendo para revogar o mandato".
Apesar de
trocar tantas mensagens, a falta de informação é o que caracteriza os
integrantes do movimento: não há um direcionamento claro sobre os próximos
passos do movimento e nem sobre sua estrutura. Um dos caminhoneiros ouvidos
pelo GLOBO disse que só deixaria o local quando as medidas de Temer fossem
publicadas no Diário Oficial, o que já ocorreu. Informado da publicação dos decretos,
disse que esperaria um papel com a confirmação. O motorista, de Chapecó (SC),
disse depender do direcionamento de sua empresa. — Quando
eu receber a mensagem do dono da empresa lá de Brasília, eu saio — disse.
DIESEL A
R$ 2,50
Outra
parte do grupo se mostra particularmente insatisfeito com a proposta sobre a
redução no preço do diesel: — A
redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel já tinha sido considerada e não
atende às nossas expectativas. Queremos que o diesel baixe a R$ 2,50 na bomba,
além de isenção total do PIS/Cofins — diz Rodrigo Teixeira, um dos porta-vozes
escolhidos pelo grupo num dos bloqueios da rodovia.
Os
manifestantes se reúnem várias vezes ao dia em frente a um posto de gasolina na
estrada. As determinações que saem dessas reuniões são então repassadas por
grupos de Whatsapp a outros pontos de paralisação. — Quando
começou a greve, não achávamos que ia tomar essa dimensão. Eu mesmo não
acreditava. Mas agora que chegamos aqui, temos que continuar — disse um
caminhoneiro parado há dias na Regis Bittencourt.
Informalmente,
alguns motoristas defendem que o governo Temer garanta concessões mais amplas à
categoria pelo menos até dezembro. — Se eu
fosse o Temer, faria isso. Aí depois os caminhoneiros discutem com o próximo
governo. Se ele não estiver do nosso lado, em janeiro paramos de novo —, diz
outro motorista.
BOATOS
ALIMENTAM PROTESTOS
O
principal boato que convence os manifestantes é o de que, caso o protesto vá
até meia-noite, o Exército daria um golpe. A proposta de intervenção militar é
a mais repetida entre os integrantes do movimento. Caminhoneiro há quatro anos,
Edson, que não quis dar seu sobrenome, afirmou que não gostaria que as Forças
Armadas tomassem o poder mas que não vê outra saída. — O
Brasil virou um país sem lei. Onde estão a CUT, a UGT (centrais sindicais) por
aqui? Eles não representam a gente, por isso que esse movimento está durando
tanto, porque todo mundo concordou — disse.
O Globo
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