Coaf tem novas funções: BGP, PE, Polícia Ambiental = garantir a segurança do Planalto
Sem o trabalho do Coaf, já teríamos milicianos fazendo churrasco no Palácio
A esta altura, é difícil não concluir que Fabrício Queiroz, ex-assessor
de Flávio Bolsonaro, é enrolado com milícias. O jornal O Globo descobriu
que, quando o escândalo dos depósitos suspeitos veio à luz, Queiroz se
escondeu na comunidade do Rio das Pedras, berço das milícias cariocas,
onde sua família operaria um negócio de transporte alternativo
(atividade tipicamente controlada por milicianos). A jornalista Malu Gaspar, da revista Piauí, apurou que Queiroz foi
colega de batalhão de Adriano da Nóbrega, foragido da polícia e acusado
de liderar a milícia Escritório do Crime, sob o comando de um coronel
envolvido com a máfia dos caça-niqueis (outra atividade típica de
milícia).
[- um dos meus colegas de tropa, se tornou chefe de quadrilha de assaltantes de bancos, até ser abatido pela Polícia - e eu continuo honesto;
- o cirurgião plástico Hosmany Ramos, ex-assistente de Ivo Pitanguy, passou 36 anos preso por assaltos, sequestros e assassinatos - por óbvio foi cxolega de outros ciruegiões que continuam cumpridores das leis;
- vez ou outra sabemos de advogados cometendo crimes e foram colegas de outros advogados que permanecem honestos.
Isto ocorre em dezenas de profissões.
Na hora que for encontrada alguma prova contra Queiroz - até o presente momento se existe alguma está sob segredo de Justiça - vão querer condenar Flávio Bolsonaro por ter contratado Queiroz.
Chega de exageros - vamos aguardar as provas. Estas surgindo, que os culpados sejam presos, processados, julgados, condenados.]
A polícia e o Ministério Público cariocas suspeitam que o Escritório do
Crime matou Marielle Franco, a da placa que os bolsonaristas volta e
meia rasgam às gargalhadas [FATO: baderneiros que se dizem admiradores da vereadora arrancaram uma placa legalmente colocada em uma rua do centro do Rio (designação de nomes de ruas deve ser feita por lei municipal ou por outra norma legal e fixação/remoção das mesmas é atribuição do Poder Executivo municipal) e colocaram uma placa ilegal, pirata, no local.
Pessoas cumpridoras da lei e da ordem indignadas com o desrespeito à memória e aos familiares do homenageado na placa anterior - ilegal e criminosamente removida - destruíram a pirata.]
E, antes que os bolsonaristas digam que não acreditam em polícia,
Ministério Público ou imprensa que não entreviste Bolsonaro de joelhos,
lembrem-se do que disse Flávio Bolsonaro, o zero-um: Fabrício Queiroz,
segundo o filho do presidente da República, lhe indicou a mãe e a mulher
de Adriano da Nóbrega para cargos de assessoria em seu gabinete. Repetindo: essa é a versão oficial, em que o único pecado da família presidencial foi amar demais o Queiroz.
(...)
Flávio Bolsonaro foi mais longe: já homenageou o suposto líder do
Escritório do Crime na Assembleia Legislativa duas vezes, nas duas
ocasiões elogiando-o com entusiasmo. Concedeu-lhe a Medalha Tiradentes,
maior honraria oferecida pelo legislativo estadual fluminense. Na
ocasião, Nóbrega estava preso por assassinato. Recebeu a medalha na
cadeia. [entre a proposição da medalha e sua entrega transcorre um certo tempo e, sendo verdade o acima narrado, o erro foi da presidência da Assembleia que deveria, de oficio, ter suspendido a entrega da comenda, até que fosse comprovada a inocência ou culpa do homenageado.
A destrambelhada da presidente do PT vai exigir uma CPI para investigar?]
Zé Dirceu e Zé Genoíno, bandidos condenados pela Justiça, por vários crimes, foram homenageados por autoridades federais com a mais alta comenda concedida em tempos de PAZ.
Logo que foi comprovado que os homenageados eram bandidos, a comenda foi cassada.
A Câmara Legislativa do DF distribuiu condecorações para inúmeras pessoas que hoje estão presas - inclusive, ex-parlamentares.
Indicar, por engano, um bandido para receber uma comenda, não constitui crime.]
É como disse na última coluna antes das eleições: Bolsonaro é o herdeiro
ideológico da facção das Forças Armadas ligada aos torturadores, que
não aceitou a abertura democrática e partiu para o crime: esquadrão da
morte, garimpo, jogo do bicho. É a mesma linhagem que nos deu as
milícias .[irônico é que antes mesmo do governo militar os crimes citados já existiam - com certeza o ilustre colunista sabe que o 'jogo do bicho' foi criado em 1892.]
Essa herança agora ronda o Planalto.
Celso Rocha de Barros é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).
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